Copa do Mundo feminina: conheça as favoritas ao prêmio de Bola de Ouro da competição


Espanhola Alexia Putellas aparece como a principal candidata ao lado das americanas para faturar prêmio dado pela Fifa; veja outras jogadoras que podem surpreender

Por Marcius Azevedo

A Copa do Mundo feminina de futebol começa na quinta-feira na Austrália e na Nova Zelândia e, além da chance de conquistarem o troféu mais importante do esporte, as jogadoras das 32 seleções entram em campo na briga por um cobiçado prêmio individual: a Bola de Ouro. Serão 736 atletas na disputa da premiação entregue pela Fifa para a melhor da competição.

Se depender do histórico, as americanas pintam como as principais favoritas pelo quarto troféu. Em oito Copas até o momento, elas faturaram a Bola de Ouro por três vezes com as atacantes Carin Gabarra, em 1991, Carli Lloyd, em 2015, e Megan Rapinoe, em 2019.

Rapinoe, aliás, está muito motivada e promete um mundial inesquecível. Aos 38 anos, a americana já anunciou que vai se aposentar no final da temporada. Quatro anos antes de chegar à Oceania, ela já havia levado o prêmio de melhor jogadora, com seis gols e três assistências. Na atual edição, ela tenta repetir o feito, o que a colocaria isolada na prateleira como a única jogadora a conquistar este prêmio por duas vezes. No masculino, apenas o atacante argentino Lionel Messi conseguiu tal feito ao ser eleito o melhor nas Copas de 2014, no Brasil, e de 2022, no Catar.

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Megan Rapinoe e Alex Morgan (ao fundo) estão entre as jogadoras que podem faturar o prêmio de melhor da Copa do Mundo Foto: Ashley Landis / AP

Mas a briga para que ela seja a melhor do Mundial promete se estender às suas companheiras de seleção. Alex Morgan, 34, também chega forte para esta disputa. Em 2019, a atacante marcou os mesmos seis gols de Rapinoe, mas foi preterida na escolha de melhor da competição. Ela se destaca pelas boas arrancadas e costuma ser letal quando recebe a bola em velocidade dentro da área, mostrando bom poder de finalização.

As veteranas terão a concorrência das garotas prodígio Sophia Smith, 22, e Trinity Rodman, 21, filha da lenda do basquete Denis Rodman. Ambas disputarão o seu primeiro Mundial.

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ALEXIA PUTELLAS

Ninguém chega com mais representantes para beliscar a Bola de Ouro do que as seleções europeias. Maior estrela do futebol feminino na atualidade, Alexia Putellas, 29, faturou os prêmios Bola de Ouro, da revista France Football, e The Best da Fifa, nos últimos dois anos.

A estrela espanhola terá a dura tarefa de conduzir as espanholas a uma campanha de prestígio no cenário mundial e, com isso, ter chance de faturar a premiação individual. Potência no futebol feminino de clubes com uma liga espanhola expressiva, Putellas é destaque do Barcelona, time atual campeão espanhol e finalista das últimas três edições da Liga dos Campeões, faturando a taça duas vezes. Agora tenta fazer com que a seleção principal alce voos maiores e repita os feitos da base, que em 2022, foi bicampeã mundial sub-17 e levou o inédito título no sub-20.

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Recentemente Putellas recuperou-se de uma grave lesão: rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo, durante treino de preparação para a Eurocopa-2022, na Inglaterra. Voltou aos gramados este ano no final de abril. “O aspecto físico, psicológico, o desempenho da equipe, além das estatísticas, é levado em consideração na hora de definir uma Bola de Ouro. Todos esses elementos estão integrados. Mas o que vai fazer realmente a diferença para o sucesso é o quanto a jogadora mentalmente está preparada. Dentro dessa pirâmide o ponto final é a parte mental, o equilíbrio, concentração e nível emocional sob pressão. Isso faz toda a diferença para o coletivo e o desempenho individual”, afirmou Sandro Orlandelli, diretor-técnico de futebol, com passagens por Arsenal, Manchester United, Internacional e seleção brasileira.

Com o status de campeã europeia, a Inglaterra vai colocar algumas de suas principais estrelas na briga pelo prêmio individual dado pela Fifa. Entre elas a goleira Mary Earps, 30 e a zagueira Lucy Bronze, 31. Atenção especial para as atacantes Lauren James, 21 e Chloe Kelly, 25.

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Na seleção francesa, a experiente atacante Eugenie Le Sommer, 34, pinta como um dos principais destaques, da mesma maneira que a atacante norueguesa Ada Hegerberg, eleita a melhor do mundo no prêmio The Best da Fifa, em 2018.

A Alemanha, atuais vice-campeãs da Eurocopa e bicampeãs mundiais (2003 e 2007), não ficam para trás. Nomes como os da goleira Merle Frohms, 28, da defensora Kathrin Hendrich, 31, das meio-campistas Lena Oberdorf, 21, e Lina Magull, 28, e da atacante Alexandra Popp, 32, todas destaques individuais em suas posições, garantem para a equipe equilíbrio coletivo.

Capitã do time, a atacante Popp é vista como uma guerreira pelas companheiras, já que não costuma se esconder e nem tirar o pé de nenhuma dividida. O jogo aéreo e o faro de gol são seus principais trunfos. Na Eurocopa-2022, se tornou a primeira jogadora a marcar ao menos um gol em cada jogo da fase de grupos, das quartas e das semifinais. Uma lesão, contudo, a tirou da decisão e as companheiras sucumbiram na finalíssima para as inglesas.

