Como Corinthians vai fazer com cor verde no logo do novo patrocinador máster?


Esportes da Sorte tem detalhes em verde em sua logomarca; clube passou por situação semelhante em outras três ocasiões

Por Murillo César Alves e Rodrigo Sampaio
Atualização:

Com o anúncio do patrocínio Esportes da Sorte que pagará R$ 309 milhões ao clube por três anos de contrato –, uma dúvida surge na cabeça do corintiano: a camisa do time alvinegro terá detalhes em verde? Historicamente, a cor remete ao Palmeiras, maior rival do time do Parque São Jorge, e está presente na logomarca da casa de apostas esportivas que patrocinará o Corinthians até 2026. Ao longo dos 113 anos do clube, em três ocasiões foi preciso utilizar de ‘artimanhas’ para driblar a cor do patrocinador.

Anunciada no intervalo da partida contra o Grêmio, a Esportes da Sorte tem a primeira letra “E” da marca colorida em verde. Para o Corinthians, no entanto, isso não será um problema. Isso porque a logomarca muitas vezes não é utilizada no tom de cor original nas camisas dos times patrocinados, como Athletico-PR, Bahia, Grêmio e o próprio Palmeiras, sendo substituída por uma versão monocromática, em branco, azul e dourado, respectivamente.

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No Corinthians, será adotada a cor preta na camisa titular e uma tecnologia de blackout na reserva, que é utilizada desde o lançamento do uniforme, em duelo com o Fortaleza, pelo Brasileirão. Nesta última, a marca é visível diante de certos ângulos de luminosidade, especialmente com o disparo de flashes.

“Antes de existir um acordo no contrato para as cores que usaríamos, a gente já tinha decidido que não usaria nossas cores. Faz parte de ser genuíno mesmo, entendemos que o clube tem sua história, seu legado, suas cores”, afirmou Sofia Aldin, CMO da Esportes da Sorte nesta quinta-feira, após anúncio oficial da parceria.

Ausência de verde no patrocinador não é inédita

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Esta não será a primeira vez que o Corinthians se esquiva do verde em seu uniforme. Além de cogitar um gramado cinza ou preto na Neo Química Arena – vetado pela Fifa ainda na fase de construção –, o clube pediu para que marcas alterassem as cores bases de suas identidades visuais para patrocinar o clube.

O primeiro caso se deu em 1998, na final do Campeonato Brasileiro, contra o Cruzeiro. Na ocasião, a empresa de telefonia a Embratel utilizou o uniforme para divulgar o serviço de Discagem Direta à Distância (DDD). No entanto, a logo era composta por três círculos, nas cores amarela, vermelha e verde. A solução encontrada foi abandonar o amarelo e verde, utilizando todos vermelhos.

Corinthians evitou a cor verde em patrocínios da DDD, Pepsi Twist e Media Saúde ao longo dos anos. Foto: Acervo/ Estadão
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Já em 2003, a Pepsi, marca de refrigerantes, também quis divulgar um novo produto na camisa corintiana: a Pepsi Twist, que tinha a cor verde, em alusão ao limão presente na bebida. Desta vez, foi o amarelo quem ganhou vida na camisa alvinegra, se tornando um “limão siciliano”. Por fim, em 2007, a Medial Saúde abandonou os tons esverdeados para se tornar preta e branca, a fim de ter seu logo estampado na camisa. O anúncio foi feito em dezembro e as primeiras partidas disputadas no início de 2008.

Esportes da Sorte, Corinthians e Palmeiras

O acerto com a Esportes da Sorte vai fazer o Corinthians dividir um patrocinador com o Palmeiras, maior rival, pela terceira vez na história. A empresa já é parceira do time feminino palmeirense desde janeiro e tinha a intenção de avançar para o uniforme do futebol masculino, que é estampado por Crefisa e Faculdade das Américas (FAM), empresas cujo dono é José Roberto Lamacchia, marido de Leila Pereira, presidente do clube.

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Segundo apurou o Estadão, foi a própria Esportes da Sorte quem procurou Augusto Melo. O presidente negociou o patrocínio e depois passou o assunto para os departamentos jurídico e de marketing para costurar o acordo. O fato de a marca ser parceira do rival não foi considerado um impeditivo.

