Como é construída a imagem de Vitor Reis, zagueiro mais valioso do Brasil


‘Firme, disciplinado e sereno’, defensor do Palmeiras não será vendido por menos que 35 milhões de euros, conforme projeção do coordenador das categorias de base do clube

Por Ricardo Magatti

Vitor Reis, zagueiro de 18 anos, fez poucos jogos pelos profissionais do Palmeiras por enquanto, mas não foram necessárias muitas partidas para se destacar e chamar a atenção de alguns dos mais importantes clubes da Europa, como Real Madrid, Arsenal e Liverpool. Ascendido aos profissionais nesta temporada, o defensor é visto como um dos principais talentos revelados nos últimos anos pela prolífica base palmeirense.

Ele é tratado como um jogador especial, que será, no futuro, o zagueiro mais caro do Brasil, segundo projeção de João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base do Palmeiras. Fora de campo, a gestão da imagem do jogador é feita por Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, o mesmo profissional que faz esse trabalho para Endrick desde quando o jovem atacante do Real Madrid tinha 15 anos, época em que fechou seu primeiro contrato publicitário.

Natural de São José dos Campos, interior de São Paulo, o futuro zagueiro mais caro do Brasil, que o Palmeiras não quer negociar antes do Super Mundial de Clubes e pode valer até 35 milhões de euros, é “sério, sereno, atencioso e interessado”, nas palavras de Wolff. Esses adjetivos foram importantes para o profissional desenhar o plano de posicionamento de imagem do atleta, que tem 15 jogos pelo Palmeiras e dois gols, ambos de cabeça. O primeiro foi marcado em sua estreia no time principal, diante do arquirrival Corinthians.

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“O Vitor é firme, disciplinado e sabe exatamente onde quer chegar. Tem uma cabeça boa”, resume ao Estadão Wolff, que faz o elo entre clubes, marcas e torcedores. Há 18 anos no mercado, sua agência, ele calcula, fechou mais de 100 patrocínios.

Para se ter ideia, na última janela de transferências, apenas quatro zagueiros foram no futebol mundial foram vendidos por um valor superior aos 35 milhões de euros: William Pacho (PSG, 40), De Ligt (Manchester United, 45), Kilman (West Ham, 47,5) e Yoro (Manchester United, 60).

Vitor Reis será o zagueiro mais caro do Brasil, segundo projeção de João Paulo Sampaio Foto: Cesar Greco/Palmeiras
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O Vitor é um líder nato, foi capitão das seleções de base. É uma característica muito positiva. Quando você pega um jogador com talento absurdo, que é líder nato e que está sendo pretendido por grandes clubes da Europa, fica mais fácil

Fábio Wolff, especialista em marketing

O trabalho do profissional especialista em marketing, ele diz, é potencializar as virtudes do atleta. Trata-se de um desafio novo na carreira de Wolff, já que nunca havia trabalhado com um zagueiro - seu outro cliente, além de Endrick, é Luís Guilherme, meio-campista revelado também na base do Palmeiras.

Não se trata, portanto, de repetir o plano feito com Endrick. As comparações são corriqueiras, mas não ajudam, aponta Wolff. “Costumo dizer que cada atleta é diferente e cada um tem suas próprias características. O Endrick, desde a Copa São Paulo, está na mídia todos os dias. É um fenômeno midiático. No caso do Vitor, fui procurado e ninguém falou: ‘quero que você faça nele um Endrick style’. Ele entendeu que nosso trabalho pode proporcionar ao atleta uma imagem diferente”, detalha.

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Wolff aposta que Vitor estará em breve defendendo a seleção brasileira e algum dos principais clubes da Europa. Ele foi convocado 13 vezes para defender seleções de base. No Mundial sub-17, disputado em 2023, foi capitão da equipe. Recentemente, o jogador foi apontado como o melhor zagueiro sub-21 da América do Sul, em estudo realizado pelo Observatório do Futebol (CIES).

