Clubes pressionam CBF após erros em jogos do Campeonato Brasileiro


‘Estado’ procura times da Série A que votaram contra a proposta do VAR e dirigentes aceitam uso da tecnologia desde que entidade assuma a conta

Por Daniel Batista, Paulo Favero, Renan Cacioli e João Prata

Após nova rodada com polêmica de arbitragem no Brasileirão, a discussão sobre a utilização do VAR (Árbitro de Vídeo) voltou ao centro do debate. Só que mais uma vez os custos de utilização do sistema, que já provou diminuir os erros nos jogos, são o calcanhar de Aquiles para a adoção no torneio. O impasse continua sendo o mesmo: quem deve pagar a conta?

No início da temporada, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) colocou em votação entre os 20 clubes da Série A se o sistema seria implementado na competição. A maioria se posicionou contrária a ideia (América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Ceará, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Paraná, Santos, Sport, Vasco e Vitória). O São Paulo se absteve e depois afirmou ser contra também.

Mano Menezes cobra Dewson Freitas da Silva Foto: Alex Silva/Estadão
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“Quero reiterar que todos os 20 clubes que participaram do Conselho Arbitral foram a favor do uso do VAR, o que a gente foi contra é que os clubes tivessem de custear sozinhos toda a operação”, explicou Ricardo David, presidente do Vitória, time que foi prejudicado com um pênalti mal marcado para o Internacional no domingo, pela 27.ª rodada do torneio.

Naquela reunião entre os 20 clubes, em fevereiro, a CBF avisou que já tinha a empresa que implementaria o VAR no Brasileirão e que o custo seria repassado aos times. O valor era de R$ 50 mil por partida, a ser bancado pelo mandante. Só para se ter uma ideia, muitas partidas do torneio não chegam a dar isso de lucro líquido ao clube. Ou seja, o VAR traria prejuízo ou lucro bem pequeno para o mandante em algumas ocasiões.

“A votação foi simples. Ou aprova ou reprova. Questionamos tudo isso. A CBF tem de assumir esse encargo ou, na pior das hipóteses, participar dele. Também é preciso ter clareza nos procedimentos e estabelecer as jogadas que dão menos possibilidade de serem interpretativas”, explicou Lásaro Cândido da Cunha, vice-presidente do Atlético-MG.

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O Cruzeiro concorda que os custos deveriam ser bancados pela CBF, mas, por causa dos erros de arbitragem, já cogita mudar de posição. “Devido aos inúmeros erros de arbitragem ocorridos contra o clube no campeonato, os quais não permitiram que a equipe ocupasse uma posição melhor na tabela, o Cruzeiro está disposto a contribuir com a implementação da tecnologia na disputa em questão, mesmo que para isso tenha de arcar com os custos de maneira dividida com os demais clubes”, informou o Cruzeiro.

O time mineiro foi o único entre os 13 clubes ouvidos pelo Estado (aqueles que disseram “não” em fevereiro e mais o São Paulo) a admitir a possibilidade de aceitar que a conta seja paga só pelos times. Todos os outros esperam que a CBF tome a iniciativa de no mínimo ajudar. “O Corinthians nunca foi contra o VAR, apenas votamos contra seu uso porque as explicações não eram firmes e o preço era fora da realidade do futebol brasileiro”, explicou o presidente Andrés Sanchez.

Quem também se manifestou foi Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-PR. “O clube é a favor, desde que os custos sejam absorvidos pela CBF e com central única do VAR, a exemplo de como é na Europa”, disse. Segundo Sérgio Corrêa, coordenador do VAR no Brasil, para haver central única “existe a necessidade de fibra óptica em todos os estádios”. Não há.

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O Santos, que na última rodada do Brasileiro teve um pênalti polêmico marcado a seu favor, também espera que a CBF arque com os custos da tecnologia. “O clube acredita que o VAR é urgente e necessário, mas no molde financeiro da Copa do Brasil”, informou o clube.

O Fluminense também foi no mesmo tom. "O clube votou contra o VAR por uma questão financeira e por critérios de utilização. Mas entende que o uso da tecnologia é benéfica para o futebol brasileiro quando utilizada de maneira correta e operacionalizada por profissionais treinados."

O América-MG adotou a mesma linha de raciocínio. “O VAR é um caminho sem volta no futebol, mas a ferramenta precisa ser testada e amadurecida em competições de peso. É preciso também definir claramente os custos da implementação e, principalmente, quem serão os responsáveis por esse investimento”, disse o clube.

