Comitê da Copa do Mundo rebate próprio diretor sobre mortes de trabalhadores e ‘corrige’ número


Hassan Al Thawadi, um dos chefes da organização do Mundial, disse em entrevista que cerca de 500 operários morreram durante os preparativos; órgão cita 40 mortes, mas investigação aponta para 6.500 óbitos

Por Estadão Conteúdo
Atualização:

A organização da Copa do Mundo do Catar admitiu nesta terça-feira que cerca de 500 operários imigrantes morreram durante os preparativos para a disputa do Mundial. O anúncio foi feito por Hassan Al Thawadi, um dos chefes da organização da competição, em entrevista ao canal britânico TalkTV.

Em uma nota à imprensa, divulgada após a entrevista, o Comitê da Copa “corrigiu” seu diretor e disse que o número citado por al-Thawadi se referia a “estatísticas nacionais cobrindo o período de 2014-2020 para todas as mortes relacionadas ao trabalho (414) em todo o país no Catar, cobrindo todos os setores e nacionalidades.”

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O comitê informou também que o número total de mortes na preparação para a Copa foi de apenas 40 pessoas. Eles dizem que 37 foram considerados incidentes não relacionados ao trabalho, como ataques cardíacos, e três de incidentes no local de trabalho.

O jornal britânico Guardian revelou uma investigação em fevereiro do ano passado que o número de mortos teria atingido pelo menos 6.500 estrangeiros. Até o início dos jogos, o Catar só havia reconhecido 40 mortes nas construções dos estádios, número bem inferior do divulgado oficialmente.

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Em 2017, o Catar adotou o salário mínimo, reduziu as horas trabalhadas em calor extremo e aboliu os regulamentos que limitavam a mobilidade dos trabalhadores. Uma das alterações mais importantes feitas nos últimos anos foi o fim ao sistema “kafala”, em que os empregadores eram responsáveis pela ida e permanência do trabalhador no país. Assim, os imigrantes não podiam, por exemplo, mudar de emprego. Imigrantes viviam em alojamentos e trabalharam sob calor de até 50°C.

“A cada ano, a segurança nesses locais melhorou. É necessário uma reforma trabalhista para que sejam feitas melhorias. Isso é algo que reconhecemos antes de tentar a candidatura da Copa. O melhor que foi produzido não foi para a Copa do Mundo. Tivemos que fazê-los por causa de nossos valores”, afirmou Al Thawadi. “A Copa serviu como um acelerador.”

Manifestantes protestam contra o desrespeito aos direitos humanos no Catar, que sedia a Copa do Mundo. Foto: JOHN MACDOUGALL / AFP
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A Anistia Internacional e a ONG Human Rights Watch lideraram apelos à Fifa e ao Catar para que criem um fundo de compensação de US$ 440 milhões (R$ 2,2 bilhões) aos trabalhadores mortos, ou feridos, nos preparativos para a Copa. Eles também acusam o país árabe de não informar adequadamente o número de mortes.

Praticamente toda a infraestrutura da Copa do Mundo foi erguida por trabalhadores imigrantes – dos 2,7 milhões de habitantes no país-sede, apenas 300 mil são catarianos e, segundo a Human Rights Watch, dos imigrantes, cerca de 1 milhão atua na construção civil e 1 milhão, em funções como de empregadas domésticas, garçons e camareiras. O governo do país, porém, calcula que o número total de trabalhadores de fora seja de 1,5 milhão.

A organização da Copa do Mundo do Catar admitiu nesta terça-feira que cerca de 500 operários imigrantes morreram durante os preparativos para a disputa do Mundial. O anúncio foi feito por Hassan Al Thawadi, um dos chefes da organização da competição, em entrevista ao canal britânico TalkTV.