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MARTA JÁ LEVOU O PRÊMIO

No Mundial disputado na Alemanha, em 2007, a meia-atacante Marta conseguiu faturar o prêmio. A veterana, de 37 anos, chega para a sua sexta disputa, mas não deve figurar entre as titulares da técnica sueca Pia Sundhage. Pela seleção brasileira, Geyse, do Barcelona, vem de uma boa temporada e pode brigar pelo prêmio. Duda Sampaio, do Corinthians, é outra com chance de surpreender.

Em 2007, Marta não conseguiu o título com o Brasil, mas faturou o prêmio de melhor jogadora daquela Copa do Mundo Foto: Aly Song / Reuters
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Na seleção anfitrião destaque para Sam Kerr. Com apenas 1,68m, a australiana é considerada uma das melhores cabeceadoras do mundo. “Não há mulher que tenha a astúcia para finalizar cruzamentos e cabecear como ela”, elogiou Elise Kellond-Knight, sua companheira na seleção. Hoje, aos 29 anos, Kerr figura constantemente entre as dez melhores jogadoras da Fifa.

Além disso, Kerr está em um seleto grupo que conta com apenas três nomes que marcaram mais de três gols em uma partida de Copa do Mundo. Ela fez quatro contra a Jamaica há quatro anos. As americanas Michelle Akers e Alex Morgan marcaram cinco vezes cada uma contra Taiwan, em 1991, e Tailândia, em 2019, respectivamente.

Com seleções menos expressivas, outras atletas também já figuraram no quadro de melhor jogadora. As asiáticas Wen Sun, da China, e a japonesa Homare Sawa, em 2011, faturaram a Bola de Ouro do torneio e potencializaram o resultado final de suas seleções.

Com um alto número de estrelas, Estados Unidos e Inglaterra surgem como as grandes favoritas à conquista do título, segundo a Odds&Scouts, geradora de dados esportivos, e também algumas plataformas de apostas, como Esportes da Sorte, PlayGreen, Casa de Apostas, Galera.bet, 1xbet, bet365, Betano, Pixbet. A Espanha, da craque Alexia Putellas, aparece na terceira posição, enquanto o Brasil ocupa a nona posição na lista.

O trio Khadija Shaw, 26, Asisat Oshoala, 28, e Ghizlane Chebbak, 32, busca se inspirar tanto em Sun como em Sawa para conduzir suas seleções para campanhas históricas.

Representando a América Central, a jamaicana Khadija Shaw é artilheira nata. Ela vem de uma temporada grandiosa pelo Manchester City. As atuações na Women’s Super League, o Campeonato Inglês feminino, a colocaram na vice artilharia do campeonato com 20 gols em 22 jogos. Além disso, ela também deu sete assistências.

A australiana Sam Kerr (esq.) e a jamaicana Khadija Shaw estão na briga pela Bola de Ouro na Copa do Mundo Foto: Laurent Cipriani / AP

Duas africanas também merecem atenção especial e querem fazer história. Uma é a atacante nigeriana Asisat Oshoala. Será sua terceira Copa do Mundo e ela deve apostar na experiência. Campeã da Liga dos Campeões em 2021 e 2023, pelo Barcelona, ela acumula cinco prêmios de melhor jogadora da África: 2014, 2016, 2017, 2019 e 2022. A outra é a marroquina Ghizlane Chebbak que tem tido boas performances por sua seleção e foi eleita a melhor jogadora da Copa Africana de Nações Feminina de 2022, conduzindo a sua seleção ao vice-campeonato.

MAIOR VISIBILIDADE

Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e membro do comitê organizador da Brasil Ladies Cup, responsável por colaborar com desenvolvimento do futebol feminino no país com a introdução da competição desde 2021, sair como a melhor jogadora da Copa garante às atletas um grande salto na carreira, o que torna a disputa pelo prêmio ainda mais acirrada no decorrer da Copa. “Uma premiação como essa muda a carreira de qualquer uma. Ser eleita a melhor jogadora do mundo é uma conquista que impulsiona a imagem da atleta pelo mundo, permite que ela seja ainda mais desejada pelos clubes de todo o planeta e passe a ser alvo também do mercado publicitário”, afirmou.

Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing e patrocínio esportivo, adota linha semelhante: “O futebol feminino tem crescido muito em todo o planeta, mas as atletas ainda precisam enfrentar barreiras para se destacarem nesse meio e alcançarem o prestígio que merecem. Ao conquistar o título de melhor jogadora do mundo, a atleta atrai os olhares da mídia e do público, se tornando referência para os amantes do futebol, principalmente às mulheres. A Marta, mesmo, por exemplo, foi eleita seis vezes a melhor do mundo pela Fifa e se tornou um sinônimo do futebol feminino dentro e fora do Brasil. É uma condecoração que inclusive, pode abrir muitas portas até mesmo fora das quatro linhas.”

