Análise|Copa América e Eliminatórias: o que esperar da seleção brasileira no restante de 2024?


Depois dos amistosos na Europa, comandados de Dorival Júnior terão pelo menos mais 11 partidas neste ano

Por Marcos Antomil e Ricardo Magatti

A seleção brasileira concluiu sua primeira Data Fifa de 2024 com vitória sobre a Inglaterra por 1 a 0 e um emocionante empate com a Espanha por 3 a 3. Depois de dois amistosos sem derrota, atuações com mais pontos positivos do que fraquezas, protagonismo de Endrick, que encantou ingleses e espanhóis, e o retorno do bom futebol, o Brasil de Dorival Júnior celebra os resultados contra duas das principais seleções do mundo. Mas está ciente de que é longo o trabalho até o resgate definitivo da equipe nacional, que vai completar, em junho, 22 anos sem um título mundial.

Para Careca, que disputou as Copas de 1986 e 1990 pela seleção, ídolo de Napoli, São Paulo e Guarani, a partida do Brasil contra a Espanha teve o resultado justo pela diferença de atuação entre as duas equipes no primeiro e no segundo tempo. O ex-atacante deixou um alerta para Dorival Júnior e os atletas da seleção.

“A comissão técnica tem de convocar jogadores certos na posição certa, não continuar improvisando, como por exemplo Danilo na lateral. Ele não é mais lateral (na Juventus) há um bom tempo. Os jogadores também têm de ter atitude e falar na boa com a comissão quando forem consultado para a lista dos convocados. Mas é sempre difícil iniciar um trabalho, começamos muito bem”.

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A equipe nacional volta a se reunir apenas no mês de junho. Serão realizados dois amistosos preparatórios para a Copa América, que será disputada nos Estados Unidos. Os dois duelos vão acontecer em território americano. No dia 8, os comandados de Dorival medem forças com o México, em College Station, cidade próxima a Dallas e Houston, no Kyle Field, estádio com capacidade para mais de 100 mil pessoas. No dia 12 de junho, os Estados Unidos serão os rivais da seleção brasileira. A partida está marcada para acontecer no Estádio Camping World, em Orlando, na Flórida.

Brasil resgatou bom futebol nos amistosos na Europa Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

“Sempre imaginei que uma equipe tem de ter equilíbrio de jovialidade com experiência. E tudo aconteceu no mesmo momento. Tivemos selecionáveis que não puderam vir, nos reunidos há 9 dias e acredito que pelo pouco tempo, as respostas foram muito mais positivas que negativas. Esse elenco jovem deu resposta além do que imaginávamos”, afirmou Dorival Júnior, lembrando das trocas e dos desfalques nessa Data Fifa.

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O ex-zagueiro Luís Pereira, ídolo do Palmeiras e do Atlético de Madrid e que defendeu a seleção brasileira na Copa de 1974, corrobora a opinião de Dorival. Para ele, há de se ter paciência com o novo trabalho. “A seleção está em ótimas mãos. Ele é um cara que entende de futebol e que eu admiro. Tem de dar tranquilidade para que ele possa fazer um trabalho com os jogadores. O brasileiro é muito crítico, acha que tem de ganhar todas, mas não é assim. No futebol hoje em dia, todo mundo está sabendo jogar. Isso traz dificuldade para a seleção. Precisa de tempo para ter esse entrosamento.”

Camisa 10 do Brasil na ausência de Neymar, Rodrygo vibrou com os resultados positivos conquistados com Dorival e que não vinham aparecendo com seu antecessor, Fernando Diniz. “Às vezes você joga bem e o resultado não vem, sempre fica aquela sensação ruim. A gente queria ganhar, mas da forma que foi o jogo, o empate foi muito importante para o nosso crescimento. A gente sai muito feliz, muito concentrado e ansioso para voltar”.

“Encaixar a marcação. Foram coisas que a gente conseguiu contra a Inglaterra. Acho que só na hora do meu gol no primeiro tempo que a gente conseguiu realmente pressionar da forma que a gente treinou.”

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Para a Copa América, Dorival não deve ter problemas que se repetiram nas últimas edições por causa da coincidência de datas com a Olimpíada, marcada para dias depois da final do torneio continental. Com a ausência do Brasil nos Jogos de Paris, o treinador poderá ter forças máxima. Em 2016, por exemplo, Neymar - para não ficar distante do Barcelona por quase dois meses - escolheu defender a seleção na Olimpíada do Rio e não na Copa América dos EUA. Neymar, aliás, não deve ser convocado, porque ainda está em recuperação da grave lesão no joelho sofrida em outubro de 2023.

