Como o São Paulo pretende captar R$ 240 milhões com criação de fundo de investimento


Plano visa que clube não dependa de bancos e, assim, diminua juros referentes a débitos financeiros

Por Murillo César Alves e Leonardo Catto
Atualização:

O Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou um plano de reestruturação da dívida financeira do clube. A proposta foi apresentada para votação na noite de terça-feira, 1º, e prevê a criação de um fundo de investimento com R$ 400 milhões sob gestão e com o qual o São Paulo pretende quitar dívidas com bancos e instituições financeiras. A votação teve 185 votos favoráveis (82,22%) e 40 (17,78%) contrários.

Na prática, isso gera menos juros e aumenta o prazo para pagamento a dívida do clube. Segundo o balanço financeiro de 2023, esse tipo de passivo era o maior dos valores a pagar no orçamento são-paulino, chegando a R$ 226 milhões. Isso correspondia a 33% do endividamento total de R$ 666,7 milhões apontado no balanço.

A intenção é captar R$ 240 milhões por meio do fundo. Além de concentrar o passivo em apenas um credor, isso também vai mudar a garantia de pagamento. Em dois empréstimos, atualmente, o presidente Julio Casares está como garantidor. No caso do fundo, as salvaguardas são rendas futuras, como patrocínios, direitos de uso de espaço, licenciamentos, direitos de transmissão, programa de sócio-torcedor e venda de jogadores.

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Julio Casares espera que fundo ajude São Paulo a correr menos riscos financeiros. Foto: Felipe Rau/Estadão

O presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres de Abreu Junior, evita antecipar um prognóstico da votação ou fazer juízos de valor sobre a proposta em si. Entretanto, ele acredita que, se aprovada, a medida pode ser exemplo para futuras renegociações.

“Um plano não se esgota num primeiro momento. Não sou gestor do clube, mas espero que a administração consiga a continuidade desse plano para que outros tipos de dívida sejam equacionados. Qualquer tipo de equacionamento gera um impacto importante na administração e na produção. A partir que você consegue reduzir o serviço e alongar a dívida, com fluxo de caixa mais produtivo, impacta a produção da instituição. (No caso do São Paulo), o aumento das condições esportivas”, analisa o presidente ao Estadão.

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O fundo será criado pela Galapagos Capital. A gestora nasceu em 2019 e tem cerca de R$ 21 bilhões sob gestão. A empresa também fornece serviços de banco de investimento, como consultoria e estruturação de negócios.

“A operação é inovadora e vai ao encontro da tendência recente que aproxima cada vez mais os clubes de futebol do mercado de capitais no Brasil como alternativa para a captação de recursos. O fundo vai ajudar a melhorar a saúde financeira do São Paulo, e os recursos que serão economizados poderão ser investidos em performance esportiva, ou seja, mais tempo e mais dinheiro focados no futebol.”, analisa o sócio da Galapagos Capital, Andrea Di Sarno.

Já a administração do fundo será da OutField, consultoria de gestão e estratégia especializada no meio esportivo. No portfólio, a empresa conta com trabalhos junto a Barcelona e Flamengo, por exemplo. A OutField que produziu um estudo de viabilidade se SAF para o Juventus. Mais recentemente, a empresa integrou uma das propostas para compra do clube da Mooca.

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“Nos EUA isso já é bastante comum, e agora vemos o futebol brasileiro indo pelo mesmo caminho. É preciso entender que, apesar do significativo aumento nas receitas, o alto endividamento dos clubes é um sinal claro de que é necessário buscar alternativas mais eficazes para a sustentabilidade financeira”, comenta o sócio-fundador da OutField, Pedro Oliveira.

Olten Ayres de Abreu Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, evita avaliar a proposta, mas elogia iniciativas de equacionar a dívida. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Como funciona um fundo?

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O fundo do São Paulo será no modelo de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC). Esse modelo funciona como uma forma de investimento em renda fixa. Os valores são garantidos a cotistas por meio do crédito que uma empresa (neste caso, o clube) tem a receber.

