Corinthians: detetive confirma contratação para investigar ‘laranja’; dirigente nega


Armando Mendonça, 2º vice-presidente do clube, foi ouvido pela Polícia Civil sobre desvios nos valores recebidos por antiga patrocinadora e afirmou que o contato com o profissional não se tratou de uma ‘investigação paralela’

Por Redação
Atualização:

Os últimos depoimentos dados à Polícia Civil no caso que investiga uma suposta empresa laranja que recebia parte dos valores do contrato entre o Corinthians e a Vai de Bet confirmam a contratação de um detetive particular pelo 2º vice-presidente do clube, Armando Mendonça. A Neoway Soluções Integradas é apontada como uma empresa “fria” e recebia repasses da Rede Media Social Ltda, intermediadora do negócio. A casa de apostas nega envolvimento em irregularidades e rescindiu o contrato sob argumento de que não manteria a parceria diante das suspeitas.

Apesar de confirmar a contratação da agência de detetive particulares Vênus, Mendonça nega que se tratava de uma investigação paralela. O dirigente foi contatado pelo jornalista Juca Kfouri, que revelou o caso no UOL. Foi depois disso que ele procurou o profissional.

“Quando eu tive conhecimento, eu pedi para que fosse levantada informações simples, informações públicas da empresa Neoway. Após o conhecimento de que o jornalista (Kfouri) estava falando a verdade, fui conversar com o presidente Augusto Melo”, relatou Mendonça ao sair da delegacia após duas horas de depoimento.

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Acordo do Corinthians com a Vai de Bet chegou a ser o maior contrato de patrocínio esportivo do Brasil. Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

O vice-presidente corintiano citou também Alex Cassundé, apontado como intermediário no negócio. Cassundé admitiu ter participado da negociação, mas negou que tenha cobrado por isso. “Nós ouvimos, que, inclusive, houve negociação do valor da comissão, de 20% para 5%, para 10% e para 7%. E, pelo que consta na mídia, pelo que vocês dizem, o Alex diz que nunca negociou absolutamente nada. Isso é muito grave”, comentou.

Na quarta-feira, 3, ainda antes do depoimento de Mendonça, a Polícia ouviu o detetive particular Felipe de Lacerda Ferreira. Ele também confirmou que foi procurado pelo dirigente no começo de abril, para investigar a Neoway, mas não soube informar o motivo da contratação.

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Ainda conforme Ferreira, ele acionou Adriana Ramuno para contatar Edna Oliveira em Peruíbe, no litoral paulista. Adriana já foi ouvida pela Polícia e afirmou ser funcionária de Felipe Ferreira. Edna é quem tem o nome vinculado à Neoway, cujo endereço é indicado na Avenida Paulista. A principal suspeita é de que a mulher que vive em Peruíbe teve seu nome usado sem a sua anuência como sócia da empresa. As autoridades suspeitam ainda que a Neoway faça parte de um esquema maior de lavagem de dinheiro.

O contrato celebrado entre Corinthians e Vai de Bet previa o pagamento de 7% dos R$ 360 milhões, aproximadamente R$ 25 milhões, à Rede Social Media, como comissão. A intermediadora está no nome de Alex Cassundé, empresário da área digital que foi levado ao clube pelo ex-superintendente de marketing Sergio Moura para participar da campanha de Augusto Melo, atual presidente do clube. Após o escândalo do “laranja” vir à tona, em reportagem publicada por Juca Kfouri, no Uol, a Vai de Bet solicitou a rescisão unilateral do contrato.

Armando Mendonça diz que Augusto Melo não deu importância ao ser avisado sobre suposto laranja que recebia parte da comissão do intermediário. Foto: Jozzu/Agência Corinthians
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Mendonça faz parte do grupo político Movimento Corinthians Grande, da tradicional Chapa 82, que apoiou Augusto Melo na eleição que tirou o grupo de Andrés Sanchez após 16 anos no poder. Outros dois membros, Rozallah Santoro e Fernando Alba, ex-diretor financeiro e ex-diretor-adjunto de futebol, respectivamente, entregaram os cargos, na mesma data em que a Vai de Bet anunciou a rescisão com o clube.