Apesar de não precisar dividir atletas com a seleção olímpica, Dorival terá de lidar com outra preocupação: não haverá paralisação do Campeonato Brasileiro durante a Copa América. Isso significa que os clubes da Série A devem perdem atletas por até nove rodada, o que representa praticamente um terço do torneio. “Vamos pensar em todas as possibilidades para não prejudicar os clubes durante a Copa América. Os jogadores que estiverem em seu melhor momento serão convocados”, afirmou o diretor de seleções da CBF, Rodrigo Caetano.

Endrick foi a grande notícia positiva do Brasil na excursão europeia Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP
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O Brasil está no Grupo D da Copa América. Os adversários são Costa Rica, Paraguai e Colômbia. Os costarriquenhos se classificaram para o torneio na última semana ao superar Honduras na repescagem. Paraguai não atuou nesta Data Fifa, enquanto os colombianas foram bem: bateram a Espanha, por 1 a 0, e a Romênia, por 3 a 2. Na competição continental, a seleção brasileira pode fazer até seis jogos, se chegar ao menos até a semifinal. Depois, o foco estará voltado para as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

A seleção brasileira amarga a sexta posição nas Eliminatórias. Com a expansão do número de classificados para o Mundial de 2026, as seis primeiras equipes da América do Sul garantem vaga, enquanto a sétima vai para a repescagem intercontinental. Até o momento, o Brasil soma sete pontos em seis jogos. Restam 12 partidas, sendo que metade delas está agendada para 2024.

Calendário da seleção brasileira em 2024

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  • 08/06 - México x Brasil (Amistoso) - Kyle Field, em College Station, Texas-EUA
  • 12/06 - EUA x Brasil (Amistoso) - Estádio Camping World, em Orlando, Flórida-EUA
  • 24/06 - Brasil x Costa Rica (Copa América - 1ª fase) - SoFi Stadium, em Inglewood, Califórnia-EUA
  • 28/06 - Paraguai x Brasil (Copa América - 1ª fase) - Allegiant Stadium, em Las Vegas, Nevada-EUA
  • 02/07 - Brasil x Colômbia (Copa América - 1ª fase) - Levi’s Stadium, em Santa Clara, Califórnia-EUA
  • 05/09 - Brasil x Equador (Eliminatórias)*
  • 10/09 - Paraguai x Brasil (Eliminatórias)*
  • 10/10 - Chile x Brasil (Eliminatórias)*
  • 15/10 - Brasil x Peru (Eliminatórias)*
  • 14/11 - Venezuela x Brasil (Eliminatórias)*
  • 19/11 - Brasil x Uruguai (Eliminatórias)*

*Sem local definido

A seleção brasileira concluiu sua primeira Data Fifa de 2024 com vitória sobre a Inglaterra por 1 a 0 e um emocionante empate com a Espanha por 3 a 3. Depois de dois amistosos sem derrota, atuações com mais pontos positivos do que fraquezas, protagonismo de Endrick, que encantou ingleses e espanhóis, e o retorno do bom futebol, o Brasil de Dorival Júnior celebra os resultados contra duas das principais seleções do mundo. Mas está ciente de que é longo o trabalho até o resgate definitivo da equipe nacional, que vai completar, em junho, 22 anos sem um título mundial.

Para Careca, que disputou as Copas de 1986 e 1990 pela seleção, ídolo de Napoli, São Paulo e Guarani, a partida do Brasil contra a Espanha teve o resultado justo pela diferença de atuação entre as duas equipes no primeiro e no segundo tempo. O ex-atacante deixou um alerta para Dorival Júnior e os atletas da seleção.

“A comissão técnica tem de convocar jogadores certos na posição certa, não continuar improvisando, como por exemplo Danilo na lateral. Ele não é mais lateral (na Juventus) há um bom tempo. Os jogadores também têm de ter atitude e falar na boa com a comissão quando forem consultado para a lista dos convocados. Mas é sempre difícil iniciar um trabalho, começamos muito bem”.

A equipe nacional volta a se reunir apenas no mês de junho. Serão realizados dois amistosos preparatórios para a Copa América, que será disputada nos Estados Unidos. Os dois duelos vão acontecer em território americano. No dia 8, os comandados de Dorival medem forças com o México, em College Station, cidade próxima a Dallas e Houston, no Kyle Field, estádio com capacidade para mais de 100 mil pessoas. No dia 12 de junho, os Estados Unidos serão os rivais da seleção brasileira. A partida está marcada para acontecer no Estádio Camping World, em Orlando, na Flórida.