Em uma nota à imprensa, divulgada após a entrevista, o Comitê da Copa “corrigiu” seu diretor e disse que o número citado por al-Thawadi se referia a “estatísticas nacionais cobrindo o período de 2014-2020 para todas as mortes relacionadas ao trabalho (414) em todo o país no Catar, cobrindo todos os setores e nacionalidades.”

O comitê informou também que o número total de mortes na preparação para a Copa foi de apenas 40 pessoas. Eles dizem que 37 foram considerados incidentes não relacionados ao trabalho, como ataques cardíacos, e três de incidentes no local de trabalho.

O jornal britânico Guardian revelou uma investigação em fevereiro do ano passado que o número de mortos teria atingido pelo menos 6.500 estrangeiros. Até o início dos jogos, o Catar só havia reconhecido 40 mortes nas construções dos estádios, número bem inferior do divulgado oficialmente.

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Em 2017, o Catar adotou o salário mínimo, reduziu as horas trabalhadas em calor extremo e aboliu os regulamentos que limitavam a mobilidade dos trabalhadores. Uma das alterações mais importantes feitas nos últimos anos foi o fim ao sistema “kafala”, em que os empregadores eram responsáveis pela ida e permanência do trabalhador no país. Assim, os imigrantes não podiam, por exemplo, mudar de emprego. Imigrantes viviam em alojamentos e trabalharam sob calor de até 50°C.

“A cada ano, a segurança nesses locais melhorou. É necessário uma reforma trabalhista para que sejam feitas melhorias. Isso é algo que reconhecemos antes de tentar a candidatura da Copa. O melhor que foi produzido não foi para a Copa do Mundo. Tivemos que fazê-los por causa de nossos valores”, afirmou Al Thawadi. “A Copa serviu como um acelerador.”

Manifestantes protestam contra o desrespeito aos direitos humanos no Catar, que sedia a Copa do Mundo. Foto: JOHN MACDOUGALL / AFP

A Anistia Internacional e a ONG Human Rights Watch lideraram apelos à Fifa e ao Catar para que criem um fundo de compensação de US$ 440 milhões (R$ 2,2 bilhões) aos trabalhadores mortos, ou feridos, nos preparativos para a Copa. Eles também acusam o país árabe de não informar adequadamente o número de mortes.

Praticamente toda a infraestrutura da Copa do Mundo foi erguida por trabalhadores imigrantes – dos 2,7 milhões de habitantes no país-sede, apenas 300 mil são catarianos e, segundo a Human Rights Watch, dos imigrantes, cerca de 1 milhão atua na construção civil e 1 milhão, em funções como de empregadas domésticas, garçons e camareiras. O governo do país, porém, calcula que o número total de trabalhadores de fora seja de 1,5 milhão.

A organização da Copa do Mundo do Catar admitiu nesta terça-feira que cerca de 500 operários imigrantes morreram durante os preparativos para a disputa do Mundial. O anúncio foi feito por Hassan Al Thawadi, um dos chefes da organização da competição, em entrevista ao canal britânico TalkTV.

Em uma nota à imprensa, divulgada após a entrevista, o Comitê da Copa “corrigiu” seu diretor e disse que o número citado por al-Thawadi se referia a “estatísticas nacionais cobrindo o período de 2014-2020 para todas as mortes relacionadas ao trabalho (414) em todo o país no Catar, cobrindo todos os setores e nacionalidades.”

O comitê informou também que o número total de mortes na preparação para a Copa foi de apenas 40 pessoas. Eles dizem que 37 foram considerados incidentes não relacionados ao trabalho, como ataques cardíacos, e três de incidentes no local de trabalho.

O jornal britânico Guardian revelou uma investigação em fevereiro do ano passado que o número de mortos teria atingido pelo menos 6.500 estrangeiros. Até o início dos jogos, o Catar só havia reconhecido 40 mortes nas construções dos estádios, número bem inferior do divulgado oficialmente.

