Corinthians e Vai de Bet: saiba por que maior patrocínio do País virou caso de polícia


Polícia Civil notifica clube paulista e pede que o presidente Augusto Melo esclareça contrato de intermediação com envolvimento de empresa supostamente ‘laranja’

Por Ricardo Magatti e Rodrigo Sampaio
Atualização:

O acordo de patrocínio entre Corinthians e a Vai de Bet, empresa de apostas esportivas que pagou R$ 360 milhões mais R$ 10 milhões em luvas para estampar sua marca no espaço mais nobre da camisa corintiana por três temporadas, se tornou um caso de polícia. Nesta terça-feira, 4, a Polícia Civil notificou o clube e pediu informações sobre a intermediação do contrato de patrocínio.

A notificação foi enviada ao presidente Augusto Melo com questionamentos a respeito do caso com envolvimento de um suposto “laranja”. No ofício, o delegado Tiago Fernando Correia, responsável pela investigação, questionou o dirigente sobre a possibilidade de haver contrato entre Corinthians e a empresa Rede Social Media Design. O delegado também solicitou o contrato do Corinthians com a Vai de Bet. A apuração está em fase preliminar e ainda não há inquérito aberto.

A Polícia Civil tamb[em enviará notificação para Alex Cassundé, sócio da Rede Social Media Design, e Edna Oliveira dos Santos, mulher residente na cidade de Peruíbe, litoral Sul de São Paulo, e que teve o nome envolvido no episódio. Há a suspeita de que ela tenha sido usada como laranja no caso sem a sua anuência.

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O contrato também está sendo analisado pela Comissão de Ética e Justiça do Conselho Deliberativo do Corinthians. O parecer deve sair nos próximos dias e será convocada uma reunião extraordinária para pedir esclarecimentos a respeito do episódio, que motivou a saída de Yun Ki Lee do cargo de diretor jurídico, e de Fernando Perino do cargo de diretor jurídico adjunto. Ligado a Lee, Marcelo Mandel, diretor de relações internacionais, decidiu se afastar do cargo nesta quarta.

Augusto Melo, presidente do Corinthians, foi notificado pela Polícia Civil, que pede que ele esclareça contrato de intermediação Foto: Jozzu/Agência Corinthians

O caso é investigado pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Ao Estadão, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) limitou-se a afirmar que “diligências estão em andamento visando o esclarecimento dos fatos”. O Corinthians confirmou ter recebido a notificação e disse que vai colaborar com as investigações pois afirma ser “o maior interessado em esclarecer os fatos”.

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A denúncia

Segundo reportagem publicada na coluna do jornalista Juca Kfouri, no Uol, após os pagamentos da comissão, a Rede Social Media Design repassou parte dos valores recebidos em comissão por meio de PIX à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, empresa com endereço na Avenida Paulista que serviria como laranja no acordo. Ao comentar o assunto, o clube afirmou que “não guarda responsabilidade sobre eventuais repasses de valores a terceiros”.

Após a polêmica vir à tona, a Vai de Bet demonstrou incômodo e pediu esclarecimentos ao Corinthians em três ocasiões. Primeiro em comunicado enviado por e-mail, depois em reunião com membros da diretoria em 8 de maio, e a última delas na terça-feira, , quando citou a possibilidade de rescindir o contrato.

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A notificação, recebida pela diretoria alvinegra no dia 27 de maio, cita a possibilidade de rescisão e estabelece um prazo de dez dias para uma manifestação por parte do Corinthians. Ou seja, a data limite é 6 de junho, quinta-feira.

Contrato de patrocínio entre Corinthians e Vai de Bet virou caso de polícia  Foto: Jozzu/Agência Corinthians

O contrato

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O contrato celebrado entre Corinthians e Vai de Bet, ao qual o Estadão teve acesso, possui uma cláusula anticorrupção na qual as partes se comprometem a cumprir os dispositivos integralmente. Segundo o documento, o acordo prevê que, caso não haja justa causa, a parte interessada na rescisão tem de pagar 10% do valor total restante. Como o clube já recebeu R$ 60 milhões dos R$ 360 milhões prometidos, a indenização seria de R$ 30 milhões.

O contrato prevê também pagamento de 7% do montante líquido de cada parcela à Rede Media Social Desing. Ou seja, 700 mil por mês ao longo de três anos, resultando em R$ 25,2 milhões ao fim do vínculo. Com CNPJ ativo desde janeiro de 2021, a empresa possui um capital social declarado de R$ 10 mil e está no nome de Alex Fernando André, mais conhecido como Alex Cassundé, membro da equipe de comunicação de Augusto Melo.