Brasil resgatou bom futebol nos amistosos na Europa Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

“Sempre imaginei que uma equipe tem de ter equilíbrio de jovialidade com experiência. E tudo aconteceu no mesmo momento. Tivemos selecionáveis que não puderam vir, nos reunidos há 9 dias e acredito que pelo pouco tempo, as respostas foram muito mais positivas que negativas. Esse elenco jovem deu resposta além do que imaginávamos”, afirmou Dorival Júnior, lembrando das trocas e dos desfalques nessa Data Fifa.

O ex-zagueiro Luís Pereira, ídolo do Palmeiras e do Atlético de Madrid e que defendeu a seleção brasileira na Copa de 1974, corrobora a opinião de Dorival. Para ele, há de se ter paciência com o novo trabalho. “A seleção está em ótimas mãos. Ele é um cara que entende de futebol e que eu admiro. Tem de dar tranquilidade para que ele possa fazer um trabalho com os jogadores. O brasileiro é muito crítico, acha que tem de ganhar todas, mas não é assim. No futebol hoje em dia, todo mundo está sabendo jogar. Isso traz dificuldade para a seleção. Precisa de tempo para ter esse entrosamento.”

Camisa 10 do Brasil na ausência de Neymar, Rodrygo vibrou com os resultados positivos conquistados com Dorival e que não vinham aparecendo com seu antecessor, Fernando Diniz. “Às vezes você joga bem e o resultado não vem, sempre fica aquela sensação ruim. A gente queria ganhar, mas da forma que foi o jogo, o empate foi muito importante para o nosso crescimento. A gente sai muito feliz, muito concentrado e ansioso para voltar”.

“Encaixar a marcação. Foram coisas que a gente conseguiu contra a Inglaterra. Acho que só na hora do meu gol no primeiro tempo que a gente conseguiu realmente pressionar da forma que a gente treinou.”

Para a Copa América, Dorival não deve ter problemas que se repetiram nas últimas edições por causa da coincidência de datas com a Olimpíada, marcada para dias depois da final do torneio continental. Com a ausência do Brasil nos Jogos de Paris, o treinador poderá ter forças máxima. Em 2016, por exemplo, Neymar - para não ficar distante do Barcelona por quase dois meses - escolheu defender a seleção na Olimpíada do Rio e não na Copa América dos EUA. Neymar, aliás, não deve ser convocado, porque ainda está em recuperação da grave lesão no joelho sofrida em outubro de 2023.

Apesar de não precisar dividir atletas com a seleção olímpica, Dorival terá de lidar com outra preocupação: não haverá paralisação do Campeonato Brasileiro durante a Copa América. Isso significa que os clubes da Série A devem perdem atletas por até nove rodada, o que representa praticamente um terço do torneio. “Vamos pensar em todas as possibilidades para não prejudicar os clubes durante a Copa América. Os jogadores que estiverem em seu melhor momento serão convocados”, afirmou o diretor de seleções da CBF, Rodrigo Caetano.

Endrick foi a grande notícia positiva do Brasil na excursão europeia Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

O Brasil está no Grupo D da Copa América. Os adversários são Costa Rica, Paraguai e Colômbia. Os costarriquenhos se classificaram para o torneio na última semana ao superar Honduras na repescagem. Paraguai não atuou nesta Data Fifa, enquanto os colombianas foram bem: bateram a Espanha, por 1 a 0, e a Romênia, por 3 a 2. Na competição continental, a seleção brasileira pode fazer até seis jogos, se chegar ao menos até a semifinal. Depois, o foco estará voltado para as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

A seleção brasileira amarga a sexta posição nas Eliminatórias. Com a expansão do número de classificados para o Mundial de 2026, as seis primeiras equipes da América do Sul garantem vaga, enquanto a sétima vai para a repescagem intercontinental. Até o momento, o Brasil soma sete pontos em seis jogos. Restam 12 partidas, sendo que metade delas está agendada para 2024.

