O elenco do Bahia desembarcou em Salvador, na madrugada desta segunda-feira, sob críticas e protesto da torcida no aeroporto Luís Eduardo Magalhães. Policiais do Batalhão Especializado de Policiamento de Eventos (Bepe) foram acionados e precisaram intervir para garantir a segurança dos jogadores. O time corre sério risco de rebaixamento na última rodada do Brasileirão, na quarta-feira, diante do Atlético-MG.
“Vocês não merecem vestir a camisa do Bahia. Tira essa camisa. Uma vergonha. Pelo amor de Deus. (Jogaram contra) Um time rebaixado, e os caras não jogam nada”, criticou um torcedor, em referência à derrota do Bahia por 3 a 2 para o América-MG, já rebaixado para a Série B. O duelo foi no domingo.
Os jogadores do Bahia deixaram a área de desembarque escoltados por policiais. Diante da aproximação de alguns torcedores, policiais dispararam balas de borracha para dispersá-los. Houve corre-corre e a confusão foi rapidamente neutralizada. O Estadão entrou em contato com a PM da Bahia, que confirmou as informações e não citou presos ou feridos na confusão.
O novo tropeço no Brasileirão deixou o Bahia em situação delicada na tabela. O time ocupa o 17º lugar, o primeiro dentro da zona de rebaixamento e única vaga ainda em aberto para o descenso. América-MG, Coritiba e Goiás já estão rebaixados. Segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o tricolor baiano tem 68,9% de chances de rebaixamento, contra 24,9% do Vasco e 6,2% do Santos. Para piorar a situação, o rival Vitória subiu para a Série A e mira vaga em uma competição internacional no próximo ano.
O Bahia, com 41 pontos, disputa com Vasco (42) e Santos (43), que estão em 16º e 15º, respectivamente, para tentar escapar da degola. Na última rodada, na quarta-feira, o time de Salvador enfrentará o vice-líder Atlético-MG, que ainda tem chances de título, embora dependa de uma improvável combinação de resultados para chegar ao troféu. Ceni foi poupado das cobranças.