As lesões sofridas por atletas profissionais durante a prática esportiva são um dos assuntos que mais preocupam dirigentes, comissões técnicas e os próprios jogadores que arriscam o seu bem-estar em prol do entretenimento do público. Dentre os machucados mais severos, traumas na cabeça costumam ser o maior motivo de preocupação dentro de qualquer modalidade — a fragilidade da cabeça, aliada a dificuldade de proteger a região, é uma combinação perigosa.
Foi pensando nisso que algumas das jogadoras que estão atuando na Copa do Mundo feminina de 2023 adotaram o uso do “Q-Collar”, um dispositivo que promete prevenir concussões e traumas fortes na região do crânio. A Fifa também se preocupa com o assunto. Nomes como Raquel Rodriguez, da Costa Rica, e Quinn, do Canadá, foram flagradas utilizando a peça em treinamentos e jogos.
O colar é obra da empresa americana Q-30 e se tornou popular no hóquei e no futebol americano. De acordo com a companhia, o objetivo do dispositivo é limitar o movimento do cérebro durante um impacto sofrido pelo atleta.
Assim, no momento do contato ou da queda, o dispositivo faz pressão sobre a veia jugular do usuário, o que aumenta o volume sanguíneo dentro do crânio e reduz os movimentos internos do cérebro. Isso diminui a força do impacto que poderia ocasionar algum tipo de trauma.
A tecnologia é aprovada pela FDA, a Federal Drug Administration dos Estados Unidos, um órgão federal responsável pelo controle de, entre outras coisas, equipamentos médicos. O produto é vendido por US$ 200, algo em torno de R$ 956 na atual cotação.