Confira as principais concorrentes ao prêmio de melhor da Copa do Mundo:

  • Alemanha: Alexandra Popp, Jule Brand, Kathrin Hendrich, Lena Oberdorf, Lina Magull e Merle Frohms
  • Austrália: Sam Kerr
  • Brasil: Geyse e Duda Sampaio
  • Espanha: Alexia Putellas
  • Estados Unidos: Alex Morgan, Megan Rapinoe, Sophia Smith e Trinity Rodman
  • França: Eugenie Le Sommer
  • Inglaterra: Alessia Russo, Lauren James, Mary Earps, Lucy Bronze e Chloe Kelly
  • Jamaica: Khadija Shaw
  • Marrocos: Ghizlane Chebbak
  • Nigéria: Asisat Oshoala

A Copa do Mundo feminina de futebol começa na quinta-feira na Austrália e na Nova Zelândia e, além da chance de conquistarem o troféu mais importante do esporte, as jogadoras das 32 seleções entram em campo na briga por um cobiçado prêmio individual: a Bola de Ouro. Serão 736 atletas na disputa da premiação entregue pela Fifa para a melhor da competição.

Se depender do histórico, as americanas pintam como as principais favoritas pelo quarto troféu. Em oito Copas até o momento, elas faturaram a Bola de Ouro por três vezes com as atacantes Carin Gabarra, em 1991, Carli Lloyd, em 2015, e Megan Rapinoe, em 2019.

Rapinoe, aliás, está muito motivada e promete um mundial inesquecível. Aos 38 anos, a americana já anunciou que vai se aposentar no final da temporada. Quatro anos antes de chegar à Oceania, ela já havia levado o prêmio de melhor jogadora, com seis gols e três assistências. Na atual edição, ela tenta repetir o feito, o que a colocaria isolada na prateleira como a única jogadora a conquistar este prêmio por duas vezes. No masculino, apenas o atacante argentino Lionel Messi conseguiu tal feito ao ser eleito o melhor nas Copas de 2014, no Brasil, e de 2022, no Catar.

Megan Rapinoe e Alex Morgan (ao fundo) estão entre as jogadoras que podem faturar o prêmio de melhor da Copa do Mundo Foto: Ashley Landis / AP

Mas a briga para que ela seja a melhor do Mundial promete se estender às suas companheiras de seleção. Alex Morgan, 34, também chega forte para esta disputa. Em 2019, a atacante marcou os mesmos seis gols de Rapinoe, mas foi preterida na escolha de melhor da competição. Ela se destaca pelas boas arrancadas e costuma ser letal quando recebe a bola em velocidade dentro da área, mostrando bom poder de finalização.

As veteranas terão a concorrência das garotas prodígio Sophia Smith, 22, e Trinity Rodman, 21, filha da lenda do basquete Denis Rodman. Ambas disputarão o seu primeiro Mundial.

ALEXIA PUTELLAS

Ninguém chega com mais representantes para beliscar a Bola de Ouro do que as seleções europeias. Maior estrela do futebol feminino na atualidade, Alexia Putellas, 29, faturou os prêmios Bola de Ouro, da revista France Football, e The Best da Fifa, nos últimos dois anos.

A estrela espanhola terá a dura tarefa de conduzir as espanholas a uma campanha de prestígio no cenário mundial e, com isso, ter chance de faturar a premiação individual. Potência no futebol feminino de clubes com uma liga espanhola expressiva, Putellas é destaque do Barcelona, time atual campeão espanhol e finalista das últimas três edições da Liga dos Campeões, faturando a taça duas vezes. Agora tenta fazer com que a seleção principal alce voos maiores e repita os feitos da base, que em 2022, foi bicampeã mundial sub-17 e levou o inédito título no sub-20.

Recentemente Putellas recuperou-se de uma grave lesão: rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo, durante treino de preparação para a Eurocopa-2022, na Inglaterra. Voltou aos gramados este ano no final de abril. “O aspecto físico, psicológico, o desempenho da equipe, além das estatísticas, é levado em consideração na hora de definir uma Bola de Ouro. Todos esses elementos estão integrados. Mas o que vai fazer realmente a diferença para o sucesso é o quanto a jogadora mentalmente está preparada. Dentro dessa pirâmide o ponto final é a parte mental, o equilíbrio, concentração e nível emocional sob pressão. Isso faz toda a diferença para o coletivo e o desempenho individual”, afirmou Sandro Orlandelli, diretor-técnico de futebol, com passagens por Arsenal, Manchester United, Internacional e seleção brasileira.

Com o status de campeã europeia, a Inglaterra vai colocar algumas de suas principais estrelas na briga pelo prêmio individual dado pela Fifa. Entre elas a goleira Mary Earps, 30 e a zagueira Lucy Bronze, 31. Atenção especial para as atacantes Lauren James, 21 e Chloe Kelly, 25.

Na seleção francesa, a experiente atacante Eugenie Le Sommer, 34, pinta como um dos principais destaques, da mesma maneira que a atacante norueguesa Ada Hegerberg, eleita a melhor do mundo no prêmio The Best da Fifa, em 2018.

A Alemanha, atuais vice-campeãs da Eurocopa e bicampeãs mundiais (2003 e 2007), não ficam para trás. Nomes como os da goleira Merle Frohms, 28, da defensora Kathrin Hendrich, 31, das meio-campistas Lena Oberdorf, 21, e Lina Magull, 28, e da atacante Alexandra Popp, 32, todas destaques individuais em suas posições, garantem para a equipe equilíbrio coletivo.

Capitã do time, a atacante Popp é vista como uma guerreira pelas companheiras, já que não costuma se esconder e nem tirar o pé de nenhuma dividida. O jogo aéreo e o faro de gol são seus principais trunfos. Na Eurocopa-2022, se tornou a primeira jogadora a marcar ao menos um gol em cada jogo da fase de grupos, das quartas e das semifinais. Uma lesão, contudo, a tirou da decisão e as companheiras sucumbiram na finalíssima para as inglesas.