Cassundé trabalhou na campanha de Augusto Melo a convite de Sergio Moura, superintendente de marketing do Corinthians. Moura pediu afastamento do cargo após a polêmica vir à tona. Ele também estava sofrendo pressão no cargo por não conseguir fechar outros patrocínios para a camisa do time.

O acordo de patrocínio entre Corinthians e a Vai de Bet, empresa de apostas esportivas que pagou R$ 360 milhões mais R$ 10 milhões em luvas para estampar sua marca no espaço mais nobre da camisa corintiana por três temporadas, se tornou um caso de polícia. Nesta terça-feira, 4, a Polícia Civil notificou o clube e pediu informações sobre a intermediação do contrato de patrocínio.

A notificação foi enviada ao presidente Augusto Melo com questionamentos a respeito do caso com envolvimento de um suposto “laranja”. No ofício, o delegado Tiago Fernando Correia, responsável pela investigação, questionou o dirigente sobre a possibilidade de haver contrato entre Corinthians e a empresa Rede Social Media Design. O delegado também solicitou o contrato do Corinthians com a Vai de Bet. A apuração está em fase preliminar e ainda não há inquérito aberto.

A Polícia Civil tamb[em enviará notificação para Alex Cassundé, sócio da Rede Social Media Design, e Edna Oliveira dos Santos, mulher residente na cidade de Peruíbe, litoral Sul de São Paulo, e que teve o nome envolvido no episódio. Há a suspeita de que ela tenha sido usada como laranja no caso sem a sua anuência.

O contrato também está sendo analisado pela Comissão de Ética e Justiça do Conselho Deliberativo do Corinthians. O parecer deve sair nos próximos dias e será convocada uma reunião extraordinária para pedir esclarecimentos a respeito do episódio, que motivou a saída de Yun Ki Lee do cargo de diretor jurídico, e de Fernando Perino do cargo de diretor jurídico adjunto. Ligado a Lee, Marcelo Mandel, diretor de relações internacionais, decidiu se afastar do cargo nesta quarta.

Augusto Melo, presidente do Corinthians, foi notificado pela Polícia Civil, que pede que ele esclareça contrato de intermediação Foto: Jozzu/Agência Corinthians

O caso é investigado pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Ao Estadão, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) limitou-se a afirmar que “diligências estão em andamento visando o esclarecimento dos fatos”. O Corinthians confirmou ter recebido a notificação e disse que vai colaborar com as investigações pois afirma ser “o maior interessado em esclarecer os fatos”.

A denúncia

Segundo reportagem publicada na coluna do jornalista Juca Kfouri, no Uol, após os pagamentos da comissão, a Rede Social Media Design repassou parte dos valores recebidos em comissão por meio de PIX à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, empresa com endereço na Avenida Paulista que serviria como laranja no acordo. Ao comentar o assunto, o clube afirmou que “não guarda responsabilidade sobre eventuais repasses de valores a terceiros”.

Após a polêmica vir à tona, a Vai de Bet demonstrou incômodo e pediu esclarecimentos ao Corinthians em três ocasiões. Primeiro em comunicado enviado por e-mail, depois em reunião com membros da diretoria em 8 de maio, e a última delas na terça-feira, , quando citou a possibilidade de rescindir o contrato.

A notificação, recebida pela diretoria alvinegra no dia 27 de maio, cita a possibilidade de rescisão e estabelece um prazo de dez dias para uma manifestação por parte do Corinthians. Ou seja, a data limite é 6 de junho, quinta-feira.

Contrato de patrocínio entre Corinthians e Vai de Bet virou caso de polícia  Foto: Jozzu/Agência Corinthians

O contrato

O contrato celebrado entre Corinthians e Vai de Bet, ao qual o Estadão teve acesso, possui uma cláusula anticorrupção na qual as partes se comprometem a cumprir os dispositivos integralmente. Segundo o documento, o acordo prevê que, caso não haja justa causa, a parte interessada na rescisão tem de pagar 10% do valor total restante. Como o clube já recebeu R$ 60 milhões dos R$ 360 milhões prometidos, a indenização seria de R$ 30 milhões.

O contrato prevê também pagamento de 7% do montante líquido de cada parcela à Rede Media Social Desing. Ou seja, 700 mil por mês ao longo de três anos, resultando em R$ 25,2 milhões ao fim do vínculo. Com CNPJ ativo desde janeiro de 2021, a empresa possui um capital social declarado de R$ 10 mil e está no nome de Alex Fernando André, mais conhecido como Alex Cassundé, membro da equipe de comunicação de Augusto Melo.

Cassundé trabalhou na campanha de Augusto Melo a convite de Sergio Moura, superintendente de marketing do Corinthians. Moura pediu afastamento do cargo após a polêmica vir à tona. Ele também estava sofrendo pressão no cargo por não conseguir fechar outros patrocínios para a camisa do time.

