Brasil decepciona, Venezuela busca empate com golaço e impõe 1º tropeço da ‘Era Diniz’


Gabriel Magalhães faz de cabeça, mas Bello vai às redes na reta final e seleção brasileira perde a liderança das Eliminatórias

Por Marcos Antomil
Atualização:

A seleção brasileira teve uma atuação decepcionante nesta quinta-feira diante da Venezuela. Jogando na Arena Pantanal, em Cuiabá, os comandados de Fernando Diniz criaram pouco, mostraram desentrosamento e permitiram uma reação venezuelana nos últimos minutos. Gabriel Magalhães, de cabeça, colocou o Brasil em vantagem, mas Bello anotou um golaço e impôs o empate por 1 a 1.

Assim como no duelo anterior, com o Peru, a bola parada teve o potencial de decidir o resultado em favor do Brasil, mas dessa vez a falta de eficácia e a defesa dispersa fizeram com que a seleção saísse de campo com um tropeço diante de uma das equipes mais fracas das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026.

É o primeiro resultado diferente de vitória da seleção sob o comando de Diniz. O resultado faz o Brasil perder a liderança da competição para a Argentina, única com 100% de aproveitamento. Neymar se esforçou para levar cartão amarelo em mais uma atuação fraca e em total descompasso com Vinícius Júnior, outro craque que pouco mostrou em campo. No apito final, jogadores das duas equipes se estranharam e, na saída de campo, pipocas, atiradas da arquibancada, caíram sobre a cabeça do jogador do Al-Hilal.

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“Uma partida de uma equipe querendo propor e outra defendendo e jogando por uma bola. Eles acharam essa bola no fim do jogo. É um processo, precisamos melhorar, temos pouco tempo de treinamento com Diniz”, afirmou Casemiro, volante e capitão do Brasil.

Primeiro tempo mostra Brasil fora do compasso

A seleção brasileira começou o duelo a todo vapor. Neymar trouxe os holofotes da Arena Pantanal para si, com jogadas plásticas e fome de gol. No entanto, erros de passe complicaram a produtividade ofensiva do Brasil. Na bola parada, o time de Diniz levou mais perigo, mas ficou longe de apresentar o futebol que se esperava da equipe completa, com Vini Jr., Neymar e Rodrygo como grandes estrelas.

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A pressa, incompreensível e desnecessária a essa altura do campeonato, foi um nítido complicador no primeiro tempo. A seleção brasileira se mostrou descoordenada: acelerava quando deveria ter paciência, diminuía o ritmo no momento que precisa ser mais ágil e incisiva.

Imprecisa, seleção brasileira fez um primeiro tempo decepcionante em Cuiabá. Foto: Andre Penner/ AP

O Brasil não soube desencaixar a firme marcação venezuelana. A equipe “vinotinto” se fechava em uma linha de cinco ou seis jogadores e tentava encontrar espaço no contragolpe. A falta de eficiência da seleção deixou os nervos à flor da pele. Richarlison e Neymar estavam exaltados com atletas da Venezuela e o árbitro peruano.

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Lateral: o tendão de Aquiles da seleção brasileira

Com a Venezuela retrancada, havia necessidade de Arana e Danilo se apresentarem em uma linha mais ofensiva para criar superioridade numérica, fazer triangulações e tirar o conforto da defesa visitante. No entanto, não se viu uma movimentação em consonância com o que o Brasil precisava para balançar as redes.

As laterais foram uma pedra no sapato para Diniz nessa Data Fifa. Dos quatro convocados originalmente, três foram cortados. O quarto se machucou durante o jogo desta quinta. Danilo, que não fazia boa partida, saiu de campo ainda na etapa inaugural após sentir uma lesão, dando lugar ao estreante Yan Couto, de 21 anos.

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Gabriel Magalhães faz um, mas Bello decreta empate com golaço

Na volta do intervalo, o Brasil, antes mesmo de apresentar soluções para os problemas detectados na primeira parte, inaugurou o placar aos 5 minutos. Em cobrança de escanteio de Neymar, o zagueiro Gabriel Magalhães subiu de cabeça para balançar a rede do gol defendido por Rafael Romo.