Em 11 de junho, Mendonça prestou depoimento no Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) após Sérgio Moura realizar uma queixa-crime contra ele por ameaça. Segundo o depoimento do vice-presidente corintiano, ele alertou Augusto Melo sobre os repasses a um suposto “laranja” depois de ser procurado por Juca Kfouri para um posicionamento, mas o presidente não teria dado importância para a situação.

Ele conta que foi até a sala de Moura no dia 9 de maio solicitar que Cassundé não emitisse mais nenhuma nota fiscal, argumentando o funcionário sobre a denúncia e de que o caso em breve estaria na imprensa. O ex-superintendente teria ficado exaltado ao saber que Mendonça comentou sobre a situação com Melo.

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O contrato também está sendo analisado pela Comissão de Ética e Justiça do Conselho Deliberativo do Corinthians. O parecer ainda não tem data para sair, mas será convocada uma reunião extraordinária para pedir esclarecimentos a respeito do episódio. O clube o afirma ser contra qualquer prática ilegal, e que segue colaborando com todas as autoridades nas investigações relacionadas a terceiros.

A Vai de Bet nega envolvimento em irregularidades, afirma que solicitou esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas e rescindiu o acordo com o clube sob argumento de que “não se pode manter a parceria enquanto pairar qualquer suspeita em relação a condutas que fujam à conformidade com a ética e os preceitos legais”.

Os últimos depoimentos dados à Polícia Civil no caso que investiga uma suposta empresa laranja que recebia parte dos valores do contrato entre o Corinthians e a Vai de Bet confirmam a contratação de um detetive particular pelo 2º vice-presidente do clube, Armando Mendonça. A Neoway Soluções Integradas é apontada como uma empresa “fria” e recebia repasses da Rede Media Social Ltda, intermediadora do negócio. A casa de apostas nega envolvimento em irregularidades e rescindiu o contrato sob argumento de que não manteria a parceria diante das suspeitas.

Apesar de confirmar a contratação da agência de detetive particulares Vênus, Mendonça nega que se tratava de uma investigação paralela. O dirigente foi contatado pelo jornalista Juca Kfouri, que revelou o caso no UOL. Foi depois disso que ele procurou o profissional.

“Quando eu tive conhecimento, eu pedi para que fosse levantada informações simples, informações públicas da empresa Neoway. Após o conhecimento de que o jornalista (Kfouri) estava falando a verdade, fui conversar com o presidente Augusto Melo”, relatou Mendonça ao sair da delegacia após duas horas de depoimento.

Acordo do Corinthians com a Vai de Bet chegou a ser o maior contrato de patrocínio esportivo do Brasil. Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

O vice-presidente corintiano citou também Alex Cassundé, apontado como intermediário no negócio. Cassundé admitiu ter participado da negociação, mas negou que tenha cobrado por isso. “Nós ouvimos, que, inclusive, houve negociação do valor da comissão, de 20% para 5%, para 10% e para 7%. E, pelo que consta na mídia, pelo que vocês dizem, o Alex diz que nunca negociou absolutamente nada. Isso é muito grave”, comentou.

Na quarta-feira, 3, ainda antes do depoimento de Mendonça, a Polícia ouviu o detetive particular Felipe de Lacerda Ferreira. Ele também confirmou que foi procurado pelo dirigente no começo de abril, para investigar a Neoway, mas não soube informar o motivo da contratação.

Ainda conforme Ferreira, ele acionou Adriana Ramuno para contatar Edna Oliveira em Peruíbe, no litoral paulista. Adriana já foi ouvida pela Polícia e afirmou ser funcionária de Felipe Ferreira. Edna é quem tem o nome vinculado à Neoway, cujo endereço é indicado na Avenida Paulista. A principal suspeita é de que a mulher que vive em Peruíbe teve seu nome usado sem a sua anuência como sócia da empresa. As autoridades suspeitam ainda que a Neoway faça parte de um esquema maior de lavagem de dinheiro.

O contrato celebrado entre Corinthians e Vai de Bet previa o pagamento de 7% dos R$ 360 milhões, aproximadamente R$ 25 milhões, à Rede Social Media, como comissão. A intermediadora está no nome de Alex Cassundé, empresário da área digital que foi levado ao clube pelo ex-superintendente de marketing Sergio Moura para participar da campanha de Augusto Melo, atual presidente do clube. Após o escândalo do “laranja” vir à tona, em reportagem publicada por Juca Kfouri, no Uol, a Vai de Bet solicitou a rescisão unilateral do contrato.

