Textor fala em propina na arbitragem e terá de apresentar provas ao STJD


Mandatário do Botafogo diz ter gravações que comprovam corrupção; associações de árbitros se manifestam e sugerem até ‘banimento’ do americano

Por Bruno Accorsi e Ricardo Magatti
Atualização:

John Textor, sócio majoritário da SAF do Botafogo, reafirmou suas suspeitas de corrupção na arbitragem brasileira, após a vitória por 2 a 1 do time botafoguense sobre o Red Bull Bragantino, na quarta-feira, pela Libertadores, e provocou um pedido de abertura de inquérito no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O americano disse, em entrevista ao jornal O Globo, ter gravações de árbitros reclamando do não recebimento de propina e garantiu que, em 30 dias, os torcedores “vão ficar sabendo o que realmente aconteceu” no Brasileirão de 2023.

Conforme apurado pelo Estadão, Ronaldo Botelho Piacente, procurador-geral do STJD, vai pedir a abertura de inquérito para investigar as acusações feitas por Textor, que será chamado para depor e apresentar as provas e gravações às quais se referiu depois da partida.

Em nota assinada por seu presidente, Salmo Valentim, a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (ANAF) defendeu o banimento do dirigente caso as acusações não sejam comprovadas. “Dizer que na arbitragem brasileira há árbitros que se ‘vendem’, é uma acusação gravíssima que põe em xeque não só a categoria, como também toda a estrutura da CBF”, diz o comunicado. “Se John Textor não provar o que ele disse, ele tem de ser banido do futebol brasileiro! Não há outro caminho, e diante do que ele disse, as instituições precisam agir”, completa.

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John Textor endureceu o tom com acusações contra a arbitragem brasileira.  Foto: Vitor Silva/Botafogo

A associação também diz não entender o motivo de Textor ter aberto “guerra contra a arbitragem brasileira” e prometeu tomar medidas contra o dirigente. “ANAF vai tomar todas as ações necessárias para que ele possa esclarecer suas declarações e iremos buscar todos os meios para que esse péssimo exemplo não se repita. A arbitragem brasileira é formada por homens e mulheres de bem! E John Textor deveria, ao invés de atacá-la, trabalhar e cobrar da CBF sua profissionalização. Isso é melhor do que falar besteiras, sem provas, na imprensa.”

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Associação de Árbitros de Futebol do Brasil (Abrafut) também se manifestou e exigiu a divulgação das provas. “O teor das acusações é muito sério, pois ofende a honra e a moral de toda uma classe de trabalhadores que está em seu campo de atuação, exercendo sua função com honestidade, responsabilidade e transparência” afirma. “A integridade e a honra das pessoas e profissionais corretos não pode esperar 30 dias, a ABRAFUT usará todos os meios legais para que qualquer prova ou acusação seja devidamente apresentada e apurada, sob pena de responsabilização dos que fazem graves acusações sem provas.”

Qual é a reclamação de Textor?

As acusações públicas de Textor começaram ainda no ano passado, ao fim do Campeonato Brasileiro, em meio à derrocada botafoguense. Depois do jogo desta quarta-feira, pela fase prévia da Libertadores, o dirigente americano adotou um tom bem mais incisivo e garantiu que pode provar as denúncias graves que vem fazendo.

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“Nos últimos jogos do ano passado, o ódio foi tão forte que foi muito difícil para nós. Não pode ser assim, não vamos ganhar campeonatos assim. E os torcedores vão ficar sabendo, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato. Eles sabem o que eu sinto sobre isso, mas não vou divulgar isso na imprensa, é irresponsável. Os juízes na corte esportiva não deveriam estar fazendo piadas com ninguém sobre manipulações e erros”, disse em entrevista ao jornal O Globo. “Dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho gravações de juízes reclamando de não terem suas propinas pagas... Talvez a CBF não devesse me processar”, completou.

Textor começou sua cruzada depois da derrota por 4 a 3 para o Palmeiras, confronto direto pelo título do Brasileirão disputado em novembro do ano passado. Na ocasião, falou em roubo e chegou a pedir a renúncia de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, por quem está sendo processado por calúnia. Depois do jogo desta quarta, contudo, disse nunca ter insinuado que a corrupção esteja relacionada a Ednaldo.

“Eu não acusei o Ednaldo, nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto, ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa, porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas”, afirmou.