MARTA JÁ LEVOU O PRÊMIO

No Mundial disputado na Alemanha, em 2007, a meia-atacante Marta conseguiu faturar o prêmio. A veterana, de 37 anos, chega para a sua sexta disputa, mas não deve figurar entre as titulares da técnica sueca Pia Sundhage. Pela seleção brasileira, Geyse, do Barcelona, vem de uma boa temporada e pode brigar pelo prêmio. Duda Sampaio, do Corinthians, é outra com chance de surpreender.

Em 2007, Marta não conseguiu o título com o Brasil, mas faturou o prêmio de melhor jogadora daquela Copa do Mundo Foto: Aly Song / Reuters

Na seleção anfitrião destaque para Sam Kerr. Com apenas 1,68m, a australiana é considerada uma das melhores cabeceadoras do mundo. “Não há mulher que tenha a astúcia para finalizar cruzamentos e cabecear como ela”, elogiou Elise Kellond-Knight, sua companheira na seleção. Hoje, aos 29 anos, Kerr figura constantemente entre as dez melhores jogadoras da Fifa.

Além disso, Kerr está em um seleto grupo que conta com apenas três nomes que marcaram mais de três gols em uma partida de Copa do Mundo. Ela fez quatro contra a Jamaica há quatro anos. As americanas Michelle Akers e Alex Morgan marcaram cinco vezes cada uma contra Taiwan, em 1991, e Tailândia, em 2019, respectivamente.

Com seleções menos expressivas, outras atletas também já figuraram no quadro de melhor jogadora. As asiáticas Wen Sun, da China, e a japonesa Homare Sawa, em 2011, faturaram a Bola de Ouro do torneio e potencializaram o resultado final de suas seleções.

Com um alto número de estrelas, Estados Unidos e Inglaterra surgem como as grandes favoritas à conquista do título, segundo a Odds&Scouts, geradora de dados esportivos, e também algumas plataformas de apostas, como Esportes da Sorte, PlayGreen, Casa de Apostas, Galera.bet, 1xbet, bet365, Betano, Pixbet. A Espanha, da craque Alexia Putellas, aparece na terceira posição, enquanto o Brasil ocupa a nona posição na lista.

O trio Khadija Shaw, 26, Asisat Oshoala, 28, e Ghizlane Chebbak, 32, busca se inspirar tanto em Sun como em Sawa para conduzir suas seleções para campanhas históricas.

Representando a América Central, a jamaicana Khadija Shaw é artilheira nata. Ela vem de uma temporada grandiosa pelo Manchester City. As atuações na Women’s Super League, o Campeonato Inglês feminino, a colocaram na vice artilharia do campeonato com 20 gols em 22 jogos. Além disso, ela também deu sete assistências.

A australiana Sam Kerr (esq.) e a jamaicana Khadija Shaw estão na briga pela Bola de Ouro na Copa do Mundo Foto: Laurent Cipriani / AP

Duas africanas também merecem atenção especial e querem fazer história. Uma é a atacante nigeriana Asisat Oshoala. Será sua terceira Copa do Mundo e ela deve apostar na experiência. Campeã da Liga dos Campeões em 2021 e 2023, pelo Barcelona, ela acumula cinco prêmios de melhor jogadora da África: 2014, 2016, 2017, 2019 e 2022. A outra é a marroquina Ghizlane Chebbak que tem tido boas performances por sua seleção e foi eleita a melhor jogadora da Copa Africana de Nações Feminina de 2022, conduzindo a sua seleção ao vice-campeonato.

MAIOR VISIBILIDADE

Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e membro do comitê organizador da Brasil Ladies Cup, responsável por colaborar com desenvolvimento do futebol feminino no país com a introdução da competição desde 2021, sair como a melhor jogadora da Copa garante às atletas um grande salto na carreira, o que torna a disputa pelo prêmio ainda mais acirrada no decorrer da Copa. “Uma premiação como essa muda a carreira de qualquer uma. Ser eleita a melhor jogadora do mundo é uma conquista que impulsiona a imagem da atleta pelo mundo, permite que ela seja ainda mais desejada pelos clubes de todo o planeta e passe a ser alvo também do mercado publicitário”, afirmou.

Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing e patrocínio esportivo, adota linha semelhante: “O futebol feminino tem crescido muito em todo o planeta, mas as atletas ainda precisam enfrentar barreiras para se destacarem nesse meio e alcançarem o prestígio que merecem. Ao conquistar o título de melhor jogadora do mundo, a atleta atrai os olhares da mídia e do público, se tornando referência para os amantes do futebol, principalmente às mulheres. A Marta, mesmo, por exemplo, foi eleita seis vezes a melhor do mundo pela Fifa e se tornou um sinônimo do futebol feminino dentro e fora do Brasil. É uma condecoração que inclusive, pode abrir muitas portas até mesmo fora das quatro linhas.”

Confira as principais concorrentes ao prêmio de melhor da Copa do Mundo:

  • Alemanha: Alexandra Popp, Jule Brand, Kathrin Hendrich, Lena Oberdorf, Lina Magull e Merle Frohms
  • Austrália: Sam Kerr
  • Brasil: Geyse e Duda Sampaio
  • Espanha: Alexia Putellas
  • Estados Unidos: Alex Morgan, Megan Rapinoe, Sophia Smith e Trinity Rodman
  • França: Eugenie Le Sommer
  • Inglaterra: Alessia Russo, Lauren James, Mary Earps, Lucy Bronze e Chloe Kelly
  • Jamaica: Khadija Shaw
  • Marrocos: Ghizlane Chebbak
  • Nigéria: Asisat Oshoala

A Copa do Mundo feminina de futebol começa na quinta-feira na Austrália e na Nova Zelândia e, além da chance de conquistarem o troféu mais importante do esporte, as jogadoras das 32 seleções entram em campo na briga por um cobiçado prêmio individual: a Bola de Ouro. Serão 736 atletas na disputa da premiação entregue pela Fifa para a melhor da competição.