Vitor Reis estreou pelo Palmeiras com gol no clássico contra o Corinthians Foto: Alex Silva/Estadao

Marquinhos, Thiago Silva, Alcaraz e Bellingham

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Quando se reuniu com o jovem defensor do Palmeiras, Wolff pediu para que ele mencionasse suas referências no futebol. O atleta respondeu Marquinhos e Thiago Silva, que formaram por mais de quatro anos de forma bem-sucedida a dupla de zaga da seleção brasileira. São atletas cujas carreiras são “irretocáveis”, na opinião do gestor da imagem de Vitor, o que lhe ajuda na construção de seu plano estratégico.

Wolff gostou dos ídolos do zagueiro do Palmeiras, mas foi além em nomes que podem servir de exemplo no momento de buscar parcerias publicitárias ao citar dois astros em suas modalidades: o tenista espanhol Carlos Alcaraz e o meio-campista inglês Jude Bellingham, um dos craques do Real Madrid.

Buscamos outros atletas que possam agregar na construção da imagem. São atletas com carreiras sólidas, com ótima performance. O Alcaraz tem seis patrocinadores, todos muito grandes. É melhor sempre ter poucas e grandes marcas

Fábio Wolff, gestor da imagem de Vitor Reis

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O palmeirense respondeu a um questionário e revelou algumas de suas preferências, como as marcas que usa, para que Wolff pudesse pensar em parcerias no futuro. Não há pressa porque o trabalho é pensado a longo prazo. “A ideia é ter boas parcerias e de longo prazo, que sejam histórias orgânicas, verdadeiras”, afirma, sem citar nomes. “Estamos conversando com algumas marcas. Nossa procura vai de acordo com os gostos. Ele gosta muito de cachorro, por exemplo”.

Pensamos em número limitado de marcas para conseguir construir a parceria de forma efetiva. Se você pensar no atleta vai pensar na marca. Com o número limitado, você consegue criar histórias naturalmente pelo conteúdo que vai ser gerado. Se a marca não tiver um plano, uma ideia para desenvolver, não vai servir

Fábio Wolff, gestor da imagem de Vitor Reis

Os zagueiros mais caros vendidos pelo futebol brasileiro para o exterior*

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  1. Beraldo, do São Paulo para o PSG - 20 milhões de euros
  2. Danilo, do Santos para o Porto - 13 milhões de euros
  3. Mina, do Palmeiras para o Barcelona - 12,4 milhões de euros
  4. Murillo, do Corinthians para o Nottingham Forest - 12 milhões de euros
  5. Breno, do São Paulo para o Bayern de Munique - 12 milhões de euros

*Números do transfermarkt.com

Vitor Reis, zagueiro de 18 anos, fez poucos jogos pelos profissionais do Palmeiras por enquanto, mas não foram necessárias muitas partidas para se destacar e chamar a atenção de alguns dos mais importantes clubes da Europa, como Real Madrid, Arsenal e Liverpool. Ascendido aos profissionais nesta temporada, o defensor é visto como um dos principais talentos revelados nos últimos anos pela prolífica base palmeirense.

Ele é tratado como um jogador especial, que será, no futuro, o zagueiro mais caro do Brasil, segundo projeção de João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base do Palmeiras. Fora de campo, a gestão da imagem do jogador é feita por Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, o mesmo profissional que faz esse trabalho para Endrick desde quando o jovem atacante do Real Madrid tinha 15 anos, época em que fechou seu primeiro contrato publicitário.

Natural de São José dos Campos, interior de São Paulo, o futuro zagueiro mais caro do Brasil, que o Palmeiras não quer negociar antes do Super Mundial de Clubes e pode valer até 35 milhões de euros, é “sério, sereno, atencioso e interessado”, nas palavras de Wolff. Esses adjetivos foram importantes para o profissional desenhar o plano de posicionamento de imagem do atleta, que tem 15 jogos pelo Palmeiras e dois gols, ambos de cabeça. O primeiro foi marcado em sua estreia no time principal, diante do arquirrival Corinthians.

