Casa de apostas quer patrocinar o Palmeiras e dominar o futebol brasileiro


CEO do Esportes da Sorte diz ao Estadão que plataforma pretende pagar ao clube paulista mais do que é oferecido aos times da Série A que patrocina

Por Ricardo Magatti
Atualização:

Depois de garantir ao Bahia o maior acordo de patrocínio da história do clube - R$ 57 milhões por três anos - bancar parte dos gastos referentes ao uruguaio Luis Suárez no período em que ele ficou no Grêmio, e firmar contrato com 10 times brasileiros no ano passado, a casa de apostas Esportes da Sorte faz planos de estampar sua marca no Palmeiras.

A empresa já é parceira do clube paulista, mas o contrato com vigência até o fim do ano dá direito à exibição da marca no time feminino, além de placas de publicidade, LEDs e backdrops no Allianz Parque. A plataforma de apostas pagou cerca de R$ 20 milhões para se tornar patrocinadora máster da camisa feminina do Palmeiras. Nos próximos meses, o desejo da companhia é de participar da concorrência pelos espaços na camisa do time masculino que a presidente Leila Pereira prometeu abrir.

“Sempre foi um clube que muito nos encantou, tanto por ser um clube vitorioso quanto por ter uma torcida engajada”, diz ao Estadão o CEO do Esportes da Sorte, Darwin Filho. Hoje, o site patrocina três times da Série A: Athletico-PR, Bahia e Grêmio. O grupo está disposto a aparecer na camisa do Palmeiras porque é um “clube ligado ao sucesso e às vitórias”, justifica Darwin.

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“Estar no Palmeiras é positivo para qualquer marca. No momento oportuno a gente vai se manifestar. Creio que poderemos ter novidades a partir do próximo ano”, afirma o empresário, segundo o qual a relação com Leila é boa. Crefisa e FAM, duas das empresas da dirigente, patrocinam o time alviverde desde 2015.

Esportes da Sortes é patrocinador do time feminino do Palmeiras Foto: Reprodução/TV Palmeiras

Sem reajuste ou correção desde o início de 2019, o contrato com Crefisa e FAM rende ao Palmeiras R$ 81 milhões anualmente, valor que gera contestação entre torcedores e conselheiros da oposição, principalmente porque rivais, como Corinthians e Flamengo, conseguiram acordos melhores recentemente. Darwin evita especular valores, mas sua ideia é, caso vença a concorrência, pagar ao Palmeiras mais do que oferece aos outros times que a casa de apostas patrocina.

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“Não é tabu nenhum falar porque a gente entende a importância de cada um desses times. Hoje, o Palmeiras é top 3 do Brasil em patrocínio. Seriam valores superiores em relação ao que a gente paga hoje”, admite o executivo. “Acredito que a gente consegue, sim, ter algo competitivo e que faça jus à grandeza do Palmeiras”.

O contrato das empresas de Leila com o Palmeiras é de exclusividade. Portanto, apenas FAM e Crefisa aparecem no uniforme do time, o único da Série A com esse modelo de patrocínio. Se as coisas acontecerem como previsto, o Esportes da Sorte não vê problemas em dividir espaços na camisa da equipe alviverde e propriedades comerciais com outras empresas.

“A gente tem ações em sinergia muitas vezes com parceiros de outros segmentos. Do nosso lado, não vejo necessidade de estampar a marca de forma exclusiva”, disse o diretor da plataforma. “Mas também não descarto essa possibilidade”.

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Regulamentação das apostas

Esportes da Sorte é uma das 134 empresas que se disseram ao Ministério da Fazenda ter interesse em operar no mercado de apostas esportivas online. O setor foi regulamentado depois que o Congresso aprovou no fim do ano passado a lei que estabeleceu critérios sobre tributação e normas para a exploração comercial das apostas de quota fixa - as chamadas bets - definiu a distribuição da receita arrecadada e fixou sanções.

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“A lei inaugura uma nova era. A gente está muito satisfeito com que foi aprovado porque ela protege os interesses do operador, mas também do consumidor”, considera Darwin. Essa legislação é um marco a ser comemorado”.

As regras devem começar a valer no fim deste primeiro semestre, prazo previsto para a regulamentação ser concluída. Depois disso, para operar no País, as casas de apostas terão de cumprir uma série de exigências determinadas pelo Ministério da Fazenda, entre elas ter sede no Brasil e pagar uma outorga de até R$ 30 milhões.