Se depender do histórico, as americanas pintam como as principais favoritas pelo quarto troféu. Em oito Copas até o momento, elas faturaram a Bola de Ouro por três vezes com as atacantes Carin Gabarra, em 1991, Carli Lloyd, em 2015, e Megan Rapinoe, em 2019.

Rapinoe, aliás, está muito motivada e promete um mundial inesquecível. Aos 38 anos, a americana já anunciou que vai se aposentar no final da temporada. Quatro anos antes de chegar à Oceania, ela já havia levado o prêmio de melhor jogadora, com seis gols e três assistências. Na atual edição, ela tenta repetir o feito, o que a colocaria isolada na prateleira como a única jogadora a conquistar este prêmio por duas vezes. No masculino, apenas o atacante argentino Lionel Messi conseguiu tal feito ao ser eleito o melhor nas Copas de 2014, no Brasil, e de 2022, no Catar.

Megan Rapinoe e Alex Morgan (ao fundo) estão entre as jogadoras que podem faturar o prêmio de melhor da Copa do Mundo Foto: Ashley Landis / AP

Mas a briga para que ela seja a melhor do Mundial promete se estender às suas companheiras de seleção. Alex Morgan, 34, também chega forte para esta disputa. Em 2019, a atacante marcou os mesmos seis gols de Rapinoe, mas foi preterida na escolha de melhor da competição. Ela se destaca pelas boas arrancadas e costuma ser letal quando recebe a bola em velocidade dentro da área, mostrando bom poder de finalização.

As veteranas terão a concorrência das garotas prodígio Sophia Smith, 22, e Trinity Rodman, 21, filha da lenda do basquete Denis Rodman. Ambas disputarão o seu primeiro Mundial.

ALEXIA PUTELLAS

Ninguém chega com mais representantes para beliscar a Bola de Ouro do que as seleções europeias. Maior estrela do futebol feminino na atualidade, Alexia Putellas, 29, faturou os prêmios Bola de Ouro, da revista France Football, e The Best da Fifa, nos últimos dois anos.

A estrela espanhola terá a dura tarefa de conduzir as espanholas a uma campanha de prestígio no cenário mundial e, com isso, ter chance de faturar a premiação individual. Potência no futebol feminino de clubes com uma liga espanhola expressiva, Putellas é destaque do Barcelona, time atual campeão espanhol e finalista das últimas três edições da Liga dos Campeões, faturando a taça duas vezes. Agora tenta fazer com que a seleção principal alce voos maiores e repita os feitos da base, que em 2022, foi bicampeã mundial sub-17 e levou o inédito título no sub-20.

Recentemente Putellas recuperou-se de uma grave lesão: rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo, durante treino de preparação para a Eurocopa-2022, na Inglaterra. Voltou aos gramados este ano no final de abril. “O aspecto físico, psicológico, o desempenho da equipe, além das estatísticas, é levado em consideração na hora de definir uma Bola de Ouro. Todos esses elementos estão integrados. Mas o que vai fazer realmente a diferença para o sucesso é o quanto a jogadora mentalmente está preparada. Dentro dessa pirâmide o ponto final é a parte mental, o equilíbrio, concentração e nível emocional sob pressão. Isso faz toda a diferença para o coletivo e o desempenho individual”, afirmou Sandro Orlandelli, diretor-técnico de futebol, com passagens por Arsenal, Manchester United, Internacional e seleção brasileira.

Com o status de campeã europeia, a Inglaterra vai colocar algumas de suas principais estrelas na briga pelo prêmio individual dado pela Fifa. Entre elas a goleira Mary Earps, 30 e a zagueira Lucy Bronze, 31. Atenção especial para as atacantes Lauren James, 21 e Chloe Kelly, 25.

Na seleção francesa, a experiente atacante Eugenie Le Sommer, 34, pinta como um dos principais destaques, da mesma maneira que a atacante norueguesa Ada Hegerberg, eleita a melhor do mundo no prêmio The Best da Fifa, em 2018.

A Alemanha, atuais vice-campeãs da Eurocopa e bicampeãs mundiais (2003 e 2007), não ficam para trás. Nomes como os da goleira Merle Frohms, 28, da defensora Kathrin Hendrich, 31, das meio-campistas Lena Oberdorf, 21, e Lina Magull, 28, e da atacante Alexandra Popp, 32, todas destaques individuais em suas posições, garantem para a equipe equilíbrio coletivo.

Capitã do time, a atacante Popp é vista como uma guerreira pelas companheiras, já que não costuma se esconder e nem tirar o pé de nenhuma dividida. O jogo aéreo e o faro de gol são seus principais trunfos. Na Eurocopa-2022, se tornou a primeira jogadora a marcar ao menos um gol em cada jogo da fase de grupos, das quartas e das semifinais. Uma lesão, contudo, a tirou da decisão e as companheiras sucumbiram na finalíssima para as inglesas.