Armando Mendonça diz que Augusto Melo não deu importância ao ser avisado sobre suposto laranja que recebia parte da comissão do intermediário. Foto: Jozzu/Agência Corinthians

Mendonça faz parte do grupo político Movimento Corinthians Grande, da tradicional Chapa 82, que apoiou Augusto Melo na eleição que tirou o grupo de Andrés Sanchez após 16 anos no poder. Outros dois membros, Rozallah Santoro e Fernando Alba, ex-diretor financeiro e ex-diretor-adjunto de futebol, respectivamente, entregaram os cargos, na mesma data em que a Vai de Bet anunciou a rescisão com o clube.

Em 11 de junho, Mendonça prestou depoimento no Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) após Sérgio Moura realizar uma queixa-crime contra ele por ameaça. Segundo o depoimento do vice-presidente corintiano, ele alertou Augusto Melo sobre os repasses a um suposto “laranja” depois de ser procurado por Juca Kfouri para um posicionamento, mas o presidente não teria dado importância para a situação.

Ele conta que foi até a sala de Moura no dia 9 de maio solicitar que Cassundé não emitisse mais nenhuma nota fiscal, argumentando o funcionário sobre a denúncia e de que o caso em breve estaria na imprensa. O ex-superintendente teria ficado exaltado ao saber que Mendonça comentou sobre a situação com Melo.

O contrato também está sendo analisado pela Comissão de Ética e Justiça do Conselho Deliberativo do Corinthians. O parecer ainda não tem data para sair, mas será convocada uma reunião extraordinária para pedir esclarecimentos a respeito do episódio. O clube o afirma ser contra qualquer prática ilegal, e que segue colaborando com todas as autoridades nas investigações relacionadas a terceiros.

A Vai de Bet nega envolvimento em irregularidades, afirma que solicitou esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas e rescindiu o acordo com o clube sob argumento de que “não se pode manter a parceria enquanto pairar qualquer suspeita em relação a condutas que fujam à conformidade com a ética e os preceitos legais”.

Os últimos depoimentos dados à Polícia Civil no caso que investiga uma suposta empresa laranja que recebia parte dos valores do contrato entre o Corinthians e a Vai de Bet confirmam a contratação de um detetive particular pelo 2º vice-presidente do clube, Armando Mendonça. A Neoway Soluções Integradas é apontada como uma empresa “fria” e recebia repasses da Rede Media Social Ltda, intermediadora do negócio. A casa de apostas nega envolvimento em irregularidades e rescindiu o contrato sob argumento de que não manteria a parceria diante das suspeitas.

Apesar de confirmar a contratação da agência de detetive particulares Vênus, Mendonça nega que se tratava de uma investigação paralela. O dirigente foi contatado pelo jornalista Juca Kfouri, que revelou o caso no UOL. Foi depois disso que ele procurou o profissional.

“Quando eu tive conhecimento, eu pedi para que fosse levantada informações simples, informações públicas da empresa Neoway. Após o conhecimento de que o jornalista (Kfouri) estava falando a verdade, fui conversar com o presidente Augusto Melo”, relatou Mendonça ao sair da delegacia após duas horas de depoimento.

Acordo do Corinthians com a Vai de Bet chegou a ser o maior contrato de patrocínio esportivo do Brasil. Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

O vice-presidente corintiano citou também Alex Cassundé, apontado como intermediário no negócio. Cassundé admitiu ter participado da negociação, mas negou que tenha cobrado por isso. “Nós ouvimos, que, inclusive, houve negociação do valor da comissão, de 20% para 5%, para 10% e para 7%. E, pelo que consta na mídia, pelo que vocês dizem, o Alex diz que nunca negociou absolutamente nada. Isso é muito grave”, comentou.

Na quarta-feira, 3, ainda antes do depoimento de Mendonça, a Polícia ouviu o detetive particular Felipe de Lacerda Ferreira. Ele também confirmou que foi procurado pelo dirigente no começo de abril, para investigar a Neoway, mas não soube informar o motivo da contratação.