Gabriel Magalhães comemora primeiro gol do duelo com a Venezuela em Cuiabá. Foto: Andre Penner/ AP
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Com o placar desfavorável, a Venezuela precisou se soltar mais, dando mais espaço para os atacantes do Brasil criarem. A seleção brasileira perdeu chances sequenciais, mas os visitante também levaram perigo a Éderson. Estático, Richarlison não ajudou muito e foi substituído por Gabriel Jesus. A posição de centroavante é uma que Diniz precisa revisitar e testar novos atletas.

Os venezuelanos continuaram apostando na bola parada, e os brasileiros, no contra-ataque. Soteldo, do Santos, deu outro ritmo para a Venezuela e protagonizou as principais tentativas de ataque pela ponta esquerda.

A insistência dos visitantes fez efeito. A marcação frouxa de Gerson permitiu que Savarino encontrasse Bello na grande área. Ele emendou uma meia-bicicleta e fez um golaço para decretar o empate em Cuiabá, aos 40 minutos.

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Próximos jogos de Brasil e Venezuela

A seleção brasileira volta a jogar na terça-feira, às 21h, diante do Uruguai, no Estádio Centenário de Montevidéu pela quarta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas. Já a Venezuela entra em campo mais cedo, às 18h, para medir forças com o Chile, no Monumental de Maturín.

BRASIL x VENEZUELA

  • BRASIL: Éderson; Danilo (Yan Couto), Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; Casemiro (André), Bruno Guimarães (Gerson) e Neymar; Rodrygo, Vinícius Júnior (Matheus Cunha) e Richarlison (Gabriel Jesus). Técnico: Fernando Diniz.
  • VENEZUELA: Rafael Romo; Alexander González, Yordan Osorio, Wilker Ángel e Christian Makoun; Yangel Herrera (Cristian Cásseres), Tomás Rincón (Junior Moreno), Samuel Sosa (Eduard Bello) e Darwin Machís (Yeferson Soteldo); Sergio Córdova (Jefferson Savarino) e Salomón Rondón. Técnico: Fernando Batista.
  • GOLS: Gabriel Magalhães, aos 5, Bello, aos 40 minutos do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Kevin Ortega (PER).
  • CARTÕES AMARELOS: André, Richarlison, Rincón e Herrera.
  • PÚBLICO: 40.020 torcedores.
  • RENDA: R$ 12.746.150,00.
  • LOCAL: Arena Pantanal, em Cuiabá.

A seleção brasileira teve uma atuação decepcionante nesta quinta-feira diante da Venezuela. Jogando na Arena Pantanal, em Cuiabá, os comandados de Fernando Diniz criaram pouco, mostraram desentrosamento e permitiram uma reação venezuelana nos últimos minutos. Gabriel Magalhães, de cabeça, colocou o Brasil em vantagem, mas Bello anotou um golaço e impôs o empate por 1 a 1.

Assim como no duelo anterior, com o Peru, a bola parada teve o potencial de decidir o resultado em favor do Brasil, mas dessa vez a falta de eficácia e a defesa dispersa fizeram com que a seleção saísse de campo com um tropeço diante de uma das equipes mais fracas das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026.

É o primeiro resultado diferente de vitória da seleção sob o comando de Diniz. O resultado faz o Brasil perder a liderança da competição para a Argentina, única com 100% de aproveitamento. Neymar se esforçou para levar cartão amarelo em mais uma atuação fraca e em total descompasso com Vinícius Júnior, outro craque que pouco mostrou em campo. No apito final, jogadores das duas equipes se estranharam e, na saída de campo, pipocas, atiradas da arquibancada, caíram sobre a cabeça do jogador do Al-Hilal.

“Uma partida de uma equipe querendo propor e outra defendendo e jogando por uma bola. Eles acharam essa bola no fim do jogo. É um processo, precisamos melhorar, temos pouco tempo de treinamento com Diniz”, afirmou Casemiro, volante e capitão do Brasil.

Primeiro tempo mostra Brasil fora do compasso

A seleção brasileira começou o duelo a todo vapor. Neymar trouxe os holofotes da Arena Pantanal para si, com jogadas plásticas e fome de gol. No entanto, erros de passe complicaram a produtividade ofensiva do Brasil. Na bola parada, o time de Diniz levou mais perigo, mas ficou longe de apresentar o futebol que se esperava da equipe completa, com Vini Jr., Neymar e Rodrygo como grandes estrelas.

