Brasileirão: como funcionam protocolo de concussões, substituições extras e tempo de afastamento


Novo procedimento é aplicado quatro vezes até metade da terceira rodada do campeonato

Por Leonardo Catto

Pelo menos quatro jogadores tiveram o protocolo de concussão acionado até metade dos jogos da terceira rodada do Campeonato Brasileiro. As novas regras possibilitam uma substituição extra caso um jogador precise deixar o campo após um choque de cabeça. O atleta precisa, ainda, ficar afastado até avaliação da comissão médica da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para retornar às atividades.

Logo na primeira rodada, três jogadores passaram pela situação. O volante Marlon Feitas saiu em Cruzeiro x Botafogo após uma batida na cabeça. Em Atlético-GO x Flamengo, Adriano Martins e Viña chocaram-se entre si e deixaram o jogo. Em Vasco x Grêmio, o zagueiro Kannemann quase desmaiou após um choque, mas o goleiro gremista Marchesín o segurou. Ele saiu de campo e houve comunicação de que era uma substituição por concussão.

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Depois, a CBF informou que houve um ruído na comunicação da arbitragem com a equipe médica do time gaúcho, o que permitiu que Kannemann já tivesse autorização para retornar na segunda rodada. Entretanto, ele seguiu fora. Na terceira rodada, em Grêmio x Cuiabá, Alan Empereur deixou o campo por um choque na cabeça.

Alan Empereur deixou o campo com um 'galo' após choque de cabeça em Grêmio x Cuiabá. Foto: Reprodução/Premiere
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Cada time começa a partida com direito a cinco substituições. Quando um jogador sai pelo protocolo de concussão, é como se fosse uma “troca extra”. No caso do zagueiro do Cuiabá, por exemplo, não havia sido feita nenhuma substituição. Quando ele saiu, a equipe ainda tinha cinco trocas. Já o Grêmio pôde ter seis, a mesma quantidade que o adversário. Na partida em questão, porém, Empereur ainda voltou ao campo após o choque e antes de ser substituído, o que não é o recomendado no protocolo.

Antes das partidas, a equipe médica de cada time recebe um cartão que deve ser mostrado à arbitragem em caso de troca por concussão. Após o fim do jogo, o responsável médico entrega ao árbitro o cartão assinado, com a identificação do jogador, respostas de um questionário, sintomas e tratamento do atleta, descrevendo, por exemplo, se foi necessária tomografia, observação no hospital, entre outros.

Depois, um relatório é feito sobre o quadro do jogador, junto de uma previsão de retorno às atividades e o processo de recuperação. Os materiais são enviados à Comissão Médica da CBF, que analisa se pode deferir o plano do clube.

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Kannemann saiu após batida na cabeça, mas teve liberação, devido à equipe médica do Grêmio ter voltado no protocolo, o que não é permitido. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Questionário para sinais de concussão

Se um ou mais dos sinais forem observados, após uma lesão na cabeça, o jogador deve ser removido do campo e imediatamente substituído. No caso dos quatro primeiros sintomas citados, o atleta deve passar por uma tomografia computadorizada.

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  • Perda da consciência
  • Convulsão
  • Deitado no chão sem se mover
  • Marcha instável com a cabeça baixa e olhar vago
  • Irritação desproporcional

Sinais de alerta

  • Visão Dupla
  • Dor de cabeça intensa
  • Vômitos
  • Olhando fixamente
  • Lesão facial visível
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Teste de memória

No caso de respostas incoerentes, o jogador deve passar por uma tomografia computadorizada.

  • Qual torneio estamos disputando?
  • Contra que equipe estamos jogando?
  • Em que cidade estamos jogamos?
  • Qual é o placar deste jogo?
  • Qual o nome do seu treinador?
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Marlon Feitas teve concussão, mas não foi constatada lesão após exames. Foto: Reprodução/Premiere

A medida já foi incorporada nas Eliminatórias para a Copa do Mundo 2026 e na Copa do Mundo Feminina 2023. No Brasil, o protocolo é testado nas séries A e B, as quais contam com VAR e permitem revisão e análise dos comportamentos da equipe médica e de arbitragem. As demais competições seguem o protocolo vigente até então, com comunicação à comissão médica e preenchimento do questionário sobre a lesão do jogador. O objetivo é que a substituição extra por concussão seja adotada gradativamente, mediante estudo dessa primeira implementação nas duas principais divisões.