O acordo de patrocínio entre Corinthians e a Vai de Bet, empresa de apostas esportivas que pagou R$ 360 milhões mais R$ 10 milhões em luvas para estampar sua marca no espaço mais nobre da camisa corintiana por três temporadas, se tornou um caso de polícia. Nesta terça-feira, 4, a Polícia Civil notificou o clube e pediu informações sobre a intermediação do contrato de patrocínio.

A notificação foi enviada ao presidente Augusto Melo com questionamentos a respeito do caso com envolvimento de um suposto “laranja”. No ofício, o delegado Tiago Fernando Correia, responsável pela investigação, questionou o dirigente sobre a possibilidade de haver contrato entre Corinthians e a empresa Rede Social Media Design. O delegado também solicitou o contrato do Corinthians com a Vai de Bet. A apuração está em fase preliminar e ainda não há inquérito aberto.

A Polícia Civil tamb[em enviará notificação para Alex Cassundé, sócio da Rede Social Media Design, e Edna Oliveira dos Santos, mulher residente na cidade de Peruíbe, litoral Sul de São Paulo, e que teve o nome envolvido no episódio. Há a suspeita de que ela tenha sido usada como laranja no caso sem a sua anuência.

O contrato também está sendo analisado pela Comissão de Ética e Justiça do Conselho Deliberativo do Corinthians. O parecer deve sair nos próximos dias e será convocada uma reunião extraordinária para pedir esclarecimentos a respeito do episódio, que motivou a saída de Yun Ki Lee do cargo de diretor jurídico, e de Fernando Perino do cargo de diretor jurídico adjunto. Ligado a Lee, Marcelo Mandel, diretor de relações internacionais, decidiu se afastar do cargo nesta quarta.

Augusto Melo, presidente do Corinthians, foi notificado pela Polícia Civil, que pede que ele esclareça contrato de intermediação Foto: Jozzu/Agência Corinthians

O caso é investigado pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Ao Estadão, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) limitou-se a afirmar que “diligências estão em andamento visando o esclarecimento dos fatos”. O Corinthians confirmou ter recebido a notificação e disse que vai colaborar com as investigações pois afirma ser “o maior interessado em esclarecer os fatos”.

A denúncia

Segundo reportagem publicada na coluna do jornalista Juca Kfouri, no Uol, após os pagamentos da comissão, a Rede Social Media Design repassou parte dos valores recebidos em comissão por meio de PIX à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, empresa com endereço na Avenida Paulista que serviria como laranja no acordo. Ao comentar o assunto, o clube afirmou que “não guarda responsabilidade sobre eventuais repasses de valores a terceiros”.

Após a polêmica vir à tona, a Vai de Bet demonstrou incômodo e pediu esclarecimentos ao Corinthians em três ocasiões. Primeiro em comunicado enviado por e-mail, depois em reunião com membros da diretoria em 8 de maio, e a última delas na terça-feira, , quando citou a possibilidade de rescindir o contrato.

A notificação, recebida pela diretoria alvinegra no dia 27 de maio, cita a possibilidade de rescisão e estabelece um prazo de dez dias para uma manifestação por parte do Corinthians. Ou seja, a data limite é 6 de junho, quinta-feira.

Contrato de patrocínio entre Corinthians e Vai de Bet virou caso de polícia  Foto: Jozzu/Agência Corinthians

O contrato

O contrato celebrado entre Corinthians e Vai de Bet, ao qual o Estadão teve acesso, possui uma cláusula anticorrupção na qual as partes se comprometem a cumprir os dispositivos integralmente. Segundo o documento, o acordo prevê que, caso não haja justa causa, a parte interessada na rescisão tem de pagar 10% do valor total restante. Como o clube já recebeu R$ 60 milhões dos R$ 360 milhões prometidos, a indenização seria de R$ 30 milhões.

O contrato prevê também pagamento de 7% do montante líquido de cada parcela à Rede Media Social Desing. Ou seja, 700 mil por mês ao longo de três anos, resultando em R$ 25,2 milhões ao fim do vínculo. Com CNPJ ativo desde janeiro de 2021, a empresa possui um capital social declarado de R$ 10 mil e está no nome de Alex Fernando André, mais conhecido como Alex Cassundé, membro da equipe de comunicação de Augusto Melo.

Cassundé trabalhou na campanha de Augusto Melo a convite de Sergio Moura, superintendente de marketing do Corinthians. Moura pediu afastamento do cargo após a polêmica vir à tona. Ele também estava sofrendo pressão no cargo por não conseguir fechar outros patrocínios para a camisa do time.

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