Análise|Corinthians aproveita erros do Palmeiras, vence e dérbi e se afasta do Z-4 no Brasileirão


Time alvinegro é aguerrido, leva a melhor por 2 a 0 após erros de Caio Paulista e Weverton, e ganha fôlego na luta contra o rebaixamento; time de Abel vê tricampeonato mais distante

Por Rodrigo Sampaio e Ricardo Magatti
Atualização:

Depois de três anos, o Corinthians voltou a vencer um clássico com o Palmeiras. Empurrado por mais de 46 mil torcedores na Neo Química Arena, o time do Parque São Jorge aproveitou as poucas chances que teve para vencer por 2 a 0 o dérbi desta segunda-feira, pela 32ª rodada do Brasileirão, emplacando a terceira vitória consecutiva na competição nacional. Rodrigo Garro e Yuri Alberto marcaram os gols na Neo Química Arena, em lances marcados por falhas dos palmeirenses de Caio Paulista e Weverton.

O resultado dá ânimo para o Corinthians na luta contra o descenso após as eliminações na Copa do Brasil e Sul-Americana. Apesar de o time do técnico Ramón Díaz não demonstrar brilhantismo, definitivamente mostrou ser um adversário “encardido” jogando em Itaquera. A equipe do Parque São Jorge sobe para a 13ª colocação, com 38 pontos, abrindo quatro do Athletico Paranaense, time que abre o Z-4. Na próxima rodada, os paulistas têm confronto direto contra o também ameaçado Vitória, em Salvador.

Já o Palmeiras, que não sabia o que era perder desde agosto, quando foi derrotado por 2 a 1 pelo Botafogo, nas oitavas de final da Libertadores, voltou a sofrer com erros individuais, o que deixou o clube mais distante do tão sonhado tricampeonato nacional. Com 61 pontos, o vice-líder torce por uma derrota justamente do Botafogo, nesta terça-feira, no clássico com o Vasco, para seguir firma na cola do alvinegro carioca, na ponta da tabela, com 64. Na sexta, os palmeirenses recebem o Grêmio, no Allianz Parque.

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Rodrigo Farro comemora gol do Corinthians sobre o Palmeiras.  Foto: Alex Silva/Estadao

Trajado exclusivamente de preto, o Corinthians entrou em campo com três zagueiros, formação já utilizada pelo técnico Ramón Díaz em outras partidas. A proposta foi reforçar o miolo de defesa e aproveitar Matheuzinho e Hugo como elementos surpresa pelas laterais, setor por onde o Palmeiras falhou no empate por 2 a 2 com o Fortaleza. Contando com os retornos de Marcos Rocha e Aníbal Moreno, a equipe alviverde foi quem atacou primeiro. Aproveitando os erros do rival na saída de bola, o time de Abel abusou dos lances na linha de fundo, levando perigo nos cruzamentos. Felipe Anderson parou em Hugo Souza, enquanto Raphael Veiga isolou em passe rasteiro.

O Corinthians teve dificuldade para incomodar o Palmeiras. Felipe Anderson e Estêvão “prendiam” os laterais alvinegros, e Richard Ríos encontrou liberdade na maioria das vezes para encontrar o melhor passe aos companheiros. Com a disposição habitual, Yuri Alberto levou perigo nas poucas vezes em que foi acionado. O camisa 9 até se movimentou bem, mas sofreu na etapa inicial com o meio-campo corintiano apagado.

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Com os 11 jogadores atrás da linha da bola, os palmeirenses tomaram conta das ações ofensivas e poderiam ter tirado o zero do placar na etapa inicial com um pouco mais de eficiência. Estêvão “tirou o sono” de Hugo, que apelou e foi amarelado. O lateral-esquerdo se redimiu ao dar início à ataque que culminou no gol do Corinthians. Os donos da casa, finalmente, conseguiram posicionar seus atletas em torno da área alviverde. Caio Paulista errou ao tentar cortar cruzamento, e Matheuzinho tocou para Garro acertar ótimo chute rasteiro de fora da área, aos 40 minutos do primeiro tempo.

O roteiro do segundo tempo se desenhou para ser uma partida ataque contra defesa, e assim aconteceu nos primeiros minutos. O Corinthians ficou todo atrás esperando o contra-golpe, enquanto o Palmeiras tentava infiltrar na defesa com jogadas individuais de Estêvão e cruzamentos em bola parada. Aos 10 minutos da etapa final, Garro acionou Yuri Alberto completamente livre de marcação na esquerda. O centroavante aproveitou saída atabalhoada de Weverton e tocou para o gol vazio, fazendo 2 a 0.

Abel Ferreira mudou todo o setor ofensivo após o gol rival, tirando inclusive Estêvão, quem mais tentava algo diferente na frente. Com o Corinthians em vantagem no placar, Ramón não só oxigenou o time com substituições, como também sacou Memphis para colocar o volante Breno Bidon, reforçando a marcação. Yuri Alberto foi ovacionado ao deixar o gramado para dar lugar a Ángel Romero.