MARTA JÁ LEVOU O PRÊMIO

No Mundial disputado na Alemanha, em 2007, a meia-atacante Marta conseguiu faturar o prêmio. A veterana, de 37 anos, chega para a sua sexta disputa, mas não deve figurar entre as titulares da técnica sueca Pia Sundhage. Pela seleção brasileira, Geyse, do Barcelona, vem de uma boa temporada e pode brigar pelo prêmio. Duda Sampaio, do Corinthians, é outra com chance de surpreender.

Em 2007, Marta não conseguiu o título com o Brasil, mas faturou o prêmio de melhor jogadora daquela Copa do Mundo Foto: Aly Song / Reuters

Na seleção anfitrião destaque para Sam Kerr. Com apenas 1,68m, a australiana é considerada uma das melhores cabeceadoras do mundo. “Não há mulher que tenha a astúcia para finalizar cruzamentos e cabecear como ela”, elogiou Elise Kellond-Knight, sua companheira na seleção. Hoje, aos 29 anos, Kerr figura constantemente entre as dez melhores jogadoras da Fifa.

Além disso, Kerr está em um seleto grupo que conta com apenas três nomes que marcaram mais de três gols em uma partida de Copa do Mundo. Ela fez quatro contra a Jamaica há quatro anos. As americanas Michelle Akers e Alex Morgan marcaram cinco vezes cada uma contra Taiwan, em 1991, e Tailândia, em 2019, respectivamente.

Com seleções menos expressivas, outras atletas também já figuraram no quadro de melhor jogadora. As asiáticas Wen Sun, da China, e a japonesa Homare Sawa, em 2011, faturaram a Bola de Ouro do torneio e potencializaram o resultado final de suas seleções.

Com um alto número de estrelas, Estados Unidos e Inglaterra surgem como as grandes favoritas à conquista do título, segundo a Odds&Scouts, geradora de dados esportivos, e também algumas plataformas de apostas, como Esportes da Sorte, PlayGreen, Casa de Apostas, Galera.bet, 1xbet, bet365, Betano, Pixbet. A Espanha, da craque Alexia Putellas, aparece na terceira posição, enquanto o Brasil ocupa a nona posição na lista.

O trio Khadija Shaw, 26, Asisat Oshoala, 28, e Ghizlane Chebbak, 32, busca se inspirar tanto em Sun como em Sawa para conduzir suas seleções para campanhas históricas.

Representando a América Central, a jamaicana Khadija Shaw é artilheira nata. Ela vem de uma temporada grandiosa pelo Manchester City. As atuações na Women’s Super League, o Campeonato Inglês feminino, a colocaram na vice artilharia do campeonato com 20 gols em 22 jogos. Além disso, ela também deu sete assistências.

A australiana Sam Kerr (esq.) e a jamaicana Khadija Shaw estão na briga pela Bola de Ouro na Copa do Mundo Foto: Laurent Cipriani / AP

Duas africanas também merecem atenção especial e querem fazer história. Uma é a atacante nigeriana Asisat Oshoala. Será sua terceira Copa do Mundo e ela deve apostar na experiência. Campeã da Liga dos Campeões em 2021 e 2023, pelo Barcelona, ela acumula cinco prêmios de melhor jogadora da África: 2014, 2016, 2017, 2019 e 2022. A outra é a marroquina Ghizlane Chebbak que tem tido boas performances por sua seleção e foi eleita a melhor jogadora da Copa Africana de Nações Feminina de 2022, conduzindo a sua seleção ao vice-campeonato.

MAIOR VISIBILIDADE

Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e membro do comitê organizador da Brasil Ladies Cup, responsável por colaborar com desenvolvimento do futebol feminino no país com a introdução da competição desde 2021, sair como a melhor jogadora da Copa garante às atletas um grande salto na carreira, o que torna a disputa pelo prêmio ainda mais acirrada no decorrer da Copa. “Uma premiação como essa muda a carreira de qualquer uma. Ser eleita a melhor jogadora do mundo é uma conquista que impulsiona a imagem da atleta pelo mundo, permite que ela seja ainda mais desejada pelos clubes de todo o planeta e passe a ser alvo também do mercado publicitário”, afirmou.

Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing e patrocínio esportivo, adota linha semelhante: “O futebol feminino tem crescido muito em todo o planeta, mas as atletas ainda precisam enfrentar barreiras para se destacarem nesse meio e alcançarem o prestígio que merecem. Ao conquistar o título de melhor jogadora do mundo, a atleta atrai os olhares da mídia e do público, se tornando referência para os amantes do futebol, principalmente às mulheres. A Marta, mesmo, por exemplo, foi eleita seis vezes a melhor do mundo pela Fifa e se tornou um sinônimo do futebol feminino dentro e fora do Brasil. É uma condecoração que inclusive, pode abrir muitas portas até mesmo fora das quatro linhas.”

Confira as principais concorrentes ao prêmio de melhor da Copa do Mundo:

  • Alemanha: Alexandra Popp, Jule Brand, Kathrin Hendrich, Lena Oberdorf, Lina Magull e Merle Frohms
  • Austrália: Sam Kerr
  • Brasil: Geyse e Duda Sampaio
  • Espanha: Alexia Putellas
  • Estados Unidos: Alex Morgan, Megan Rapinoe, Sophia Smith e Trinity Rodman
  • França: Eugenie Le Sommer
  • Inglaterra: Alessia Russo, Lauren James, Mary Earps, Lucy Bronze e Chloe Kelly
  • Jamaica: Khadija Shaw
  • Marrocos: Ghizlane Chebbak
  • Nigéria: Asisat Oshoala

A Copa do Mundo feminina de futebol começa na quinta-feira na Austrália e na Nova Zelândia e, além da chance de conquistarem o troféu mais importante do esporte, as jogadoras das 32 seleções entram em campo na briga por um cobiçado prêmio individual: a Bola de Ouro. Serão 736 atletas na disputa da premiação entregue pela Fifa para a melhor da competição.