“O Vitor é firme, disciplinado e sabe exatamente onde quer chegar. Tem uma cabeça boa”, resume ao Estadão Wolff, que faz o elo entre clubes, marcas e torcedores. Há 18 anos no mercado, sua agência, ele calcula, fechou mais de 100 patrocínios.

Para se ter ideia, na última janela de transferências, apenas quatro zagueiros foram no futebol mundial foram vendidos por um valor superior aos 35 milhões de euros: William Pacho (PSG, 40), De Ligt (Manchester United, 45), Kilman (West Ham, 47,5) e Yoro (Manchester United, 60).

Vitor Reis será o zagueiro mais caro do Brasil, segundo projeção de João Paulo Sampaio Foto: Cesar Greco/Palmeiras
O Vitor é um líder nato, foi capitão das seleções de base. É uma característica muito positiva. Quando você pega um jogador com talento absurdo, que é líder nato e que está sendo pretendido por grandes clubes da Europa, fica mais fácil

Fábio Wolff, especialista em marketing

O trabalho do profissional especialista em marketing, ele diz, é potencializar as virtudes do atleta. Trata-se de um desafio novo na carreira de Wolff, já que nunca havia trabalhado com um zagueiro - seu outro cliente, além de Endrick, é Luís Guilherme, meio-campista revelado também na base do Palmeiras.

Não se trata, portanto, de repetir o plano feito com Endrick. As comparações são corriqueiras, mas não ajudam, aponta Wolff. “Costumo dizer que cada atleta é diferente e cada um tem suas próprias características. O Endrick, desde a Copa São Paulo, está na mídia todos os dias. É um fenômeno midiático. No caso do Vitor, fui procurado e ninguém falou: ‘quero que você faça nele um Endrick style’. Ele entendeu que nosso trabalho pode proporcionar ao atleta uma imagem diferente”, detalha.

Wolff aposta que Vitor estará em breve defendendo a seleção brasileira e algum dos principais clubes da Europa. Ele foi convocado 13 vezes para defender seleções de base. No Mundial sub-17, disputado em 2023, foi capitão da equipe. Recentemente, o jogador foi apontado como o melhor zagueiro sub-21 da América do Sul, em estudo realizado pelo Observatório do Futebol (CIES).

Vitor Reis estreou pelo Palmeiras com gol no clássico contra o Corinthians Foto: Alex Silva/Estadao

Marquinhos, Thiago Silva, Alcaraz e Bellingham

Quando se reuniu com o jovem defensor do Palmeiras, Wolff pediu para que ele mencionasse suas referências no futebol. O atleta respondeu Marquinhos e Thiago Silva, que formaram por mais de quatro anos de forma bem-sucedida a dupla de zaga da seleção brasileira. São atletas cujas carreiras são “irretocáveis”, na opinião do gestor da imagem de Vitor, o que lhe ajuda na construção de seu plano estratégico.

Wolff gostou dos ídolos do zagueiro do Palmeiras, mas foi além em nomes que podem servir de exemplo no momento de buscar parcerias publicitárias ao citar dois astros em suas modalidades: o tenista espanhol Carlos Alcaraz e o meio-campista inglês Jude Bellingham, um dos craques do Real Madrid.

Buscamos outros atletas que possam agregar na construção da imagem. São atletas com carreiras sólidas, com ótima performance. O Alcaraz tem seis patrocinadores, todos muito grandes. É melhor sempre ter poucas e grandes marcas

Fábio Wolff, gestor da imagem de Vitor Reis

O palmeirense respondeu a um questionário e revelou algumas de suas preferências, como as marcas que usa, para que Wolff pudesse pensar em parcerias no futuro. Não há pressa porque o trabalho é pensado a longo prazo. “A ideia é ter boas parcerias e de longo prazo, que sejam histórias orgânicas, verdadeiras”, afirma, sem citar nomes. “Estamos conversando com algumas marcas. Nossa procura vai de acordo com os gostos. Ele gosta muito de cachorro, por exemplo”.

