Em mais um capítulo da rivalidade Botafogo x Palmeiras, Leila Pereira não estará presente no estádio Nilton Santos nesta quarta-feira, junto com a delegação palmeirense, em confronto válido pela Libertadores. A presidente, no entanto, viajou ao Rio. A ideia é evitar um encontro com John Textor, dono da SAF do Botafogo, e quaisquer ataques, que possa receber da torcida alvinegra, após trocas de farpas entre os mandatários.
Segundo apurou o Estadão, Leila e a delegação palmeirense entendem que não há a segurança necessária para preservar a integridade da presidente do Palmeiras. Leila costuma ir a jogos nos estádios em que o Palmeiras atua como visitante – muitas vezes tietada por torcedores rivais. No último duelo, pelo Campeonato Brasileiro, a estratégia de evitar a presença no Nilton Santos já havia sido adotada, mesmo assim ela foi alvo de ataques e xingamentos antes e após o jogo – inclusive com um boneco, com sua foto, ‘enforcado’ nas imediações do setor reservado à torcida visitante.
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Na ocasião, a torcida do Botafogo também pendurou um boneco enforcado de Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), fato que gerou denúncia ao clube no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Diferentemente do último encontro entre os times (que resultou na vitória por 1 a 0 do Botafogo), Leila Pereira optou por viajar ao Rio, ao invés de permanecer em São Paulo. A ideia é estar presente neste primeiro duelo, válido pelas oitavas de final da Libertadores, para oferecer todo suporte necessário ao elenco e à delegação alviverde.
Leila entende que as acusações de Textor, contra ela e o Palmeiras, criaram um clima de ‘guerra’ para os confrontos com o Botafogo. O americano levantou suspeitas de que o campeão brasileiro de 2023 estivesse envolvido em um esquema de manipulação de resultados, tidas pela mandatária como falsas.
Leila Pereira já chamou Textor de “idiota” e propôs que ele fosse banido do futebol, em depoimento à CPI da Manipulação de Resultados. Não há intenção, por parte da palmeirense, em estreitar quaisquer relações institucionais entre os clubes, após os ataques trocados por ambos os ‘donos’, muito menos debater e resgatar o conflito dos últimos meses.
Relembre o caso
Em novembro do ano passado, o Palmeiras bateu o Botafogo por 4 a 3, em uma virada histórica conduzida por Endrick e que levou o time paulista ao título do Campeonato Brasileiro, após rodadas de liderança do clube carioca. Ao final da partida, Textor invadiu o campo e fez acusações contra à arbitragem e à CBF.
A partir de então, o norte-americano começou a citar supostas manipulações de resultados que teriam beneficiado o Palmeiras em 2022 e 2023. O clube alviverde venceu o Brasileirão nos dois anos. As provas, contudo, demoraram a ser apresentadas, tanto à Polícia Civil, quanto ao STJD.