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Tanto Marcos Marinho, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, quanto Sérgio Corrêa disseram que não poderiam se manifestar sobre essa discussão entre clubes e CBF, sobre quem pagaria a conta, porque não era assunto da alçada deles. Questionada se a CBF cogitava rever sua posição e arcar com os custos do VAR, a assessoria da entidade disse que não teria como se posicionar até o fechamento da edição.

Após nova rodada com polêmica de arbitragem no Brasileirão, a discussão sobre a utilização do VAR (Árbitro de Vídeo) voltou ao centro do debate. Só que mais uma vez os custos de utilização do sistema, que já provou diminuir os erros nos jogos, são o calcanhar de Aquiles para a adoção no torneio. O impasse continua sendo o mesmo: quem deve pagar a conta?

No início da temporada, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) colocou em votação entre os 20 clubes da Série A se o sistema seria implementado na competição. A maioria se posicionou contrária a ideia (América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Ceará, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Paraná, Santos, Sport, Vasco e Vitória). O São Paulo se absteve e depois afirmou ser contra também.

Mano Menezes cobra Dewson Freitas da Silva Foto: Alex Silva/Estadão

“Quero reiterar que todos os 20 clubes que participaram do Conselho Arbitral foram a favor do uso do VAR, o que a gente foi contra é que os clubes tivessem de custear sozinhos toda a operação”, explicou Ricardo David, presidente do Vitória, time que foi prejudicado com um pênalti mal marcado para o Internacional no domingo, pela 27.ª rodada do torneio.

Naquela reunião entre os 20 clubes, em fevereiro, a CBF avisou que já tinha a empresa que implementaria o VAR no Brasileirão e que o custo seria repassado aos times. O valor era de R$ 50 mil por partida, a ser bancado pelo mandante. Só para se ter uma ideia, muitas partidas do torneio não chegam a dar isso de lucro líquido ao clube. Ou seja, o VAR traria prejuízo ou lucro bem pequeno para o mandante em algumas ocasiões.

“A votação foi simples. Ou aprova ou reprova. Questionamos tudo isso. A CBF tem de assumir esse encargo ou, na pior das hipóteses, participar dele. Também é preciso ter clareza nos procedimentos e estabelecer as jogadas que dão menos possibilidade de serem interpretativas”, explicou Lásaro Cândido da Cunha, vice-presidente do Atlético-MG.

O Cruzeiro concorda que os custos deveriam ser bancados pela CBF, mas, por causa dos erros de arbitragem, já cogita mudar de posição. “Devido aos inúmeros erros de arbitragem ocorridos contra o clube no campeonato, os quais não permitiram que a equipe ocupasse uma posição melhor na tabela, o Cruzeiro está disposto a contribuir com a implementação da tecnologia na disputa em questão, mesmo que para isso tenha de arcar com os custos de maneira dividida com os demais clubes”, informou o Cruzeiro.

O time mineiro foi o único entre os 13 clubes ouvidos pelo Estado (aqueles que disseram “não” em fevereiro e mais o São Paulo) a admitir a possibilidade de aceitar que a conta seja paga só pelos times. Todos os outros esperam que a CBF tome a iniciativa de no mínimo ajudar. “O Corinthians nunca foi contra o VAR, apenas votamos contra seu uso porque as explicações não eram firmes e o preço era fora da realidade do futebol brasileiro”, explicou o presidente Andrés Sanchez.

Quem também se manifestou foi Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-PR. “O clube é a favor, desde que os custos sejam absorvidos pela CBF e com central única do VAR, a exemplo de como é na Europa”, disse. Segundo Sérgio Corrêa, coordenador do VAR no Brasil, para haver central única “existe a necessidade de fibra óptica em todos os estádios”. Não há.

O Santos, que na última rodada do Brasileiro teve um pênalti polêmico marcado a seu favor, também espera que a CBF arque com os custos da tecnologia. “O clube acredita que o VAR é urgente e necessário, mas no molde financeiro da Copa do Brasil”, informou o clube.

O Fluminense também foi no mesmo tom. "O clube votou contra o VAR por uma questão financeira e por critérios de utilização. Mas entende que o uso da tecnologia é benéfica para o futebol brasileiro quando utilizada de maneira correta e operacionalizada por profissionais treinados."

O América-MG adotou a mesma linha de raciocínio. “O VAR é um caminho sem volta no futebol, mas a ferramenta precisa ser testada e amadurecida em competições de peso. É preciso também definir claramente os custos da implementação e, principalmente, quem serão os responsáveis por esse investimento”, disse o clube.

Tanto Marcos Marinho, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, quanto Sérgio Corrêa disseram que não poderiam se manifestar sobre essa discussão entre clubes e CBF, sobre quem pagaria a conta, porque não era assunto da alçada deles. Questionada se a CBF cogitava rever sua posição e arcar com os custos do VAR, a assessoria da entidade disse que não teria como se posicionar até o fechamento da edição.

