Bale salva País de Gales de derrota diante dos EUA em duelo de tempos distintos na estreia na Copa


Empate por 1 a 1 garante à Inglaterra a liderança do Grupo B de forma isolada na chave

Por Fabio Hecico
Atualização:

Não é à toa que Gareth Bale carrega a esperança de País de Gales no retorno do país a uma Copa do Mundo após 64 anos. Nesta segunda-feira, o atacante de 33 anos mostrou o motivo de ser ídolo. Em um jogo no qual pouco apareceu, o camisa 11 sofreu o pênalti e cobrou com perfeição para salvar sua seleção de derrota diante dos Estados Unidos, no Estádio Ahmad bin Ali, em Doha. Em jogo com clima de decisão pela segunda posição do Grupo B, no qual a Inglaterra tem enorme favoritismo, o 1 a 1 acabou justo pelas etapas distintas das equipes.

Foi o 41º gol de Bale pela seleção galesa. Ele é o maior artilheiro e sempre a grande aposta por façanhas nas competições europeias diante das potências mundiais. Por outro lado, Timothy Weah também teve motivos de sobra para festejar o gol dos EUA. O garoto de 22 anos é filho do lendário George Weah, presidente da Libéria e único africano a ser eleito o melhor do mundo.

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Jordan Morris, dos Estados unidos, controla a bola durante empate contra País de Gales pelo grupo B.  Foto: ANNE-CHRISTINE POUJOULAT / AFP

Cientes da força da Inglaterra, comprovada na estreia em surra sobre o Irã, por 6 a 2, Estados Unidos e País de Gales pisaram no gramado com pensamento idêntico: o jogo era uma decisão antecipada da segunda vaga no Grupo B. Ganhar significava dar passo enorme às oitavas.

Ausente na edição de 2018, os EUA receberam voto de confiança do presidente Joe Biden e palavras de incentivo para buscarem um triunfo neste retorno a uma Copa do Mundo, após oito anos. Os galeses vinham de jejum muito maior. Foram 64 anos de espera. A cantoria alta e emocionante na hora do hino nacional do time e de seus torcedores foi cativante.

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A bola rolou e os americanos começaram melhor. Mesmo com a segunda seleção mais jovem no Catar, média de 25,2 anos, n ão se intimidaram e foram ao ataque. As jogadas passavam pelos pés do camisa 10 Pulisic e também na ponta direita, com Timothy Weah, jovem filho do lendário George Weah, único africano eleito o melhor do mundo. Dos pés do garoto surgiu o cruzamento que Rodon quase desviou contra as próprias redes. O goleiro Hennessey salvou. Sargent, também pelo alto, assustou.

Com postura bastante defensiva, País de Gales não levou perigo ao goleiro Turner antes do intervalo. A apatia em campo resultava com torcedores mais apreensivos nas arquibancadas, enquanto do outro lado os torcedores americanos faziam enorme frisson com o tradicional “U”, “S”, “A”. O estádio estava dividido entre aflição x empolgação.

Bastante recuado, País de Gales não demorou a ser castigado pelo medo apresentado em Doha. Arrancada em velocidade, Pulisic dá assistência entre os defensores e o ligeiro Weah aparece livre para tirar de Hennessey e festejar o primeiro gol dos EUA na partida. Justiça pelo apresentado em campo.

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De pênalti, Gareth Bale marcou de pênalti e empatou a partida contra os Estados Unidos válida pelo grupo B. Foto: Neil Hall / EFE

Robert Page não abriu mão do esquema com três zagueiros, mas optou por mexer no ataque de País de Gales, apostando na entrada de um centroavante grandalhão e brigador. Com Moore, de 1,96m, na vaga de James, sua seleção começou a ter mais a bola no ataque, investindo nos “chuveirinhos.” Enfim, colocou Turner para trabalhar, em cabeçada forte de Davies. Ream também soltou o “UH” da torcida.

Os Estados Unidos já não tinham mais a comodidade dos 45 minutos iniciais. Agora quem “mandava” na partida eram os europeus. Do lado americano, os contragolpes viraram a opção. Pulisic reclamou de um pênalti em uma das arrancadas, mas o árbitro da casa, o catariano Al-Jassim Abdulrahman, nada marcou, acertadamente.