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Em 2017, o Catar adotou o salário mínimo, reduziu as horas trabalhadas em calor extremo e aboliu os regulamentos que limitavam a mobilidade dos trabalhadores. Uma das alterações mais importantes feitas nos últimos anos foi o fim ao sistema “kafala”, em que os empregadores eram responsáveis pela ida e permanência do trabalhador no país. Assim, os imigrantes não podiam, por exemplo, mudar de emprego. Imigrantes viviam em alojamentos e trabalharam sob calor de até 50°C.

“A cada ano, a segurança nesses locais melhorou. É necessário uma reforma trabalhista para que sejam feitas melhorias. Isso é algo que reconhecemos antes de tentar a candidatura da Copa. O melhor que foi produzido não foi para a Copa do Mundo. Tivemos que fazê-los por causa de nossos valores”, afirmou Al Thawadi. “A Copa serviu como um acelerador.”

Manifestantes protestam contra o desrespeito aos direitos humanos no Catar, que sedia a Copa do Mundo. Foto: JOHN MACDOUGALL / AFP

A Anistia Internacional e a ONG Human Rights Watch lideraram apelos à Fifa e ao Catar para que criem um fundo de compensação de US$ 440 milhões (R$ 2,2 bilhões) aos trabalhadores mortos, ou feridos, nos preparativos para a Copa. Eles também acusam o país árabe de não informar adequadamente o número de mortes.

Praticamente toda a infraestrutura da Copa do Mundo foi erguida por trabalhadores imigrantes – dos 2,7 milhões de habitantes no país-sede, apenas 300 mil são catarianos e, segundo a Human Rights Watch, dos imigrantes, cerca de 1 milhão atua na construção civil e 1 milhão, em funções como de empregadas domésticas, garçons e camareiras. O governo do país, porém, calcula que o número total de trabalhadores de fora seja de 1,5 milhão.

A organização da Copa do Mundo do Catar admitiu nesta terça-feira que cerca de 500 operários imigrantes morreram durante os preparativos para a disputa do Mundial. O anúncio foi feito por Hassan Al Thawadi, um dos chefes da organização da competição, em entrevista ao canal britânico TalkTV.

Em uma nota à imprensa, divulgada após a entrevista, o Comitê da Copa “corrigiu” seu diretor e disse que o número citado por al-Thawadi se referia a “estatísticas nacionais cobrindo o período de 2014-2020 para todas as mortes relacionadas ao trabalho (414) em todo o país no Catar, cobrindo todos os setores e nacionalidades.”

O comitê informou também que o número total de mortes na preparação para a Copa foi de apenas 40 pessoas. Eles dizem que 37 foram considerados incidentes não relacionados ao trabalho, como ataques cardíacos, e três de incidentes no local de trabalho.

O jornal britânico Guardian revelou uma investigação em fevereiro do ano passado que o número de mortos teria atingido pelo menos 6.500 estrangeiros. Até o início dos jogos, o Catar só havia reconhecido 40 mortes nas construções dos estádios, número bem inferior do divulgado oficialmente.

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Em 2017, o Catar adotou o salário mínimo, reduziu as horas trabalhadas em calor extremo e aboliu os regulamentos que limitavam a mobilidade dos trabalhadores. Uma das alterações mais importantes feitas nos últimos anos foi o fim ao sistema “kafala”, em que os empregadores eram responsáveis pela ida e permanência do trabalhador no país. Assim, os imigrantes não podiam, por exemplo, mudar de emprego. Imigrantes viviam em alojamentos e trabalharam sob calor de até 50°C.

“A cada ano, a segurança nesses locais melhorou. É necessário uma reforma trabalhista para que sejam feitas melhorias. Isso é algo que reconhecemos antes de tentar a candidatura da Copa. O melhor que foi produzido não foi para a Copa do Mundo. Tivemos que fazê-los por causa de nossos valores”, afirmou Al Thawadi. “A Copa serviu como um acelerador.”