A pressa, incompreensível e desnecessária a essa altura do campeonato, foi um nítido complicador no primeiro tempo. A seleção brasileira se mostrou descoordenada: acelerava quando deveria ter paciência, diminuía o ritmo no momento que precisa ser mais ágil e incisiva.

Imprecisa, seleção brasileira fez um primeiro tempo decepcionante em Cuiabá. Foto: Andre Penner/ AP

O Brasil não soube desencaixar a firme marcação venezuelana. A equipe “vinotinto” se fechava em uma linha de cinco ou seis jogadores e tentava encontrar espaço no contragolpe. A falta de eficiência da seleção deixou os nervos à flor da pele. Richarlison e Neymar estavam exaltados com atletas da Venezuela e o árbitro peruano.

Lateral: o tendão de Aquiles da seleção brasileira

Com a Venezuela retrancada, havia necessidade de Arana e Danilo se apresentarem em uma linha mais ofensiva para criar superioridade numérica, fazer triangulações e tirar o conforto da defesa visitante. No entanto, não se viu uma movimentação em consonância com o que o Brasil precisava para balançar as redes.

As laterais foram uma pedra no sapato para Diniz nessa Data Fifa. Dos quatro convocados originalmente, três foram cortados. O quarto se machucou durante o jogo desta quinta. Danilo, que não fazia boa partida, saiu de campo ainda na etapa inaugural após sentir uma lesão, dando lugar ao estreante Yan Couto, de 21 anos.

Gabriel Magalhães faz um, mas Bello decreta empate com golaço

Na volta do intervalo, o Brasil, antes mesmo de apresentar soluções para os problemas detectados na primeira parte, inaugurou o placar aos 5 minutos. Em cobrança de escanteio de Neymar, o zagueiro Gabriel Magalhães subiu de cabeça para balançar a rede do gol defendido por Rafael Romo.

Gabriel Magalhães comemora primeiro gol do duelo com a Venezuela em Cuiabá. Foto: Andre Penner/ AP

Com o placar desfavorável, a Venezuela precisou se soltar mais, dando mais espaço para os atacantes do Brasil criarem. A seleção brasileira perdeu chances sequenciais, mas os visitante também levaram perigo a Éderson. Estático, Richarlison não ajudou muito e foi substituído por Gabriel Jesus. A posição de centroavante é uma que Diniz precisa revisitar e testar novos atletas.

Os venezuelanos continuaram apostando na bola parada, e os brasileiros, no contra-ataque. Soteldo, do Santos, deu outro ritmo para a Venezuela e protagonizou as principais tentativas de ataque pela ponta esquerda.

A insistência dos visitantes fez efeito. A marcação frouxa de Gerson permitiu que Savarino encontrasse Bello na grande área. Ele emendou uma meia-bicicleta e fez um golaço para decretar o empate em Cuiabá, aos 40 minutos.

Próximos jogos de Brasil e Venezuela

A seleção brasileira volta a jogar na terça-feira, às 21h, diante do Uruguai, no Estádio Centenário de Montevidéu pela quarta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas. Já a Venezuela entra em campo mais cedo, às 18h, para medir forças com o Chile, no Monumental de Maturín.

BRASIL x VENEZUELA

  • BRASIL: Éderson; Danilo (Yan Couto), Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; Casemiro (André), Bruno Guimarães (Gerson) e Neymar; Rodrygo, Vinícius Júnior (Matheus Cunha) e Richarlison (Gabriel Jesus). Técnico: Fernando Diniz.
  • VENEZUELA: Rafael Romo; Alexander González, Yordan Osorio, Wilker Ángel e Christian Makoun; Yangel Herrera (Cristian Cásseres), Tomás Rincón (Junior Moreno), Samuel Sosa (Eduard Bello) e Darwin Machís (Yeferson Soteldo); Sergio Córdova (Jefferson Savarino) e Salomón Rondón. Técnico: Fernando Batista.
  • GOLS: Gabriel Magalhães, aos 5, Bello, aos 40 minutos do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Kevin Ortega (PER).
  • CARTÕES AMARELOS: André, Richarlison, Rincón e Herrera.
  • PÚBLICO: 40.020 torcedores.
  • RENDA: R$ 12.746.150,00.
  • LOCAL: Arena Pantanal, em Cuiabá.