Entre os quatro jogadores substituídos pelo protocolo, Anderson Martins, do Atlético-GO, não chegou a ter concussão, mas um corte de quase dez centímetros. Matias Viña, que já chegou a jogar com capacete após uma batida na cabeça quando defendia o Palmeiras em 2020, fez exames em um hospital. Segundo o Flamengo, ele continua em observação pelo departamento médico do clube e retomará as atividades de forma gradual no decorrer dos próximos dias.

Marlon Freitas, do Botafogo, também passou por exames no hospital. Não foi verificada lesão, e o volante continua em observação pelo departamento médico botafoguense. Empereur, do Cuiabá, recebeu atendimento ainda na ambulância, na Arena do Grêmio, e depois foi encaminhado a um hospital para exames.

Pelo menos quatro jogadores tiveram o protocolo de concussão acionado até metade dos jogos da terceira rodada do Campeonato Brasileiro. As novas regras possibilitam uma substituição extra caso um jogador precise deixar o campo após um choque de cabeça. O atleta precisa, ainda, ficar afastado até avaliação da comissão médica da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para retornar às atividades.

Logo na primeira rodada, três jogadores passaram pela situação. O volante Marlon Feitas saiu em Cruzeiro x Botafogo após uma batida na cabeça. Em Atlético-GO x Flamengo, Adriano Martins e Viña chocaram-se entre si e deixaram o jogo. Em Vasco x Grêmio, o zagueiro Kannemann quase desmaiou após um choque, mas o goleiro gremista Marchesín o segurou. Ele saiu de campo e houve comunicação de que era uma substituição por concussão.

Depois, a CBF informou que houve um ruído na comunicação da arbitragem com a equipe médica do time gaúcho, o que permitiu que Kannemann já tivesse autorização para retornar na segunda rodada. Entretanto, ele seguiu fora. Na terceira rodada, em Grêmio x Cuiabá, Alan Empereur deixou o campo por um choque na cabeça.

Alan Empereur deixou o campo com um 'galo' após choque de cabeça em Grêmio x Cuiabá. Foto: Reprodução/Premiere

Cada time começa a partida com direito a cinco substituições. Quando um jogador sai pelo protocolo de concussão, é como se fosse uma “troca extra”. No caso do zagueiro do Cuiabá, por exemplo, não havia sido feita nenhuma substituição. Quando ele saiu, a equipe ainda tinha cinco trocas. Já o Grêmio pôde ter seis, a mesma quantidade que o adversário. Na partida em questão, porém, Empereur ainda voltou ao campo após o choque e antes de ser substituído, o que não é o recomendado no protocolo.

Antes das partidas, a equipe médica de cada time recebe um cartão que deve ser mostrado à arbitragem em caso de troca por concussão. Após o fim do jogo, o responsável médico entrega ao árbitro o cartão assinado, com a identificação do jogador, respostas de um questionário, sintomas e tratamento do atleta, descrevendo, por exemplo, se foi necessária tomografia, observação no hospital, entre outros.

Depois, um relatório é feito sobre o quadro do jogador, junto de uma previsão de retorno às atividades e o processo de recuperação. Os materiais são enviados à Comissão Médica da CBF, que analisa se pode deferir o plano do clube.

Kannemann saiu após batida na cabeça, mas teve liberação, devido à equipe médica do Grêmio ter voltado no protocolo, o que não é permitido. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Questionário para sinais de concussão

Se um ou mais dos sinais forem observados, após uma lesão na cabeça, o jogador deve ser removido do campo e imediatamente substituído. No caso dos quatro primeiros sintomas citados, o atleta deve passar por uma tomografia computadorizada.

