Depois de ouvir “não” de Tite e Mano Menezes (empregado no Internacional) e recuar na negociação com Roger Machado por causa da rejeição ao nome dele por parte da torcida nas redes sociais, o Corinthians está perto de anunciar Vanderlei Luxemburgo como novo treinador do time no lugar de Cuca. As negociações foram abertas e podem ter um desfecho ainda nesta segunda-feira, 1º de maio.
O Corinthians tem pressa. A equipe enfrenta o Independiente Del Valle nesta terça-feira pela Libertadores, na Neo Química Arena, pela terceira rodada da fase de grupos da competição, às 21h. É possível que Luxemburgo já seja o técnico no treinamento desta segunda com contrato até dezembro. Na semana passada, o treinador aguardava um contato da diretoria, mas ele ainda não havia acontecido. Apertado para resolver esse problema, a diretoria teria resolvido, em comum a acordo, a fazer de tudo para trazer Luxemburgo.
Se o acordo não sair, Danilo Andrade, técnico do time sub-20, não tem licença da Conmebol (confederação Sul-Americana de Futebol) para dirigir o time na Libertadores. Com isso, Fernando Lázaro, demitido semana retrasada, pode voltar ao banco depois. Ele deixou o cargo e retomou sua função de analista de desempenho.
Na visão dos defensores da contratação Luxemburgo, o treinador de 70 anos tem experiência e personalidade forte para fazer a gestão do elenco, inclusive com a cobrança aos medalhões do elenco, se necessário. Por outro lado, Luxemburgo amarga um longo período de inatividade no futebol - seu último trabalho foi no Cruzeiro, em 2021. Mas ele também tem optado em outras atividades na carreira. Criou um empresa de aguardente e tentou a política na última eleição, mas não conseguiu se candidatar.
Se confirmada no cargo, esta será a terceira passagem de Luxemburgo pelo Corinthians. Em 1998, ele conquistou o Campeonato Brasileiro e acabou assumindo a seleção brasileira. Em 2001, voltou para ser campeão paulista.
O time procura um treinador deste a demissão de Cuca, na madrugada de quinta-feira, após a classificação contra o Remo na Copa do Brasil. O treinador sofreu pressão de parte da torcida em função da condenação por violência sexual contra uma jovem de 13 anos na Suíça, em 1987, e pediu demissão.
Na semana passada, a diretoria tentou Tite, sem clube desde a saída da seleção brasileira, e Mano Menezes, atualmente no Inter, mas ouviu recusas dos dois treinadores. O alvo seguinte foi Roger Machado. Depois de avançar nas negociações no sábado, a diretoria recuou diante da repercussão negativa do nome dele nas redes sociais.