Pensamos em número limitado de marcas para conseguir construir a parceria de forma efetiva. Se você pensar no atleta vai pensar na marca. Com o número limitado, você consegue criar histórias naturalmente pelo conteúdo que vai ser gerado. Se a marca não tiver um plano, uma ideia para desenvolver, não vai servir

Fábio Wolff, gestor da imagem de Vitor Reis

Os zagueiros mais caros vendidos pelo futebol brasileiro para o exterior*

  1. Beraldo, do São Paulo para o PSG - 20 milhões de euros
  2. Danilo, do Santos para o Porto - 13 milhões de euros
  3. Mina, do Palmeiras para o Barcelona - 12,4 milhões de euros
  4. Murillo, do Corinthians para o Nottingham Forest - 12 milhões de euros
  5. Breno, do São Paulo para o Bayern de Munique - 12 milhões de euros

*Números do transfermarkt.com

Vitor Reis, zagueiro de 18 anos, fez poucos jogos pelos profissionais do Palmeiras por enquanto, mas não foram necessárias muitas partidas para se destacar e chamar a atenção de alguns dos mais importantes clubes da Europa, como Real Madrid, Arsenal e Liverpool. Ascendido aos profissionais nesta temporada, o defensor é visto como um dos principais talentos revelados nos últimos anos pela prolífica base palmeirense.

Ele é tratado como um jogador especial, que será, no futuro, o zagueiro mais caro do Brasil, segundo projeção de João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base do Palmeiras. Fora de campo, a gestão da imagem do jogador é feita por Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, o mesmo profissional que faz esse trabalho para Endrick desde quando o jovem atacante do Real Madrid tinha 15 anos, época em que fechou seu primeiro contrato publicitário.

Natural de São José dos Campos, interior de São Paulo, o futuro zagueiro mais caro do Brasil, que o Palmeiras não quer negociar antes do Super Mundial de Clubes e pode valer até 35 milhões de euros, é “sério, sereno, atencioso e interessado”, nas palavras de Wolff. Esses adjetivos foram importantes para o profissional desenhar o plano de posicionamento de imagem do atleta, que tem 15 jogos pelo Palmeiras e dois gols, ambos de cabeça. O primeiro foi marcado em sua estreia no time principal, diante do arquirrival Corinthians.

“O Vitor é firme, disciplinado e sabe exatamente onde quer chegar. Tem uma cabeça boa”, resume ao Estadão Wolff, que faz o elo entre clubes, marcas e torcedores. Há 18 anos no mercado, sua agência, ele calcula, fechou mais de 100 patrocínios.

Para se ter ideia, na última janela de transferências, apenas quatro zagueiros foram no futebol mundial foram vendidos por um valor superior aos 35 milhões de euros: William Pacho (PSG, 40), De Ligt (Manchester United, 45), Kilman (West Ham, 47,5) e Yoro (Manchester United, 60).

Vitor Reis será o zagueiro mais caro do Brasil, segundo projeção de João Paulo Sampaio Foto: Cesar Greco/Palmeiras
O Vitor é um líder nato, foi capitão das seleções de base. É uma característica muito positiva. Quando você pega um jogador com talento absurdo, que é líder nato e que está sendo pretendido por grandes clubes da Europa, fica mais fácil

Fábio Wolff, especialista em marketing

O trabalho do profissional especialista em marketing, ele diz, é potencializar as virtudes do atleta. Trata-se de um desafio novo na carreira de Wolff, já que nunca havia trabalhado com um zagueiro - seu outro cliente, além de Endrick, é Luís Guilherme, meio-campista revelado também na base do Palmeiras.