O Palmeiras também não acredita e nem trabalha com a possibilidade de um rompimento contratual por parte da Esportes da Sorte. O contrato da marca com a equipe feminina é válido até dezembro e é avaliado em cerca de R$ 20 milhões. Assim, até o fim de 2024, pelo menos, Corinthians e Palmeiras terão a mesma marca como parceira.

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Bahia, de Éverton Ribeiro, fechou com o Esportes da Sorte o maior patrocínio de sua história Foto: Tiago Caldas/EC Bahia

Com o acordo selado com o time alvinegro, a tendência é de que a Esportes da Sorte não continue na briga para patrocinar o futebol masculino do Palmeiras, pelos altos valores já investidos – cerca de R$ 173 milhões, quando somado o valor de contratos desses três clubes.

Atualmente, Crefisa e FAM despendem R$ 81 milhões para ter suas marcas no uniforme alviverde. Para ganhar a concorrência, a marca de apostas esportivas deveria desembolsar um valor superior. Ao Corinthians, foi acertado um contrato de R$ 309 milhões, por três anos.

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Outros patrocínios divididos

Desde a década de 1980, a lei brasileira permite que clubes divulguem marcas em seus uniformes. Em pouco mais de 40 anos, em duas ocasiões Corinthians e Palmeiras tiveram uma parceira em comum. Entre 2011 e 2013, com a Tim, e em 2009, com a Suvinil.

Em nenhum dos casos as marcas foram patrocinadores másters das equipes profissionais, como ocorre neste ano com Esportes da Sorte. Em 2009, o Corinthians acertou um patrocínio para a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior daquele ano; simultaneamente, o Palmeiras estampou a marca nas mangas do uniforme. Já em 2011, a Tim colocou sua logomarca no mesmo espaço, em ambas as equipes: no número.

Como é dividido o contrato da Esportes da Sorte com o Corinthians

O Corinthians vai receber R$ 56,5 milhões fixos neste primeiro ano. Em 2025, o valor sobe para R$ 66,5 milhões, e em 2026, vai a R$ 90 milhões. Outros R$ 57 milhões serão reservados para a contratação de um jogador, que podem ser ‘adiantados’ a qualquer momento da duração do contrato. Desde o início do mandato de Augusto Melo, o presidente declarou por diversas vezes a vontade de assinar com um atleta de peso, capaz de mobilizar ainda mais a torcida.

Além disso, o Corinthians também receberá R$ 3 milhões por ano – totalizando R$ 9 milhões – para ações de marketing. Somando com o restante dos valores fixos, receberá em média R$ 74 milhões ao ano (que não contabiliza a cota reservada para a contratação de peso). Além desse montante, ainda há R$ 30 milhões, sendo R$ 10 milhões ao ano, que serão ativadas a cada meta atingida de usuários na plataforma da Esportes da Sorte.

Assim, com todas as especificidades, o Corinthians receberá, até o fim do contrato, R$ 309 milhões – média de R$ 103 milhões ao ano, que considera o impacto das cláusulas e bônus vigentes no contrato. O valor é próximo do que o clube receberia da Vai de Bet já que, dos R$ 370 milhões, um intermediário teve direito a R$ 27 milhões do montante.

O contrato com o clube também compõe a exposição de marca nas equipes de futebol feminino profissional, futsal masculino profissional e basquete masculino profissional.

Com o anúncio do patrocínio Esportes da Sorte que pagará R$ 309 milhões ao clube por três anos de contrato –, uma dúvida surge na cabeça do corintiano: a camisa do time alvinegro terá detalhes em verde? Historicamente, a cor remete ao Palmeiras, maior rival do time do Parque São Jorge, e está presente na logomarca da casa de apostas esportivas que patrocinará o Corinthians até 2026. Ao longo dos 113 anos do clube, em três ocasiões foi preciso utilizar de ‘artimanhas’ para driblar a cor do patrocinador.

Anunciada no intervalo da partida contra o Grêmio, a Esportes da Sorte tem a primeira letra “E” da marca colorida em verde. Para o Corinthians, no entanto, isso não será um problema. Isso porque a logomarca muitas vezes não é utilizada no tom de cor original nas camisas dos times patrocinados, como Athletico-PR, Bahia, Grêmio e o próprio Palmeiras, sendo substituída por uma versão monocromática, em branco, azul e dourado, respectivamente.