  • Perda da consciência
  • Convulsão
  • Deitado no chão sem se mover
  • Marcha instável com a cabeça baixa e olhar vago
  • Irritação desproporcional

Sinais de alerta

  • Visão Dupla
  • Dor de cabeça intensa
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  • Olhando fixamente
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  • Qual torneio estamos disputando?
  • Contra que equipe estamos jogando?
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  • Qual é o placar deste jogo?
  • Qual o nome do seu treinador?
Marlon Feitas teve concussão, mas não foi constatada lesão após exames. Foto: Reprodução/Premiere

A medida já foi incorporada nas Eliminatórias para a Copa do Mundo 2026 e na Copa do Mundo Feminina 2023. No Brasil, o protocolo é testado nas séries A e B, as quais contam com VAR e permitem revisão e análise dos comportamentos da equipe médica e de arbitragem. As demais competições seguem o protocolo vigente até então, com comunicação à comissão médica e preenchimento do questionário sobre a lesão do jogador. O objetivo é que a substituição extra por concussão seja adotada gradativamente, mediante estudo dessa primeira implementação nas duas principais divisões.

Entre os quatro jogadores substituídos pelo protocolo, Anderson Martins, do Atlético-GO, não chegou a ter concussão, mas um corte de quase dez centímetros. Matias Viña, que já chegou a jogar com capacete após uma batida na cabeça quando defendia o Palmeiras em 2020, fez exames em um hospital. Segundo o Flamengo, ele continua em observação pelo departamento médico do clube e retomará as atividades de forma gradual no decorrer dos próximos dias.

Marlon Freitas, do Botafogo, também passou por exames no hospital. Não foi verificada lesão, e o volante continua em observação pelo departamento médico botafoguense. Empereur, do Cuiabá, recebeu atendimento ainda na ambulância, na Arena do Grêmio, e depois foi encaminhado a um hospital para exames.

Pelo menos quatro jogadores tiveram o protocolo de concussão acionado até metade dos jogos da terceira rodada do Campeonato Brasileiro. As novas regras possibilitam uma substituição extra caso um jogador precise deixar o campo após um choque de cabeça. O atleta precisa, ainda, ficar afastado até avaliação da comissão médica da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para retornar às atividades.

Logo na primeira rodada, três jogadores passaram pela situação. O volante Marlon Feitas saiu em Cruzeiro x Botafogo após uma batida na cabeça. Em Atlético-GO x Flamengo, Adriano Martins e Viña chocaram-se entre si e deixaram o jogo. Em Vasco x Grêmio, o zagueiro Kannemann quase desmaiou após um choque, mas o goleiro gremista Marchesín o segurou. Ele saiu de campo e houve comunicação de que era uma substituição por concussão.

Depois, a CBF informou que houve um ruído na comunicação da arbitragem com a equipe médica do time gaúcho, o que permitiu que Kannemann já tivesse autorização para retornar na segunda rodada. Entretanto, ele seguiu fora. Na terceira rodada, em Grêmio x Cuiabá, Alan Empereur deixou o campo por um choque na cabeça.

Alan Empereur deixou o campo com um 'galo' após choque de cabeça em Grêmio x Cuiabá. Foto: Reprodução/Premiere

Cada time começa a partida com direito a cinco substituições. Quando um jogador sai pelo protocolo de concussão, é como se fosse uma “troca extra”. No caso do zagueiro do Cuiabá, por exemplo, não havia sido feita nenhuma substituição. Quando ele saiu, a equipe ainda tinha cinco trocas. Já o Grêmio pôde ter seis, a mesma quantidade que o adversário. Na partida em questão, porém, Empereur ainda voltou ao campo após o choque e antes de ser substituído, o que não é o recomendado no protocolo.

Antes das partidas, a equipe médica de cada time recebe um cartão que deve ser mostrado à arbitragem em caso de troca por concussão. Após o fim do jogo, o responsável médico entrega ao árbitro o cartão assinado, com a identificação do jogador, respostas de um questionário, sintomas e tratamento do atleta, descrevendo, por exemplo, se foi necessária tomografia, observação no hospital, entre outros.