Ainda conforme Ferreira, ele acionou Adriana Ramuno para contatar Edna Oliveira em Peruíbe, no litoral paulista. Adriana já foi ouvida pela Polícia e afirmou ser funcionária de Felipe Ferreira. Edna é quem tem o nome vinculado à Neoway, cujo endereço é indicado na Avenida Paulista. A principal suspeita é de que a mulher que vive em Peruíbe teve seu nome usado sem a sua anuência como sócia da empresa. As autoridades suspeitam ainda que a Neoway faça parte de um esquema maior de lavagem de dinheiro.

O contrato celebrado entre Corinthians e Vai de Bet previa o pagamento de 7% dos R$ 360 milhões, aproximadamente R$ 25 milhões, à Rede Social Media, como comissão. A intermediadora está no nome de Alex Cassundé, empresário da área digital que foi levado ao clube pelo ex-superintendente de marketing Sergio Moura para participar da campanha de Augusto Melo, atual presidente do clube. Após o escândalo do “laranja” vir à tona, em reportagem publicada por Juca Kfouri, no Uol, a Vai de Bet solicitou a rescisão unilateral do contrato.

Armando Mendonça diz que Augusto Melo não deu importância ao ser avisado sobre suposto laranja que recebia parte da comissão do intermediário. Foto: Jozzu/Agência Corinthians

Mendonça faz parte do grupo político Movimento Corinthians Grande, da tradicional Chapa 82, que apoiou Augusto Melo na eleição que tirou o grupo de Andrés Sanchez após 16 anos no poder. Outros dois membros, Rozallah Santoro e Fernando Alba, ex-diretor financeiro e ex-diretor-adjunto de futebol, respectivamente, entregaram os cargos, na mesma data em que a Vai de Bet anunciou a rescisão com o clube.

Em 11 de junho, Mendonça prestou depoimento no Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) após Sérgio Moura realizar uma queixa-crime contra ele por ameaça. Segundo o depoimento do vice-presidente corintiano, ele alertou Augusto Melo sobre os repasses a um suposto “laranja” depois de ser procurado por Juca Kfouri para um posicionamento, mas o presidente não teria dado importância para a situação.

Ele conta que foi até a sala de Moura no dia 9 de maio solicitar que Cassundé não emitisse mais nenhuma nota fiscal, argumentando o funcionário sobre a denúncia e de que o caso em breve estaria na imprensa. O ex-superintendente teria ficado exaltado ao saber que Mendonça comentou sobre a situação com Melo.

O contrato também está sendo analisado pela Comissão de Ética e Justiça do Conselho Deliberativo do Corinthians. O parecer ainda não tem data para sair, mas será convocada uma reunião extraordinária para pedir esclarecimentos a respeito do episódio. O clube o afirma ser contra qualquer prática ilegal, e que segue colaborando com todas as autoridades nas investigações relacionadas a terceiros.

A Vai de Bet nega envolvimento em irregularidades, afirma que solicitou esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas e rescindiu o acordo com o clube sob argumento de que “não se pode manter a parceria enquanto pairar qualquer suspeita em relação a condutas que fujam à conformidade com a ética e os preceitos legais”.

Os últimos depoimentos dados à Polícia Civil no caso que investiga uma suposta empresa laranja que recebia parte dos valores do contrato entre o Corinthians e a Vai de Bet confirmam a contratação de um detetive particular pelo 2º vice-presidente do clube, Armando Mendonça. A Neoway Soluções Integradas é apontada como uma empresa “fria” e recebia repasses da Rede Media Social Ltda, intermediadora do negócio. A casa de apostas nega envolvimento em irregularidades e rescindiu o contrato sob argumento de que não manteria a parceria diante das suspeitas.

Apesar de confirmar a contratação da agência de detetive particulares Vênus, Mendonça nega que se tratava de uma investigação paralela. O dirigente foi contatado pelo jornalista Juca Kfouri, que revelou o caso no UOL. Foi depois disso que ele procurou o profissional.