Se depender do histórico, as americanas pintam como as principais favoritas pelo quarto troféu. Em oito Copas até o momento, elas faturaram a Bola de Ouro por três vezes com as atacantes Carin Gabarra, em 1991, Carli Lloyd, em 2015, e Megan Rapinoe, em 2019.

Rapinoe, aliás, está muito motivada e promete um mundial inesquecível. Aos 38 anos, a americana já anunciou que vai se aposentar no final da temporada. Quatro anos antes de chegar à Oceania, ela já havia levado o prêmio de melhor jogadora, com seis gols e três assistências. Na atual edição, ela tenta repetir o feito, o que a colocaria isolada na prateleira como a única jogadora a conquistar este prêmio por duas vezes. No masculino, apenas o atacante argentino Lionel Messi conseguiu tal feito ao ser eleito o melhor nas Copas de 2014, no Brasil, e de 2022, no Catar.

Megan Rapinoe e Alex Morgan (ao fundo) estão entre as jogadoras que podem faturar o prêmio de melhor da Copa do Mundo Foto: Ashley Landis / AP

Mas a briga para que ela seja a melhor do Mundial promete se estender às suas companheiras de seleção. Alex Morgan, 34, também chega forte para esta disputa. Em 2019, a atacante marcou os mesmos seis gols de Rapinoe, mas foi preterida na escolha de melhor da competição. Ela se destaca pelas boas arrancadas e costuma ser letal quando recebe a bola em velocidade dentro da área, mostrando bom poder de finalização.

As veteranas terão a concorrência das garotas prodígio Sophia Smith, 22, e Trinity Rodman, 21, filha da lenda do basquete Denis Rodman. Ambas disputarão o seu primeiro Mundial.

ALEXIA PUTELLAS

Ninguém chega com mais representantes para beliscar a Bola de Ouro do que as seleções europeias. Maior estrela do futebol feminino na atualidade, Alexia Putellas, 29, faturou os prêmios Bola de Ouro, da revista France Football, e The Best da Fifa, nos últimos dois anos.

A estrela espanhola terá a dura tarefa de conduzir as espanholas a uma campanha de prestígio no cenário mundial e, com isso, ter chance de faturar a premiação individual. Potência no futebol feminino de clubes com uma liga espanhola expressiva, Putellas é destaque do Barcelona, time atual campeão espanhol e finalista das últimas três edições da Liga dos Campeões, faturando a taça duas vezes. Agora tenta fazer com que a seleção principal alce voos maiores e repita os feitos da base, que em 2022, foi bicampeã mundial sub-17 e levou o inédito título no sub-20.

Recentemente Putellas recuperou-se de uma grave lesão: rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo, durante treino de preparação para a Eurocopa-2022, na Inglaterra. Voltou aos gramados este ano no final de abril. “O aspecto físico, psicológico, o desempenho da equipe, além das estatísticas, é levado em consideração na hora de definir uma Bola de Ouro. Todos esses elementos estão integrados. Mas o que vai fazer realmente a diferença para o sucesso é o quanto a jogadora mentalmente está preparada. Dentro dessa pirâmide o ponto final é a parte mental, o equilíbrio, concentração e nível emocional sob pressão. Isso faz toda a diferença para o coletivo e o desempenho individual”, afirmou Sandro Orlandelli, diretor-técnico de futebol, com passagens por Arsenal, Manchester United, Internacional e seleção brasileira.

Com o status de campeã europeia, a Inglaterra vai colocar algumas de suas principais estrelas na briga pelo prêmio individual dado pela Fifa. Entre elas a goleira Mary Earps, 30 e a zagueira Lucy Bronze, 31. Atenção especial para as atacantes Lauren James, 21 e Chloe Kelly, 25.

Na seleção francesa, a experiente atacante Eugenie Le Sommer, 34, pinta como um dos principais destaques, da mesma maneira que a atacante norueguesa Ada Hegerberg, eleita a melhor do mundo no prêmio The Best da Fifa, em 2018.

A Alemanha, atuais vice-campeãs da Eurocopa e bicampeãs mundiais (2003 e 2007), não ficam para trás. Nomes como os da goleira Merle Frohms, 28, da defensora Kathrin Hendrich, 31, das meio-campistas Lena Oberdorf, 21, e Lina Magull, 28, e da atacante Alexandra Popp, 32, todas destaques individuais em suas posições, garantem para a equipe equilíbrio coletivo.

Capitã do time, a atacante Popp é vista como uma guerreira pelas companheiras, já que não costuma se esconder e nem tirar o pé de nenhuma dividida. O jogo aéreo e o faro de gol são seus principais trunfos. Na Eurocopa-2022, se tornou a primeira jogadora a marcar ao menos um gol em cada jogo da fase de grupos, das quartas e das semifinais. Uma lesão, contudo, a tirou da decisão e as companheiras sucumbiram na finalíssima para as inglesas.