No Corinthians, será adotada a cor preta na camisa titular e uma tecnologia de blackout na reserva, que é utilizada desde o lançamento do uniforme, em duelo com o Fortaleza, pelo Brasileirão. Nesta última, a marca é visível diante de certos ângulos de luminosidade, especialmente com o disparo de flashes.

“Antes de existir um acordo no contrato para as cores que usaríamos, a gente já tinha decidido que não usaria nossas cores. Faz parte de ser genuíno mesmo, entendemos que o clube tem sua história, seu legado, suas cores”, afirmou Sofia Aldin, CMO da Esportes da Sorte nesta quinta-feira, após anúncio oficial da parceria.

Ausência de verde no patrocinador não é inédita

Esta não será a primeira vez que o Corinthians se esquiva do verde em seu uniforme. Além de cogitar um gramado cinza ou preto na Neo Química Arena – vetado pela Fifa ainda na fase de construção –, o clube pediu para que marcas alterassem as cores bases de suas identidades visuais para patrocinar o clube.

O primeiro caso se deu em 1998, na final do Campeonato Brasileiro, contra o Cruzeiro. Na ocasião, a empresa de telefonia a Embratel utilizou o uniforme para divulgar o serviço de Discagem Direta à Distância (DDD). No entanto, a logo era composta por três círculos, nas cores amarela, vermelha e verde. A solução encontrada foi abandonar o amarelo e verde, utilizando todos vermelhos.

Corinthians evitou a cor verde em patrocínios da DDD, Pepsi Twist e Media Saúde ao longo dos anos. Foto: Acervo/ Estadão

Já em 2003, a Pepsi, marca de refrigerantes, também quis divulgar um novo produto na camisa corintiana: a Pepsi Twist, que tinha a cor verde, em alusão ao limão presente na bebida. Desta vez, foi o amarelo quem ganhou vida na camisa alvinegra, se tornando um “limão siciliano”. Por fim, em 2007, a Medial Saúde abandonou os tons esverdeados para se tornar preta e branca, a fim de ter seu logo estampado na camisa. O anúncio foi feito em dezembro e as primeiras partidas disputadas no início de 2008.

Esportes da Sorte, Corinthians e Palmeiras

O acerto com a Esportes da Sorte vai fazer o Corinthians dividir um patrocinador com o Palmeiras, maior rival, pela terceira vez na história. A empresa já é parceira do time feminino palmeirense desde janeiro e tinha a intenção de avançar para o uniforme do futebol masculino, que é estampado por Crefisa e Faculdade das Américas (FAM), empresas cujo dono é José Roberto Lamacchia, marido de Leila Pereira, presidente do clube.

Segundo apurou o Estadão, foi a própria Esportes da Sorte quem procurou Augusto Melo. O presidente negociou o patrocínio e depois passou o assunto para os departamentos jurídico e de marketing para costurar o acordo. O fato de a marca ser parceira do rival não foi considerado um impeditivo.

O Palmeiras também não acredita e nem trabalha com a possibilidade de um rompimento contratual por parte da Esportes da Sorte. O contrato da marca com a equipe feminina é válido até dezembro e é avaliado em cerca de R$ 20 milhões. Assim, até o fim de 2024, pelo menos, Corinthians e Palmeiras terão a mesma marca como parceira.

Bahia, de Éverton Ribeiro, fechou com o Esportes da Sorte o maior patrocínio de sua história Foto: Tiago Caldas/EC Bahia

Com o acordo selado com o time alvinegro, a tendência é de que a Esportes da Sorte não continue na briga para patrocinar o futebol masculino do Palmeiras, pelos altos valores já investidos – cerca de R$ 173 milhões, quando somado o valor de contratos desses três clubes.

Atualmente, Crefisa e FAM despendem R$ 81 milhões para ter suas marcas no uniforme alviverde. Para ganhar a concorrência, a marca de apostas esportivas deveria desembolsar um valor superior. Ao Corinthians, foi acertado um contrato de R$ 309 milhões, por três anos.