Não se trata, portanto, de repetir o plano feito com Endrick. As comparações são corriqueiras, mas não ajudam, aponta Wolff. “Costumo dizer que cada atleta é diferente e cada um tem suas próprias características. O Endrick, desde a Copa São Paulo, está na mídia todos os dias. É um fenômeno midiático. No caso do Vitor, fui procurado e ninguém falou: ‘quero que você faça nele um Endrick style’. Ele entendeu que nosso trabalho pode proporcionar ao atleta uma imagem diferente”, detalha.

Wolff aposta que Vitor estará em breve defendendo a seleção brasileira e algum dos principais clubes da Europa. Ele foi convocado 13 vezes para defender seleções de base. No Mundial sub-17, disputado em 2023, foi capitão da equipe. Recentemente, o jogador foi apontado como o melhor zagueiro sub-21 da América do Sul, em estudo realizado pelo Observatório do Futebol (CIES).

Vitor Reis estreou pelo Palmeiras com gol no clássico contra o Corinthians Foto: Alex Silva/Estadao

Marquinhos, Thiago Silva, Alcaraz e Bellingham

Quando se reuniu com o jovem defensor do Palmeiras, Wolff pediu para que ele mencionasse suas referências no futebol. O atleta respondeu Marquinhos e Thiago Silva, que formaram por mais de quatro anos de forma bem-sucedida a dupla de zaga da seleção brasileira. São atletas cujas carreiras são “irretocáveis”, na opinião do gestor da imagem de Vitor, o que lhe ajuda na construção de seu plano estratégico.

Wolff gostou dos ídolos do zagueiro do Palmeiras, mas foi além em nomes que podem servir de exemplo no momento de buscar parcerias publicitárias ao citar dois astros em suas modalidades: o tenista espanhol Carlos Alcaraz e o meio-campista inglês Jude Bellingham, um dos craques do Real Madrid.

Buscamos outros atletas que possam agregar na construção da imagem. São atletas com carreiras sólidas, com ótima performance. O Alcaraz tem seis patrocinadores, todos muito grandes. É melhor sempre ter poucas e grandes marcas

Fábio Wolff, gestor da imagem de Vitor Reis

O palmeirense respondeu a um questionário e revelou algumas de suas preferências, como as marcas que usa, para que Wolff pudesse pensar em parcerias no futuro. Não há pressa porque o trabalho é pensado a longo prazo. “A ideia é ter boas parcerias e de longo prazo, que sejam histórias orgânicas, verdadeiras”, afirma, sem citar nomes. “Estamos conversando com algumas marcas. Nossa procura vai de acordo com os gostos. Ele gosta muito de cachorro, por exemplo”.

Pensamos em número limitado de marcas para conseguir construir a parceria de forma efetiva. Se você pensar no atleta vai pensar na marca. Com o número limitado, você consegue criar histórias naturalmente pelo conteúdo que vai ser gerado. Se a marca não tiver um plano, uma ideia para desenvolver, não vai servir

Fábio Wolff, gestor da imagem de Vitor Reis

Os zagueiros mais caros vendidos pelo futebol brasileiro para o exterior*

  1. Beraldo, do São Paulo para o PSG - 20 milhões de euros
  2. Danilo, do Santos para o Porto - 13 milhões de euros
  3. Mina, do Palmeiras para o Barcelona - 12,4 milhões de euros
  4. Murillo, do Corinthians para o Nottingham Forest - 12 milhões de euros
  5. Breno, do São Paulo para o Bayern de Munique - 12 milhões de euros

*Números do transfermarkt.com

Vitor Reis, zagueiro de 18 anos, fez poucos jogos pelos profissionais do Palmeiras por enquanto, mas não foram necessárias muitas partidas para se destacar e chamar a atenção de alguns dos mais importantes clubes da Europa, como Real Madrid, Arsenal e Liverpool. Ascendido aos profissionais nesta temporada, o defensor é visto como um dos principais talentos revelados nos últimos anos pela prolífica base palmeirense.

Ele é tratado como um jogador especial, que será, no futuro, o zagueiro mais caro do Brasil, segundo projeção de João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base do Palmeiras. Fora de campo, a gestão da imagem do jogador é feita por Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, o mesmo profissional que faz esse trabalho para Endrick desde quando o jovem atacante do Real Madrid tinha 15 anos, época em que fechou seu primeiro contrato publicitário.

