Brasil de Tite se destaca por ‘pressão total’, com zagueiros no ataque e atacantes defendendo


Seleção brasileira adota na Copa do Catar uma espécie de ‘parente do estilo da badalada Holanda de 1974′, treinada por Rinus Michels, com jogadores em todas as posições

Por Marcio Dolzan e Ricardo Magatti
Atualização:

A seleção brasileira da era Tite nem sempre joga bonito, mas é inegável que se trata de um time difícil de ser batido. Nos 80 jogos que comandou desde que assumiu a equipe, em 2016, o treinador saiu derrotado apenas seis vezes - e, em duas dessas ocasiões, quando escalou time misto ou reserva. Tamanha eficiência passa por uma filosofia de jogo de pressão total, espécie de parente do badalado futebol total da Holanda de 1974 treinada por Rinus Michels.

Naquele time que assombrou o mundo - mas, que vale lembrar, não conquistou a Copa -, jogadores mudavam de posição o tempo todo sem que a equipe perdesse a sua estrutura de jogo. Na seleção brasileira atual, defensores também atacam e atacantes defendem pelas pontas e na saída de bola. Só que cada um no Brasil tem bem clara sua posição em campo.

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“Hoje eu faço uma função mais defensiva e acabo chegando ao ataque por último. O Tite coloca cada um na posição em que se sente mais à vontade. O entrosamento vem com os jogos, amistosos, Eliminatórias, Copa América... A gente se entende muito bem em campo. É reflexo de um trabalho longo”, explica Lucas Paquetá.

O meio-campista revelado pelo Flamengo é um atleta fundamental para a dinâmica da seleção. É considerado o ponto de equilíbrio do time, já que, nesse sistema de jogo, atuando mais recuado do que antes, protege a zaga ao lado de Casemiro e sobe ao ataque para concluir as jogadas, como fez contra a Coreia do Sul em alguns setores diferentes do campo, um pouco mais pela direita.

Dos 11 jogadores que têm atuado, Paquetá é o que acaba tendo mais liberdade de movimentação entre os setores. De resto, impera um futebol solidário. Basta observar: se o adversário está com a bola, há sempre dois brasileiros o cercando para tentar recuperá-la, de preferência no campo de ataque. É o que Tite costuma chamar de “perde e pressiona”.

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O estilo adotado por Tite para armar o Brasil tem de ter participação ativa de todos para funcionar Foto: Ibraheem Al Omari / Reuters

“A nossa defesa começa com o Richarlison lá na frente. Todos ajudam, todos defendem. Nosso ataque começa lá atrás. Você vê o Thiago Silva dando assistência. Nosso sistema de jogo é claro: todos vão sofrer sem a bola e todos vão desfrutar com ela”, explica o meia da seleção.

A orientação da comissão técnica para os atletas é que retomem a bola em cinco segundos, o chamado “rec 5″, como define o auxiliar César Sampaio. “Antes de formar parte deste grupo, o que sempre me impactou foi o rec 5. Esse comportamento me representa. Eles gostam de ter a bola e têm esse comportamento de recuperar quando a perdem”, detalha o auxiliar.

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E essa filosofia está bem difundida na equipe. Em Doha, de Tite a seus auxiliares, passando por todos os jogadores que concederam entrevista, o discurso é sempre o mesmo. “Mesmo tendo uma equipe ofensiva, sem a bola todos têm um posicionamento. Todos defendem”, aponta Sampaio.

No Catar, o Brasil marcou sete gols em quatro jogos, uma média de 1,8 por partida, trocou 2.314 passes (2071 completos), finalizou 70 vezes, sendo 30 em direção ao gol, deu 91 cruzamentos e teve 30 escanteios a seu favor. A equipe é disciplinada, algo que preza Tite. Apenas três jogadores levaram cartão amarelo: Fred, Bruno Guimarães e Éder Militão. Não houve expulsão.

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EQUILÍBRIO

Tite já usou várias vezes a expressão “perde e pressiona”, mas o que ele usa como mantra é o “equilíbrio”. É isso que, na sua avaliação, irá definir o sucesso da seleção. “Se fugir algum momento o equilíbrio, a possibilidade de perder é maior. Para ter esses jogadores, tem que ter o compromisso de se posicionar em campo na ação sem bola, assim como ter jogadores atrás que também deem esse suporte”, considera.