Regulamentadas, as casas de apostas passarão a não mais operar numa espécie de limbo regulatório, o que acontece desde 2018, quando as apostas foram legalizadas. Só poderão patrocinar jogadores, clubes de futebol, entidades e competições ou fazer qualquer tipo de propaganda as empresas que receberem a autorização do governo.

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Esportes da Sorte garante ao Bahia o maior patrocínio de sua história Foto: Tiago Caldas/EC Bahia

Recentemente, o governo criou uma secretaria para fiscalização de apostas esportivas e jogos online. A Secretaria de Prêmios e Apostas será responsável pela regulamentação do mercado de quota fixa e pelas loterias e promoções comerciais.

Darwin tem o entendimento de que a legislação vai maximizar oportunidades de emprego, a possibilidade de trazer mais credibilidade ao setor. A companhia diz defender a ideia do jogo como uma forma de entretenimento.

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Menos casas de apostas no futebol

É consenso entre especialistas e quem opera no setor que, com o mercado regulado, cairá o número de casas de apostas, dando início a um processo antagônico à explosão de bets no futebol sem regras claras para o setor. “Certamente o número irá diminuir. Isso acaba sendo bom para o consumidor porque realmente ele vai estar ali junto a menos marcas, porém marcas mais confiáveis”.

Seu pensamento, porém, é de que não haverá debandada das companhias que injetaram dinheiros em clubes da elite do futebol brasileiro e estampas suas marcas nas camisas dos principais times do País.

“Acho que boa parte das empresas que hoje estão nos clubes, principalmente os da série. A, são empresas que vejo permanecendo no mercado regulado”, diz. “A gente vai ter sim alguns movimentações, pincipalmente ali nos clubes da série B e C, mas acredito que ainda há o apetite do mercado dos que vão ficar para absorver essas propriedades que vão sobrar dessas casas não entrarão na regulamentação”.

O diretor do Esportes da Sorte entende que os valores com publicidade também serão reduzidos. Mas crê que, antes disso, os investimentos serão impulsionados e as cifras pagas pelas empresas aos clubes ainda vão alcançar o teto.

“Acredito que nesse primeiro momento pré-regulatório, no começo da regulamentação, talvez o preço se estabeleça ou pode até subir um pouco. Mas acredito que tão logo ali a gente chegue à maturidade da regulamentação esses preços vão começar a cair pela leila natural do mercado”, avalia o empresário.

Jogo responsável

Segundo o Ministério da Fazenda, o mercado será monitorado para, entre outros pontos, estabelecer políticas de jogo responsável, que consiste em medidas, diretrizes e práticas a serem adotadas para prevenção ao transtorno do jogo compulsivo ou patológico, para prevenção e não indução ao endividamento e para proteção de pessoas vulneráveis, especialmente menores de idade.

Depois de garantir ao Bahia o maior acordo de patrocínio da história do clube - R$ 57 milhões por três anos - bancar parte dos gastos referentes ao uruguaio Luis Suárez no período em que ele ficou no Grêmio, e firmar contrato com 10 times brasileiros no ano passado, a casa de apostas Esportes da Sorte faz planos de estampar sua marca no Palmeiras.

A empresa já é parceira do clube paulista, mas o contrato com vigência até o fim do ano dá direito à exibição da marca no time feminino, além de placas de publicidade, LEDs e backdrops no Allianz Parque. A plataforma de apostas pagou cerca de R$ 20 milhões para se tornar patrocinadora máster da camisa feminina do Palmeiras. Nos próximos meses, o desejo da companhia é de participar da concorrência pelos espaços na camisa do time masculino que a presidente Leila Pereira prometeu abrir.

“Sempre foi um clube que muito nos encantou, tanto por ser um clube vitorioso quanto por ter uma torcida engajada”, diz ao Estadão o CEO do Esportes da Sorte, Darwin Filho. Hoje, o site patrocina três times da Série A: Athletico-PR, Bahia e Grêmio. O grupo está disposto a aparecer na camisa do Palmeiras porque é um “clube ligado ao sucesso e às vitórias”, justifica Darwin.

“Estar no Palmeiras é positivo para qualquer marca. No momento oportuno a gente vai se manifestar. Creio que poderemos ter novidades a partir do próximo ano”, afirma o empresário, segundo o qual a relação com Leila é boa. Crefisa e FAM, duas das empresas da dirigente, patrocinam o time alviverde desde 2015.