Calendário da seleção brasileira em 2024

  • 08/06 - México x Brasil (Amistoso) - Kyle Field, em College Station, Texas-EUA
  • 12/06 - EUA x Brasil (Amistoso) - Estádio Camping World, em Orlando, Flórida-EUA
  • 24/06 - Brasil x Costa Rica (Copa América - 1ª fase) - SoFi Stadium, em Inglewood, Califórnia-EUA
  • 28/06 - Paraguai x Brasil (Copa América - 1ª fase) - Allegiant Stadium, em Las Vegas, Nevada-EUA
  • 02/07 - Brasil x Colômbia (Copa América - 1ª fase) - Levi’s Stadium, em Santa Clara, Califórnia-EUA
  • 05/09 - Brasil x Equador (Eliminatórias)*
  • 10/09 - Paraguai x Brasil (Eliminatórias)*
  • 10/10 - Chile x Brasil (Eliminatórias)*
  • 15/10 - Brasil x Peru (Eliminatórias)*
  • 14/11 - Venezuela x Brasil (Eliminatórias)*
  • 19/11 - Brasil x Uruguai (Eliminatórias)*

*Sem local definido

A seleção brasileira concluiu sua primeira Data Fifa de 2024 com vitória sobre a Inglaterra por 1 a 0 e um emocionante empate com a Espanha por 3 a 3. Depois de dois amistosos sem derrota, atuações com mais pontos positivos do que fraquezas, protagonismo de Endrick, que encantou ingleses e espanhóis, e o retorno do bom futebol, o Brasil de Dorival Júnior celebra os resultados contra duas das principais seleções do mundo. Mas está ciente de que é longo o trabalho até o resgate definitivo da equipe nacional, que vai completar, em junho, 22 anos sem um título mundial.

Para Careca, que disputou as Copas de 1986 e 1990 pela seleção, ídolo de Napoli, São Paulo e Guarani, a partida do Brasil contra a Espanha teve o resultado justo pela diferença de atuação entre as duas equipes no primeiro e no segundo tempo. O ex-atacante deixou um alerta para Dorival Júnior e os atletas da seleção.

“A comissão técnica tem de convocar jogadores certos na posição certa, não continuar improvisando, como por exemplo Danilo na lateral. Ele não é mais lateral (na Juventus) há um bom tempo. Os jogadores também têm de ter atitude e falar na boa com a comissão quando forem consultado para a lista dos convocados. Mas é sempre difícil iniciar um trabalho, começamos muito bem”.

A equipe nacional volta a se reunir apenas no mês de junho. Serão realizados dois amistosos preparatórios para a Copa América, que será disputada nos Estados Unidos. Os dois duelos vão acontecer em território americano. No dia 8, os comandados de Dorival medem forças com o México, em College Station, cidade próxima a Dallas e Houston, no Kyle Field, estádio com capacidade para mais de 100 mil pessoas. No dia 12 de junho, os Estados Unidos serão os rivais da seleção brasileira. A partida está marcada para acontecer no Estádio Camping World, em Orlando, na Flórida.

Brasil resgatou bom futebol nos amistosos na Europa Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

“Sempre imaginei que uma equipe tem de ter equilíbrio de jovialidade com experiência. E tudo aconteceu no mesmo momento. Tivemos selecionáveis que não puderam vir, nos reunidos há 9 dias e acredito que pelo pouco tempo, as respostas foram muito mais positivas que negativas. Esse elenco jovem deu resposta além do que imaginávamos”, afirmou Dorival Júnior, lembrando das trocas e dos desfalques nessa Data Fifa.

O ex-zagueiro Luís Pereira, ídolo do Palmeiras e do Atlético de Madrid e que defendeu a seleção brasileira na Copa de 1974, corrobora a opinião de Dorival. Para ele, há de se ter paciência com o novo trabalho. “A seleção está em ótimas mãos. Ele é um cara que entende de futebol e que eu admiro. Tem de dar tranquilidade para que ele possa fazer um trabalho com os jogadores. O brasileiro é muito crítico, acha que tem de ganhar todas, mas não é assim. No futebol hoje em dia, todo mundo está sabendo jogar. Isso traz dificuldade para a seleção. Precisa de tempo para ter esse entrosamento.”

Camisa 10 do Brasil na ausência de Neymar, Rodrygo vibrou com os resultados positivos conquistados com Dorival e que não vinham aparecendo com seu antecessor, Fernando Diniz. “Às vezes você joga bem e o resultado não vem, sempre fica aquela sensação ruim. A gente queria ganhar, mas da forma que foi o jogo, o empate foi muito importante para o nosso crescimento. A gente sai muito feliz, muito concentrado e ansioso para voltar”.