A seleção brasileira teve uma atuação decepcionante nesta quinta-feira diante da Venezuela. Jogando na Arena Pantanal, em Cuiabá, os comandados de Fernando Diniz criaram pouco, mostraram desentrosamento e permitiram uma reação venezuelana nos últimos minutos. Gabriel Magalhães, de cabeça, colocou o Brasil em vantagem, mas Bello anotou um golaço e impôs o empate por 1 a 1.

Assim como no duelo anterior, com o Peru, a bola parada teve o potencial de decidir o resultado em favor do Brasil, mas dessa vez a falta de eficácia e a defesa dispersa fizeram com que a seleção saísse de campo com um tropeço diante de uma das equipes mais fracas das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026.

É o primeiro resultado diferente de vitória da seleção sob o comando de Diniz. O resultado faz o Brasil perder a liderança da competição para a Argentina, única com 100% de aproveitamento. Neymar se esforçou para levar cartão amarelo em mais uma atuação fraca e em total descompasso com Vinícius Júnior, outro craque que pouco mostrou em campo. No apito final, jogadores das duas equipes se estranharam e, na saída de campo, pipocas, atiradas da arquibancada, caíram sobre a cabeça do jogador do Al-Hilal.

“Uma partida de uma equipe querendo propor e outra defendendo e jogando por uma bola. Eles acharam essa bola no fim do jogo. É um processo, precisamos melhorar, temos pouco tempo de treinamento com Diniz”, afirmou Casemiro, volante e capitão do Brasil.

Primeiro tempo mostra Brasil fora do compasso

A seleção brasileira começou o duelo a todo vapor. Neymar trouxe os holofotes da Arena Pantanal para si, com jogadas plásticas e fome de gol. No entanto, erros de passe complicaram a produtividade ofensiva do Brasil. Na bola parada, o time de Diniz levou mais perigo, mas ficou longe de apresentar o futebol que se esperava da equipe completa, com Vini Jr., Neymar e Rodrygo como grandes estrelas.

A pressa, incompreensível e desnecessária a essa altura do campeonato, foi um nítido complicador no primeiro tempo. A seleção brasileira se mostrou descoordenada: acelerava quando deveria ter paciência, diminuía o ritmo no momento que precisa ser mais ágil e incisiva.

Imprecisa, seleção brasileira fez um primeiro tempo decepcionante em Cuiabá. Foto: Andre Penner/ AP

O Brasil não soube desencaixar a firme marcação venezuelana. A equipe “vinotinto” se fechava em uma linha de cinco ou seis jogadores e tentava encontrar espaço no contragolpe. A falta de eficiência da seleção deixou os nervos à flor da pele. Richarlison e Neymar estavam exaltados com atletas da Venezuela e o árbitro peruano.

Lateral: o tendão de Aquiles da seleção brasileira

Com a Venezuela retrancada, havia necessidade de Arana e Danilo se apresentarem em uma linha mais ofensiva para criar superioridade numérica, fazer triangulações e tirar o conforto da defesa visitante. No entanto, não se viu uma movimentação em consonância com o que o Brasil precisava para balançar as redes.

As laterais foram uma pedra no sapato para Diniz nessa Data Fifa. Dos quatro convocados originalmente, três foram cortados. O quarto se machucou durante o jogo desta quinta. Danilo, que não fazia boa partida, saiu de campo ainda na etapa inaugural após sentir uma lesão, dando lugar ao estreante Yan Couto, de 21 anos.

Gabriel Magalhães faz um, mas Bello decreta empate com golaço

Na volta do intervalo, o Brasil, antes mesmo de apresentar soluções para os problemas detectados na primeira parte, inaugurou o placar aos 5 minutos. Em cobrança de escanteio de Neymar, o zagueiro Gabriel Magalhães subiu de cabeça para balançar a rede do gol defendido por Rafael Romo.