Esportes da Sortes é patrocinador do time feminino do Palmeiras Foto: Reprodução/TV Palmeiras

Sem reajuste ou correção desde o início de 2019, o contrato com Crefisa e FAM rende ao Palmeiras R$ 81 milhões anualmente, valor que gera contestação entre torcedores e conselheiros da oposição, principalmente porque rivais, como Corinthians e Flamengo, conseguiram acordos melhores recentemente. Darwin evita especular valores, mas sua ideia é, caso vença a concorrência, pagar ao Palmeiras mais do que oferece aos outros times que a casa de apostas patrocina.

“Não é tabu nenhum falar porque a gente entende a importância de cada um desses times. Hoje, o Palmeiras é top 3 do Brasil em patrocínio. Seriam valores superiores em relação ao que a gente paga hoje”, admite o executivo. “Acredito que a gente consegue, sim, ter algo competitivo e que faça jus à grandeza do Palmeiras”.

O contrato das empresas de Leila com o Palmeiras é de exclusividade. Portanto, apenas FAM e Crefisa aparecem no uniforme do time, o único da Série A com esse modelo de patrocínio. Se as coisas acontecerem como previsto, o Esportes da Sorte não vê problemas em dividir espaços na camisa da equipe alviverde e propriedades comerciais com outras empresas.

“A gente tem ações em sinergia muitas vezes com parceiros de outros segmentos. Do nosso lado, não vejo necessidade de estampar a marca de forma exclusiva”, disse o diretor da plataforma. “Mas também não descarto essa possibilidade”.

Regulamentação das apostas

Esportes da Sorte é uma das 134 empresas que se disseram ao Ministério da Fazenda ter interesse em operar no mercado de apostas esportivas online. O setor foi regulamentado depois que o Congresso aprovou no fim do ano passado a lei que estabeleceu critérios sobre tributação e normas para a exploração comercial das apostas de quota fixa - as chamadas bets - definiu a distribuição da receita arrecadada e fixou sanções.

“A lei inaugura uma nova era. A gente está muito satisfeito com que foi aprovado porque ela protege os interesses do operador, mas também do consumidor”, considera Darwin. Essa legislação é um marco a ser comemorado”.

As regras devem começar a valer no fim deste primeiro semestre, prazo previsto para a regulamentação ser concluída. Depois disso, para operar no País, as casas de apostas terão de cumprir uma série de exigências determinadas pelo Ministério da Fazenda, entre elas ter sede no Brasil e pagar uma outorga de até R$ 30 milhões.

Regulamentadas, as casas de apostas passarão a não mais operar numa espécie de limbo regulatório, o que acontece desde 2018, quando as apostas foram legalizadas. Só poderão patrocinar jogadores, clubes de futebol, entidades e competições ou fazer qualquer tipo de propaganda as empresas que receberem a autorização do governo.

Esportes da Sorte garante ao Bahia o maior patrocínio de sua história Foto: Tiago Caldas/EC Bahia

Recentemente, o governo criou uma secretaria para fiscalização de apostas esportivas e jogos online. A Secretaria de Prêmios e Apostas será responsável pela regulamentação do mercado de quota fixa e pelas loterias e promoções comerciais.

Darwin tem o entendimento de que a legislação vai maximizar oportunidades de emprego, a possibilidade de trazer mais credibilidade ao setor. A companhia diz defender a ideia do jogo como uma forma de entretenimento.

Menos casas de apostas no futebol

É consenso entre especialistas e quem opera no setor que, com o mercado regulado, cairá o número de casas de apostas, dando início a um processo antagônico à explosão de bets no futebol sem regras claras para o setor. “Certamente o número irá diminuir. Isso acaba sendo bom para o consumidor porque realmente ele vai estar ali junto a menos marcas, porém marcas mais confiáveis”.

Seu pensamento, porém, é de que não haverá debandada das companhias que injetaram dinheiros em clubes da elite do futebol brasileiro e estampas suas marcas nas camisas dos principais times do País.

“Acho que boa parte das empresas que hoje estão nos clubes, principalmente os da série. A, são empresas que vejo permanecendo no mercado regulado”, diz. “A gente vai ter sim alguns movimentações, pincipalmente ali nos clubes da série B e C, mas acredito que ainda há o apetite do mercado dos que vão ficar para absorver essas propriedades que vão sobrar dessas casas não entrarão na regulamentação”.