Natural de São José dos Campos, interior de São Paulo, o futuro zagueiro mais caro do Brasil, que o Palmeiras não quer negociar antes do Super Mundial de Clubes e pode valer até 35 milhões de euros, é “sério, sereno, atencioso e interessado”, nas palavras de Wolff. Esses adjetivos foram importantes para o profissional desenhar o plano de posicionamento de imagem do atleta, que tem 15 jogos pelo Palmeiras e dois gols, ambos de cabeça. O primeiro foi marcado em sua estreia no time principal, diante do arquirrival Corinthians.

“O Vitor é firme, disciplinado e sabe exatamente onde quer chegar. Tem uma cabeça boa”, resume ao Estadão Wolff, que faz o elo entre clubes, marcas e torcedores. Há 18 anos no mercado, sua agência, ele calcula, fechou mais de 100 patrocínios.

Para se ter ideia, na última janela de transferências, apenas quatro zagueiros foram no futebol mundial foram vendidos por um valor superior aos 35 milhões de euros: William Pacho (PSG, 40), De Ligt (Manchester United, 45), Kilman (West Ham, 47,5) e Yoro (Manchester United, 60).

Vitor Reis será o zagueiro mais caro do Brasil, segundo projeção de João Paulo Sampaio Foto: Cesar Greco/Palmeiras
O Vitor é um líder nato, foi capitão das seleções de base. É uma característica muito positiva. Quando você pega um jogador com talento absurdo, que é líder nato e que está sendo pretendido por grandes clubes da Europa, fica mais fácil

Fábio Wolff, especialista em marketing

O trabalho do profissional especialista em marketing, ele diz, é potencializar as virtudes do atleta. Trata-se de um desafio novo na carreira de Wolff, já que nunca havia trabalhado com um zagueiro - seu outro cliente, além de Endrick, é Luís Guilherme, meio-campista revelado também na base do Palmeiras.

Não se trata, portanto, de repetir o plano feito com Endrick. As comparações são corriqueiras, mas não ajudam, aponta Wolff. “Costumo dizer que cada atleta é diferente e cada um tem suas próprias características. O Endrick, desde a Copa São Paulo, está na mídia todos os dias. É um fenômeno midiático. No caso do Vitor, fui procurado e ninguém falou: ‘quero que você faça nele um Endrick style’. Ele entendeu que nosso trabalho pode proporcionar ao atleta uma imagem diferente”, detalha.

Wolff aposta que Vitor estará em breve defendendo a seleção brasileira e algum dos principais clubes da Europa. Ele foi convocado 13 vezes para defender seleções de base. No Mundial sub-17, disputado em 2023, foi capitão da equipe. Recentemente, o jogador foi apontado como o melhor zagueiro sub-21 da América do Sul, em estudo realizado pelo Observatório do Futebol (CIES).

Vitor Reis estreou pelo Palmeiras com gol no clássico contra o Corinthians Foto: Alex Silva/Estadao

Marquinhos, Thiago Silva, Alcaraz e Bellingham

Quando se reuniu com o jovem defensor do Palmeiras, Wolff pediu para que ele mencionasse suas referências no futebol. O atleta respondeu Marquinhos e Thiago Silva, que formaram por mais de quatro anos de forma bem-sucedida a dupla de zaga da seleção brasileira. São atletas cujas carreiras são “irretocáveis”, na opinião do gestor da imagem de Vitor, o que lhe ajuda na construção de seu plano estratégico.

Wolff gostou dos ídolos do zagueiro do Palmeiras, mas foi além em nomes que podem servir de exemplo no momento de buscar parcerias publicitárias ao citar dois astros em suas modalidades: o tenista espanhol Carlos Alcaraz e o meio-campista inglês Jude Bellingham, um dos craques do Real Madrid.