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A disputa esquentou também nas arquibancadas. Os galeses, enfim, começaram a ter motivos para soltar a voz e vibrar, enquanto os americanos tentavam deixar sua seleção ligada em resposta do outro lado.

Berhalter, sem gostar do que apreciava, resolveu mexer da escalação dos EUA, com entradas de Yedlin, Acosta e Wright para renovar o vigor da equipe. Alguns jogadores já sofriam com o desgaste e acusavam cãibras. Os americanos levaram um susto, ainda, no momento em que o principal jogador do país, Pulisic, caiu no chão sentindo dores. Ele levou um pisão no calcanhar e outro no tornozelo, mas se restabeleceu.

Justamente quando reforçava a força de marcação para segurar o resultado mínimo, os Estados Unidos viram o zagueiro Zimmerman estragar com a partida até então precisa ao cometer pênalti bobo em um apagado Bale. O camisa 11 respirou fundo e mandou sem chances de defesa para igualar o placar.

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O gol empolgou a seleção de País de Gales, que mais corajosa, teve até chance de virar. Parou em Turner. No fim, o empate acabou sendo justo pela apresentação dos EUA no primeiro tempo e dos europeus na segunda etapa. Na próxima rodada, País de Gales encara o Irã, enquanto os EUA tentam segurar a forte Inglaterra, ambos na sexta-feira.

FICHA TÉCNICA

ESTADOS UNIDOS 1 x 1 PAÍS DE GALES

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ESTADOS UNIDOS - Turner; Dest (Yedlin), Zimmerman, Ream e Robinson; Adams, Musah (Acosta); McKennie (Aaranson), Timothy Weah (Morris), Sargent (Wright) e Pulisic. Técnico: Gregg Berhalter.

PAÍS DE GALES - Hennessey; Mepham, Rodon e Ben Davies; Roberts, Ampadu, Ramsey, Williams (Johnson) e Gareth Bale; Harry Wilson (Thomas) e James (Moore). Técnico: Robert Page.

GOLS - Timothy Weah, aos 36 minutos do primeiro tempo; Gareth Bale (pênalti), aos 35 do segundo.

ÁRBITRO - Al-Jassim Abdulrahman (Catar).

CARTÃO AMARELO - Dest, Ream, Acosta e McKennie (Estados Unidos) e Gareth Bale e Mepham (País de Gales).

PÚBLICO - 43.418 presentes.

LOCAL - Estádio Ahmad bin Ali, em Doha.

Não é à toa que Gareth Bale carrega a esperança de País de Gales no retorno do país a uma Copa do Mundo após 64 anos. Nesta segunda-feira, o atacante de 33 anos mostrou o motivo de ser ídolo. Em um jogo no qual pouco apareceu, o camisa 11 sofreu o pênalti e cobrou com perfeição para salvar sua seleção de derrota diante dos Estados Unidos, no Estádio Ahmad bin Ali, em Doha. Em jogo com clima de decisão pela segunda posição do Grupo B, no qual a Inglaterra tem enorme favoritismo, o 1 a 1 acabou justo pelas etapas distintas das equipes.

Foi o 41º gol de Bale pela seleção galesa. Ele é o maior artilheiro e sempre a grande aposta por façanhas nas competições europeias diante das potências mundiais. Por outro lado, Timothy Weah também teve motivos de sobra para festejar o gol dos EUA. O garoto de 22 anos é filho do lendário George Weah, presidente da Libéria e único africano a ser eleito o melhor do mundo.

Jordan Morris, dos Estados unidos, controla a bola durante empate contra País de Gales pelo grupo B.  Foto: ANNE-CHRISTINE POUJOULAT / AFP

Cientes da força da Inglaterra, comprovada na estreia em surra sobre o Irã, por 6 a 2, Estados Unidos e País de Gales pisaram no gramado com pensamento idêntico: o jogo era uma decisão antecipada da segunda vaga no Grupo B. Ganhar significava dar passo enorme às oitavas.

Ausente na edição de 2018, os EUA receberam voto de confiança do presidente Joe Biden e palavras de incentivo para buscarem um triunfo neste retorno a uma Copa do Mundo, após oito anos. Os galeses vinham de jejum muito maior. Foram 64 anos de espera. A cantoria alta e emocionante na hora do hino nacional do time e de seus torcedores foi cativante.