Depois, um relatório é feito sobre o quadro do jogador, junto de uma previsão de retorno às atividades e o processo de recuperação. Os materiais são enviados à Comissão Médica da CBF, que analisa se pode deferir o plano do clube.

Kannemann saiu após batida na cabeça, mas teve liberação, devido à equipe médica do Grêmio ter voltado no protocolo, o que não é permitido. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Questionário para sinais de concussão

Se um ou mais dos sinais forem observados, após uma lesão na cabeça, o jogador deve ser removido do campo e imediatamente substituído. No caso dos quatro primeiros sintomas citados, o atleta deve passar por uma tomografia computadorizada.

  • Perda da consciência
  • Convulsão
  • Deitado no chão sem se mover
  • Marcha instável com a cabeça baixa e olhar vago
  • Irritação desproporcional

Sinais de alerta

  • Visão Dupla
  • Dor de cabeça intensa
  • Vômitos
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Teste de memória

No caso de respostas incoerentes, o jogador deve passar por uma tomografia computadorizada.

  • Qual torneio estamos disputando?
  • Contra que equipe estamos jogando?
  • Em que cidade estamos jogamos?
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Marlon Feitas teve concussão, mas não foi constatada lesão após exames. Foto: Reprodução/Premiere

A medida já foi incorporada nas Eliminatórias para a Copa do Mundo 2026 e na Copa do Mundo Feminina 2023. No Brasil, o protocolo é testado nas séries A e B, as quais contam com VAR e permitem revisão e análise dos comportamentos da equipe médica e de arbitragem. As demais competições seguem o protocolo vigente até então, com comunicação à comissão médica e preenchimento do questionário sobre a lesão do jogador. O objetivo é que a substituição extra por concussão seja adotada gradativamente, mediante estudo dessa primeira implementação nas duas principais divisões.

Entre os quatro jogadores substituídos pelo protocolo, Anderson Martins, do Atlético-GO, não chegou a ter concussão, mas um corte de quase dez centímetros. Matias Viña, que já chegou a jogar com capacete após uma batida na cabeça quando defendia o Palmeiras em 2020, fez exames em um hospital. Segundo o Flamengo, ele continua em observação pelo departamento médico do clube e retomará as atividades de forma gradual no decorrer dos próximos dias.

Marlon Freitas, do Botafogo, também passou por exames no hospital. Não foi verificada lesão, e o volante continua em observação pelo departamento médico botafoguense. Empereur, do Cuiabá, recebeu atendimento ainda na ambulância, na Arena do Grêmio, e depois foi encaminhado a um hospital para exames.

Pelo menos quatro jogadores tiveram o protocolo de concussão acionado até metade dos jogos da terceira rodada do Campeonato Brasileiro. As novas regras possibilitam uma substituição extra caso um jogador precise deixar o campo após um choque de cabeça. O atleta precisa, ainda, ficar afastado até avaliação da comissão médica da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para retornar às atividades.

Logo na primeira rodada, três jogadores passaram pela situação. O volante Marlon Feitas saiu em Cruzeiro x Botafogo após uma batida na cabeça. Em Atlético-GO x Flamengo, Adriano Martins e Viña chocaram-se entre si e deixaram o jogo. Em Vasco x Grêmio, o zagueiro Kannemann quase desmaiou após um choque, mas o goleiro gremista Marchesín o segurou. Ele saiu de campo e houve comunicação de que era uma substituição por concussão.

Depois, a CBF informou que houve um ruído na comunicação da arbitragem com a equipe médica do time gaúcho, o que permitiu que Kannemann já tivesse autorização para retornar na segunda rodada. Entretanto, ele seguiu fora. Na terceira rodada, em Grêmio x Cuiabá, Alan Empereur deixou o campo por um choque na cabeça.

