O Real Madrid está na semifinal da Champions League. Depois de empate por 1 a 1 com a bola rolando, em duelo com o Manchester City, o time espanhol obteve a vaga ao marcar 4 a 3 na disputa de pênaltis, nesta quarta-feira, na Inglaterra. O goleiro brasileiro Ederson, do City, defendeu um pênalti batido por Modric e converteu o quinto pênalti inglês, mas não conseguiu evitar a eliminação. Lunin, do Real, defendeu a péssima cobrança de Bernardo Silva e também a de Kovacic.
O adversário do clube merengue pela vaga na final da principal competição europeia será contra o Bayern de Munique, que eliminou o Arsenal, ao vencer por 1 a 0, na Alemanha.
Ao contrário dos eletrizantes 90 minutos disputados em Madri, Manchester City e Real Madrid começaram o segundo duelo com mais cuidado e estudo, mas o raro talento presente nas duas equipes fez mais uma vez a diferença. Pela primeira vez na partida a favor da equipe espanhola, com toque brasileiro.
Aos 11 minutos, Bellingham demonstrou total domínio da bola, Vinícius Junior disparou pela direita para cruzar, Rodrygo precisou finalizar duas vezes para superar o goleiro Ederson e abrir o placar para o Real Madrid.
O gol fez o ritmo do jogo ficar frenético, assim como se esperava desde antes do apito inicial do árbitro. O City foi para o ataque. De Bruyne e Bernardo Silva levaram perigo à meta de Lunin, enquanto Haaland acertou uma cabeçada no travessão. Tudo isso até os 18 minutos.
Demonstrando confiança e atitude, o Real não se intimidou e passou a ser perigoso nos contra-ataques. Um uma dessas jogadas, Vinícius Júnior deixou Carvajal em condições de empatar, mas a finalização foi na zaga inglesa.
Aos 26, De Bruyne arriscou forte chute e forçou Lunin a fazer grande defesa. Aos 31, Grealish fez jogada individual e conseguiu um escanteio. Era grande a pressão britânica. No minuto seguinte, De Bruyne tentou mais uma vez, mas andou a bola por cima do gol espanhol.
Os últimos 15 minutos da etapa inicial foram todos do City. Grealish e De Bruyne incomodaram bastante mais uma vez a zaga espanhola, mas não conseguiram o empate, que seria o resultado mais justo para a primeira parte da partida.
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O City veio para o segundo tempo com a mesma vontade e logo a um minuto Grealish já fez Lunin trabalhar. O Real parece sentir um pouco a pressão e Nacho quase faz gol contra, aos 5. Dois minutos depois foi a vez de Foden testar Lunin, que fez mais uma boa defesa.
Com a forte pressão e a falta de um gol pelo menos para conseguir o empate, o nervosismo começa a tomar conta do time do City. Grealish, um dos jogadores mais ativos na partida, e Gvardiol recebem cartão amarelo.
O Real parecia satisfeito com o resultado e se segurava na defesa, enquanto o City estava longe dos melhores momentos e, apesar do domínio territorial, falha demais na hora de decidir.
Mas, aos 30 minutos, a consistente defesa do Real falhou. Rudiger afastou mal e De Bruyne mandou a bomba: 1 a 1, tornando o clima do jogo ainda mais quente.
Empurrado pela torcida, o Manchester City fica com a bola quase 80% do tempo e teve a chance da virada duas vezes com De Bruyne, mas o belga falhou nas finalizações. Mais 30 minutos de jogo na prorrogação.
A postura imponente do Real sumiu em campo. O time de Carlo Ancelotti se posiciona inteiro atrás da bola, sem força para contra-atacar. O domínio no primeiro tempo da prorrogação foi do City, mas sem grande inspiração. E o time de Pep Guardiola quase foi castigado, aos 16 minutos, quando Rudiger, livre, diante de Ederson, perdeu grande chance.
Aparentemente os dois times sentiram a parte física nos últimos 15 minutos da prorrogação. A preocupação era não levar um gol porque não haveria força para reação. A decisão foi para os pênaltis. E Lunin defendeu dois pênaltis (Bernardo Silva e Kovacic. Ederson só pegou a cobrança de Modric. Para o City Julián Álvarez, Foden e Ederson converteram. Bellingham, Lucas Vázquez, Nacho e Rudiger acertaram.