Conheça o Palestino, onde a causa palestina e o futebol se encontram no Chile


Equipe chilena já disputou uma semifinal de Libertadores, mas o protagonismo é fora de campo

Por Axl Hernandez

Enquanto o conflito se agrava no Oriente Médio, a milhares de quilômetros de distância, em uma noite fria de outono, a bandeira palestina é hasteada por detrás de uma bola de futebol em um estádio no sul de Santiago do Chile.

Centenas de torcedores torcem por um time vestido com calções pretos e uma camisa listrada verde, branca e vermelha com o mapa da Palestina - antes da criação de Israel, precisamente 75 anos atrás - estampado na manga esquerda.

Apesar das recomendações da Fifa, aqui o futebol e a política se fundem sem ressalvas no Clube Esportivo Palestino, uma expressão a mais da prosperidade econômica e ascensão política que esta comunidade árabe alcançou no Chile e que contrasta com a realidade dos territórios palestinos.

continua após a publicidade

“Mais do que uma equipe, é um povo inteiro.” O lema brilha em uma tela pendurada no estádio Municipal de La Cisterna. “Temos até cânticos: Gaza resiste/Palestina existe”, disse com orgulho à AFP um dos torcedores do Palestino, Rafael Milad. “A Palestina tem 100 anos, é ainda mais antiga que o Estado de Israel”, observa o empresário de 29 anos.

Francisco Muñoz, de 48 anos, torce para o Palestino vestindo uma fantasia de xeque árabe durante jogo pela Copa Sul-Americana Foto: Javier Torres / AFP

PROTAGONISTAS SEM A BOLA

continua após a publicidade

No início do século 20, árabes cristãos de Belém, Beit Jala e Beit Sahur chegaram ao distante Chile e fundaram uma comunidade que hoje conta com cerca de meio milhão de pessoas, a maior fora do mundo árabe. Eles se tornaram comerciantes têxteis de sucesso e seus descendentes entraram na área política: 35 foram ministros ou congressistas no Chile.

Quando a comunidade palestina começou a surgir, em 1920 formou-se o Club Deportivo Palestino, que três décadas depois fez sua estreia profissional na liga chilena. A chamada equipe ‘Tino-Tino’ foi por muito tempo a única representante dos palestinos no futebol.

“Palestino é Palestina e Palestina é Palestino. Estamos sempre muito preocupados com a causa”, resume Roberto Bishara, ex-jogador do clube e da seleção tetra colorada. Com dois títulos profissionais (1955-1978) e uma semifinal da Copa Libertadores disputada em 1979, o Palestino tem mais destaque sem bola.

continua após a publicidade

Em 2014, trocou o número 1 da camisa pelo formato alongado do mapa da Palestina antes da criação de Israel, na década de 1940. O time de futebol Ñublense, então presidido por um judeu, protestou. O Palestino foi multado e acabou retirando o símbolo após usá-lo em vários jogos.

Os jogadores, também entraram em campo com o kufiya - lenço tradicional palestino - no Campeonato Chileno. Em 2019, o clube montou telão para a torcida em Ramallah, na Cisjordânia, poder acompanhar um duelo contra o River Plate, da Argentina.

Hoje o elenco não conta com jogadores de origem palestina. O último foi Nicolás Zedán, que deixou o clube em 2021, mas a equipe continua representando “todos os palestinos que estão passando por momentos difíceis. Cada triunfo palestino é uma pequena alegria dentro do sofrimento que eles têm todos os dias”, disse à AFP Miguel Cordero, advogado descendente de palestinos de 49 anos.

continua após a publicidade
Torcedor do Palestino exibe bandeira da Palestina durante uma manifestação do lado de fora do palácio La Moneda, no ano passado Foto: Martin Bernetti / AFP

PAZ E INCLUSÃO

Quando não vão ao estádio, os torcedores se reúnem para assistir aos jogos em um espaço social, também em Santiago. O local desperta o orgulho de seus 4.600 membros: um mapa da Palestina histórica aqui, um mural com a figura do líder histórico Yasser Arafat ali, pinturas por toda parte, música árabe ao fundo e até uma réplica de um avião da “Palestina” enfeita o parquinho das crianças.

continua após a publicidade

Sem ascendência árabe, Francisco Muñoz, um chileno de 48 anos, é o mais pitoresco torcedor do Palestino. Ele vai ao estádio disfarçado de “xeque árabe” e sua casa é o local de culto do time. “Eu estava em uma conferência onde vi que os israelenses tiravam as pessoas de suas casas sem avisar e as matavam. Foi aí que comecei a ter simpatia e carinho (pela Palestina)”, aponta.