O prazo para pagamento também será maior que os da dívida financeira do São Paulo atualmente. Enquanto o débito atual com mais tempo remanescente tem 28 meses, o crédito do fundo será pago em quatro anos e meio, com vencimento em dezembro de 2028. Além do valor emprestado, há cobrança por juros, taxas de administração e custo de estruturação.

O Fundo será composto por cotas seniores (que têm prioridade no recebimento) e subordinadas. Essas ultimas serão do próprio São Paulo.

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O plano do São Paulo prevê, ainda, obrigações com o dinheiro recebido pelo fundo. O gasto no futebol será limitado ao menor valor entre 50% da receita bruta anual e R$ 350 milhões. Já no caso de salários da administração do clube, o teto é entre 4% da receita bruta anual e R$ 25 milhões.

Sem aprovação do comitê de crédito do fundo, o clube não poderá fazer novas dívidas superiores a R$ 10 milhões no mesmo trimestre. Também precisará de autorização eventuais cessões de receitas futuras, já que é esse tipo de verba que será usado para pagar investidores.

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Ao final de 2025, o São Paulo terá que apresentar superávit em todos os exercícios do ano.

O Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou um plano de reestruturação da dívida financeira do clube. A proposta foi apresentada para votação na noite de terça-feira, 1º, e prevê a criação de um fundo de investimento com R$ 400 milhões sob gestão e com o qual o São Paulo pretende quitar dívidas com bancos e instituições financeiras. A votação teve 185 votos favoráveis (82,22%) e 40 (17,78%) contrários.

Na prática, isso gera menos juros e aumenta o prazo para pagamento a dívida do clube. Segundo o balanço financeiro de 2023, esse tipo de passivo era o maior dos valores a pagar no orçamento são-paulino, chegando a R$ 226 milhões. Isso correspondia a 33% do endividamento total de R$ 666,7 milhões apontado no balanço.

A intenção é captar R$ 240 milhões por meio do fundo. Além de concentrar o passivo em apenas um credor, isso também vai mudar a garantia de pagamento. Em dois empréstimos, atualmente, o presidente Julio Casares está como garantidor. No caso do fundo, as salvaguardas são rendas futuras, como patrocínios, direitos de uso de espaço, licenciamentos, direitos de transmissão, programa de sócio-torcedor e venda de jogadores.

Julio Casares espera que fundo ajude São Paulo a correr menos riscos financeiros. Foto: Felipe Rau/Estadão

O presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres de Abreu Junior, evita antecipar um prognóstico da votação ou fazer juízos de valor sobre a proposta em si. Entretanto, ele acredita que, se aprovada, a medida pode ser exemplo para futuras renegociações.

“Um plano não se esgota num primeiro momento. Não sou gestor do clube, mas espero que a administração consiga a continuidade desse plano para que outros tipos de dívida sejam equacionados. Qualquer tipo de equacionamento gera um impacto importante na administração e na produção. A partir que você consegue reduzir o serviço e alongar a dívida, com fluxo de caixa mais produtivo, impacta a produção da instituição. (No caso do São Paulo), o aumento das condições esportivas”, analisa o presidente ao Estadão.

O fundo será criado pela Galapagos Capital. A gestora nasceu em 2019 e tem cerca de R$ 21 bilhões sob gestão. A empresa também fornece serviços de banco de investimento, como consultoria e estruturação de negócios.

“A operação é inovadora e vai ao encontro da tendência recente que aproxima cada vez mais os clubes de futebol do mercado de capitais no Brasil como alternativa para a captação de recursos. O fundo vai ajudar a melhorar a saúde financeira do São Paulo, e os recursos que serão economizados poderão ser investidos em performance esportiva, ou seja, mais tempo e mais dinheiro focados no futebol.”, analisa o sócio da Galapagos Capital, Andrea Di Sarno.