Outros patrocínios divididos

Desde a década de 1980, a lei brasileira permite que clubes divulguem marcas em seus uniformes. Em pouco mais de 40 anos, em duas ocasiões Corinthians e Palmeiras tiveram uma parceira em comum. Entre 2011 e 2013, com a Tim, e em 2009, com a Suvinil.

Em nenhum dos casos as marcas foram patrocinadores másters das equipes profissionais, como ocorre neste ano com Esportes da Sorte. Em 2009, o Corinthians acertou um patrocínio para a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior daquele ano; simultaneamente, o Palmeiras estampou a marca nas mangas do uniforme. Já em 2011, a Tim colocou sua logomarca no mesmo espaço, em ambas as equipes: no número.

Como é dividido o contrato da Esportes da Sorte com o Corinthians

O Corinthians vai receber R$ 56,5 milhões fixos neste primeiro ano. Em 2025, o valor sobe para R$ 66,5 milhões, e em 2026, vai a R$ 90 milhões. Outros R$ 57 milhões serão reservados para a contratação de um jogador, que podem ser ‘adiantados’ a qualquer momento da duração do contrato. Desde o início do mandato de Augusto Melo, o presidente declarou por diversas vezes a vontade de assinar com um atleta de peso, capaz de mobilizar ainda mais a torcida.

Além disso, o Corinthians também receberá R$ 3 milhões por ano – totalizando R$ 9 milhões – para ações de marketing. Somando com o restante dos valores fixos, receberá em média R$ 74 milhões ao ano (que não contabiliza a cota reservada para a contratação de peso). Além desse montante, ainda há R$ 30 milhões, sendo R$ 10 milhões ao ano, que serão ativadas a cada meta atingida de usuários na plataforma da Esportes da Sorte.

Assim, com todas as especificidades, o Corinthians receberá, até o fim do contrato, R$ 309 milhões – média de R$ 103 milhões ao ano, que considera o impacto das cláusulas e bônus vigentes no contrato. O valor é próximo do que o clube receberia da Vai de Bet já que, dos R$ 370 milhões, um intermediário teve direito a R$ 27 milhões do montante.

O contrato com o clube também compõe a exposição de marca nas equipes de futebol feminino profissional, futsal masculino profissional e basquete masculino profissional.

Com o anúncio do patrocínio Esportes da Sorte que pagará R$ 309 milhões ao clube por três anos de contrato –, uma dúvida surge na cabeça do corintiano: a camisa do time alvinegro terá detalhes em verde? Historicamente, a cor remete ao Palmeiras, maior rival do time do Parque São Jorge, e está presente na logomarca da casa de apostas esportivas que patrocinará o Corinthians até 2026. Ao longo dos 113 anos do clube, em três ocasiões foi preciso utilizar de ‘artimanhas’ para driblar a cor do patrocinador.

Anunciada no intervalo da partida contra o Grêmio, a Esportes da Sorte tem a primeira letra “E” da marca colorida em verde. Para o Corinthians, no entanto, isso não será um problema. Isso porque a logomarca muitas vezes não é utilizada no tom de cor original nas camisas dos times patrocinados, como Athletico-PR, Bahia, Grêmio e o próprio Palmeiras, sendo substituída por uma versão monocromática, em branco, azul e dourado, respectivamente.

No Corinthians, será adotada a cor preta na camisa titular e uma tecnologia de blackout na reserva, que é utilizada desde o lançamento do uniforme, em duelo com o Fortaleza, pelo Brasileirão. Nesta última, a marca é visível diante de certos ângulos de luminosidade, especialmente com o disparo de flashes.

“Antes de existir um acordo no contrato para as cores que usaríamos, a gente já tinha decidido que não usaria nossas cores. Faz parte de ser genuíno mesmo, entendemos que o clube tem sua história, seu legado, suas cores”, afirmou Sofia Aldin, CMO da Esportes da Sorte nesta quinta-feira, após anúncio oficial da parceria.

Ausência de verde no patrocinador não é inédita

Esta não será a primeira vez que o Corinthians se esquiva do verde em seu uniforme. Além de cogitar um gramado cinza ou preto na Neo Química Arena – vetado pela Fifa ainda na fase de construção –, o clube pediu para que marcas alterassem as cores bases de suas identidades visuais para patrocinar o clube.