Ao contrário da situação enfrentada pelas mulheres no território palestino ocupado, onde são ameaçadas por seu ativismo contra a discriminação de gênero, segundo a ONU, a equipe desenvolve sua divisão feminina.

“Estou aqui no futebol, que antes era só para homens, e ao mesmo tempo penso nas mulheres palestinas. Seria bom se elas tivessem liberdade para expressar o que sentem”, diz Isabel Barrios, coordenadora da equipe feminina do Palestino, criada há quase 25 anos e com um título chileno (2015).

continua após a publicidade

O clube financia escolinhas mistas de futebol nos territórios palestinos, onde as integrantes da seleção nacional, fundada em 2009, têm sido questionados sobre suas vestimentas ou se devem continuar jogando após o casamento. / AFP

Enquanto o conflito se agrava no Oriente Médio, a milhares de quilômetros de distância, em uma noite fria de outono, a bandeira palestina é hasteada por detrás de uma bola de futebol em um estádio no sul de Santiago do Chile.

Centenas de torcedores torcem por um time vestido com calções pretos e uma camisa listrada verde, branca e vermelha com o mapa da Palestina - antes da criação de Israel, precisamente 75 anos atrás - estampado na manga esquerda.

Apesar das recomendações da Fifa, aqui o futebol e a política se fundem sem ressalvas no Clube Esportivo Palestino, uma expressão a mais da prosperidade econômica e ascensão política que esta comunidade árabe alcançou no Chile e que contrasta com a realidade dos territórios palestinos.

“Mais do que uma equipe, é um povo inteiro.” O lema brilha em uma tela pendurada no estádio Municipal de La Cisterna. “Temos até cânticos: Gaza resiste/Palestina existe”, disse com orgulho à AFP um dos torcedores do Palestino, Rafael Milad. “A Palestina tem 100 anos, é ainda mais antiga que o Estado de Israel”, observa o empresário de 29 anos.

Francisco Muñoz, de 48 anos, torce para o Palestino vestindo uma fantasia de xeque árabe durante jogo pela Copa Sul-Americana Foto: Javier Torres / AFP

PROTAGONISTAS SEM A BOLA

No início do século 20, árabes cristãos de Belém, Beit Jala e Beit Sahur chegaram ao distante Chile e fundaram uma comunidade que hoje conta com cerca de meio milhão de pessoas, a maior fora do mundo árabe. Eles se tornaram comerciantes têxteis de sucesso e seus descendentes entraram na área política: 35 foram ministros ou congressistas no Chile.

Quando a comunidade palestina começou a surgir, em 1920 formou-se o Club Deportivo Palestino, que três décadas depois fez sua estreia profissional na liga chilena. A chamada equipe ‘Tino-Tino’ foi por muito tempo a única representante dos palestinos no futebol.

“Palestino é Palestina e Palestina é Palestino. Estamos sempre muito preocupados com a causa”, resume Roberto Bishara, ex-jogador do clube e da seleção tetra colorada. Com dois títulos profissionais (1955-1978) e uma semifinal da Copa Libertadores disputada em 1979, o Palestino tem mais destaque sem bola.

Em 2014, trocou o número 1 da camisa pelo formato alongado do mapa da Palestina antes da criação de Israel, na década de 1940. O time de futebol Ñublense, então presidido por um judeu, protestou. O Palestino foi multado e acabou retirando o símbolo após usá-lo em vários jogos.

Os jogadores, também entraram em campo com o kufiya - lenço tradicional palestino - no Campeonato Chileno. Em 2019, o clube montou telão para a torcida em Ramallah, na Cisjordânia, poder acompanhar um duelo contra o River Plate, da Argentina.