A questão é que até mesmo esse suporte defensivo costuma ser feito lá na frente. O Brasil costuma jogar com suas linhas avançadas, e desde o início desta Copa do Mundo os dois jogadores mais recuados, Marquinhos e Thiago Silva, em geral têm atuado próximos ao círculo-central. Isso permitiu, por exemplo, que até o capitão da seleção desse um assistência no último jogo. Saiu de seus pés o lindo passe para Richarlison marcar o terceiro gol na goleada por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul.

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No futebol de pressão total implantado por Tite, o risco maior se apresenta quando surge um erro individual. Foi assim na derrota para a Bélgica, nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia, e foi assim na decisão da Copa América do ano passado, diante da Argentina. Contra Camarões, na sexta-feira passada, pesou sobretudo o desentrosamento de uma equipe totalmente reserva.

Tal qual a pressão, a atenção e a concentração, portanto, têm de ser total no duelo com a Croácia. A ideia é evitar que um ou mais erros tirem o Brasil da Copa do Catar, como aconteceu diante da Bélgica na Rússia e também na derrota na final da Copa América para a Argentina.

A seleção brasileira da era Tite nem sempre joga bonito, mas é inegável que se trata de um time difícil de ser batido. Nos 80 jogos que comandou desde que assumiu a equipe, em 2016, o treinador saiu derrotado apenas seis vezes - e, em duas dessas ocasiões, quando escalou time misto ou reserva. Tamanha eficiência passa por uma filosofia de jogo de pressão total, espécie de parente do badalado futebol total da Holanda de 1974 treinada por Rinus Michels.

Naquele time que assombrou o mundo - mas, que vale lembrar, não conquistou a Copa -, jogadores mudavam de posição o tempo todo sem que a equipe perdesse a sua estrutura de jogo. Na seleção brasileira atual, defensores também atacam e atacantes defendem pelas pontas e na saída de bola. Só que cada um no Brasil tem bem clara sua posição em campo.

“Hoje eu faço uma função mais defensiva e acabo chegando ao ataque por último. O Tite coloca cada um na posição em que se sente mais à vontade. O entrosamento vem com os jogos, amistosos, Eliminatórias, Copa América... A gente se entende muito bem em campo. É reflexo de um trabalho longo”, explica Lucas Paquetá.

O meio-campista revelado pelo Flamengo é um atleta fundamental para a dinâmica da seleção. É considerado o ponto de equilíbrio do time, já que, nesse sistema de jogo, atuando mais recuado do que antes, protege a zaga ao lado de Casemiro e sobe ao ataque para concluir as jogadas, como fez contra a Coreia do Sul em alguns setores diferentes do campo, um pouco mais pela direita.

Dos 11 jogadores que têm atuado, Paquetá é o que acaba tendo mais liberdade de movimentação entre os setores. De resto, impera um futebol solidário. Basta observar: se o adversário está com a bola, há sempre dois brasileiros o cercando para tentar recuperá-la, de preferência no campo de ataque. É o que Tite costuma chamar de “perde e pressiona”.

O estilo adotado por Tite para armar o Brasil tem de ter participação ativa de todos para funcionar Foto: Ibraheem Al Omari / Reuters

“A nossa defesa começa com o Richarlison lá na frente. Todos ajudam, todos defendem. Nosso ataque começa lá atrás. Você vê o Thiago Silva dando assistência. Nosso sistema de jogo é claro: todos vão sofrer sem a bola e todos vão desfrutar com ela”, explica o meia da seleção.

A orientação da comissão técnica para os atletas é que retomem a bola em cinco segundos, o chamado “rec 5″, como define o auxiliar César Sampaio. “Antes de formar parte deste grupo, o que sempre me impactou foi o rec 5. Esse comportamento me representa. Eles gostam de ter a bola e têm esse comportamento de recuperar quando a perdem”, detalha o auxiliar.

E essa filosofia está bem difundida na equipe. Em Doha, de Tite a seus auxiliares, passando por todos os jogadores que concederam entrevista, o discurso é sempre o mesmo. “Mesmo tendo uma equipe ofensiva, sem a bola todos têm um posicionamento. Todos defendem”, aponta Sampaio.