A bola rolou e os americanos começaram melhor. Mesmo com a segunda seleção mais jovem no Catar, média de 25,2 anos, n ão se intimidaram e foram ao ataque. As jogadas passavam pelos pés do camisa 10 Pulisic e também na ponta direita, com Timothy Weah, jovem filho do lendário George Weah, único africano eleito o melhor do mundo. Dos pés do garoto surgiu o cruzamento que Rodon quase desviou contra as próprias redes. O goleiro Hennessey salvou. Sargent, também pelo alto, assustou.

Com postura bastante defensiva, País de Gales não levou perigo ao goleiro Turner antes do intervalo. A apatia em campo resultava com torcedores mais apreensivos nas arquibancadas, enquanto do outro lado os torcedores americanos faziam enorme frisson com o tradicional “U”, “S”, “A”. O estádio estava dividido entre aflição x empolgação.

Bastante recuado, País de Gales não demorou a ser castigado pelo medo apresentado em Doha. Arrancada em velocidade, Pulisic dá assistência entre os defensores e o ligeiro Weah aparece livre para tirar de Hennessey e festejar o primeiro gol dos EUA na partida. Justiça pelo apresentado em campo.

De pênalti, Gareth Bale marcou de pênalti e empatou a partida contra os Estados Unidos válida pelo grupo B. Foto: Neil Hall / EFE

Robert Page não abriu mão do esquema com três zagueiros, mas optou por mexer no ataque de País de Gales, apostando na entrada de um centroavante grandalhão e brigador. Com Moore, de 1,96m, na vaga de James, sua seleção começou a ter mais a bola no ataque, investindo nos “chuveirinhos.” Enfim, colocou Turner para trabalhar, em cabeçada forte de Davies. Ream também soltou o “UH” da torcida.

Os Estados Unidos já não tinham mais a comodidade dos 45 minutos iniciais. Agora quem “mandava” na partida eram os europeus. Do lado americano, os contragolpes viraram a opção. Pulisic reclamou de um pênalti em uma das arrancadas, mas o árbitro da casa, o catariano Al-Jassim Abdulrahman, nada marcou, acertadamente.

A disputa esquentou também nas arquibancadas. Os galeses, enfim, começaram a ter motivos para soltar a voz e vibrar, enquanto os americanos tentavam deixar sua seleção ligada em resposta do outro lado.

Berhalter, sem gostar do que apreciava, resolveu mexer da escalação dos EUA, com entradas de Yedlin, Acosta e Wright para renovar o vigor da equipe. Alguns jogadores já sofriam com o desgaste e acusavam cãibras. Os americanos levaram um susto, ainda, no momento em que o principal jogador do país, Pulisic, caiu no chão sentindo dores. Ele levou um pisão no calcanhar e outro no tornozelo, mas se restabeleceu.

Justamente quando reforçava a força de marcação para segurar o resultado mínimo, os Estados Unidos viram o zagueiro Zimmerman estragar com a partida até então precisa ao cometer pênalti bobo em um apagado Bale. O camisa 11 respirou fundo e mandou sem chances de defesa para igualar o placar.

O gol empolgou a seleção de País de Gales, que mais corajosa, teve até chance de virar. Parou em Turner. No fim, o empate acabou sendo justo pela apresentação dos EUA no primeiro tempo e dos europeus na segunda etapa. Na próxima rodada, País de Gales encara o Irã, enquanto os EUA tentam segurar a forte Inglaterra, ambos na sexta-feira.

FICHA TÉCNICA

ESTADOS UNIDOS 1 x 1 PAÍS DE GALES

ESTADOS UNIDOS - Turner; Dest (Yedlin), Zimmerman, Ream e Robinson; Adams, Musah (Acosta); McKennie (Aaranson), Timothy Weah (Morris), Sargent (Wright) e Pulisic. Técnico: Gregg Berhalter.

PAÍS DE GALES - Hennessey; Mepham, Rodon e Ben Davies; Roberts, Ampadu, Ramsey, Williams (Johnson) e Gareth Bale; Harry Wilson (Thomas) e James (Moore). Técnico: Robert Page.

GOLS - Timothy Weah, aos 36 minutos do primeiro tempo; Gareth Bale (pênalti), aos 35 do segundo.

ÁRBITRO - Al-Jassim Abdulrahman (Catar).

CARTÃO AMARELO - Dest, Ream, Acosta e McKennie (Estados Unidos) e Gareth Bale e Mepham (País de Gales).