Manifestantes protestam contra o desrespeito aos direitos humanos no Catar, que sedia a Copa do Mundo. Foto: JOHN MACDOUGALL / AFP

A Anistia Internacional e a ONG Human Rights Watch lideraram apelos à Fifa e ao Catar para que criem um fundo de compensação de US$ 440 milhões (R$ 2,2 bilhões) aos trabalhadores mortos, ou feridos, nos preparativos para a Copa. Eles também acusam o país árabe de não informar adequadamente o número de mortes.

Praticamente toda a infraestrutura da Copa do Mundo foi erguida por trabalhadores imigrantes – dos 2,7 milhões de habitantes no país-sede, apenas 300 mil são catarianos e, segundo a Human Rights Watch, dos imigrantes, cerca de 1 milhão atua na construção civil e 1 milhão, em funções como de empregadas domésticas, garçons e camareiras. O governo do país, porém, calcula que o número total de trabalhadores de fora seja de 1,5 milhão.

A organização da Copa do Mundo do Catar admitiu nesta terça-feira que cerca de 500 operários imigrantes morreram durante os preparativos para a disputa do Mundial. O anúncio foi feito por Hassan Al Thawadi, um dos chefes da organização da competição, em entrevista ao canal britânico TalkTV.

Em uma nota à imprensa, divulgada após a entrevista, o Comitê da Copa “corrigiu” seu diretor e disse que o número citado por al-Thawadi se referia a “estatísticas nacionais cobrindo o período de 2014-2020 para todas as mortes relacionadas ao trabalho (414) em todo o país no Catar, cobrindo todos os setores e nacionalidades.”

O comitê informou também que o número total de mortes na preparação para a Copa foi de apenas 40 pessoas. Eles dizem que 37 foram considerados incidentes não relacionados ao trabalho, como ataques cardíacos, e três de incidentes no local de trabalho.

O jornal britânico Guardian revelou uma investigação em fevereiro do ano passado que o número de mortos teria atingido pelo menos 6.500 estrangeiros. Até o início dos jogos, o Catar só havia reconhecido 40 mortes nas construções dos estádios, número bem inferior do divulgado oficialmente.

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Em 2017, o Catar adotou o salário mínimo, reduziu as horas trabalhadas em calor extremo e aboliu os regulamentos que limitavam a mobilidade dos trabalhadores. Uma das alterações mais importantes feitas nos últimos anos foi o fim ao sistema “kafala”, em que os empregadores eram responsáveis pela ida e permanência do trabalhador no país. Assim, os imigrantes não podiam, por exemplo, mudar de emprego. Imigrantes viviam em alojamentos e trabalharam sob calor de até 50°C.

“A cada ano, a segurança nesses locais melhorou. É necessário uma reforma trabalhista para que sejam feitas melhorias. Isso é algo que reconhecemos antes de tentar a candidatura da Copa. O melhor que foi produzido não foi para a Copa do Mundo. Tivemos que fazê-los por causa de nossos valores”, afirmou Al Thawadi. “A Copa serviu como um acelerador.”

Manifestantes protestam contra o desrespeito aos direitos humanos no Catar, que sedia a Copa do Mundo. Foto: JOHN MACDOUGALL / AFP

A Anistia Internacional e a ONG Human Rights Watch lideraram apelos à Fifa e ao Catar para que criem um fundo de compensação de US$ 440 milhões (R$ 2,2 bilhões) aos trabalhadores mortos, ou feridos, nos preparativos para a Copa. Eles também acusam o país árabe de não informar adequadamente o número de mortes.

Praticamente toda a infraestrutura da Copa do Mundo foi erguida por trabalhadores imigrantes – dos 2,7 milhões de habitantes no país-sede, apenas 300 mil são catarianos e, segundo a Human Rights Watch, dos imigrantes, cerca de 1 milhão atua na construção civil e 1 milhão, em funções como de empregadas domésticas, garçons e camareiras. O governo do país, porém, calcula que o número total de trabalhadores de fora seja de 1,5 milhão.

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