No Catar, o Brasil marcou sete gols em quatro jogos, uma média de 1,8 por partida, trocou 2.314 passes (2071 completos), finalizou 70 vezes, sendo 30 em direção ao gol, deu 91 cruzamentos e teve 30 escanteios a seu favor. A equipe é disciplinada, algo que preza Tite. Apenas três jogadores levaram cartão amarelo: Fred, Bruno Guimarães e Éder Militão. Não houve expulsão.

EQUILÍBRIO

Tite já usou várias vezes a expressão “perde e pressiona”, mas o que ele usa como mantra é o “equilíbrio”. É isso que, na sua avaliação, irá definir o sucesso da seleção. “Se fugir algum momento o equilíbrio, a possibilidade de perder é maior. Para ter esses jogadores, tem que ter o compromisso de se posicionar em campo na ação sem bola, assim como ter jogadores atrás que também deem esse suporte”, considera.

A questão é que até mesmo esse suporte defensivo costuma ser feito lá na frente. O Brasil costuma jogar com suas linhas avançadas, e desde o início desta Copa do Mundo os dois jogadores mais recuados, Marquinhos e Thiago Silva, em geral têm atuado próximos ao círculo-central. Isso permitiu, por exemplo, que até o capitão da seleção desse um assistência no último jogo. Saiu de seus pés o lindo passe para Richarlison marcar o terceiro gol na goleada por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul.

No futebol de pressão total implantado por Tite, o risco maior se apresenta quando surge um erro individual. Foi assim na derrota para a Bélgica, nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia, e foi assim na decisão da Copa América do ano passado, diante da Argentina. Contra Camarões, na sexta-feira passada, pesou sobretudo o desentrosamento de uma equipe totalmente reserva.

Tal qual a pressão, a atenção e a concentração, portanto, têm de ser total no duelo com a Croácia. A ideia é evitar que um ou mais erros tirem o Brasil da Copa do Catar, como aconteceu diante da Bélgica na Rússia e também na derrota na final da Copa América para a Argentina.

A seleção brasileira da era Tite nem sempre joga bonito, mas é inegável que se trata de um time difícil de ser batido. Nos 80 jogos que comandou desde que assumiu a equipe, em 2016, o treinador saiu derrotado apenas seis vezes - e, em duas dessas ocasiões, quando escalou time misto ou reserva. Tamanha eficiência passa por uma filosofia de jogo de pressão total, espécie de parente do badalado futebol total da Holanda de 1974 treinada por Rinus Michels.

Naquele time que assombrou o mundo - mas, que vale lembrar, não conquistou a Copa -, jogadores mudavam de posição o tempo todo sem que a equipe perdesse a sua estrutura de jogo. Na seleção brasileira atual, defensores também atacam e atacantes defendem pelas pontas e na saída de bola. Só que cada um no Brasil tem bem clara sua posição em campo.

“Hoje eu faço uma função mais defensiva e acabo chegando ao ataque por último. O Tite coloca cada um na posição em que se sente mais à vontade. O entrosamento vem com os jogos, amistosos, Eliminatórias, Copa América... A gente se entende muito bem em campo. É reflexo de um trabalho longo”, explica Lucas Paquetá.

O meio-campista revelado pelo Flamengo é um atleta fundamental para a dinâmica da seleção. É considerado o ponto de equilíbrio do time, já que, nesse sistema de jogo, atuando mais recuado do que antes, protege a zaga ao lado de Casemiro e sobe ao ataque para concluir as jogadas, como fez contra a Coreia do Sul em alguns setores diferentes do campo, um pouco mais pela direita.

Dos 11 jogadores que têm atuado, Paquetá é o que acaba tendo mais liberdade de movimentação entre os setores. De resto, impera um futebol solidário. Basta observar: se o adversário está com a bola, há sempre dois brasileiros o cercando para tentar recuperá-la, de preferência no campo de ataque. É o que Tite costuma chamar de “perde e pressiona”.

O estilo adotado por Tite para armar o Brasil tem de ter participação ativa de todos para funcionar Foto: Ibraheem Al Omari / Reuters

“A nossa defesa começa com o Richarlison lá na frente. Todos ajudam, todos defendem. Nosso ataque começa lá atrás. Você vê o Thiago Silva dando assistência. Nosso sistema de jogo é claro: todos vão sofrer sem a bola e todos vão desfrutar com ela”, explica o meia da seleção.