“Encaixar a marcação. Foram coisas que a gente conseguiu contra a Inglaterra. Acho que só na hora do meu gol no primeiro tempo que a gente conseguiu realmente pressionar da forma que a gente treinou.”

Para a Copa América, Dorival não deve ter problemas que se repetiram nas últimas edições por causa da coincidência de datas com a Olimpíada, marcada para dias depois da final do torneio continental. Com a ausência do Brasil nos Jogos de Paris, o treinador poderá ter forças máxima. Em 2016, por exemplo, Neymar - para não ficar distante do Barcelona por quase dois meses - escolheu defender a seleção na Olimpíada do Rio e não na Copa América dos EUA. Neymar, aliás, não deve ser convocado, porque ainda está em recuperação da grave lesão no joelho sofrida em outubro de 2023.

Apesar de não precisar dividir atletas com a seleção olímpica, Dorival terá de lidar com outra preocupação: não haverá paralisação do Campeonato Brasileiro durante a Copa América. Isso significa que os clubes da Série A devem perdem atletas por até nove rodada, o que representa praticamente um terço do torneio. “Vamos pensar em todas as possibilidades para não prejudicar os clubes durante a Copa América. Os jogadores que estiverem em seu melhor momento serão convocados”, afirmou o diretor de seleções da CBF, Rodrigo Caetano.

Endrick foi a grande notícia positiva do Brasil na excursão europeia Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

O Brasil está no Grupo D da Copa América. Os adversários são Costa Rica, Paraguai e Colômbia. Os costarriquenhos se classificaram para o torneio na última semana ao superar Honduras na repescagem. Paraguai não atuou nesta Data Fifa, enquanto os colombianas foram bem: bateram a Espanha, por 1 a 0, e a Romênia, por 3 a 2. Na competição continental, a seleção brasileira pode fazer até seis jogos, se chegar ao menos até a semifinal. Depois, o foco estará voltado para as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

A seleção brasileira amarga a sexta posição nas Eliminatórias. Com a expansão do número de classificados para o Mundial de 2026, as seis primeiras equipes da América do Sul garantem vaga, enquanto a sétima vai para a repescagem intercontinental. Até o momento, o Brasil soma sete pontos em seis jogos. Restam 12 partidas, sendo que metade delas está agendada para 2024.

Calendário da seleção brasileira em 2024

  • 08/06 - México x Brasil (Amistoso) - Kyle Field, em College Station, Texas-EUA
  • 12/06 - EUA x Brasil (Amistoso) - Estádio Camping World, em Orlando, Flórida-EUA
  • 24/06 - Brasil x Costa Rica (Copa América - 1ª fase) - SoFi Stadium, em Inglewood, Califórnia-EUA
  • 28/06 - Paraguai x Brasil (Copa América - 1ª fase) - Allegiant Stadium, em Las Vegas, Nevada-EUA
  • 02/07 - Brasil x Colômbia (Copa América - 1ª fase) - Levi’s Stadium, em Santa Clara, Califórnia-EUA
  • 05/09 - Brasil x Equador (Eliminatórias)*
  • 10/09 - Paraguai x Brasil (Eliminatórias)*
  • 10/10 - Chile x Brasil (Eliminatórias)*
  • 15/10 - Brasil x Peru (Eliminatórias)*
  • 14/11 - Venezuela x Brasil (Eliminatórias)*
  • 19/11 - Brasil x Uruguai (Eliminatórias)*

*Sem local definido

A seleção brasileira concluiu sua primeira Data Fifa de 2024 com vitória sobre a Inglaterra por 1 a 0 e um emocionante empate com a Espanha por 3 a 3. Depois de dois amistosos sem derrota, atuações com mais pontos positivos do que fraquezas, protagonismo de Endrick, que encantou ingleses e espanhóis, e o retorno do bom futebol, o Brasil de Dorival Júnior celebra os resultados contra duas das principais seleções do mundo. Mas está ciente de que é longo o trabalho até o resgate definitivo da equipe nacional, que vai completar, em junho, 22 anos sem um título mundial.

Para Careca, que disputou as Copas de 1986 e 1990 pela seleção, ídolo de Napoli, São Paulo e Guarani, a partida do Brasil contra a Espanha teve o resultado justo pela diferença de atuação entre as duas equipes no primeiro e no segundo tempo. O ex-atacante deixou um alerta para Dorival Júnior e os atletas da seleção.