O diretor do Esportes da Sorte entende que os valores com publicidade também serão reduzidos. Mas crê que, antes disso, os investimentos serão impulsionados e as cifras pagas pelas empresas aos clubes ainda vão alcançar o teto.

“Acredito que nesse primeiro momento pré-regulatório, no começo da regulamentação, talvez o preço se estabeleça ou pode até subir um pouco. Mas acredito que tão logo ali a gente chegue à maturidade da regulamentação esses preços vão começar a cair pela leila natural do mercado”, avalia o empresário.

Jogo responsável

Segundo o Ministério da Fazenda, o mercado será monitorado para, entre outros pontos, estabelecer políticas de jogo responsável, que consiste em medidas, diretrizes e práticas a serem adotadas para prevenção ao transtorno do jogo compulsivo ou patológico, para prevenção e não indução ao endividamento e para proteção de pessoas vulneráveis, especialmente menores de idade.

Depois de garantir ao Bahia o maior acordo de patrocínio da história do clube - R$ 57 milhões por três anos - bancar parte dos gastos referentes ao uruguaio Luis Suárez no período em que ele ficou no Grêmio, e firmar contrato com 10 times brasileiros no ano passado, a casa de apostas Esportes da Sorte faz planos de estampar sua marca no Palmeiras.

A empresa já é parceira do clube paulista, mas o contrato com vigência até o fim do ano dá direito à exibição da marca no time feminino, além de placas de publicidade, LEDs e backdrops no Allianz Parque. A plataforma de apostas pagou cerca de R$ 20 milhões para se tornar patrocinadora máster da camisa feminina do Palmeiras. Nos próximos meses, o desejo da companhia é de participar da concorrência pelos espaços na camisa do time masculino que a presidente Leila Pereira prometeu abrir.

“Sempre foi um clube que muito nos encantou, tanto por ser um clube vitorioso quanto por ter uma torcida engajada”, diz ao Estadão o CEO do Esportes da Sorte, Darwin Filho. Hoje, o site patrocina três times da Série A: Athletico-PR, Bahia e Grêmio. O grupo está disposto a aparecer na camisa do Palmeiras porque é um “clube ligado ao sucesso e às vitórias”, justifica Darwin.

“Estar no Palmeiras é positivo para qualquer marca. No momento oportuno a gente vai se manifestar. Creio que poderemos ter novidades a partir do próximo ano”, afirma o empresário, segundo o qual a relação com Leila é boa. Crefisa e FAM, duas das empresas da dirigente, patrocinam o time alviverde desde 2015.

Esportes da Sortes é patrocinador do time feminino do Palmeiras Foto: Reprodução/TV Palmeiras

Sem reajuste ou correção desde o início de 2019, o contrato com Crefisa e FAM rende ao Palmeiras R$ 81 milhões anualmente, valor que gera contestação entre torcedores e conselheiros da oposição, principalmente porque rivais, como Corinthians e Flamengo, conseguiram acordos melhores recentemente. Darwin evita especular valores, mas sua ideia é, caso vença a concorrência, pagar ao Palmeiras mais do que oferece aos outros times que a casa de apostas patrocina.

“Não é tabu nenhum falar porque a gente entende a importância de cada um desses times. Hoje, o Palmeiras é top 3 do Brasil em patrocínio. Seriam valores superiores em relação ao que a gente paga hoje”, admite o executivo. “Acredito que a gente consegue, sim, ter algo competitivo e que faça jus à grandeza do Palmeiras”.

O contrato das empresas de Leila com o Palmeiras é de exclusividade. Portanto, apenas FAM e Crefisa aparecem no uniforme do time, o único da Série A com esse modelo de patrocínio. Se as coisas acontecerem como previsto, o Esportes da Sorte não vê problemas em dividir espaços na camisa da equipe alviverde e propriedades comerciais com outras empresas.

“A gente tem ações em sinergia muitas vezes com parceiros de outros segmentos. Do nosso lado, não vejo necessidade de estampar a marca de forma exclusiva”, disse o diretor da plataforma. “Mas também não descarto essa possibilidade”.