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Em dezembro, o Botafogo enviou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) um ofício cobrando providências do órgão acerca de relatórios produzidos a pedido do clube por uma empresa que analisa comportamentos da arbitragem. O documento apontaria supostos prejuízos ao clube em partidas do torneio nacional. O STJD arquivou o pedido por considerar “as razões apresentadas subjetivas e sem consistência”.

John Textor, sócio majoritário da SAF do Botafogo, reafirmou suas suspeitas de corrupção na arbitragem brasileira, após a vitória por 2 a 1 do time botafoguense sobre o Red Bull Bragantino, na quarta-feira, pela Libertadores, e provocou um pedido de abertura de inquérito no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O americano disse, em entrevista ao jornal O Globo, ter gravações de árbitros reclamando do não recebimento de propina e garantiu que, em 30 dias, os torcedores “vão ficar sabendo o que realmente aconteceu” no Brasileirão de 2023.

Conforme apurado pelo Estadão, Ronaldo Botelho Piacente, procurador-geral do STJD, vai pedir a abertura de inquérito para investigar as acusações feitas por Textor, que será chamado para depor e apresentar as provas e gravações às quais se referiu depois da partida.

Em nota assinada por seu presidente, Salmo Valentim, a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (ANAF) defendeu o banimento do dirigente caso as acusações não sejam comprovadas. “Dizer que na arbitragem brasileira há árbitros que se ‘vendem’, é uma acusação gravíssima que põe em xeque não só a categoria, como também toda a estrutura da CBF”, diz o comunicado. “Se John Textor não provar o que ele disse, ele tem de ser banido do futebol brasileiro! Não há outro caminho, e diante do que ele disse, as instituições precisam agir”, completa.

John Textor endureceu o tom com acusações contra a arbitragem brasileira.  Foto: Vitor Silva/Botafogo

A associação também diz não entender o motivo de Textor ter aberto “guerra contra a arbitragem brasileira” e prometeu tomar medidas contra o dirigente. “ANAF vai tomar todas as ações necessárias para que ele possa esclarecer suas declarações e iremos buscar todos os meios para que esse péssimo exemplo não se repita. A arbitragem brasileira é formada por homens e mulheres de bem! E John Textor deveria, ao invés de atacá-la, trabalhar e cobrar da CBF sua profissionalização. Isso é melhor do que falar besteiras, sem provas, na imprensa.”

Associação de Árbitros de Futebol do Brasil (Abrafut) também se manifestou e exigiu a divulgação das provas. “O teor das acusações é muito sério, pois ofende a honra e a moral de toda uma classe de trabalhadores que está em seu campo de atuação, exercendo sua função com honestidade, responsabilidade e transparência” afirma. “A integridade e a honra das pessoas e profissionais corretos não pode esperar 30 dias, a ABRAFUT usará todos os meios legais para que qualquer prova ou acusação seja devidamente apresentada e apurada, sob pena de responsabilização dos que fazem graves acusações sem provas.”

Qual é a reclamação de Textor?

As acusações públicas de Textor começaram ainda no ano passado, ao fim do Campeonato Brasileiro, em meio à derrocada botafoguense. Depois do jogo desta quarta-feira, pela fase prévia da Libertadores, o dirigente americano adotou um tom bem mais incisivo e garantiu que pode provar as denúncias graves que vem fazendo.

“Nos últimos jogos do ano passado, o ódio foi tão forte que foi muito difícil para nós. Não pode ser assim, não vamos ganhar campeonatos assim. E os torcedores vão ficar sabendo, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato. Eles sabem o que eu sinto sobre isso, mas não vou divulgar isso na imprensa, é irresponsável. Os juízes na corte esportiva não deveriam estar fazendo piadas com ninguém sobre manipulações e erros”, disse em entrevista ao jornal O Globo. “Dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho gravações de juízes reclamando de não terem suas propinas pagas... Talvez a CBF não devesse me processar”, completou.

Textor começou sua cruzada depois da derrota por 4 a 3 para o Palmeiras, confronto direto pelo título do Brasileirão disputado em novembro do ano passado. Na ocasião, falou em roubo e chegou a pedir a renúncia de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, por quem está sendo processado por calúnia. Depois do jogo desta quarta, contudo, disse nunca ter insinuado que a corrupção esteja relacionada a Ednaldo.

“Eu não acusei o Ednaldo, nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto, ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa, porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas”, afirmou.

Em dezembro, o Botafogo enviou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) um ofício cobrando providências do órgão acerca de relatórios produzidos a pedido do clube por uma empresa que analisa comportamentos da arbitragem. O documento apontaria supostos prejuízos ao clube em partidas do torneio nacional. O STJD arquivou o pedido por considerar “as razões apresentadas subjetivas e sem consistência”.