Buscamos outros atletas que possam agregar na construção da imagem. São atletas com carreiras sólidas, com ótima performance. O Alcaraz tem seis patrocinadores, todos muito grandes. É melhor sempre ter poucas e grandes marcas

Fábio Wolff, gestor da imagem de Vitor Reis

O palmeirense respondeu a um questionário e revelou algumas de suas preferências, como as marcas que usa, para que Wolff pudesse pensar em parcerias no futuro. Não há pressa porque o trabalho é pensado a longo prazo. “A ideia é ter boas parcerias e de longo prazo, que sejam histórias orgânicas, verdadeiras”, afirma, sem citar nomes. “Estamos conversando com algumas marcas. Nossa procura vai de acordo com os gostos. Ele gosta muito de cachorro, por exemplo”.

Pensamos em número limitado de marcas para conseguir construir a parceria de forma efetiva. Se você pensar no atleta vai pensar na marca. Com o número limitado, você consegue criar histórias naturalmente pelo conteúdo que vai ser gerado. Se a marca não tiver um plano, uma ideia para desenvolver, não vai servir

Fábio Wolff, gestor da imagem de Vitor Reis

Os zagueiros mais caros vendidos pelo futebol brasileiro para o exterior*

  1. Beraldo, do São Paulo para o PSG - 20 milhões de euros
  2. Danilo, do Santos para o Porto - 13 milhões de euros
  3. Mina, do Palmeiras para o Barcelona - 12,4 milhões de euros
  4. Murillo, do Corinthians para o Nottingham Forest - 12 milhões de euros
  5. Breno, do São Paulo para o Bayern de Munique - 12 milhões de euros

*Números do transfermarkt.com

Vitor Reis, zagueiro de 18 anos, fez poucos jogos pelos profissionais do Palmeiras por enquanto, mas não foram necessárias muitas partidas para se destacar e chamar a atenção de alguns dos mais importantes clubes da Europa, como Real Madrid, Arsenal e Liverpool. Ascendido aos profissionais nesta temporada, o defensor é visto como um dos principais talentos revelados nos últimos anos pela prolífica base palmeirense.

Ele é tratado como um jogador especial, que será, no futuro, o zagueiro mais caro do Brasil, segundo projeção de João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base do Palmeiras. Fora de campo, a gestão da imagem do jogador é feita por Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, o mesmo profissional que faz esse trabalho para Endrick desde quando o jovem atacante do Real Madrid tinha 15 anos, época em que fechou seu primeiro contrato publicitário.

Natural de São José dos Campos, interior de São Paulo, o futuro zagueiro mais caro do Brasil, que o Palmeiras não quer negociar antes do Super Mundial de Clubes e pode valer até 35 milhões de euros, é “sério, sereno, atencioso e interessado”, nas palavras de Wolff. Esses adjetivos foram importantes para o profissional desenhar o plano de posicionamento de imagem do atleta, que tem 15 jogos pelo Palmeiras e dois gols, ambos de cabeça. O primeiro foi marcado em sua estreia no time principal, diante do arquirrival Corinthians.

“O Vitor é firme, disciplinado e sabe exatamente onde quer chegar. Tem uma cabeça boa”, resume ao Estadão Wolff, que faz o elo entre clubes, marcas e torcedores. Há 18 anos no mercado, sua agência, ele calcula, fechou mais de 100 patrocínios.

Para se ter ideia, na última janela de transferências, apenas quatro zagueiros foram no futebol mundial foram vendidos por um valor superior aos 35 milhões de euros: William Pacho (PSG, 40), De Ligt (Manchester United, 45), Kilman (West Ham, 47,5) e Yoro (Manchester United, 60).