O primeiro caso se deu em 1998, na final do Campeonato Brasileiro, contra o Cruzeiro. Na ocasião, a empresa de telefonia a Embratel utilizou o uniforme para divulgar o serviço de Discagem Direta à Distância (DDD). No entanto, a logo era composta por três círculos, nas cores amarela, vermelha e verde. A solução encontrada foi abandonar o amarelo e verde, utilizando todos vermelhos.

Corinthians evitou a cor verde em patrocínios da DDD, Pepsi Twist e Media Saúde ao longo dos anos. Foto: Acervo/ Estadão

Já em 2003, a Pepsi, marca de refrigerantes, também quis divulgar um novo produto na camisa corintiana: a Pepsi Twist, que tinha a cor verde, em alusão ao limão presente na bebida. Desta vez, foi o amarelo quem ganhou vida na camisa alvinegra, se tornando um “limão siciliano”. Por fim, em 2007, a Medial Saúde abandonou os tons esverdeados para se tornar preta e branca, a fim de ter seu logo estampado na camisa. O anúncio foi feito em dezembro e as primeiras partidas disputadas no início de 2008.

Esportes da Sorte, Corinthians e Palmeiras

O acerto com a Esportes da Sorte vai fazer o Corinthians dividir um patrocinador com o Palmeiras, maior rival, pela terceira vez na história. A empresa já é parceira do time feminino palmeirense desde janeiro e tinha a intenção de avançar para o uniforme do futebol masculino, que é estampado por Crefisa e Faculdade das Américas (FAM), empresas cujo dono é José Roberto Lamacchia, marido de Leila Pereira, presidente do clube.

Segundo apurou o Estadão, foi a própria Esportes da Sorte quem procurou Augusto Melo. O presidente negociou o patrocínio e depois passou o assunto para os departamentos jurídico e de marketing para costurar o acordo. O fato de a marca ser parceira do rival não foi considerado um impeditivo.

O Palmeiras também não acredita e nem trabalha com a possibilidade de um rompimento contratual por parte da Esportes da Sorte. O contrato da marca com a equipe feminina é válido até dezembro e é avaliado em cerca de R$ 20 milhões. Assim, até o fim de 2024, pelo menos, Corinthians e Palmeiras terão a mesma marca como parceira.

Bahia, de Éverton Ribeiro, fechou com o Esportes da Sorte o maior patrocínio de sua história Foto: Tiago Caldas/EC Bahia

Com o acordo selado com o time alvinegro, a tendência é de que a Esportes da Sorte não continue na briga para patrocinar o futebol masculino do Palmeiras, pelos altos valores já investidos – cerca de R$ 173 milhões, quando somado o valor de contratos desses três clubes.

Atualmente, Crefisa e FAM despendem R$ 81 milhões para ter suas marcas no uniforme alviverde. Para ganhar a concorrência, a marca de apostas esportivas deveria desembolsar um valor superior. Ao Corinthians, foi acertado um contrato de R$ 309 milhões, por três anos.

Outros patrocínios divididos

Desde a década de 1980, a lei brasileira permite que clubes divulguem marcas em seus uniformes. Em pouco mais de 40 anos, em duas ocasiões Corinthians e Palmeiras tiveram uma parceira em comum. Entre 2011 e 2013, com a Tim, e em 2009, com a Suvinil.

Em nenhum dos casos as marcas foram patrocinadores másters das equipes profissionais, como ocorre neste ano com Esportes da Sorte. Em 2009, o Corinthians acertou um patrocínio para a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior daquele ano; simultaneamente, o Palmeiras estampou a marca nas mangas do uniforme. Já em 2011, a Tim colocou sua logomarca no mesmo espaço, em ambas as equipes: no número.

Como é dividido o contrato da Esportes da Sorte com o Corinthians

O Corinthians vai receber R$ 56,5 milhões fixos neste primeiro ano. Em 2025, o valor sobe para R$ 66,5 milhões, e em 2026, vai a R$ 90 milhões. Outros R$ 57 milhões serão reservados para a contratação de um jogador, que podem ser ‘adiantados’ a qualquer momento da duração do contrato. Desde o início do mandato de Augusto Melo, o presidente declarou por diversas vezes a vontade de assinar com um atleta de peso, capaz de mobilizar ainda mais a torcida.

