Dono de 99,93% das ações do Milan, o ex-primeiro-ministro do Itália Silvio Berlusconi poderá continuar como presidente honorário do clube mesmo se vendê-lo a investidores chineses, o que está em vias de acontecer. Em entrevista nesta segunda-feira, ele contou que continuaria com poderes dentro do San Siro.
"Eu poderia ter algumas possibilidades de intervir, tipo dizer 'sim' ou 'não' na compra e venda de jogadores ou na formação de jogo", contou ele. "Se eu tiver assegurado isso, eu vou tentar aceitar até a presidência honorária", continuou.
A venda do Milan está marcada para acontecer no dia 13 de dezembro, depois de mais de um ano de negociações. O fundo de investimento chinês, que até agora não teve seus membros revelados, vai pagar cerca de 740 milhões de euros, o que equivale a quase R$ 2,7 bilhões. Além disso, há o compromisso de que os chineses irão investir pelo menos 350 milhões de euros nos próximos três anos para reforçar o time.
Agora, a venda parece a única saída para o Milan, que tem sete títulos europeus e só ganhou dois títulos italianos neste século, em 2003/04 e 2010/11. Nesse meio tempo, viu um pentacampeonato da Inter de Milão e outro da Juventus, que caminha para ser hexa.
Três vezes primeiro-ministro da Itália, Berlusconi comanda o clube há 30 anos. Ele se afastou diversas vezes da presidência do Milan, mas nunca deixou de dar a palavra final.
O clássico contra a Inter de Milão, domingo, assim, foi o último dérbi da 'era Berlusconi' no Milan. A torcida prestou muitas homenagens, inclusive com faixas e cânticos em homenagem ao dirigente.