Regulamentação das apostas

Esportes da Sorte é uma das 134 empresas que se disseram ao Ministério da Fazenda ter interesse em operar no mercado de apostas esportivas online. O setor foi regulamentado depois que o Congresso aprovou no fim do ano passado a lei que estabeleceu critérios sobre tributação e normas para a exploração comercial das apostas de quota fixa - as chamadas bets - definiu a distribuição da receita arrecadada e fixou sanções.

“A lei inaugura uma nova era. A gente está muito satisfeito com que foi aprovado porque ela protege os interesses do operador, mas também do consumidor”, considera Darwin. Essa legislação é um marco a ser comemorado”.

As regras devem começar a valer no fim deste primeiro semestre, prazo previsto para a regulamentação ser concluída. Depois disso, para operar no País, as casas de apostas terão de cumprir uma série de exigências determinadas pelo Ministério da Fazenda, entre elas ter sede no Brasil e pagar uma outorga de até R$ 30 milhões.

Regulamentadas, as casas de apostas passarão a não mais operar numa espécie de limbo regulatório, o que acontece desde 2018, quando as apostas foram legalizadas. Só poderão patrocinar jogadores, clubes de futebol, entidades e competições ou fazer qualquer tipo de propaganda as empresas que receberem a autorização do governo.

Esportes da Sorte garante ao Bahia o maior patrocínio de sua história Foto: Tiago Caldas/EC Bahia

Recentemente, o governo criou uma secretaria para fiscalização de apostas esportivas e jogos online. A Secretaria de Prêmios e Apostas será responsável pela regulamentação do mercado de quota fixa e pelas loterias e promoções comerciais.

Darwin tem o entendimento de que a legislação vai maximizar oportunidades de emprego, a possibilidade de trazer mais credibilidade ao setor. A companhia diz defender a ideia do jogo como uma forma de entretenimento.

Menos casas de apostas no futebol

É consenso entre especialistas e quem opera no setor que, com o mercado regulado, cairá o número de casas de apostas, dando início a um processo antagônico à explosão de bets no futebol sem regras claras para o setor. “Certamente o número irá diminuir. Isso acaba sendo bom para o consumidor porque realmente ele vai estar ali junto a menos marcas, porém marcas mais confiáveis”.

Seu pensamento, porém, é de que não haverá debandada das companhias que injetaram dinheiros em clubes da elite do futebol brasileiro e estampas suas marcas nas camisas dos principais times do País.

“Acho que boa parte das empresas que hoje estão nos clubes, principalmente os da série. A, são empresas que vejo permanecendo no mercado regulado”, diz. “A gente vai ter sim alguns movimentações, pincipalmente ali nos clubes da série B e C, mas acredito que ainda há o apetite do mercado dos que vão ficar para absorver essas propriedades que vão sobrar dessas casas não entrarão na regulamentação”.

O diretor do Esportes da Sorte entende que os valores com publicidade também serão reduzidos. Mas crê que, antes disso, os investimentos serão impulsionados e as cifras pagas pelas empresas aos clubes ainda vão alcançar o teto.

“Acredito que nesse primeiro momento pré-regulatório, no começo da regulamentação, talvez o preço se estabeleça ou pode até subir um pouco. Mas acredito que tão logo ali a gente chegue à maturidade da regulamentação esses preços vão começar a cair pela leila natural do mercado”, avalia o empresário.

Jogo responsável

Segundo o Ministério da Fazenda, o mercado será monitorado para, entre outros pontos, estabelecer políticas de jogo responsável, que consiste em medidas, diretrizes e práticas a serem adotadas para prevenção ao transtorno do jogo compulsivo ou patológico, para prevenção e não indução ao endividamento e para proteção de pessoas vulneráveis, especialmente menores de idade.

Depois de garantir ao Bahia o maior acordo de patrocínio da história do clube - R$ 57 milhões por três anos - bancar parte dos gastos referentes ao uruguaio Luis Suárez no período em que ele ficou no Grêmio, e firmar contrato com 10 times brasileiros no ano passado, a casa de apostas Esportes da Sorte faz planos de estampar sua marca no Palmeiras.

A empresa já é parceira do clube paulista, mas o contrato com vigência até o fim do ano dá direito à exibição da marca no time feminino, além de placas de publicidade, LEDs e backdrops no Allianz Parque. A plataforma de apostas pagou cerca de R$ 20 milhões para se tornar patrocinadora máster da camisa feminina do Palmeiras. Nos próximos meses, o desejo da companhia é de participar da concorrência pelos espaços na camisa do time masculino que a presidente Leila Pereira prometeu abrir.