A orientação da comissão técnica para os atletas é que retomem a bola em cinco segundos, o chamado “rec 5″, como define o auxiliar César Sampaio. “Antes de formar parte deste grupo, o que sempre me impactou foi o rec 5. Esse comportamento me representa. Eles gostam de ter a bola e têm esse comportamento de recuperar quando a perdem”, detalha o auxiliar.

E essa filosofia está bem difundida na equipe. Em Doha, de Tite a seus auxiliares, passando por todos os jogadores que concederam entrevista, o discurso é sempre o mesmo. “Mesmo tendo uma equipe ofensiva, sem a bola todos têm um posicionamento. Todos defendem”, aponta Sampaio.

No Catar, o Brasil marcou sete gols em quatro jogos, uma média de 1,8 por partida, trocou 2.314 passes (2071 completos), finalizou 70 vezes, sendo 30 em direção ao gol, deu 91 cruzamentos e teve 30 escanteios a seu favor. A equipe é disciplinada, algo que preza Tite. Apenas três jogadores levaram cartão amarelo: Fred, Bruno Guimarães e Éder Militão. Não houve expulsão.

EQUILÍBRIO

Tite já usou várias vezes a expressão “perde e pressiona”, mas o que ele usa como mantra é o “equilíbrio”. É isso que, na sua avaliação, irá definir o sucesso da seleção. “Se fugir algum momento o equilíbrio, a possibilidade de perder é maior. Para ter esses jogadores, tem que ter o compromisso de se posicionar em campo na ação sem bola, assim como ter jogadores atrás que também deem esse suporte”, considera.

A questão é que até mesmo esse suporte defensivo costuma ser feito lá na frente. O Brasil costuma jogar com suas linhas avançadas, e desde o início desta Copa do Mundo os dois jogadores mais recuados, Marquinhos e Thiago Silva, em geral têm atuado próximos ao círculo-central. Isso permitiu, por exemplo, que até o capitão da seleção desse um assistência no último jogo. Saiu de seus pés o lindo passe para Richarlison marcar o terceiro gol na goleada por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul.

No futebol de pressão total implantado por Tite, o risco maior se apresenta quando surge um erro individual. Foi assim na derrota para a Bélgica, nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia, e foi assim na decisão da Copa América do ano passado, diante da Argentina. Contra Camarões, na sexta-feira passada, pesou sobretudo o desentrosamento de uma equipe totalmente reserva.

Tal qual a pressão, a atenção e a concentração, portanto, têm de ser total no duelo com a Croácia. A ideia é evitar que um ou mais erros tirem o Brasil da Copa do Catar, como aconteceu diante da Bélgica na Rússia e também na derrota na final da Copa América para a Argentina.

A seleção brasileira da era Tite nem sempre joga bonito, mas é inegável que se trata de um time difícil de ser batido. Nos 80 jogos que comandou desde que assumiu a equipe, em 2016, o treinador saiu derrotado apenas seis vezes - e, em duas dessas ocasiões, quando escalou time misto ou reserva. Tamanha eficiência passa por uma filosofia de jogo de pressão total, espécie de parente do badalado futebol total da Holanda de 1974 treinada por Rinus Michels.

Naquele time que assombrou o mundo - mas, que vale lembrar, não conquistou a Copa -, jogadores mudavam de posição o tempo todo sem que a equipe perdesse a sua estrutura de jogo. Na seleção brasileira atual, defensores também atacam e atacantes defendem pelas pontas e na saída de bola. Só que cada um no Brasil tem bem clara sua posição em campo.

“Hoje eu faço uma função mais defensiva e acabo chegando ao ataque por último. O Tite coloca cada um na posição em que se sente mais à vontade. O entrosamento vem com os jogos, amistosos, Eliminatórias, Copa América... A gente se entende muito bem em campo. É reflexo de um trabalho longo”, explica Lucas Paquetá.

O meio-campista revelado pelo Flamengo é um atleta fundamental para a dinâmica da seleção. É considerado o ponto de equilíbrio do time, já que, nesse sistema de jogo, atuando mais recuado do que antes, protege a zaga ao lado de Casemiro e sobe ao ataque para concluir as jogadas, como fez contra a Coreia do Sul em alguns setores diferentes do campo, um pouco mais pela direita.