Hoje o elenco não conta com jogadores de origem palestina. O último foi Nicolás Zedán, que deixou o clube em 2021, mas a equipe continua representando “todos os palestinos que estão passando por momentos difíceis. Cada triunfo palestino é uma pequena alegria dentro do sofrimento que eles têm todos os dias”, disse à AFP Miguel Cordero, advogado descendente de palestinos de 49 anos.

Torcedor do Palestino exibe bandeira da Palestina durante uma manifestação do lado de fora do palácio La Moneda, no ano passado Foto: Martin Bernetti / AFP

PAZ E INCLUSÃO

Quando não vão ao estádio, os torcedores se reúnem para assistir aos jogos em um espaço social, também em Santiago. O local desperta o orgulho de seus 4.600 membros: um mapa da Palestina histórica aqui, um mural com a figura do líder histórico Yasser Arafat ali, pinturas por toda parte, música árabe ao fundo e até uma réplica de um avião da “Palestina” enfeita o parquinho das crianças.

Sem ascendência árabe, Francisco Muñoz, um chileno de 48 anos, é o mais pitoresco torcedor do Palestino. Ele vai ao estádio disfarçado de “xeque árabe” e sua casa é o local de culto do time. “Eu estava em uma conferência onde vi que os israelenses tiravam as pessoas de suas casas sem avisar e as matavam. Foi aí que comecei a ter simpatia e carinho (pela Palestina)”, aponta.

Ao contrário da situação enfrentada pelas mulheres no território palestino ocupado, onde são ameaçadas por seu ativismo contra a discriminação de gênero, segundo a ONU, a equipe desenvolve sua divisão feminina.

“Estou aqui no futebol, que antes era só para homens, e ao mesmo tempo penso nas mulheres palestinas. Seria bom se elas tivessem liberdade para expressar o que sentem”, diz Isabel Barrios, coordenadora da equipe feminina do Palestino, criada há quase 25 anos e com um título chileno (2015).

O clube financia escolinhas mistas de futebol nos territórios palestinos, onde as integrantes da seleção nacional, fundada em 2009, têm sido questionados sobre suas vestimentas ou se devem continuar jogando após o casamento. / AFP

Enquanto o conflito se agrava no Oriente Médio, a milhares de quilômetros de distância, em uma noite fria de outono, a bandeira palestina é hasteada por detrás de uma bola de futebol em um estádio no sul de Santiago do Chile.

Centenas de torcedores torcem por um time vestido com calções pretos e uma camisa listrada verde, branca e vermelha com o mapa da Palestina - antes da criação de Israel, precisamente 75 anos atrás - estampado na manga esquerda.

Apesar das recomendações da Fifa, aqui o futebol e a política se fundem sem ressalvas no Clube Esportivo Palestino, uma expressão a mais da prosperidade econômica e ascensão política que esta comunidade árabe alcançou no Chile e que contrasta com a realidade dos territórios palestinos.

“Mais do que uma equipe, é um povo inteiro.” O lema brilha em uma tela pendurada no estádio Municipal de La Cisterna. “Temos até cânticos: Gaza resiste/Palestina existe”, disse com orgulho à AFP um dos torcedores do Palestino, Rafael Milad. “A Palestina tem 100 anos, é ainda mais antiga que o Estado de Israel”, observa o empresário de 29 anos.

Francisco Muñoz, de 48 anos, torce para o Palestino vestindo uma fantasia de xeque árabe durante jogo pela Copa Sul-Americana Foto: Javier Torres / AFP

PROTAGONISTAS SEM A BOLA

No início do século 20, árabes cristãos de Belém, Beit Jala e Beit Sahur chegaram ao distante Chile e fundaram uma comunidade que hoje conta com cerca de meio milhão de pessoas, a maior fora do mundo árabe. Eles se tornaram comerciantes têxteis de sucesso e seus descendentes entraram na área política: 35 foram ministros ou congressistas no Chile.

Quando a comunidade palestina começou a surgir, em 1920 formou-se o Club Deportivo Palestino, que três décadas depois fez sua estreia profissional na liga chilena. A chamada equipe ‘Tino-Tino’ foi por muito tempo a única representante dos palestinos no futebol.