PÚBLICO - 43.418 presentes.

LOCAL - Estádio Ahmad bin Ali, em Doha.

Não é à toa que Gareth Bale carrega a esperança de País de Gales no retorno do país a uma Copa do Mundo após 64 anos. Nesta segunda-feira, o atacante de 33 anos mostrou o motivo de ser ídolo. Em um jogo no qual pouco apareceu, o camisa 11 sofreu o pênalti e cobrou com perfeição para salvar sua seleção de derrota diante dos Estados Unidos, no Estádio Ahmad bin Ali, em Doha. Em jogo com clima de decisão pela segunda posição do Grupo B, no qual a Inglaterra tem enorme favoritismo, o 1 a 1 acabou justo pelas etapas distintas das equipes.

Foi o 41º gol de Bale pela seleção galesa. Ele é o maior artilheiro e sempre a grande aposta por façanhas nas competições europeias diante das potências mundiais. Por outro lado, Timothy Weah também teve motivos de sobra para festejar o gol dos EUA. O garoto de 22 anos é filho do lendário George Weah, presidente da Libéria e único africano a ser eleito o melhor do mundo.

Jordan Morris, dos Estados unidos, controla a bola durante empate contra País de Gales pelo grupo B.  Foto: ANNE-CHRISTINE POUJOULAT / AFP

Cientes da força da Inglaterra, comprovada na estreia em surra sobre o Irã, por 6 a 2, Estados Unidos e País de Gales pisaram no gramado com pensamento idêntico: o jogo era uma decisão antecipada da segunda vaga no Grupo B. Ganhar significava dar passo enorme às oitavas.

Ausente na edição de 2018, os EUA receberam voto de confiança do presidente Joe Biden e palavras de incentivo para buscarem um triunfo neste retorno a uma Copa do Mundo, após oito anos. Os galeses vinham de jejum muito maior. Foram 64 anos de espera. A cantoria alta e emocionante na hora do hino nacional do time e de seus torcedores foi cativante.

A bola rolou e os americanos começaram melhor. Mesmo com a segunda seleção mais jovem no Catar, média de 25,2 anos, n ão se intimidaram e foram ao ataque. As jogadas passavam pelos pés do camisa 10 Pulisic e também na ponta direita, com Timothy Weah, jovem filho do lendário George Weah, único africano eleito o melhor do mundo. Dos pés do garoto surgiu o cruzamento que Rodon quase desviou contra as próprias redes. O goleiro Hennessey salvou. Sargent, também pelo alto, assustou.

Com postura bastante defensiva, País de Gales não levou perigo ao goleiro Turner antes do intervalo. A apatia em campo resultava com torcedores mais apreensivos nas arquibancadas, enquanto do outro lado os torcedores americanos faziam enorme frisson com o tradicional “U”, “S”, “A”. O estádio estava dividido entre aflição x empolgação.

Bastante recuado, País de Gales não demorou a ser castigado pelo medo apresentado em Doha. Arrancada em velocidade, Pulisic dá assistência entre os defensores e o ligeiro Weah aparece livre para tirar de Hennessey e festejar o primeiro gol dos EUA na partida. Justiça pelo apresentado em campo.

De pênalti, Gareth Bale marcou de pênalti e empatou a partida contra os Estados Unidos válida pelo grupo B. Foto: Neil Hall / EFE

Robert Page não abriu mão do esquema com três zagueiros, mas optou por mexer no ataque de País de Gales, apostando na entrada de um centroavante grandalhão e brigador. Com Moore, de 1,96m, na vaga de James, sua seleção começou a ter mais a bola no ataque, investindo nos “chuveirinhos.” Enfim, colocou Turner para trabalhar, em cabeçada forte de Davies. Ream também soltou o “UH” da torcida.

Os Estados Unidos já não tinham mais a comodidade dos 45 minutos iniciais. Agora quem “mandava” na partida eram os europeus. Do lado americano, os contragolpes viraram a opção. Pulisic reclamou de um pênalti em uma das arrancadas, mas o árbitro da casa, o catariano Al-Jassim Abdulrahman, nada marcou, acertadamente.

A disputa esquentou também nas arquibancadas. Os galeses, enfim, começaram a ter motivos para soltar a voz e vibrar, enquanto os americanos tentavam deixar sua seleção ligada em resposta do outro lado.