“A comissão técnica tem de convocar jogadores certos na posição certa, não continuar improvisando, como por exemplo Danilo na lateral. Ele não é mais lateral (na Juventus) há um bom tempo. Os jogadores também têm de ter atitude e falar na boa com a comissão quando forem consultado para a lista dos convocados. Mas é sempre difícil iniciar um trabalho, começamos muito bem”.

A equipe nacional volta a se reunir apenas no mês de junho. Serão realizados dois amistosos preparatórios para a Copa América, que será disputada nos Estados Unidos. Os dois duelos vão acontecer em território americano. No dia 8, os comandados de Dorival medem forças com o México, em College Station, cidade próxima a Dallas e Houston, no Kyle Field, estádio com capacidade para mais de 100 mil pessoas. No dia 12 de junho, os Estados Unidos serão os rivais da seleção brasileira. A partida está marcada para acontecer no Estádio Camping World, em Orlando, na Flórida.

Brasil resgatou bom futebol nos amistosos na Europa Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

“Sempre imaginei que uma equipe tem de ter equilíbrio de jovialidade com experiência. E tudo aconteceu no mesmo momento. Tivemos selecionáveis que não puderam vir, nos reunidos há 9 dias e acredito que pelo pouco tempo, as respostas foram muito mais positivas que negativas. Esse elenco jovem deu resposta além do que imaginávamos”, afirmou Dorival Júnior, lembrando das trocas e dos desfalques nessa Data Fifa.

O ex-zagueiro Luís Pereira, ídolo do Palmeiras e do Atlético de Madrid e que defendeu a seleção brasileira na Copa de 1974, corrobora a opinião de Dorival. Para ele, há de se ter paciência com o novo trabalho. “A seleção está em ótimas mãos. Ele é um cara que entende de futebol e que eu admiro. Tem de dar tranquilidade para que ele possa fazer um trabalho com os jogadores. O brasileiro é muito crítico, acha que tem de ganhar todas, mas não é assim. No futebol hoje em dia, todo mundo está sabendo jogar. Isso traz dificuldade para a seleção. Precisa de tempo para ter esse entrosamento.”

Camisa 10 do Brasil na ausência de Neymar, Rodrygo vibrou com os resultados positivos conquistados com Dorival e que não vinham aparecendo com seu antecessor, Fernando Diniz. “Às vezes você joga bem e o resultado não vem, sempre fica aquela sensação ruim. A gente queria ganhar, mas da forma que foi o jogo, o empate foi muito importante para o nosso crescimento. A gente sai muito feliz, muito concentrado e ansioso para voltar”.

“Encaixar a marcação. Foram coisas que a gente conseguiu contra a Inglaterra. Acho que só na hora do meu gol no primeiro tempo que a gente conseguiu realmente pressionar da forma que a gente treinou.”

Para a Copa América, Dorival não deve ter problemas que se repetiram nas últimas edições por causa da coincidência de datas com a Olimpíada, marcada para dias depois da final do torneio continental. Com a ausência do Brasil nos Jogos de Paris, o treinador poderá ter forças máxima. Em 2016, por exemplo, Neymar - para não ficar distante do Barcelona por quase dois meses - escolheu defender a seleção na Olimpíada do Rio e não na Copa América dos EUA. Neymar, aliás, não deve ser convocado, porque ainda está em recuperação da grave lesão no joelho sofrida em outubro de 2023.

Apesar de não precisar dividir atletas com a seleção olímpica, Dorival terá de lidar com outra preocupação: não haverá paralisação do Campeonato Brasileiro durante a Copa América. Isso significa que os clubes da Série A devem perdem atletas por até nove rodada, o que representa praticamente um terço do torneio. “Vamos pensar em todas as possibilidades para não prejudicar os clubes durante a Copa América. Os jogadores que estiverem em seu melhor momento serão convocados”, afirmou o diretor de seleções da CBF, Rodrigo Caetano.

Endrick foi a grande notícia positiva do Brasil na excursão europeia Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

O Brasil está no Grupo D da Copa América. Os adversários são Costa Rica, Paraguai e Colômbia. Os costarriquenhos se classificaram para o torneio na última semana ao superar Honduras na repescagem. Paraguai não atuou nesta Data Fifa, enquanto os colombianas foram bem: bateram a Espanha, por 1 a 0, e a Romênia, por 3 a 2. Na competição continental, a seleção brasileira pode fazer até seis jogos, se chegar ao menos até a semifinal. Depois, o foco estará voltado para as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

A seleção brasileira amarga a sexta posição nas Eliminatórias. Com a expansão do número de classificados para o Mundial de 2026, as seis primeiras equipes da América do Sul garantem vaga, enquanto a sétima vai para a repescagem intercontinental. Até o momento, o Brasil soma sete pontos em seis jogos. Restam 12 partidas, sendo que metade delas está agendada para 2024.