Dos 11 jogadores que têm atuado, Paquetá é o que acaba tendo mais liberdade de movimentação entre os setores. De resto, impera um futebol solidário. Basta observar: se o adversário está com a bola, há sempre dois brasileiros o cercando para tentar recuperá-la, de preferência no campo de ataque. É o que Tite costuma chamar de “perde e pressiona”.

O estilo adotado por Tite para armar o Brasil tem de ter participação ativa de todos para funcionar Foto: Ibraheem Al Omari / Reuters

“A nossa defesa começa com o Richarlison lá na frente. Todos ajudam, todos defendem. Nosso ataque começa lá atrás. Você vê o Thiago Silva dando assistência. Nosso sistema de jogo é claro: todos vão sofrer sem a bola e todos vão desfrutar com ela”, explica o meia da seleção.

A orientação da comissão técnica para os atletas é que retomem a bola em cinco segundos, o chamado “rec 5″, como define o auxiliar César Sampaio. “Antes de formar parte deste grupo, o que sempre me impactou foi o rec 5. Esse comportamento me representa. Eles gostam de ter a bola e têm esse comportamento de recuperar quando a perdem”, detalha o auxiliar.

E essa filosofia está bem difundida na equipe. Em Doha, de Tite a seus auxiliares, passando por todos os jogadores que concederam entrevista, o discurso é sempre o mesmo. “Mesmo tendo uma equipe ofensiva, sem a bola todos têm um posicionamento. Todos defendem”, aponta Sampaio.

No Catar, o Brasil marcou sete gols em quatro jogos, uma média de 1,8 por partida, trocou 2.314 passes (2071 completos), finalizou 70 vezes, sendo 30 em direção ao gol, deu 91 cruzamentos e teve 30 escanteios a seu favor. A equipe é disciplinada, algo que preza Tite. Apenas três jogadores levaram cartão amarelo: Fred, Bruno Guimarães e Éder Militão. Não houve expulsão.

EQUILÍBRIO

Tite já usou várias vezes a expressão “perde e pressiona”, mas o que ele usa como mantra é o “equilíbrio”. É isso que, na sua avaliação, irá definir o sucesso da seleção. “Se fugir algum momento o equilíbrio, a possibilidade de perder é maior. Para ter esses jogadores, tem que ter o compromisso de se posicionar em campo na ação sem bola, assim como ter jogadores atrás que também deem esse suporte”, considera.

A questão é que até mesmo esse suporte defensivo costuma ser feito lá na frente. O Brasil costuma jogar com suas linhas avançadas, e desde o início desta Copa do Mundo os dois jogadores mais recuados, Marquinhos e Thiago Silva, em geral têm atuado próximos ao círculo-central. Isso permitiu, por exemplo, que até o capitão da seleção desse um assistência no último jogo. Saiu de seus pés o lindo passe para Richarlison marcar o terceiro gol na goleada por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul.

No futebol de pressão total implantado por Tite, o risco maior se apresenta quando surge um erro individual. Foi assim na derrota para a Bélgica, nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia, e foi assim na decisão da Copa América do ano passado, diante da Argentina. Contra Camarões, na sexta-feira passada, pesou sobretudo o desentrosamento de uma equipe totalmente reserva.

Tal qual a pressão, a atenção e a concentração, portanto, têm de ser total no duelo com a Croácia. A ideia é evitar que um ou mais erros tirem o Brasil da Copa do Catar, como aconteceu diante da Bélgica na Rússia e também na derrota na final da Copa América para a Argentina.

A seleção brasileira da era Tite nem sempre joga bonito, mas é inegável que se trata de um time difícil de ser batido. Nos 80 jogos que comandou desde que assumiu a equipe, em 2016, o treinador saiu derrotado apenas seis vezes - e, em duas dessas ocasiões, quando escalou time misto ou reserva. Tamanha eficiência passa por uma filosofia de jogo de pressão total, espécie de parente do badalado futebol total da Holanda de 1974 treinada por Rinus Michels.

Naquele time que assombrou o mundo - mas, que vale lembrar, não conquistou a Copa -, jogadores mudavam de posição o tempo todo sem que a equipe perdesse a sua estrutura de jogo. Na seleção brasileira atual, defensores também atacam e atacantes defendem pelas pontas e na saída de bola. Só que cada um no Brasil tem bem clara sua posição em campo.

