A seleção brasileira feminina de futebol tem nesta quinta-feira, às 15h45, um grande teste antes da Copa do Mundo da modalidade. No Estádio de Wembley, em Londres, as comandadas de Pia Sundhage medem forças com a Inglaterra na Finalíssima, torneio disputado em jogo único que opõe as campeãs da Euro e da Copa América.
Na versão masculina da taça, a Argentina levou a melhor sobre a Itália com sonoros 3 a 0 antes do Mundial do Catar e deu fortes indícios de que era favorita a erguer o troféu de melhor do mundo meses mais tarde, como aconteceu com o time liderado por Messi. Por isso, os olhares para Wembley buscarão amostras do que Brasil e Inglaterra poderão revelar na Austrália e na Nova Zelândia, no meio do ano.
A Finalíssima é uma das iniciativas de intercâmbio firmadas entre Uefa e Conmebol para aproximar as entidades. A Confederação Sul-Americana tem buscado parcerias com outros continentes para elevar o nível de seu futebol masculino e feminino, de clubes e seleções.
Esse é o quarto duelo entre brasileiras e inglesas na história do futebol feminino. O Brasil levou a melhor em uma oportunidade, enquanto as donas da casa venceram os outros dois jogos. “Teremos algumas respostas. Se você joga com os melhores times, você saberá onde está tendo sucesso e com certeza saberá onde precisa trabalhar ainda mais para melhorar em busca do objetivo. Jogar contra dois bons times, especialmente a seleção inglesa, nos deixa felizes e será uma boa experiência para todos nós”, afirmou Pia ao Estadão em entrevista na última semana.
Durante a preparação para o jogo, a seleção feminina recebeu a visita do atacante Richarlison, jogador do Tottenham e que disputou a Copa do Catar e é figurinha carimbada nas convocações do Brasil. Quem também está em Londres é o presidente da CBF. Ednaldo Rodrigues aproveitará a estadia na Europa para avançar nas negociações para a contratação de um novo técnico para a seleção masculina.
Na última atividade antes do jogo com a Inglaterra, Pia fez trabalhos visando o jogo apoiado, nomenclatura moderna para o estilo com triangulações e opções de passe no momento da construção das jogadas.
Sem contar com Debinha e Marta, lesionadas, a treinadora sueca deve optar por levar a campo uma equipe que seja estrategicamente capaz de ganhar da Inglaterra. Nesse aspecto, o “jogo apoiado” terá bastante importância especialmente na criação de jogadas pelas pontas, onde Pia vê brechas para atacar as inglesas. O jogo entre Inglaterra e Brasil conta com transmissão do SBT (TV aberta) e ESPN (TV fechada).