John Textor, sócio majoritário da SAF do Botafogo, reafirmou suas suspeitas de corrupção na arbitragem brasileira, após a vitória por 2 a 1 do time botafoguense sobre o Red Bull Bragantino, na quarta-feira, pela Libertadores, e provocou um pedido de abertura de inquérito no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O americano disse, em entrevista ao jornal O Globo, ter gravações de árbitros reclamando do não recebimento de propina e garantiu que, em 30 dias, os torcedores “vão ficar sabendo o que realmente aconteceu” no Brasileirão de 2023.

Conforme apurado pelo Estadão, Ronaldo Botelho Piacente, procurador-geral do STJD, vai pedir a abertura de inquérito para investigar as acusações feitas por Textor, que será chamado para depor e apresentar as provas e gravações às quais se referiu depois da partida.

Em nota assinada por seu presidente, Salmo Valentim, a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (ANAF) defendeu o banimento do dirigente caso as acusações não sejam comprovadas. “Dizer que na arbitragem brasileira há árbitros que se ‘vendem’, é uma acusação gravíssima que põe em xeque não só a categoria, como também toda a estrutura da CBF”, diz o comunicado. “Se John Textor não provar o que ele disse, ele tem de ser banido do futebol brasileiro! Não há outro caminho, e diante do que ele disse, as instituições precisam agir”, completa.

John Textor endureceu o tom com acusações contra a arbitragem brasileira.  Foto: Vitor Silva/Botafogo

A associação também diz não entender o motivo de Textor ter aberto “guerra contra a arbitragem brasileira” e prometeu tomar medidas contra o dirigente. “ANAF vai tomar todas as ações necessárias para que ele possa esclarecer suas declarações e iremos buscar todos os meios para que esse péssimo exemplo não se repita. A arbitragem brasileira é formada por homens e mulheres de bem! E John Textor deveria, ao invés de atacá-la, trabalhar e cobrar da CBF sua profissionalização. Isso é melhor do que falar besteiras, sem provas, na imprensa.”

Associação de Árbitros de Futebol do Brasil (Abrafut) também se manifestou e exigiu a divulgação das provas. “O teor das acusações é muito sério, pois ofende a honra e a moral de toda uma classe de trabalhadores que está em seu campo de atuação, exercendo sua função com honestidade, responsabilidade e transparência” afirma. “A integridade e a honra das pessoas e profissionais corretos não pode esperar 30 dias, a ABRAFUT usará todos os meios legais para que qualquer prova ou acusação seja devidamente apresentada e apurada, sob pena de responsabilização dos que fazem graves acusações sem provas.”

Qual é a reclamação de Textor?

As acusações públicas de Textor começaram ainda no ano passado, ao fim do Campeonato Brasileiro, em meio à derrocada botafoguense. Depois do jogo desta quarta-feira, pela fase prévia da Libertadores, o dirigente americano adotou um tom bem mais incisivo e garantiu que pode provar as denúncias graves que vem fazendo.

“Nos últimos jogos do ano passado, o ódio foi tão forte que foi muito difícil para nós. Não pode ser assim, não vamos ganhar campeonatos assim. E os torcedores vão ficar sabendo, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato. Eles sabem o que eu sinto sobre isso, mas não vou divulgar isso na imprensa, é irresponsável. Os juízes na corte esportiva não deveriam estar fazendo piadas com ninguém sobre manipulações e erros”, disse em entrevista ao jornal O Globo. “Dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho gravações de juízes reclamando de não terem suas propinas pagas... Talvez a CBF não devesse me processar”, completou.

Textor começou sua cruzada depois da derrota por 4 a 3 para o Palmeiras, confronto direto pelo título do Brasileirão disputado em novembro do ano passado. Na ocasião, falou em roubo e chegou a pedir a renúncia de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, por quem está sendo processado por calúnia. Depois do jogo desta quarta, contudo, disse nunca ter insinuado que a corrupção esteja relacionada a Ednaldo.

“Eu não acusei o Ednaldo, nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto, ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa, porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas”, afirmou.

Em dezembro, o Botafogo enviou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) um ofício cobrando providências do órgão acerca de relatórios produzidos a pedido do clube por uma empresa que analisa comportamentos da arbitragem. O documento apontaria supostos prejuízos ao clube em partidas do torneio nacional. O STJD arquivou o pedido por considerar “as razões apresentadas subjetivas e sem consistência”.

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