MARTA JÁ LEVOU O PRÊMIO

No Mundial disputado na Alemanha, em 2007, a meia-atacante Marta conseguiu faturar o prêmio. A veterana, de 37 anos, chega para a sua sexta disputa, mas não deve figurar entre as titulares da técnica sueca Pia Sundhage. Pela seleção brasileira, Geyse, do Barcelona, vem de uma boa temporada e pode brigar pelo prêmio. Duda Sampaio, do Corinthians, é outra com chance de surpreender.

Em 2007, Marta não conseguiu o título com o Brasil, mas faturou o prêmio de melhor jogadora daquela Copa do Mundo Foto: Aly Song / Reuters

Na seleção anfitrião destaque para Sam Kerr. Com apenas 1,68m, a australiana é considerada uma das melhores cabeceadoras do mundo. “Não há mulher que tenha a astúcia para finalizar cruzamentos e cabecear como ela”, elogiou Elise Kellond-Knight, sua companheira na seleção. Hoje, aos 29 anos, Kerr figura constantemente entre as dez melhores jogadoras da Fifa.

Além disso, Kerr está em um seleto grupo que conta com apenas três nomes que marcaram mais de três gols em uma partida de Copa do Mundo. Ela fez quatro contra a Jamaica há quatro anos. As americanas Michelle Akers e Alex Morgan marcaram cinco vezes cada uma contra Taiwan, em 1991, e Tailândia, em 2019, respectivamente.

Com seleções menos expressivas, outras atletas também já figuraram no quadro de melhor jogadora. As asiáticas Wen Sun, da China, e a japonesa Homare Sawa, em 2011, faturaram a Bola de Ouro do torneio e potencializaram o resultado final de suas seleções.

Com um alto número de estrelas, Estados Unidos e Inglaterra surgem como as grandes favoritas à conquista do título, segundo a Odds&Scouts, geradora de dados esportivos, e também algumas plataformas de apostas, como Esportes da Sorte, PlayGreen, Casa de Apostas, Galera.bet, 1xbet, bet365, Betano, Pixbet. A Espanha, da craque Alexia Putellas, aparece na terceira posição, enquanto o Brasil ocupa a nona posição na lista.

O trio Khadija Shaw, 26, Asisat Oshoala, 28, e Ghizlane Chebbak, 32, busca se inspirar tanto em Sun como em Sawa para conduzir suas seleções para campanhas históricas.

Representando a América Central, a jamaicana Khadija Shaw é artilheira nata. Ela vem de uma temporada grandiosa pelo Manchester City. As atuações na Women’s Super League, o Campeonato Inglês feminino, a colocaram na vice artilharia do campeonato com 20 gols em 22 jogos. Além disso, ela também deu sete assistências.

A australiana Sam Kerr (esq.) e a jamaicana Khadija Shaw estão na briga pela Bola de Ouro na Copa do Mundo Foto: Laurent Cipriani / AP

Duas africanas também merecem atenção especial e querem fazer história. Uma é a atacante nigeriana Asisat Oshoala. Será sua terceira Copa do Mundo e ela deve apostar na experiência. Campeã da Liga dos Campeões em 2021 e 2023, pelo Barcelona, ela acumula cinco prêmios de melhor jogadora da África: 2014, 2016, 2017, 2019 e 2022. A outra é a marroquina Ghizlane Chebbak que tem tido boas performances por sua seleção e foi eleita a melhor jogadora da Copa Africana de Nações Feminina de 2022, conduzindo a sua seleção ao vice-campeonato.

MAIOR VISIBILIDADE

Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e membro do comitê organizador da Brasil Ladies Cup, responsável por colaborar com desenvolvimento do futebol feminino no país com a introdução da competição desde 2021, sair como a melhor jogadora da Copa garante às atletas um grande salto na carreira, o que torna a disputa pelo prêmio ainda mais acirrada no decorrer da Copa. “Uma premiação como essa muda a carreira de qualquer uma. Ser eleita a melhor jogadora do mundo é uma conquista que impulsiona a imagem da atleta pelo mundo, permite que ela seja ainda mais desejada pelos clubes de todo o planeta e passe a ser alvo também do mercado publicitário”, afirmou.

Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing e patrocínio esportivo, adota linha semelhante: “O futebol feminino tem crescido muito em todo o planeta, mas as atletas ainda precisam enfrentar barreiras para se destacarem nesse meio e alcançarem o prestígio que merecem. Ao conquistar o título de melhor jogadora do mundo, a atleta atrai os olhares da mídia e do público, se tornando referência para os amantes do futebol, principalmente às mulheres. A Marta, mesmo, por exemplo, foi eleita seis vezes a melhor do mundo pela Fifa e se tornou um sinônimo do futebol feminino dentro e fora do Brasil. É uma condecoração que inclusive, pode abrir muitas portas até mesmo fora das quatro linhas.”

Confira as principais concorrentes ao prêmio de melhor da Copa do Mundo:

  • Alemanha: Alexandra Popp, Jule Brand, Kathrin Hendrich, Lena Oberdorf, Lina Magull e Merle Frohms
  • Austrália: Sam Kerr
  • Brasil: Geyse e Duda Sampaio
  • Espanha: Alexia Putellas
  • Estados Unidos: Alex Morgan, Megan Rapinoe, Sophia Smith e Trinity Rodman
  • França: Eugenie Le Sommer
  • Inglaterra: Alessia Russo, Lauren James, Mary Earps, Lucy Bronze e Chloe Kelly
  • Jamaica: Khadija Shaw
  • Marrocos: Ghizlane Chebbak
  • Nigéria: Asisat Oshoala

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