Vitor Reis será o zagueiro mais caro do Brasil, segundo projeção de João Paulo Sampaio Foto: Cesar Greco/Palmeiras
O Vitor é um líder nato, foi capitão das seleções de base. É uma característica muito positiva. Quando você pega um jogador com talento absurdo, que é líder nato e que está sendo pretendido por grandes clubes da Europa, fica mais fácil

Fábio Wolff, especialista em marketing

O trabalho do profissional especialista em marketing, ele diz, é potencializar as virtudes do atleta. Trata-se de um desafio novo na carreira de Wolff, já que nunca havia trabalhado com um zagueiro - seu outro cliente, além de Endrick, é Luís Guilherme, meio-campista revelado também na base do Palmeiras.

Não se trata, portanto, de repetir o plano feito com Endrick. As comparações são corriqueiras, mas não ajudam, aponta Wolff. “Costumo dizer que cada atleta é diferente e cada um tem suas próprias características. O Endrick, desde a Copa São Paulo, está na mídia todos os dias. É um fenômeno midiático. No caso do Vitor, fui procurado e ninguém falou: ‘quero que você faça nele um Endrick style’. Ele entendeu que nosso trabalho pode proporcionar ao atleta uma imagem diferente”, detalha.

Wolff aposta que Vitor estará em breve defendendo a seleção brasileira e algum dos principais clubes da Europa. Ele foi convocado 13 vezes para defender seleções de base. No Mundial sub-17, disputado em 2023, foi capitão da equipe. Recentemente, o jogador foi apontado como o melhor zagueiro sub-21 da América do Sul, em estudo realizado pelo Observatório do Futebol (CIES).

Vitor Reis estreou pelo Palmeiras com gol no clássico contra o Corinthians Foto: Alex Silva/Estadao

Marquinhos, Thiago Silva, Alcaraz e Bellingham

Quando se reuniu com o jovem defensor do Palmeiras, Wolff pediu para que ele mencionasse suas referências no futebol. O atleta respondeu Marquinhos e Thiago Silva, que formaram por mais de quatro anos de forma bem-sucedida a dupla de zaga da seleção brasileira. São atletas cujas carreiras são “irretocáveis”, na opinião do gestor da imagem de Vitor, o que lhe ajuda na construção de seu plano estratégico.

Wolff gostou dos ídolos do zagueiro do Palmeiras, mas foi além em nomes que podem servir de exemplo no momento de buscar parcerias publicitárias ao citar dois astros em suas modalidades: o tenista espanhol Carlos Alcaraz e o meio-campista inglês Jude Bellingham, um dos craques do Real Madrid.

Buscamos outros atletas que possam agregar na construção da imagem. São atletas com carreiras sólidas, com ótima performance. O Alcaraz tem seis patrocinadores, todos muito grandes. É melhor sempre ter poucas e grandes marcas

Fábio Wolff, gestor da imagem de Vitor Reis

O palmeirense respondeu a um questionário e revelou algumas de suas preferências, como as marcas que usa, para que Wolff pudesse pensar em parcerias no futuro. Não há pressa porque o trabalho é pensado a longo prazo. “A ideia é ter boas parcerias e de longo prazo, que sejam histórias orgânicas, verdadeiras”, afirma, sem citar nomes. “Estamos conversando com algumas marcas. Nossa procura vai de acordo com os gostos. Ele gosta muito de cachorro, por exemplo”.

Pensamos em número limitado de marcas para conseguir construir a parceria de forma efetiva. Se você pensar no atleta vai pensar na marca. Com o número limitado, você consegue criar histórias naturalmente pelo conteúdo que vai ser gerado. Se a marca não tiver um plano, uma ideia para desenvolver, não vai servir

Fábio Wolff, gestor da imagem de Vitor Reis

Os zagueiros mais caros vendidos pelo futebol brasileiro para o exterior*

  1. Beraldo, do São Paulo para o PSG - 20 milhões de euros
  2. Danilo, do Santos para o Porto - 13 milhões de euros
  3. Mina, do Palmeiras para o Barcelona - 12,4 milhões de euros
  4. Murillo, do Corinthians para o Nottingham Forest - 12 milhões de euros
  5. Breno, do São Paulo para o Bayern de Munique - 12 milhões de euros

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