Cleber Machado fez história na Rede Globo sendo uma das vozes mais marcantes da emissora, com frases como “hoje não, hoje sim”, no GP da Áustria de Fórmula 1 de 2002, e a clássica narração do gol de Romarinho pelo Corinthians, na final da Copa Libertadores de 2012. Após 35 anos de casa, foi demitido na última quarta-feira, 22, e ainda não decidiu seu futuro. O que é certo é que não ficou qualquer mágoa.
Em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes, o comunicador disse que acredita ter feito sua parte no tempo em que estava lá e garante que a notícia não o desmotivou, principalmente pelo motivo do desligamento, especulado por ele mesmo, ser de reestruturação e não por ineficiência. Além disso, contou, resumidamente, como foi preparar a nova geração de narradores.
“Dos meus 44 anos de carreira, passei 35 anos na TV Globo e 6 anos nas rádios Globo, não posso me considerar um cara de fracasso”, disse Cleber. “Deixei uma marca legal e estou na boa. Não tem coitadinho. está tudo bem”, acrescenta, deixando claro posteriormente que a saída não foi sua opção. “Se eu pudesse escolher, trabalharia nas organizações Globo até me aposentar”.
Por ser grande e concorrida entre os profissionais de jornalismo, a emissora tem seu ambiente de trabalho ‘debatido’ frequentemente, seja com pontos positivos ou negativos. O narrador é claro em sua posição: “É uma empresa excelente de se trabalhar, que me deu muitas oportunidades e repercussão”. Ele ainda disse que acredita que o motivo não tenha sido técnico, e sim por mudanças estruturais, ao menos, “quer acreditar”, em suas palavras.
A Globo ainda não confirmou quem substituirá Cleber nas transmissões, mas um dos nomes mais comentados pelo público é o de Gustavo Vilani, uma das maiores vozes do SporTV, afiliada da emissora, e constantemente escalado para grandes eventos. Ele, inclusive, narrou as últimas três edições do game ‘FIFA’. “Uma das coisas mais legais é você pegar a molecada que está chegando e eles agradecerem as conversas, os toques e cada aprendizado. Acho isso muito legal”, disse Machado a respeito da nova ‘leva’.