Berhalter, sem gostar do que apreciava, resolveu mexer da escalação dos EUA, com entradas de Yedlin, Acosta e Wright para renovar o vigor da equipe. Alguns jogadores já sofriam com o desgaste e acusavam cãibras. Os americanos levaram um susto, ainda, no momento em que o principal jogador do país, Pulisic, caiu no chão sentindo dores. Ele levou um pisão no calcanhar e outro no tornozelo, mas se restabeleceu.

Justamente quando reforçava a força de marcação para segurar o resultado mínimo, os Estados Unidos viram o zagueiro Zimmerman estragar com a partida até então precisa ao cometer pênalti bobo em um apagado Bale. O camisa 11 respirou fundo e mandou sem chances de defesa para igualar o placar.

O gol empolgou a seleção de País de Gales, que mais corajosa, teve até chance de virar. Parou em Turner. No fim, o empate acabou sendo justo pela apresentação dos EUA no primeiro tempo e dos europeus na segunda etapa. Na próxima rodada, País de Gales encara o Irã, enquanto os EUA tentam segurar a forte Inglaterra, ambos na sexta-feira.

FICHA TÉCNICA

ESTADOS UNIDOS 1 x 1 PAÍS DE GALES

ESTADOS UNIDOS - Turner; Dest (Yedlin), Zimmerman, Ream e Robinson; Adams, Musah (Acosta); McKennie (Aaranson), Timothy Weah (Morris), Sargent (Wright) e Pulisic. Técnico: Gregg Berhalter.

PAÍS DE GALES - Hennessey; Mepham, Rodon e Ben Davies; Roberts, Ampadu, Ramsey, Williams (Johnson) e Gareth Bale; Harry Wilson (Thomas) e James (Moore). Técnico: Robert Page.

GOLS - Timothy Weah, aos 36 minutos do primeiro tempo; Gareth Bale (pênalti), aos 35 do segundo.

ÁRBITRO - Al-Jassim Abdulrahman (Catar).

CARTÃO AMARELO - Dest, Ream, Acosta e McKennie (Estados Unidos) e Gareth Bale e Mepham (País de Gales).

PÚBLICO - 43.418 presentes.

LOCAL - Estádio Ahmad bin Ali, em Doha.

Não é à toa que Gareth Bale carrega a esperança de País de Gales no retorno do país a uma Copa do Mundo após 64 anos. Nesta segunda-feira, o atacante de 33 anos mostrou o motivo de ser ídolo. Em um jogo no qual pouco apareceu, o camisa 11 sofreu o pênalti e cobrou com perfeição para salvar sua seleção de derrota diante dos Estados Unidos, no Estádio Ahmad bin Ali, em Doha. Em jogo com clima de decisão pela segunda posição do Grupo B, no qual a Inglaterra tem enorme favoritismo, o 1 a 1 acabou justo pelas etapas distintas das equipes.

Foi o 41º gol de Bale pela seleção galesa. Ele é o maior artilheiro e sempre a grande aposta por façanhas nas competições europeias diante das potências mundiais. Por outro lado, Timothy Weah também teve motivos de sobra para festejar o gol dos EUA. O garoto de 22 anos é filho do lendário George Weah, presidente da Libéria e único africano a ser eleito o melhor do mundo.

Jordan Morris, dos Estados unidos, controla a bola durante empate contra País de Gales pelo grupo B.  Foto: ANNE-CHRISTINE POUJOULAT / AFP

Cientes da força da Inglaterra, comprovada na estreia em surra sobre o Irã, por 6 a 2, Estados Unidos e País de Gales pisaram no gramado com pensamento idêntico: o jogo era uma decisão antecipada da segunda vaga no Grupo B. Ganhar significava dar passo enorme às oitavas.

Ausente na edição de 2018, os EUA receberam voto de confiança do presidente Joe Biden e palavras de incentivo para buscarem um triunfo neste retorno a uma Copa do Mundo, após oito anos. Os galeses vinham de jejum muito maior. Foram 64 anos de espera. A cantoria alta e emocionante na hora do hino nacional do time e de seus torcedores foi cativante.