“Palestino é Palestina e Palestina é Palestino. Estamos sempre muito preocupados com a causa”, resume Roberto Bishara, ex-jogador do clube e da seleção tetra colorada. Com dois títulos profissionais (1955-1978) e uma semifinal da Copa Libertadores disputada em 1979, o Palestino tem mais destaque sem bola.

Em 2014, trocou o número 1 da camisa pelo formato alongado do mapa da Palestina antes da criação de Israel, na década de 1940. O time de futebol Ñublense, então presidido por um judeu, protestou. O Palestino foi multado e acabou retirando o símbolo após usá-lo em vários jogos.

Os jogadores, também entraram em campo com o kufiya - lenço tradicional palestino - no Campeonato Chileno. Em 2019, o clube montou telão para a torcida em Ramallah, na Cisjordânia, poder acompanhar um duelo contra o River Plate, da Argentina.

Hoje o elenco não conta com jogadores de origem palestina. O último foi Nicolás Zedán, que deixou o clube em 2021, mas a equipe continua representando “todos os palestinos que estão passando por momentos difíceis. Cada triunfo palestino é uma pequena alegria dentro do sofrimento que eles têm todos os dias”, disse à AFP Miguel Cordero, advogado descendente de palestinos de 49 anos.

Torcedor do Palestino exibe bandeira da Palestina durante uma manifestação do lado de fora do palácio La Moneda, no ano passado Foto: Martin Bernetti / AFP

PAZ E INCLUSÃO

Quando não vão ao estádio, os torcedores se reúnem para assistir aos jogos em um espaço social, também em Santiago. O local desperta o orgulho de seus 4.600 membros: um mapa da Palestina histórica aqui, um mural com a figura do líder histórico Yasser Arafat ali, pinturas por toda parte, música árabe ao fundo e até uma réplica de um avião da “Palestina” enfeita o parquinho das crianças.

Sem ascendência árabe, Francisco Muñoz, um chileno de 48 anos, é o mais pitoresco torcedor do Palestino. Ele vai ao estádio disfarçado de “xeque árabe” e sua casa é o local de culto do time. “Eu estava em uma conferência onde vi que os israelenses tiravam as pessoas de suas casas sem avisar e as matavam. Foi aí que comecei a ter simpatia e carinho (pela Palestina)”, aponta.

Ao contrário da situação enfrentada pelas mulheres no território palestino ocupado, onde são ameaçadas por seu ativismo contra a discriminação de gênero, segundo a ONU, a equipe desenvolve sua divisão feminina.

“Estou aqui no futebol, que antes era só para homens, e ao mesmo tempo penso nas mulheres palestinas. Seria bom se elas tivessem liberdade para expressar o que sentem”, diz Isabel Barrios, coordenadora da equipe feminina do Palestino, criada há quase 25 anos e com um título chileno (2015).

O clube financia escolinhas mistas de futebol nos territórios palestinos, onde as integrantes da seleção nacional, fundada em 2009, têm sido questionados sobre suas vestimentas ou se devem continuar jogando após o casamento. / AFP

Enquanto o conflito se agrava no Oriente Médio, a milhares de quilômetros de distância, em uma noite fria de outono, a bandeira palestina é hasteada por detrás de uma bola de futebol em um estádio no sul de Santiago do Chile.

Centenas de torcedores torcem por um time vestido com calções pretos e uma camisa listrada verde, branca e vermelha com o mapa da Palestina - antes da criação de Israel, precisamente 75 anos atrás - estampado na manga esquerda.

Apesar das recomendações da Fifa, aqui o futebol e a política se fundem sem ressalvas no Clube Esportivo Palestino, uma expressão a mais da prosperidade econômica e ascensão política que esta comunidade árabe alcançou no Chile e que contrasta com a realidade dos territórios palestinos.

“Mais do que uma equipe, é um povo inteiro.” O lema brilha em uma tela pendurada no estádio Municipal de La Cisterna. “Temos até cânticos: Gaza resiste/Palestina existe”, disse com orgulho à AFP um dos torcedores do Palestino, Rafael Milad. “A Palestina tem 100 anos, é ainda mais antiga que o Estado de Israel”, observa o empresário de 29 anos.