Já a administração do fundo será da OutField, consultoria de gestão e estratégia especializada no meio esportivo. No portfólio, a empresa conta com trabalhos junto a Barcelona e Flamengo, por exemplo. A OutField que produziu um estudo de viabilidade se SAF para o Juventus. Mais recentemente, a empresa integrou uma das propostas para compra do clube da Mooca.

“Nos EUA isso já é bastante comum, e agora vemos o futebol brasileiro indo pelo mesmo caminho. É preciso entender que, apesar do significativo aumento nas receitas, o alto endividamento dos clubes é um sinal claro de que é necessário buscar alternativas mais eficazes para a sustentabilidade financeira”, comenta o sócio-fundador da OutField, Pedro Oliveira.

Olten Ayres de Abreu Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, evita avaliar a proposta, mas elogia iniciativas de equacionar a dívida. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Como funciona um fundo?

O fundo do São Paulo será no modelo de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC). Esse modelo funciona como uma forma de investimento em renda fixa. Os valores são garantidos a cotistas por meio do crédito que uma empresa (neste caso, o clube) tem a receber.

O prazo para pagamento também será maior que os da dívida financeira do São Paulo atualmente. Enquanto o débito atual com mais tempo remanescente tem 28 meses, o crédito do fundo será pago em quatro anos e meio, com vencimento em dezembro de 2028. Além do valor emprestado, há cobrança por juros, taxas de administração e custo de estruturação.

O Fundo será composto por cotas seniores (que têm prioridade no recebimento) e subordinadas. Essas ultimas serão do próprio São Paulo.

O plano do São Paulo prevê, ainda, obrigações com o dinheiro recebido pelo fundo. O gasto no futebol será limitado ao menor valor entre 50% da receita bruta anual e R$ 350 milhões. Já no caso de salários da administração do clube, o teto é entre 4% da receita bruta anual e R$ 25 milhões.

Sem aprovação do comitê de crédito do fundo, o clube não poderá fazer novas dívidas superiores a R$ 10 milhões no mesmo trimestre. Também precisará de autorização eventuais cessões de receitas futuras, já que é esse tipo de verba que será usado para pagar investidores.

Ao final de 2025, o São Paulo terá que apresentar superávit em todos os exercícios do ano.

O Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou um plano de reestruturação da dívida financeira do clube. A proposta foi apresentada para votação na noite de terça-feira, 1º, e prevê a criação de um fundo de investimento com R$ 400 milhões sob gestão e com o qual o São Paulo pretende quitar dívidas com bancos e instituições financeiras. A votação teve 185 votos favoráveis (82,22%) e 40 (17,78%) contrários.

Na prática, isso gera menos juros e aumenta o prazo para pagamento a dívida do clube. Segundo o balanço financeiro de 2023, esse tipo de passivo era o maior dos valores a pagar no orçamento são-paulino, chegando a R$ 226 milhões. Isso correspondia a 33% do endividamento total de R$ 666,7 milhões apontado no balanço.

A intenção é captar R$ 240 milhões por meio do fundo. Além de concentrar o passivo em apenas um credor, isso também vai mudar a garantia de pagamento. Em dois empréstimos, atualmente, o presidente Julio Casares está como garantidor. No caso do fundo, as salvaguardas são rendas futuras, como patrocínios, direitos de uso de espaço, licenciamentos, direitos de transmissão, programa de sócio-torcedor e venda de jogadores.

Julio Casares espera que fundo ajude São Paulo a correr menos riscos financeiros. Foto: Felipe Rau/Estadão

O presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres de Abreu Junior, evita antecipar um prognóstico da votação ou fazer juízos de valor sobre a proposta em si. Entretanto, ele acredita que, se aprovada, a medida pode ser exemplo para futuras renegociações.

“Um plano não se esgota num primeiro momento. Não sou gestor do clube, mas espero que a administração consiga a continuidade desse plano para que outros tipos de dívida sejam equacionados. Qualquer tipo de equacionamento gera um impacto importante na administração e na produção. A partir que você consegue reduzir o serviço e alongar a dívida, com fluxo de caixa mais produtivo, impacta a produção da instituição. (No caso do São Paulo), o aumento das condições esportivas”, analisa o presidente ao Estadão.

