A Atalanta recebeu, nesta quarta-feira, uma multa de dez mil euros (cerca de R$ 44 mil) por causa de cânticos racistas de seus torcedores durante o empate com a Fiorentina, por 2 a 2, em 22 de setembro, em Bérgamo, pela quarta rodada do Campeonato Italiano.
O brasileiro Dalbert Henrique, da Fiorentina, foi vítima das agressões verbais, o que causaram a interrupção da partida. O lateral-esquerdo relatou o caso ao árbitro da partida, Daniele Orsato, que paralisou a partida por três minutos. Durante esse período, o sistema de som do Estádio Ennio Tardini repreendeu os gritos racistas, recebendo vaias.
O lateral-esquerdo, de 26 anos, é o terceiro jogador negro a sofrer este tipo de discriminação nesta edição do Campeonato Italiano - os outros foram Romelu Lukaku, da Inter de Milão, e Franck Kessie, do Milan. Mas a punição para a Atalanta é a primeira aplicada na competição nesta temporada.
Recentemente, Gianni Infantino, presidente da Fifa, fez críticas contra a passividade das autoridades do futebol italiano. "O racismo se combate com educação, condenando, falando nele. Não se pode ter racismo na sociedade e no futebol", disse o dirigente, que assistiu ao jogo pela televisão. "Precisamos identificar os autores e expulsá-los dos estádios. É preciso, como na Inglaterra, a certeza da punição. Não devemos ter medo de condenar os racistas, devemos combatê-los até o fim."