“Sempre foi um clube que muito nos encantou, tanto por ser um clube vitorioso quanto por ter uma torcida engajada”, diz ao Estadão o CEO do Esportes da Sorte, Darwin Filho. Hoje, o site patrocina três times da Série A: Athletico-PR, Bahia e Grêmio. O grupo está disposto a aparecer na camisa do Palmeiras porque é um “clube ligado ao sucesso e às vitórias”, justifica Darwin.

“Estar no Palmeiras é positivo para qualquer marca. No momento oportuno a gente vai se manifestar. Creio que poderemos ter novidades a partir do próximo ano”, afirma o empresário, segundo o qual a relação com Leila é boa. Crefisa e FAM, duas das empresas da dirigente, patrocinam o time alviverde desde 2015.

Esportes da Sortes é patrocinador do time feminino do Palmeiras Foto: Reprodução/TV Palmeiras

Sem reajuste ou correção desde o início de 2019, o contrato com Crefisa e FAM rende ao Palmeiras R$ 81 milhões anualmente, valor que gera contestação entre torcedores e conselheiros da oposição, principalmente porque rivais, como Corinthians e Flamengo, conseguiram acordos melhores recentemente. Darwin evita especular valores, mas sua ideia é, caso vença a concorrência, pagar ao Palmeiras mais do que oferece aos outros times que a casa de apostas patrocina.

“Não é tabu nenhum falar porque a gente entende a importância de cada um desses times. Hoje, o Palmeiras é top 3 do Brasil em patrocínio. Seriam valores superiores em relação ao que a gente paga hoje”, admite o executivo. “Acredito que a gente consegue, sim, ter algo competitivo e que faça jus à grandeza do Palmeiras”.

O contrato das empresas de Leila com o Palmeiras é de exclusividade. Portanto, apenas FAM e Crefisa aparecem no uniforme do time, o único da Série A com esse modelo de patrocínio. Se as coisas acontecerem como previsto, o Esportes da Sorte não vê problemas em dividir espaços na camisa da equipe alviverde e propriedades comerciais com outras empresas.

“A gente tem ações em sinergia muitas vezes com parceiros de outros segmentos. Do nosso lado, não vejo necessidade de estampar a marca de forma exclusiva”, disse o diretor da plataforma. “Mas também não descarto essa possibilidade”.

Regulamentação das apostas

Esportes da Sorte é uma das 134 empresas que se disseram ao Ministério da Fazenda ter interesse em operar no mercado de apostas esportivas online. O setor foi regulamentado depois que o Congresso aprovou no fim do ano passado a lei que estabeleceu critérios sobre tributação e normas para a exploração comercial das apostas de quota fixa - as chamadas bets - definiu a distribuição da receita arrecadada e fixou sanções.

“A lei inaugura uma nova era. A gente está muito satisfeito com que foi aprovado porque ela protege os interesses do operador, mas também do consumidor”, considera Darwin. Essa legislação é um marco a ser comemorado”.

As regras devem começar a valer no fim deste primeiro semestre, prazo previsto para a regulamentação ser concluída. Depois disso, para operar no País, as casas de apostas terão de cumprir uma série de exigências determinadas pelo Ministério da Fazenda, entre elas ter sede no Brasil e pagar uma outorga de até R$ 30 milhões.

Regulamentadas, as casas de apostas passarão a não mais operar numa espécie de limbo regulatório, o que acontece desde 2018, quando as apostas foram legalizadas. Só poderão patrocinar jogadores, clubes de futebol, entidades e competições ou fazer qualquer tipo de propaganda as empresas que receberem a autorização do governo.

Esportes da Sorte garante ao Bahia o maior patrocínio de sua história Foto: Tiago Caldas/EC Bahia

Recentemente, o governo criou uma secretaria para fiscalização de apostas esportivas e jogos online. A Secretaria de Prêmios e Apostas será responsável pela regulamentação do mercado de quota fixa e pelas loterias e promoções comerciais.

Darwin tem o entendimento de que a legislação vai maximizar oportunidades de emprego, a possibilidade de trazer mais credibilidade ao setor. A companhia diz defender a ideia do jogo como uma forma de entretenimento.