Calendário da seleção brasileira em 2024

  • 08/06 - México x Brasil (Amistoso) - Kyle Field, em College Station, Texas-EUA
  • 12/06 - EUA x Brasil (Amistoso) - Estádio Camping World, em Orlando, Flórida-EUA
  • 24/06 - Brasil x Costa Rica (Copa América - 1ª fase) - SoFi Stadium, em Inglewood, Califórnia-EUA
  • 28/06 - Paraguai x Brasil (Copa América - 1ª fase) - Allegiant Stadium, em Las Vegas, Nevada-EUA
  • 02/07 - Brasil x Colômbia (Copa América - 1ª fase) - Levi’s Stadium, em Santa Clara, Califórnia-EUA
  • 05/09 - Brasil x Equador (Eliminatórias)*
  • 10/09 - Paraguai x Brasil (Eliminatórias)*
  • 10/10 - Chile x Brasil (Eliminatórias)*
  • 15/10 - Brasil x Peru (Eliminatórias)*
  • 14/11 - Venezuela x Brasil (Eliminatórias)*
  • 19/11 - Brasil x Uruguai (Eliminatórias)*

*Sem local definido

A seleção brasileira concluiu sua primeira Data Fifa de 2024 com vitória sobre a Inglaterra por 1 a 0 e um emocionante empate com a Espanha por 3 a 3. Depois de dois amistosos sem derrota, atuações com mais pontos positivos do que fraquezas, protagonismo de Endrick, que encantou ingleses e espanhóis, e o retorno do bom futebol, o Brasil de Dorival Júnior celebra os resultados contra duas das principais seleções do mundo. Mas está ciente de que é longo o trabalho até o resgate definitivo da equipe nacional, que vai completar, em junho, 22 anos sem um título mundial.

Para Careca, que disputou as Copas de 1986 e 1990 pela seleção, ídolo de Napoli, São Paulo e Guarani, a partida do Brasil contra a Espanha teve o resultado justo pela diferença de atuação entre as duas equipes no primeiro e no segundo tempo. O ex-atacante deixou um alerta para Dorival Júnior e os atletas da seleção.

“A comissão técnica tem de convocar jogadores certos na posição certa, não continuar improvisando, como por exemplo Danilo na lateral. Ele não é mais lateral (na Juventus) há um bom tempo. Os jogadores também têm de ter atitude e falar na boa com a comissão quando forem consultado para a lista dos convocados. Mas é sempre difícil iniciar um trabalho, começamos muito bem”.

A equipe nacional volta a se reunir apenas no mês de junho. Serão realizados dois amistosos preparatórios para a Copa América, que será disputada nos Estados Unidos. Os dois duelos vão acontecer em território americano. No dia 8, os comandados de Dorival medem forças com o México, em College Station, cidade próxima a Dallas e Houston, no Kyle Field, estádio com capacidade para mais de 100 mil pessoas. No dia 12 de junho, os Estados Unidos serão os rivais da seleção brasileira. A partida está marcada para acontecer no Estádio Camping World, em Orlando, na Flórida.

Brasil resgatou bom futebol nos amistosos na Europa Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

“Sempre imaginei que uma equipe tem de ter equilíbrio de jovialidade com experiência. E tudo aconteceu no mesmo momento. Tivemos selecionáveis que não puderam vir, nos reunidos há 9 dias e acredito que pelo pouco tempo, as respostas foram muito mais positivas que negativas. Esse elenco jovem deu resposta além do que imaginávamos”, afirmou Dorival Júnior, lembrando das trocas e dos desfalques nessa Data Fifa.

O ex-zagueiro Luís Pereira, ídolo do Palmeiras e do Atlético de Madrid e que defendeu a seleção brasileira na Copa de 1974, corrobora a opinião de Dorival. Para ele, há de se ter paciência com o novo trabalho. “A seleção está em ótimas mãos. Ele é um cara que entende de futebol e que eu admiro. Tem de dar tranquilidade para que ele possa fazer um trabalho com os jogadores. O brasileiro é muito crítico, acha que tem de ganhar todas, mas não é assim. No futebol hoje em dia, todo mundo está sabendo jogar. Isso traz dificuldade para a seleção. Precisa de tempo para ter esse entrosamento.”