Alan Empereur deixou o campo com um 'galo' após choque de cabeça em Grêmio x Cuiabá. Foto: Reprodução/Premiere

Cada time começa a partida com direito a cinco substituições. Quando um jogador sai pelo protocolo de concussão, é como se fosse uma “troca extra”. No caso do zagueiro do Cuiabá, por exemplo, não havia sido feita nenhuma substituição. Quando ele saiu, a equipe ainda tinha cinco trocas. Já o Grêmio pôde ter seis, a mesma quantidade que o adversário. Na partida em questão, porém, Empereur ainda voltou ao campo após o choque e antes de ser substituído, o que não é o recomendado no protocolo.

Antes das partidas, a equipe médica de cada time recebe um cartão que deve ser mostrado à arbitragem em caso de troca por concussão. Após o fim do jogo, o responsável médico entrega ao árbitro o cartão assinado, com a identificação do jogador, respostas de um questionário, sintomas e tratamento do atleta, descrevendo, por exemplo, se foi necessária tomografia, observação no hospital, entre outros.

Depois, um relatório é feito sobre o quadro do jogador, junto de uma previsão de retorno às atividades e o processo de recuperação. Os materiais são enviados à Comissão Médica da CBF, que analisa se pode deferir o plano do clube.

Kannemann saiu após batida na cabeça, mas teve liberação, devido à equipe médica do Grêmio ter voltado no protocolo, o que não é permitido. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Questionário para sinais de concussão

Se um ou mais dos sinais forem observados, após uma lesão na cabeça, o jogador deve ser removido do campo e imediatamente substituído. No caso dos quatro primeiros sintomas citados, o atleta deve passar por uma tomografia computadorizada.

  • Perda da consciência
  • Convulsão
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  • Irritação desproporcional

Sinais de alerta

  • Visão Dupla
  • Dor de cabeça intensa
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No caso de respostas incoerentes, o jogador deve passar por uma tomografia computadorizada.

  • Qual torneio estamos disputando?
  • Contra que equipe estamos jogando?
  • Em que cidade estamos jogamos?
  • Qual é o placar deste jogo?
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Marlon Feitas teve concussão, mas não foi constatada lesão após exames. Foto: Reprodução/Premiere

A medida já foi incorporada nas Eliminatórias para a Copa do Mundo 2026 e na Copa do Mundo Feminina 2023. No Brasil, o protocolo é testado nas séries A e B, as quais contam com VAR e permitem revisão e análise dos comportamentos da equipe médica e de arbitragem. As demais competições seguem o protocolo vigente até então, com comunicação à comissão médica e preenchimento do questionário sobre a lesão do jogador. O objetivo é que a substituição extra por concussão seja adotada gradativamente, mediante estudo dessa primeira implementação nas duas principais divisões.

Entre os quatro jogadores substituídos pelo protocolo, Anderson Martins, do Atlético-GO, não chegou a ter concussão, mas um corte de quase dez centímetros. Matias Viña, que já chegou a jogar com capacete após uma batida na cabeça quando defendia o Palmeiras em 2020, fez exames em um hospital. Segundo o Flamengo, ele continua em observação pelo departamento médico do clube e retomará as atividades de forma gradual no decorrer dos próximos dias.

Marlon Freitas, do Botafogo, também passou por exames no hospital. Não foi verificada lesão, e o volante continua em observação pelo departamento médico botafoguense. Empereur, do Cuiabá, recebeu atendimento ainda na ambulância, na Arena do Grêmio, e depois foi encaminhado a um hospital para exames.

Pelo menos quatro jogadores tiveram o protocolo de concussão acionado até metade dos jogos da terceira rodada do Campeonato Brasileiro. As novas regras possibilitam uma substituição extra caso um jogador precise deixar o campo após um choque de cabeça. O atleta precisa, ainda, ficar afastado até avaliação da comissão médica da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para retornar às atividades.