“Hoje eu faço uma função mais defensiva e acabo chegando ao ataque por último. O Tite coloca cada um na posição em que se sente mais à vontade. O entrosamento vem com os jogos, amistosos, Eliminatórias, Copa América... A gente se entende muito bem em campo. É reflexo de um trabalho longo”, explica Lucas Paquetá.

O meio-campista revelado pelo Flamengo é um atleta fundamental para a dinâmica da seleção. É considerado o ponto de equilíbrio do time, já que, nesse sistema de jogo, atuando mais recuado do que antes, protege a zaga ao lado de Casemiro e sobe ao ataque para concluir as jogadas, como fez contra a Coreia do Sul em alguns setores diferentes do campo, um pouco mais pela direita.

Dos 11 jogadores que têm atuado, Paquetá é o que acaba tendo mais liberdade de movimentação entre os setores. De resto, impera um futebol solidário. Basta observar: se o adversário está com a bola, há sempre dois brasileiros o cercando para tentar recuperá-la, de preferência no campo de ataque. É o que Tite costuma chamar de “perde e pressiona”.

O estilo adotado por Tite para armar o Brasil tem de ter participação ativa de todos para funcionar Foto: Ibraheem Al Omari / Reuters

“A nossa defesa começa com o Richarlison lá na frente. Todos ajudam, todos defendem. Nosso ataque começa lá atrás. Você vê o Thiago Silva dando assistência. Nosso sistema de jogo é claro: todos vão sofrer sem a bola e todos vão desfrutar com ela”, explica o meia da seleção.

A orientação da comissão técnica para os atletas é que retomem a bola em cinco segundos, o chamado “rec 5″, como define o auxiliar César Sampaio. “Antes de formar parte deste grupo, o que sempre me impactou foi o rec 5. Esse comportamento me representa. Eles gostam de ter a bola e têm esse comportamento de recuperar quando a perdem”, detalha o auxiliar.

E essa filosofia está bem difundida na equipe. Em Doha, de Tite a seus auxiliares, passando por todos os jogadores que concederam entrevista, o discurso é sempre o mesmo. “Mesmo tendo uma equipe ofensiva, sem a bola todos têm um posicionamento. Todos defendem”, aponta Sampaio.

No Catar, o Brasil marcou sete gols em quatro jogos, uma média de 1,8 por partida, trocou 2.314 passes (2071 completos), finalizou 70 vezes, sendo 30 em direção ao gol, deu 91 cruzamentos e teve 30 escanteios a seu favor. A equipe é disciplinada, algo que preza Tite. Apenas três jogadores levaram cartão amarelo: Fred, Bruno Guimarães e Éder Militão. Não houve expulsão.

EQUILÍBRIO

Tite já usou várias vezes a expressão “perde e pressiona”, mas o que ele usa como mantra é o “equilíbrio”. É isso que, na sua avaliação, irá definir o sucesso da seleção. “Se fugir algum momento o equilíbrio, a possibilidade de perder é maior. Para ter esses jogadores, tem que ter o compromisso de se posicionar em campo na ação sem bola, assim como ter jogadores atrás que também deem esse suporte”, considera.

A questão é que até mesmo esse suporte defensivo costuma ser feito lá na frente. O Brasil costuma jogar com suas linhas avançadas, e desde o início desta Copa do Mundo os dois jogadores mais recuados, Marquinhos e Thiago Silva, em geral têm atuado próximos ao círculo-central. Isso permitiu, por exemplo, que até o capitão da seleção desse um assistência no último jogo. Saiu de seus pés o lindo passe para Richarlison marcar o terceiro gol na goleada por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul.

No futebol de pressão total implantado por Tite, o risco maior se apresenta quando surge um erro individual. Foi assim na derrota para a Bélgica, nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia, e foi assim na decisão da Copa América do ano passado, diante da Argentina. Contra Camarões, na sexta-feira passada, pesou sobretudo o desentrosamento de uma equipe totalmente reserva.

Tal qual a pressão, a atenção e a concentração, portanto, têm de ser total no duelo com a Croácia. A ideia é evitar que um ou mais erros tirem o Brasil da Copa do Catar, como aconteceu diante da Bélgica na Rússia e também na derrota na final da Copa América para a Argentina.

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