Camisa 10 do Brasil na ausência de Neymar, Rodrygo vibrou com os resultados positivos conquistados com Dorival e que não vinham aparecendo com seu antecessor, Fernando Diniz. “Às vezes você joga bem e o resultado não vem, sempre fica aquela sensação ruim. A gente queria ganhar, mas da forma que foi o jogo, o empate foi muito importante para o nosso crescimento. A gente sai muito feliz, muito concentrado e ansioso para voltar”.

“Encaixar a marcação. Foram coisas que a gente conseguiu contra a Inglaterra. Acho que só na hora do meu gol no primeiro tempo que a gente conseguiu realmente pressionar da forma que a gente treinou.”

Para a Copa América, Dorival não deve ter problemas que se repetiram nas últimas edições por causa da coincidência de datas com a Olimpíada, marcada para dias depois da final do torneio continental. Com a ausência do Brasil nos Jogos de Paris, o treinador poderá ter forças máxima. Em 2016, por exemplo, Neymar - para não ficar distante do Barcelona por quase dois meses - escolheu defender a seleção na Olimpíada do Rio e não na Copa América dos EUA. Neymar, aliás, não deve ser convocado, porque ainda está em recuperação da grave lesão no joelho sofrida em outubro de 2023.

Apesar de não precisar dividir atletas com a seleção olímpica, Dorival terá de lidar com outra preocupação: não haverá paralisação do Campeonato Brasileiro durante a Copa América. Isso significa que os clubes da Série A devem perdem atletas por até nove rodada, o que representa praticamente um terço do torneio. “Vamos pensar em todas as possibilidades para não prejudicar os clubes durante a Copa América. Os jogadores que estiverem em seu melhor momento serão convocados”, afirmou o diretor de seleções da CBF, Rodrigo Caetano.

Endrick foi a grande notícia positiva do Brasil na excursão europeia Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

O Brasil está no Grupo D da Copa América. Os adversários são Costa Rica, Paraguai e Colômbia. Os costarriquenhos se classificaram para o torneio na última semana ao superar Honduras na repescagem. Paraguai não atuou nesta Data Fifa, enquanto os colombianas foram bem: bateram a Espanha, por 1 a 0, e a Romênia, por 3 a 2. Na competição continental, a seleção brasileira pode fazer até seis jogos, se chegar ao menos até a semifinal. Depois, o foco estará voltado para as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

A seleção brasileira amarga a sexta posição nas Eliminatórias. Com a expansão do número de classificados para o Mundial de 2026, as seis primeiras equipes da América do Sul garantem vaga, enquanto a sétima vai para a repescagem intercontinental. Até o momento, o Brasil soma sete pontos em seis jogos. Restam 12 partidas, sendo que metade delas está agendada para 2024.

Calendário da seleção brasileira em 2024

  • 08/06 - México x Brasil (Amistoso) - Kyle Field, em College Station, Texas-EUA
  • 12/06 - EUA x Brasil (Amistoso) - Estádio Camping World, em Orlando, Flórida-EUA
  • 24/06 - Brasil x Costa Rica (Copa América - 1ª fase) - SoFi Stadium, em Inglewood, Califórnia-EUA
  • 28/06 - Paraguai x Brasil (Copa América - 1ª fase) - Allegiant Stadium, em Las Vegas, Nevada-EUA
  • 02/07 - Brasil x Colômbia (Copa América - 1ª fase) - Levi’s Stadium, em Santa Clara, Califórnia-EUA
  • 05/09 - Brasil x Equador (Eliminatórias)*
  • 10/09 - Paraguai x Brasil (Eliminatórias)*
  • 10/10 - Chile x Brasil (Eliminatórias)*
  • 15/10 - Brasil x Peru (Eliminatórias)*
  • 14/11 - Venezuela x Brasil (Eliminatórias)*
  • 19/11 - Brasil x Uruguai (Eliminatórias)*

*Sem local definido

Análise por Marcos Antomil

Editor assistente de Esportes. Formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduado em Jornalismo e Transmissões Esportivas pela Universidad Nebrija (Espanha).

Ricardo Magatti

Repórter da editoria de Esportes desde 2018. Formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com pós-graduação em Jornalismo Esportivo e Multimídias pela Universidade Anhembi Morumbi. Cobriu a Copa do Mundo do Catar, em 2022, e a Olimpíada de Paris, em 2024.

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