Gabriel Magalhães comemora primeiro gol do duelo com a Venezuela em Cuiabá. Foto: Andre Penner/ AP

Com o placar desfavorável, a Venezuela precisou se soltar mais, dando mais espaço para os atacantes do Brasil criarem. A seleção brasileira perdeu chances sequenciais, mas os visitante também levaram perigo a Éderson. Estático, Richarlison não ajudou muito e foi substituído por Gabriel Jesus. A posição de centroavante é uma que Diniz precisa revisitar e testar novos atletas.

Os venezuelanos continuaram apostando na bola parada, e os brasileiros, no contra-ataque. Soteldo, do Santos, deu outro ritmo para a Venezuela e protagonizou as principais tentativas de ataque pela ponta esquerda.

A insistência dos visitantes fez efeito. A marcação frouxa de Gerson permitiu que Savarino encontrasse Bello na grande área. Ele emendou uma meia-bicicleta e fez um golaço para decretar o empate em Cuiabá, aos 40 minutos.

Próximos jogos de Brasil e Venezuela

A seleção brasileira volta a jogar na terça-feira, às 21h, diante do Uruguai, no Estádio Centenário de Montevidéu pela quarta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas. Já a Venezuela entra em campo mais cedo, às 18h, para medir forças com o Chile, no Monumental de Maturín.

BRASIL x VENEZUELA

  • BRASIL: Éderson; Danilo (Yan Couto), Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; Casemiro (André), Bruno Guimarães (Gerson) e Neymar; Rodrygo, Vinícius Júnior (Matheus Cunha) e Richarlison (Gabriel Jesus). Técnico: Fernando Diniz.
  • VENEZUELA: Rafael Romo; Alexander González, Yordan Osorio, Wilker Ángel e Christian Makoun; Yangel Herrera (Cristian Cásseres), Tomás Rincón (Junior Moreno), Samuel Sosa (Eduard Bello) e Darwin Machís (Yeferson Soteldo); Sergio Córdova (Jefferson Savarino) e Salomón Rondón. Técnico: Fernando Batista.
  • GOLS: Gabriel Magalhães, aos 5, Bello, aos 40 minutos do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Kevin Ortega (PER).
  • CARTÕES AMARELOS: André, Richarlison, Rincón e Herrera.
  • PÚBLICO: 40.020 torcedores.
  • RENDA: R$ 12.746.150,00.
  • LOCAL: Arena Pantanal, em Cuiabá.

A seleção brasileira teve uma atuação decepcionante nesta quinta-feira diante da Venezuela. Jogando na Arena Pantanal, em Cuiabá, os comandados de Fernando Diniz criaram pouco, mostraram desentrosamento e permitiram uma reação venezuelana nos últimos minutos. Gabriel Magalhães, de cabeça, colocou o Brasil em vantagem, mas Bello anotou um golaço e impôs o empate por 1 a 1.

Assim como no duelo anterior, com o Peru, a bola parada teve o potencial de decidir o resultado em favor do Brasil, mas dessa vez a falta de eficácia e a defesa dispersa fizeram com que a seleção saísse de campo com um tropeço diante de uma das equipes mais fracas das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026.

É o primeiro resultado diferente de vitória da seleção sob o comando de Diniz. O resultado faz o Brasil perder a liderança da competição para a Argentina, única com 100% de aproveitamento. Neymar se esforçou para levar cartão amarelo em mais uma atuação fraca e em total descompasso com Vinícius Júnior, outro craque que pouco mostrou em campo. No apito final, jogadores das duas equipes se estranharam e, na saída de campo, pipocas, atiradas da arquibancada, caíram sobre a cabeça do jogador do Al-Hilal.

“Uma partida de uma equipe querendo propor e outra defendendo e jogando por uma bola. Eles acharam essa bola no fim do jogo. É um processo, precisamos melhorar, temos pouco tempo de treinamento com Diniz”, afirmou Casemiro, volante e capitão do Brasil.

Primeiro tempo mostra Brasil fora do compasso

A seleção brasileira começou o duelo a todo vapor. Neymar trouxe os holofotes da Arena Pantanal para si, com jogadas plásticas e fome de gol. No entanto, erros de passe complicaram a produtividade ofensiva do Brasil. Na bola parada, o time de Diniz levou mais perigo, mas ficou longe de apresentar o futebol que se esperava da equipe completa, com Vini Jr., Neymar e Rodrygo como grandes estrelas.