“Quando eu tive conhecimento, eu pedi para que fosse levantada informações simples, informações públicas da empresa Neoway. Após o conhecimento de que o jornalista (Kfouri) estava falando a verdade, fui conversar com o presidente Augusto Melo”, relatou Mendonça ao sair da delegacia após duas horas de depoimento.

Acordo do Corinthians com a Vai de Bet chegou a ser o maior contrato de patrocínio esportivo do Brasil. Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

O vice-presidente corintiano citou também Alex Cassundé, apontado como intermediário no negócio. Cassundé admitiu ter participado da negociação, mas negou que tenha cobrado por isso. “Nós ouvimos, que, inclusive, houve negociação do valor da comissão, de 20% para 5%, para 10% e para 7%. E, pelo que consta na mídia, pelo que vocês dizem, o Alex diz que nunca negociou absolutamente nada. Isso é muito grave”, comentou.

Na quarta-feira, 3, ainda antes do depoimento de Mendonça, a Polícia ouviu o detetive particular Felipe de Lacerda Ferreira. Ele também confirmou que foi procurado pelo dirigente no começo de abril, para investigar a Neoway, mas não soube informar o motivo da contratação.

Ainda conforme Ferreira, ele acionou Adriana Ramuno para contatar Edna Oliveira em Peruíbe, no litoral paulista. Adriana já foi ouvida pela Polícia e afirmou ser funcionária de Felipe Ferreira. Edna é quem tem o nome vinculado à Neoway, cujo endereço é indicado na Avenida Paulista. A principal suspeita é de que a mulher que vive em Peruíbe teve seu nome usado sem a sua anuência como sócia da empresa. As autoridades suspeitam ainda que a Neoway faça parte de um esquema maior de lavagem de dinheiro.

O contrato celebrado entre Corinthians e Vai de Bet previa o pagamento de 7% dos R$ 360 milhões, aproximadamente R$ 25 milhões, à Rede Social Media, como comissão. A intermediadora está no nome de Alex Cassundé, empresário da área digital que foi levado ao clube pelo ex-superintendente de marketing Sergio Moura para participar da campanha de Augusto Melo, atual presidente do clube. Após o escândalo do “laranja” vir à tona, em reportagem publicada por Juca Kfouri, no Uol, a Vai de Bet solicitou a rescisão unilateral do contrato.

Armando Mendonça diz que Augusto Melo não deu importância ao ser avisado sobre suposto laranja que recebia parte da comissão do intermediário. Foto: Jozzu/Agência Corinthians

Mendonça faz parte do grupo político Movimento Corinthians Grande, da tradicional Chapa 82, que apoiou Augusto Melo na eleição que tirou o grupo de Andrés Sanchez após 16 anos no poder. Outros dois membros, Rozallah Santoro e Fernando Alba, ex-diretor financeiro e ex-diretor-adjunto de futebol, respectivamente, entregaram os cargos, na mesma data em que a Vai de Bet anunciou a rescisão com o clube.

Em 11 de junho, Mendonça prestou depoimento no Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) após Sérgio Moura realizar uma queixa-crime contra ele por ameaça. Segundo o depoimento do vice-presidente corintiano, ele alertou Augusto Melo sobre os repasses a um suposto “laranja” depois de ser procurado por Juca Kfouri para um posicionamento, mas o presidente não teria dado importância para a situação.

Ele conta que foi até a sala de Moura no dia 9 de maio solicitar que Cassundé não emitisse mais nenhuma nota fiscal, argumentando o funcionário sobre a denúncia e de que o caso em breve estaria na imprensa. O ex-superintendente teria ficado exaltado ao saber que Mendonça comentou sobre a situação com Melo.

O contrato também está sendo analisado pela Comissão de Ética e Justiça do Conselho Deliberativo do Corinthians. O parecer ainda não tem data para sair, mas será convocada uma reunião extraordinária para pedir esclarecimentos a respeito do episódio. O clube o afirma ser contra qualquer prática ilegal, e que segue colaborando com todas as autoridades nas investigações relacionadas a terceiros.

A Vai de Bet nega envolvimento em irregularidades, afirma que solicitou esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas e rescindiu o acordo com o clube sob argumento de que “não se pode manter a parceria enquanto pairar qualquer suspeita em relação a condutas que fujam à conformidade com a ética e os preceitos legais”.

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