A bola rolou e os americanos começaram melhor. Mesmo com a segunda seleção mais jovem no Catar, média de 25,2 anos, n ão se intimidaram e foram ao ataque. As jogadas passavam pelos pés do camisa 10 Pulisic e também na ponta direita, com Timothy Weah, jovem filho do lendário George Weah, único africano eleito o melhor do mundo. Dos pés do garoto surgiu o cruzamento que Rodon quase desviou contra as próprias redes. O goleiro Hennessey salvou. Sargent, também pelo alto, assustou.

Com postura bastante defensiva, País de Gales não levou perigo ao goleiro Turner antes do intervalo. A apatia em campo resultava com torcedores mais apreensivos nas arquibancadas, enquanto do outro lado os torcedores americanos faziam enorme frisson com o tradicional “U”, “S”, “A”. O estádio estava dividido entre aflição x empolgação.

Bastante recuado, País de Gales não demorou a ser castigado pelo medo apresentado em Doha. Arrancada em velocidade, Pulisic dá assistência entre os defensores e o ligeiro Weah aparece livre para tirar de Hennessey e festejar o primeiro gol dos EUA na partida. Justiça pelo apresentado em campo.

De pênalti, Gareth Bale marcou de pênalti e empatou a partida contra os Estados Unidos válida pelo grupo B. Foto: Neil Hall / EFE

Robert Page não abriu mão do esquema com três zagueiros, mas optou por mexer no ataque de País de Gales, apostando na entrada de um centroavante grandalhão e brigador. Com Moore, de 1,96m, na vaga de James, sua seleção começou a ter mais a bola no ataque, investindo nos “chuveirinhos.” Enfim, colocou Turner para trabalhar, em cabeçada forte de Davies. Ream também soltou o “UH” da torcida.

Os Estados Unidos já não tinham mais a comodidade dos 45 minutos iniciais. Agora quem “mandava” na partida eram os europeus. Do lado americano, os contragolpes viraram a opção. Pulisic reclamou de um pênalti em uma das arrancadas, mas o árbitro da casa, o catariano Al-Jassim Abdulrahman, nada marcou, acertadamente.

A disputa esquentou também nas arquibancadas. Os galeses, enfim, começaram a ter motivos para soltar a voz e vibrar, enquanto os americanos tentavam deixar sua seleção ligada em resposta do outro lado.

Berhalter, sem gostar do que apreciava, resolveu mexer da escalação dos EUA, com entradas de Yedlin, Acosta e Wright para renovar o vigor da equipe. Alguns jogadores já sofriam com o desgaste e acusavam cãibras. Os americanos levaram um susto, ainda, no momento em que o principal jogador do país, Pulisic, caiu no chão sentindo dores. Ele levou um pisão no calcanhar e outro no tornozelo, mas se restabeleceu.

Justamente quando reforçava a força de marcação para segurar o resultado mínimo, os Estados Unidos viram o zagueiro Zimmerman estragar com a partida até então precisa ao cometer pênalti bobo em um apagado Bale. O camisa 11 respirou fundo e mandou sem chances de defesa para igualar o placar.

O gol empolgou a seleção de País de Gales, que mais corajosa, teve até chance de virar. Parou em Turner. No fim, o empate acabou sendo justo pela apresentação dos EUA no primeiro tempo e dos europeus na segunda etapa. Na próxima rodada, País de Gales encara o Irã, enquanto os EUA tentam segurar a forte Inglaterra, ambos na sexta-feira.

FICHA TÉCNICA

ESTADOS UNIDOS 1 x 1 PAÍS DE GALES

ESTADOS UNIDOS - Turner; Dest (Yedlin), Zimmerman, Ream e Robinson; Adams, Musah (Acosta); McKennie (Aaranson), Timothy Weah (Morris), Sargent (Wright) e Pulisic. Técnico: Gregg Berhalter.

PAÍS DE GALES - Hennessey; Mepham, Rodon e Ben Davies; Roberts, Ampadu, Ramsey, Williams (Johnson) e Gareth Bale; Harry Wilson (Thomas) e James (Moore). Técnico: Robert Page.

GOLS - Timothy Weah, aos 36 minutos do primeiro tempo; Gareth Bale (pênalti), aos 35 do segundo.

ÁRBITRO - Al-Jassim Abdulrahman (Catar).

CARTÃO AMARELO - Dest, Ream, Acosta e McKennie (Estados Unidos) e Gareth Bale e Mepham (País de Gales).

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LOCAL - Estádio Ahmad bin Ali, em Doha.

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