A pressa, incompreensível e desnecessária a essa altura do campeonato, foi um nítido complicador no primeiro tempo. A seleção brasileira se mostrou descoordenada: acelerava quando deveria ter paciência, diminuía o ritmo no momento que precisa ser mais ágil e incisiva.

Imprecisa, seleção brasileira fez um primeiro tempo decepcionante em Cuiabá. Foto: Andre Penner/ AP

O Brasil não soube desencaixar a firme marcação venezuelana. A equipe “vinotinto” se fechava em uma linha de cinco ou seis jogadores e tentava encontrar espaço no contragolpe. A falta de eficiência da seleção deixou os nervos à flor da pele. Richarlison e Neymar estavam exaltados com atletas da Venezuela e o árbitro peruano.

Lateral: o tendão de Aquiles da seleção brasileira

Com a Venezuela retrancada, havia necessidade de Arana e Danilo se apresentarem em uma linha mais ofensiva para criar superioridade numérica, fazer triangulações e tirar o conforto da defesa visitante. No entanto, não se viu uma movimentação em consonância com o que o Brasil precisava para balançar as redes.

As laterais foram uma pedra no sapato para Diniz nessa Data Fifa. Dos quatro convocados originalmente, três foram cortados. O quarto se machucou durante o jogo desta quinta. Danilo, que não fazia boa partida, saiu de campo ainda na etapa inaugural após sentir uma lesão, dando lugar ao estreante Yan Couto, de 21 anos.

Gabriel Magalhães faz um, mas Bello decreta empate com golaço

Na volta do intervalo, o Brasil, antes mesmo de apresentar soluções para os problemas detectados na primeira parte, inaugurou o placar aos 5 minutos. Em cobrança de escanteio de Neymar, o zagueiro Gabriel Magalhães subiu de cabeça para balançar a rede do gol defendido por Rafael Romo.

Gabriel Magalhães comemora primeiro gol do duelo com a Venezuela em Cuiabá. Foto: Andre Penner/ AP

Com o placar desfavorável, a Venezuela precisou se soltar mais, dando mais espaço para os atacantes do Brasil criarem. A seleção brasileira perdeu chances sequenciais, mas os visitante também levaram perigo a Éderson. Estático, Richarlison não ajudou muito e foi substituído por Gabriel Jesus. A posição de centroavante é uma que Diniz precisa revisitar e testar novos atletas.

Os venezuelanos continuaram apostando na bola parada, e os brasileiros, no contra-ataque. Soteldo, do Santos, deu outro ritmo para a Venezuela e protagonizou as principais tentativas de ataque pela ponta esquerda.

A insistência dos visitantes fez efeito. A marcação frouxa de Gerson permitiu que Savarino encontrasse Bello na grande área. Ele emendou uma meia-bicicleta e fez um golaço para decretar o empate em Cuiabá, aos 40 minutos.

Próximos jogos de Brasil e Venezuela

A seleção brasileira volta a jogar na terça-feira, às 21h, diante do Uruguai, no Estádio Centenário de Montevidéu pela quarta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas. Já a Venezuela entra em campo mais cedo, às 18h, para medir forças com o Chile, no Monumental de Maturín.

BRASIL x VENEZUELA

  • BRASIL: Éderson; Danilo (Yan Couto), Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; Casemiro (André), Bruno Guimarães (Gerson) e Neymar; Rodrygo, Vinícius Júnior (Matheus Cunha) e Richarlison (Gabriel Jesus). Técnico: Fernando Diniz.
  • VENEZUELA: Rafael Romo; Alexander González, Yordan Osorio, Wilker Ángel e Christian Makoun; Yangel Herrera (Cristian Cásseres), Tomás Rincón (Junior Moreno), Samuel Sosa (Eduard Bello) e Darwin Machís (Yeferson Soteldo); Sergio Córdova (Jefferson Savarino) e Salomón Rondón. Técnico: Fernando Batista.
  • GOLS: Gabriel Magalhães, aos 5, Bello, aos 40 minutos do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Kevin Ortega (PER).
  • CARTÕES AMARELOS: André, Richarlison, Rincón e Herrera.
  • PÚBLICO: 40.020 torcedores.
  • RENDA: R$ 12.746.150,00.
  • LOCAL: Arena Pantanal, em Cuiabá.

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