Menos casas de apostas no futebol

É consenso entre especialistas e quem opera no setor que, com o mercado regulado, cairá o número de casas de apostas, dando início a um processo antagônico à explosão de bets no futebol sem regras claras para o setor. “Certamente o número irá diminuir. Isso acaba sendo bom para o consumidor porque realmente ele vai estar ali junto a menos marcas, porém marcas mais confiáveis”.

Seu pensamento, porém, é de que não haverá debandada das companhias que injetaram dinheiros em clubes da elite do futebol brasileiro e estampas suas marcas nas camisas dos principais times do País.

“Acho que boa parte das empresas que hoje estão nos clubes, principalmente os da série. A, são empresas que vejo permanecendo no mercado regulado”, diz. “A gente vai ter sim alguns movimentações, pincipalmente ali nos clubes da série B e C, mas acredito que ainda há o apetite do mercado dos que vão ficar para absorver essas propriedades que vão sobrar dessas casas não entrarão na regulamentação”.

O diretor do Esportes da Sorte entende que os valores com publicidade também serão reduzidos. Mas crê que, antes disso, os investimentos serão impulsionados e as cifras pagas pelas empresas aos clubes ainda vão alcançar o teto.

“Acredito que nesse primeiro momento pré-regulatório, no começo da regulamentação, talvez o preço se estabeleça ou pode até subir um pouco. Mas acredito que tão logo ali a gente chegue à maturidade da regulamentação esses preços vão começar a cair pela leila natural do mercado”, avalia o empresário.

Jogo responsável

Segundo o Ministério da Fazenda, o mercado será monitorado para, entre outros pontos, estabelecer políticas de jogo responsável, que consiste em medidas, diretrizes e práticas a serem adotadas para prevenção ao transtorno do jogo compulsivo ou patológico, para prevenção e não indução ao endividamento e para proteção de pessoas vulneráveis, especialmente menores de idade.

Depois de garantir ao Bahia o maior acordo de patrocínio da história do clube - R$ 57 milhões por três anos - bancar parte dos gastos referentes ao uruguaio Luis Suárez no período em que ele ficou no Grêmio, e firmar contrato com 10 times brasileiros no ano passado, a casa de apostas Esportes da Sorte faz planos de estampar sua marca no Palmeiras.

A empresa já é parceira do clube paulista, mas o contrato com vigência até o fim do ano dá direito à exibição da marca no time feminino, além de placas de publicidade, LEDs e backdrops no Allianz Parque. A plataforma de apostas pagou cerca de R$ 20 milhões para se tornar patrocinadora máster da camisa feminina do Palmeiras. Nos próximos meses, o desejo da companhia é de participar da concorrência pelos espaços na camisa do time masculino que a presidente Leila Pereira prometeu abrir.

“Sempre foi um clube que muito nos encantou, tanto por ser um clube vitorioso quanto por ter uma torcida engajada”, diz ao Estadão o CEO do Esportes da Sorte, Darwin Filho. Hoje, o site patrocina três times da Série A: Athletico-PR, Bahia e Grêmio. O grupo está disposto a aparecer na camisa do Palmeiras porque é um “clube ligado ao sucesso e às vitórias”, justifica Darwin.

“Estar no Palmeiras é positivo para qualquer marca. No momento oportuno a gente vai se manifestar. Creio que poderemos ter novidades a partir do próximo ano”, afirma o empresário, segundo o qual a relação com Leila é boa. Crefisa e FAM, duas das empresas da dirigente, patrocinam o time alviverde desde 2015.

Esportes da Sortes é patrocinador do time feminino do Palmeiras Foto: Reprodução/TV Palmeiras

Sem reajuste ou correção desde o início de 2019, o contrato com Crefisa e FAM rende ao Palmeiras R$ 81 milhões anualmente, valor que gera contestação entre torcedores e conselheiros da oposição, principalmente porque rivais, como Corinthians e Flamengo, conseguiram acordos melhores recentemente. Darwin evita especular valores, mas sua ideia é, caso vença a concorrência, pagar ao Palmeiras mais do que oferece aos outros times que a casa de apostas patrocina.

“Não é tabu nenhum falar porque a gente entende a importância de cada um desses times. Hoje, o Palmeiras é top 3 do Brasil em patrocínio. Seriam valores superiores em relação ao que a gente paga hoje”, admite o executivo. “Acredito que a gente consegue, sim, ter algo competitivo e que faça jus à grandeza do Palmeiras”.