Logo na primeira rodada, três jogadores passaram pela situação. O volante Marlon Feitas saiu em Cruzeiro x Botafogo após uma batida na cabeça. Em Atlético-GO x Flamengo, Adriano Martins e Viña chocaram-se entre si e deixaram o jogo. Em Vasco x Grêmio, o zagueiro Kannemann quase desmaiou após um choque, mas o goleiro gremista Marchesín o segurou. Ele saiu de campo e houve comunicação de que era uma substituição por concussão.

Depois, a CBF informou que houve um ruído na comunicação da arbitragem com a equipe médica do time gaúcho, o que permitiu que Kannemann já tivesse autorização para retornar na segunda rodada. Entretanto, ele seguiu fora. Na terceira rodada, em Grêmio x Cuiabá, Alan Empereur deixou o campo por um choque na cabeça.

Alan Empereur deixou o campo com um 'galo' após choque de cabeça em Grêmio x Cuiabá. Foto: Reprodução/Premiere

Cada time começa a partida com direito a cinco substituições. Quando um jogador sai pelo protocolo de concussão, é como se fosse uma “troca extra”. No caso do zagueiro do Cuiabá, por exemplo, não havia sido feita nenhuma substituição. Quando ele saiu, a equipe ainda tinha cinco trocas. Já o Grêmio pôde ter seis, a mesma quantidade que o adversário. Na partida em questão, porém, Empereur ainda voltou ao campo após o choque e antes de ser substituído, o que não é o recomendado no protocolo.

Antes das partidas, a equipe médica de cada time recebe um cartão que deve ser mostrado à arbitragem em caso de troca por concussão. Após o fim do jogo, o responsável médico entrega ao árbitro o cartão assinado, com a identificação do jogador, respostas de um questionário, sintomas e tratamento do atleta, descrevendo, por exemplo, se foi necessária tomografia, observação no hospital, entre outros.

Depois, um relatório é feito sobre o quadro do jogador, junto de uma previsão de retorno às atividades e o processo de recuperação. Os materiais são enviados à Comissão Médica da CBF, que analisa se pode deferir o plano do clube.

Kannemann saiu após batida na cabeça, mas teve liberação, devido à equipe médica do Grêmio ter voltado no protocolo, o que não é permitido. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Questionário para sinais de concussão

Se um ou mais dos sinais forem observados, após uma lesão na cabeça, o jogador deve ser removido do campo e imediatamente substituído. No caso dos quatro primeiros sintomas citados, o atleta deve passar por uma tomografia computadorizada.

  • Perda da consciência
  • Convulsão
  • Deitado no chão sem se mover
  • Marcha instável com a cabeça baixa e olhar vago
  • Irritação desproporcional

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  • Visão Dupla
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Marlon Feitas teve concussão, mas não foi constatada lesão após exames. Foto: Reprodução/Premiere

A medida já foi incorporada nas Eliminatórias para a Copa do Mundo 2026 e na Copa do Mundo Feminina 2023. No Brasil, o protocolo é testado nas séries A e B, as quais contam com VAR e permitem revisão e análise dos comportamentos da equipe médica e de arbitragem. As demais competições seguem o protocolo vigente até então, com comunicação à comissão médica e preenchimento do questionário sobre a lesão do jogador. O objetivo é que a substituição extra por concussão seja adotada gradativamente, mediante estudo dessa primeira implementação nas duas principais divisões.

Entre os quatro jogadores substituídos pelo protocolo, Anderson Martins, do Atlético-GO, não chegou a ter concussão, mas um corte de quase dez centímetros. Matias Viña, que já chegou a jogar com capacete após uma batida na cabeça quando defendia o Palmeiras em 2020, fez exames em um hospital. Segundo o Flamengo, ele continua em observação pelo departamento médico do clube e retomará as atividades de forma gradual no decorrer dos próximos dias.

Marlon Freitas, do Botafogo, também passou por exames no hospital. Não foi verificada lesão, e o volante continua em observação pelo departamento médico botafoguense. Empereur, do Cuiabá, recebeu atendimento ainda na ambulância, na Arena do Grêmio, e depois foi encaminhado a um hospital para exames.

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