Francisco Muñoz, de 48 anos, torce para o Palestino vestindo uma fantasia de xeque árabe durante jogo pela Copa Sul-Americana Foto: Javier Torres / AFP

PROTAGONISTAS SEM A BOLA

No início do século 20, árabes cristãos de Belém, Beit Jala e Beit Sahur chegaram ao distante Chile e fundaram uma comunidade que hoje conta com cerca de meio milhão de pessoas, a maior fora do mundo árabe. Eles se tornaram comerciantes têxteis de sucesso e seus descendentes entraram na área política: 35 foram ministros ou congressistas no Chile.

Quando a comunidade palestina começou a surgir, em 1920 formou-se o Club Deportivo Palestino, que três décadas depois fez sua estreia profissional na liga chilena. A chamada equipe ‘Tino-Tino’ foi por muito tempo a única representante dos palestinos no futebol.

“Palestino é Palestina e Palestina é Palestino. Estamos sempre muito preocupados com a causa”, resume Roberto Bishara, ex-jogador do clube e da seleção tetra colorada. Com dois títulos profissionais (1955-1978) e uma semifinal da Copa Libertadores disputada em 1979, o Palestino tem mais destaque sem bola.

Em 2014, trocou o número 1 da camisa pelo formato alongado do mapa da Palestina antes da criação de Israel, na década de 1940. O time de futebol Ñublense, então presidido por um judeu, protestou. O Palestino foi multado e acabou retirando o símbolo após usá-lo em vários jogos.

Os jogadores, também entraram em campo com o kufiya - lenço tradicional palestino - no Campeonato Chileno. Em 2019, o clube montou telão para a torcida em Ramallah, na Cisjordânia, poder acompanhar um duelo contra o River Plate, da Argentina.

Hoje o elenco não conta com jogadores de origem palestina. O último foi Nicolás Zedán, que deixou o clube em 2021, mas a equipe continua representando “todos os palestinos que estão passando por momentos difíceis. Cada triunfo palestino é uma pequena alegria dentro do sofrimento que eles têm todos os dias”, disse à AFP Miguel Cordero, advogado descendente de palestinos de 49 anos.

Torcedor do Palestino exibe bandeira da Palestina durante uma manifestação do lado de fora do palácio La Moneda, no ano passado Foto: Martin Bernetti / AFP

PAZ E INCLUSÃO

Quando não vão ao estádio, os torcedores se reúnem para assistir aos jogos em um espaço social, também em Santiago. O local desperta o orgulho de seus 4.600 membros: um mapa da Palestina histórica aqui, um mural com a figura do líder histórico Yasser Arafat ali, pinturas por toda parte, música árabe ao fundo e até uma réplica de um avião da “Palestina” enfeita o parquinho das crianças.

Sem ascendência árabe, Francisco Muñoz, um chileno de 48 anos, é o mais pitoresco torcedor do Palestino. Ele vai ao estádio disfarçado de “xeque árabe” e sua casa é o local de culto do time. “Eu estava em uma conferência onde vi que os israelenses tiravam as pessoas de suas casas sem avisar e as matavam. Foi aí que comecei a ter simpatia e carinho (pela Palestina)”, aponta.

Ao contrário da situação enfrentada pelas mulheres no território palestino ocupado, onde são ameaçadas por seu ativismo contra a discriminação de gênero, segundo a ONU, a equipe desenvolve sua divisão feminina.

“Estou aqui no futebol, que antes era só para homens, e ao mesmo tempo penso nas mulheres palestinas. Seria bom se elas tivessem liberdade para expressar o que sentem”, diz Isabel Barrios, coordenadora da equipe feminina do Palestino, criada há quase 25 anos e com um título chileno (2015).

O clube financia escolinhas mistas de futebol nos territórios palestinos, onde as integrantes da seleção nacional, fundada em 2009, têm sido questionados sobre suas vestimentas ou se devem continuar jogando após o casamento. / AFP

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.