O fundo será criado pela Galapagos Capital. A gestora nasceu em 2019 e tem cerca de R$ 21 bilhões sob gestão. A empresa também fornece serviços de banco de investimento, como consultoria e estruturação de negócios.

“A operação é inovadora e vai ao encontro da tendência recente que aproxima cada vez mais os clubes de futebol do mercado de capitais no Brasil como alternativa para a captação de recursos. O fundo vai ajudar a melhorar a saúde financeira do São Paulo, e os recursos que serão economizados poderão ser investidos em performance esportiva, ou seja, mais tempo e mais dinheiro focados no futebol.”, analisa o sócio da Galapagos Capital, Andrea Di Sarno.

Já a administração do fundo será da OutField, consultoria de gestão e estratégia especializada no meio esportivo. No portfólio, a empresa conta com trabalhos junto a Barcelona e Flamengo, por exemplo. A OutField que produziu um estudo de viabilidade se SAF para o Juventus. Mais recentemente, a empresa integrou uma das propostas para compra do clube da Mooca.

“Nos EUA isso já é bastante comum, e agora vemos o futebol brasileiro indo pelo mesmo caminho. É preciso entender que, apesar do significativo aumento nas receitas, o alto endividamento dos clubes é um sinal claro de que é necessário buscar alternativas mais eficazes para a sustentabilidade financeira”, comenta o sócio-fundador da OutField, Pedro Oliveira.

Olten Ayres de Abreu Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, evita avaliar a proposta, mas elogia iniciativas de equacionar a dívida. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Como funciona um fundo?

O fundo do São Paulo será no modelo de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC). Esse modelo funciona como uma forma de investimento em renda fixa. Os valores são garantidos a cotistas por meio do crédito que uma empresa (neste caso, o clube) tem a receber.

O prazo para pagamento também será maior que os da dívida financeira do São Paulo atualmente. Enquanto o débito atual com mais tempo remanescente tem 28 meses, o crédito do fundo será pago em quatro anos e meio, com vencimento em dezembro de 2028. Além do valor emprestado, há cobrança por juros, taxas de administração e custo de estruturação.

O Fundo será composto por cotas seniores (que têm prioridade no recebimento) e subordinadas. Essas ultimas serão do próprio São Paulo.

O plano do São Paulo prevê, ainda, obrigações com o dinheiro recebido pelo fundo. O gasto no futebol será limitado ao menor valor entre 50% da receita bruta anual e R$ 350 milhões. Já no caso de salários da administração do clube, o teto é entre 4% da receita bruta anual e R$ 25 milhões.

Sem aprovação do comitê de crédito do fundo, o clube não poderá fazer novas dívidas superiores a R$ 10 milhões no mesmo trimestre. Também precisará de autorização eventuais cessões de receitas futuras, já que é esse tipo de verba que será usado para pagar investidores.

Ao final de 2025, o São Paulo terá que apresentar superávit em todos os exercícios do ano.

O Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou um plano de reestruturação da dívida financeira do clube. A proposta foi apresentada para votação na noite de terça-feira, 1º, e prevê a criação de um fundo de investimento com R$ 400 milhões sob gestão e com o qual o São Paulo pretende quitar dívidas com bancos e instituições financeiras. A votação teve 185 votos favoráveis (82,22%) e 40 (17,78%) contrários.

Na prática, isso gera menos juros e aumenta o prazo para pagamento a dívida do clube. Segundo o balanço financeiro de 2023, esse tipo de passivo era o maior dos valores a pagar no orçamento são-paulino, chegando a R$ 226 milhões. Isso correspondia a 33% do endividamento total de R$ 666,7 milhões apontado no balanço.