O contrato das empresas de Leila com o Palmeiras é de exclusividade. Portanto, apenas FAM e Crefisa aparecem no uniforme do time, o único da Série A com esse modelo de patrocínio. Se as coisas acontecerem como previsto, o Esportes da Sorte não vê problemas em dividir espaços na camisa da equipe alviverde e propriedades comerciais com outras empresas.

“A gente tem ações em sinergia muitas vezes com parceiros de outros segmentos. Do nosso lado, não vejo necessidade de estampar a marca de forma exclusiva”, disse o diretor da plataforma. “Mas também não descarto essa possibilidade”.

Regulamentação das apostas

Esportes da Sorte é uma das 134 empresas que se disseram ao Ministério da Fazenda ter interesse em operar no mercado de apostas esportivas online. O setor foi regulamentado depois que o Congresso aprovou no fim do ano passado a lei que estabeleceu critérios sobre tributação e normas para a exploração comercial das apostas de quota fixa - as chamadas bets - definiu a distribuição da receita arrecadada e fixou sanções.

“A lei inaugura uma nova era. A gente está muito satisfeito com que foi aprovado porque ela protege os interesses do operador, mas também do consumidor”, considera Darwin. Essa legislação é um marco a ser comemorado”.

As regras devem começar a valer no fim deste primeiro semestre, prazo previsto para a regulamentação ser concluída. Depois disso, para operar no País, as casas de apostas terão de cumprir uma série de exigências determinadas pelo Ministério da Fazenda, entre elas ter sede no Brasil e pagar uma outorga de até R$ 30 milhões.

Regulamentadas, as casas de apostas passarão a não mais operar numa espécie de limbo regulatório, o que acontece desde 2018, quando as apostas foram legalizadas. Só poderão patrocinar jogadores, clubes de futebol, entidades e competições ou fazer qualquer tipo de propaganda as empresas que receberem a autorização do governo.

Esportes da Sorte garante ao Bahia o maior patrocínio de sua história Foto: Tiago Caldas/EC Bahia

Recentemente, o governo criou uma secretaria para fiscalização de apostas esportivas e jogos online. A Secretaria de Prêmios e Apostas será responsável pela regulamentação do mercado de quota fixa e pelas loterias e promoções comerciais.

Darwin tem o entendimento de que a legislação vai maximizar oportunidades de emprego, a possibilidade de trazer mais credibilidade ao setor. A companhia diz defender a ideia do jogo como uma forma de entretenimento.

Menos casas de apostas no futebol

É consenso entre especialistas e quem opera no setor que, com o mercado regulado, cairá o número de casas de apostas, dando início a um processo antagônico à explosão de bets no futebol sem regras claras para o setor. “Certamente o número irá diminuir. Isso acaba sendo bom para o consumidor porque realmente ele vai estar ali junto a menos marcas, porém marcas mais confiáveis”.

Seu pensamento, porém, é de que não haverá debandada das companhias que injetaram dinheiros em clubes da elite do futebol brasileiro e estampas suas marcas nas camisas dos principais times do País.

“Acho que boa parte das empresas que hoje estão nos clubes, principalmente os da série. A, são empresas que vejo permanecendo no mercado regulado”, diz. “A gente vai ter sim alguns movimentações, pincipalmente ali nos clubes da série B e C, mas acredito que ainda há o apetite do mercado dos que vão ficar para absorver essas propriedades que vão sobrar dessas casas não entrarão na regulamentação”.

O diretor do Esportes da Sorte entende que os valores com publicidade também serão reduzidos. Mas crê que, antes disso, os investimentos serão impulsionados e as cifras pagas pelas empresas aos clubes ainda vão alcançar o teto.

“Acredito que nesse primeiro momento pré-regulatório, no começo da regulamentação, talvez o preço se estabeleça ou pode até subir um pouco. Mas acredito que tão logo ali a gente chegue à maturidade da regulamentação esses preços vão começar a cair pela leila natural do mercado”, avalia o empresário.

Jogo responsável

Segundo o Ministério da Fazenda, o mercado será monitorado para, entre outros pontos, estabelecer políticas de jogo responsável, que consiste em medidas, diretrizes e práticas a serem adotadas para prevenção ao transtorno do jogo compulsivo ou patológico, para prevenção e não indução ao endividamento e para proteção de pessoas vulneráveis, especialmente menores de idade.

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