Após nova rodada com polêmica de arbitragem no Brasileirão, a discussão sobre a utilização do VAR (Árbitro de Vídeo) voltou ao centro do debate. Só que mais uma vez os custos de utilização do sistema, que já provou diminuir os erros nos jogos, são o calcanhar de Aquiles para a adoção no torneio. O impasse continua sendo o mesmo: quem deve pagar a conta?

No início da temporada, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) colocou em votação entre os 20 clubes da Série A se o sistema seria implementado na competição. A maioria se posicionou contrária a ideia (América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Ceará, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Paraná, Santos, Sport, Vasco e Vitória). O São Paulo se absteve e depois afirmou ser contra também.

Mano Menezes cobra Dewson Freitas da Silva Foto: Alex Silva/Estadão

“Quero reiterar que todos os 20 clubes que participaram do Conselho Arbitral foram a favor do uso do VAR, o que a gente foi contra é que os clubes tivessem de custear sozinhos toda a operação”, explicou Ricardo David, presidente do Vitória, time que foi prejudicado com um pênalti mal marcado para o Internacional no domingo, pela 27.ª rodada do torneio.

Naquela reunião entre os 20 clubes, em fevereiro, a CBF avisou que já tinha a empresa que implementaria o VAR no Brasileirão e que o custo seria repassado aos times. O valor era de R$ 50 mil por partida, a ser bancado pelo mandante. Só para se ter uma ideia, muitas partidas do torneio não chegam a dar isso de lucro líquido ao clube. Ou seja, o VAR traria prejuízo ou lucro bem pequeno para o mandante em algumas ocasiões.

“A votação foi simples. Ou aprova ou reprova. Questionamos tudo isso. A CBF tem de assumir esse encargo ou, na pior das hipóteses, participar dele. Também é preciso ter clareza nos procedimentos e estabelecer as jogadas que dão menos possibilidade de serem interpretativas”, explicou Lásaro Cândido da Cunha, vice-presidente do Atlético-MG.

O Cruzeiro concorda que os custos deveriam ser bancados pela CBF, mas, por causa dos erros de arbitragem, já cogita mudar de posição. “Devido aos inúmeros erros de arbitragem ocorridos contra o clube no campeonato, os quais não permitiram que a equipe ocupasse uma posição melhor na tabela, o Cruzeiro está disposto a contribuir com a implementação da tecnologia na disputa em questão, mesmo que para isso tenha de arcar com os custos de maneira dividida com os demais clubes”, informou o Cruzeiro.

O time mineiro foi o único entre os 13 clubes ouvidos pelo Estado (aqueles que disseram “não” em fevereiro e mais o São Paulo) a admitir a possibilidade de aceitar que a conta seja paga só pelos times. Todos os outros esperam que a CBF tome a iniciativa de no mínimo ajudar. “O Corinthians nunca foi contra o VAR, apenas votamos contra seu uso porque as explicações não eram firmes e o preço era fora da realidade do futebol brasileiro”, explicou o presidente Andrés Sanchez.

Quem também se manifestou foi Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-PR. “O clube é a favor, desde que os custos sejam absorvidos pela CBF e com central única do VAR, a exemplo de como é na Europa”, disse. Segundo Sérgio Corrêa, coordenador do VAR no Brasil, para haver central única “existe a necessidade de fibra óptica em todos os estádios”. Não há.

O Santos, que na última rodada do Brasileiro teve um pênalti polêmico marcado a seu favor, também espera que a CBF arque com os custos da tecnologia. “O clube acredita que o VAR é urgente e necessário, mas no molde financeiro da Copa do Brasil”, informou o clube.

O Fluminense também foi no mesmo tom. "O clube votou contra o VAR por uma questão financeira e por critérios de utilização. Mas entende que o uso da tecnologia é benéfica para o futebol brasileiro quando utilizada de maneira correta e operacionalizada por profissionais treinados."

O América-MG adotou a mesma linha de raciocínio. “O VAR é um caminho sem volta no futebol, mas a ferramenta precisa ser testada e amadurecida em competições de peso. É preciso também definir claramente os custos da implementação e, principalmente, quem serão os responsáveis por esse investimento”, disse o clube.

Tanto Marcos Marinho, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, quanto Sérgio Corrêa disseram que não poderiam se manifestar sobre essa discussão entre clubes e CBF, sobre quem pagaria a conta, porque não era assunto da alçada deles. Questionada se a CBF cogitava rever sua posição e arcar com os custos do VAR, a assessoria da entidade disse que não teria como se posicionar até o fechamento da edição.

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