Além disso, o Corinthians também receberá R$ 3 milhões por ano – totalizando R$ 9 milhões – para ações de marketing. Somando com o restante dos valores fixos, receberá em média R$ 74 milhões ao ano (que não contabiliza a cota reservada para a contratação de peso). Além desse montante, ainda há R$ 30 milhões, sendo R$ 10 milhões ao ano, que serão ativadas a cada meta atingida de usuários na plataforma da Esportes da Sorte.

Assim, com todas as especificidades, o Corinthians receberá, até o fim do contrato, R$ 309 milhões – média de R$ 103 milhões ao ano, que considera o impacto das cláusulas e bônus vigentes no contrato. O valor é próximo do que o clube receberia da Vai de Bet já que, dos R$ 370 milhões, um intermediário teve direito a R$ 27 milhões do montante.

O contrato com o clube também compõe a exposição de marca nas equipes de futebol feminino profissional, futsal masculino profissional e basquete masculino profissional.

Com o anúncio do patrocínio Esportes da Sorte que pagará R$ 309 milhões ao clube por três anos de contrato –, uma dúvida surge na cabeça do corintiano: a camisa do time alvinegro terá detalhes em verde? Historicamente, a cor remete ao Palmeiras, maior rival do time do Parque São Jorge, e está presente na logomarca da casa de apostas esportivas que patrocinará o Corinthians até 2026. Ao longo dos 113 anos do clube, em três ocasiões foi preciso utilizar de ‘artimanhas’ para driblar a cor do patrocinador.

Anunciada no intervalo da partida contra o Grêmio, a Esportes da Sorte tem a primeira letra “E” da marca colorida em verde. Para o Corinthians, no entanto, isso não será um problema. Isso porque a logomarca muitas vezes não é utilizada no tom de cor original nas camisas dos times patrocinados, como Athletico-PR, Bahia, Grêmio e o próprio Palmeiras, sendo substituída por uma versão monocromática, em branco, azul e dourado, respectivamente.

No Corinthians, será adotada a cor preta na camisa titular e uma tecnologia de blackout na reserva, que é utilizada desde o lançamento do uniforme, em duelo com o Fortaleza, pelo Brasileirão. Nesta última, a marca é visível diante de certos ângulos de luminosidade, especialmente com o disparo de flashes.

“Antes de existir um acordo no contrato para as cores que usaríamos, a gente já tinha decidido que não usaria nossas cores. Faz parte de ser genuíno mesmo, entendemos que o clube tem sua história, seu legado, suas cores”, afirmou Sofia Aldin, CMO da Esportes da Sorte nesta quinta-feira, após anúncio oficial da parceria.

Ausência de verde no patrocinador não é inédita

Esta não será a primeira vez que o Corinthians se esquiva do verde em seu uniforme. Além de cogitar um gramado cinza ou preto na Neo Química Arena – vetado pela Fifa ainda na fase de construção –, o clube pediu para que marcas alterassem as cores bases de suas identidades visuais para patrocinar o clube.

O primeiro caso se deu em 1998, na final do Campeonato Brasileiro, contra o Cruzeiro. Na ocasião, a empresa de telefonia a Embratel utilizou o uniforme para divulgar o serviço de Discagem Direta à Distância (DDD). No entanto, a logo era composta por três círculos, nas cores amarela, vermelha e verde. A solução encontrada foi abandonar o amarelo e verde, utilizando todos vermelhos.

Corinthians evitou a cor verde em patrocínios da DDD, Pepsi Twist e Media Saúde ao longo dos anos. Foto: Acervo/ Estadão

Já em 2003, a Pepsi, marca de refrigerantes, também quis divulgar um novo produto na camisa corintiana: a Pepsi Twist, que tinha a cor verde, em alusão ao limão presente na bebida. Desta vez, foi o amarelo quem ganhou vida na camisa alvinegra, se tornando um “limão siciliano”. Por fim, em 2007, a Medial Saúde abandonou os tons esverdeados para se tornar preta e branca, a fim de ter seu logo estampado na camisa. O anúncio foi feito em dezembro e as primeiras partidas disputadas no início de 2008.