A intenção é captar R$ 240 milhões por meio do fundo. Além de concentrar o passivo em apenas um credor, isso também vai mudar a garantia de pagamento. Em dois empréstimos, atualmente, o presidente Julio Casares está como garantidor. No caso do fundo, as salvaguardas são rendas futuras, como patrocínios, direitos de uso de espaço, licenciamentos, direitos de transmissão, programa de sócio-torcedor e venda de jogadores.

Julio Casares espera que fundo ajude São Paulo a correr menos riscos financeiros. Foto: Felipe Rau/Estadão

O presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres de Abreu Junior, evita antecipar um prognóstico da votação ou fazer juízos de valor sobre a proposta em si. Entretanto, ele acredita que, se aprovada, a medida pode ser exemplo para futuras renegociações.

“Um plano não se esgota num primeiro momento. Não sou gestor do clube, mas espero que a administração consiga a continuidade desse plano para que outros tipos de dívida sejam equacionados. Qualquer tipo de equacionamento gera um impacto importante na administração e na produção. A partir que você consegue reduzir o serviço e alongar a dívida, com fluxo de caixa mais produtivo, impacta a produção da instituição. (No caso do São Paulo), o aumento das condições esportivas”, analisa o presidente ao Estadão.

O fundo será criado pela Galapagos Capital. A gestora nasceu em 2019 e tem cerca de R$ 21 bilhões sob gestão. A empresa também fornece serviços de banco de investimento, como consultoria e estruturação de negócios.

“A operação é inovadora e vai ao encontro da tendência recente que aproxima cada vez mais os clubes de futebol do mercado de capitais no Brasil como alternativa para a captação de recursos. O fundo vai ajudar a melhorar a saúde financeira do São Paulo, e os recursos que serão economizados poderão ser investidos em performance esportiva, ou seja, mais tempo e mais dinheiro focados no futebol.”, analisa o sócio da Galapagos Capital, Andrea Di Sarno.

Já a administração do fundo será da OutField, consultoria de gestão e estratégia especializada no meio esportivo. No portfólio, a empresa conta com trabalhos junto a Barcelona e Flamengo, por exemplo. A OutField que produziu um estudo de viabilidade se SAF para o Juventus. Mais recentemente, a empresa integrou uma das propostas para compra do clube da Mooca.

“Nos EUA isso já é bastante comum, e agora vemos o futebol brasileiro indo pelo mesmo caminho. É preciso entender que, apesar do significativo aumento nas receitas, o alto endividamento dos clubes é um sinal claro de que é necessário buscar alternativas mais eficazes para a sustentabilidade financeira”, comenta o sócio-fundador da OutField, Pedro Oliveira.

Olten Ayres de Abreu Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, evita avaliar a proposta, mas elogia iniciativas de equacionar a dívida. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Como funciona um fundo?

O fundo do São Paulo será no modelo de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC). Esse modelo funciona como uma forma de investimento em renda fixa. Os valores são garantidos a cotistas por meio do crédito que uma empresa (neste caso, o clube) tem a receber.

O prazo para pagamento também será maior que os da dívida financeira do São Paulo atualmente. Enquanto o débito atual com mais tempo remanescente tem 28 meses, o crédito do fundo será pago em quatro anos e meio, com vencimento em dezembro de 2028. Além do valor emprestado, há cobrança por juros, taxas de administração e custo de estruturação.

O Fundo será composto por cotas seniores (que têm prioridade no recebimento) e subordinadas. Essas ultimas serão do próprio São Paulo.

O plano do São Paulo prevê, ainda, obrigações com o dinheiro recebido pelo fundo. O gasto no futebol será limitado ao menor valor entre 50% da receita bruta anual e R$ 350 milhões. Já no caso de salários da administração do clube, o teto é entre 4% da receita bruta anual e R$ 25 milhões.

Sem aprovação do comitê de crédito do fundo, o clube não poderá fazer novas dívidas superiores a R$ 10 milhões no mesmo trimestre. Também precisará de autorização eventuais cessões de receitas futuras, já que é esse tipo de verba que será usado para pagar investidores.

Ao final de 2025, o São Paulo terá que apresentar superávit em todos os exercícios do ano.

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