Esportes da Sorte, Corinthians e Palmeiras

O acerto com a Esportes da Sorte vai fazer o Corinthians dividir um patrocinador com o Palmeiras, maior rival, pela terceira vez na história. A empresa já é parceira do time feminino palmeirense desde janeiro e tinha a intenção de avançar para o uniforme do futebol masculino, que é estampado por Crefisa e Faculdade das Américas (FAM), empresas cujo dono é José Roberto Lamacchia, marido de Leila Pereira, presidente do clube.

Segundo apurou o Estadão, foi a própria Esportes da Sorte quem procurou Augusto Melo. O presidente negociou o patrocínio e depois passou o assunto para os departamentos jurídico e de marketing para costurar o acordo. O fato de a marca ser parceira do rival não foi considerado um impeditivo.

O Palmeiras também não acredita e nem trabalha com a possibilidade de um rompimento contratual por parte da Esportes da Sorte. O contrato da marca com a equipe feminina é válido até dezembro e é avaliado em cerca de R$ 20 milhões. Assim, até o fim de 2024, pelo menos, Corinthians e Palmeiras terão a mesma marca como parceira.

Bahia, de Éverton Ribeiro, fechou com o Esportes da Sorte o maior patrocínio de sua história Foto: Tiago Caldas/EC Bahia

Com o acordo selado com o time alvinegro, a tendência é de que a Esportes da Sorte não continue na briga para patrocinar o futebol masculino do Palmeiras, pelos altos valores já investidos – cerca de R$ 173 milhões, quando somado o valor de contratos desses três clubes.

Atualmente, Crefisa e FAM despendem R$ 81 milhões para ter suas marcas no uniforme alviverde. Para ganhar a concorrência, a marca de apostas esportivas deveria desembolsar um valor superior. Ao Corinthians, foi acertado um contrato de R$ 309 milhões, por três anos.

Outros patrocínios divididos

Desde a década de 1980, a lei brasileira permite que clubes divulguem marcas em seus uniformes. Em pouco mais de 40 anos, em duas ocasiões Corinthians e Palmeiras tiveram uma parceira em comum. Entre 2011 e 2013, com a Tim, e em 2009, com a Suvinil.

Em nenhum dos casos as marcas foram patrocinadores másters das equipes profissionais, como ocorre neste ano com Esportes da Sorte. Em 2009, o Corinthians acertou um patrocínio para a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior daquele ano; simultaneamente, o Palmeiras estampou a marca nas mangas do uniforme. Já em 2011, a Tim colocou sua logomarca no mesmo espaço, em ambas as equipes: no número.

Como é dividido o contrato da Esportes da Sorte com o Corinthians

O Corinthians vai receber R$ 56,5 milhões fixos neste primeiro ano. Em 2025, o valor sobe para R$ 66,5 milhões, e em 2026, vai a R$ 90 milhões. Outros R$ 57 milhões serão reservados para a contratação de um jogador, que podem ser ‘adiantados’ a qualquer momento da duração do contrato. Desde o início do mandato de Augusto Melo, o presidente declarou por diversas vezes a vontade de assinar com um atleta de peso, capaz de mobilizar ainda mais a torcida.

Além disso, o Corinthians também receberá R$ 3 milhões por ano – totalizando R$ 9 milhões – para ações de marketing. Somando com o restante dos valores fixos, receberá em média R$ 74 milhões ao ano (que não contabiliza a cota reservada para a contratação de peso). Além desse montante, ainda há R$ 30 milhões, sendo R$ 10 milhões ao ano, que serão ativadas a cada meta atingida de usuários na plataforma da Esportes da Sorte.

Assim, com todas as especificidades, o Corinthians receberá, até o fim do contrato, R$ 309 milhões – média de R$ 103 milhões ao ano, que considera o impacto das cláusulas e bônus vigentes no contrato. O valor é próximo do que o clube receberia da Vai de Bet já que, dos R$ 370 milhões, um intermediário teve direito a R$ 27 milhões do montante.

O contrato com o clube também compõe a exposição de marca nas equipes de futebol feminino profissional, futsal masculino profissional e basquete masculino profissional.

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