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A reta final de partida foi mais brigada do que jogada, com disputas mais fortes por parte das duas equipes. Gabriel Menino acertou o travessão em cobrança de falta, e Hugo Souza entrou em ação fazendo grandes defesas em finalizações de Dudu e Rony dentro da grande área. Aos poucos, a volúpia palmeirense deu lugar à ansiedade e erros em trocas de passes. O Corinthians ganhou terreno, respirou, e soube segurar a vitória até os minutos finais, sobrando tempo para a torcida soltar o grito de “olé” no fim.

FICHA TÉCNICA

  • CORINTHIANS 2 X 0 PALMEIRAS
  • CORINTHIANS: Hugo Souza; Matheuzinho, Félix Tores, André Ramalho (Raniele) e Gustavo Henrique e Hugo (Matheus Bidu); José Martínez, Alex Santana (Carrillo) e Rodrigo Garro; Memphis Depay (Breno Bidon) e Yuri Alberto (Ángel Romero). Técnico: Ramón Diáz.
  • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Vitor Reis, Gustavo Gómez e Caio Paulista (Vanderlan); Aníbal Moreno (Maurício), Richard Ríos e Raphael Veiga; Estêvão (Gabriel Menino), Felipe Anderson (Dudu) e Flaco López (Rony). Técnico: Abel Ferreira.
  • GOLS: Rodrigo Garro, aos 40 minutos do primeiro tempo. Yuri Alberto, aos 10 do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO).
  • CARTÕES AMARELOS: Hugo e Matheuzinho (Corinthians); Aníbal Moreno e Gabriel Menino (Palmeiras)
  • PÚBLICO: 46.473
  • RENDA: R$ 2.514.796,00
  • LOCAL: Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

Depois de três anos, o Corinthians voltou a vencer um clássico com o Palmeiras. Empurrado por mais de 46 mil torcedores na Neo Química Arena, o time do Parque São Jorge aproveitou as poucas chances que teve para vencer por 2 a 0 o dérbi desta segunda-feira, pela 32ª rodada do Brasileirão, emplacando a terceira vitória consecutiva na competição nacional. Rodrigo Garro e Yuri Alberto marcaram os gols na Neo Química Arena, em lances marcados por falhas dos palmeirenses de Caio Paulista e Weverton.

O resultado dá ânimo para o Corinthians na luta contra o descenso após as eliminações na Copa do Brasil e Sul-Americana. Apesar de o time do técnico Ramón Díaz não demonstrar brilhantismo, definitivamente mostrou ser um adversário “encardido” jogando em Itaquera. A equipe do Parque São Jorge sobe para a 13ª colocação, com 38 pontos, abrindo quatro do Athletico Paranaense, time que abre o Z-4. Na próxima rodada, os paulistas têm confronto direto contra o também ameaçado Vitória, em Salvador.

Já o Palmeiras, que não sabia o que era perder desde agosto, quando foi derrotado por 2 a 1 pelo Botafogo, nas oitavas de final da Libertadores, voltou a sofrer com erros individuais, o que deixou o clube mais distante do tão sonhado tricampeonato nacional. Com 61 pontos, o vice-líder torce por uma derrota justamente do Botafogo, nesta terça-feira, no clássico com o Vasco, para seguir firma na cola do alvinegro carioca, na ponta da tabela, com 64. Na sexta, os palmeirenses recebem o Grêmio, no Allianz Parque.

Rodrigo Farro comemora gol do Corinthians sobre o Palmeiras.  Foto: Alex Silva/Estadao

Trajado exclusivamente de preto, o Corinthians entrou em campo com três zagueiros, formação já utilizada pelo técnico Ramón Díaz em outras partidas. A proposta foi reforçar o miolo de defesa e aproveitar Matheuzinho e Hugo como elementos surpresa pelas laterais, setor por onde o Palmeiras falhou no empate por 2 a 2 com o Fortaleza. Contando com os retornos de Marcos Rocha e Aníbal Moreno, a equipe alviverde foi quem atacou primeiro. Aproveitando os erros do rival na saída de bola, o time de Abel abusou dos lances na linha de fundo, levando perigo nos cruzamentos. Felipe Anderson parou em Hugo Souza, enquanto Raphael Veiga isolou em passe rasteiro.

O Corinthians teve dificuldade para incomodar o Palmeiras. Felipe Anderson e Estêvão “prendiam” os laterais alvinegros, e Richard Ríos encontrou liberdade na maioria das vezes para encontrar o melhor passe aos companheiros. Com a disposição habitual, Yuri Alberto levou perigo nas poucas vezes em que foi acionado. O camisa 9 até se movimentou bem, mas sofreu na etapa inicial com o meio-campo corintiano apagado.

Com os 11 jogadores atrás da linha da bola, os palmeirenses tomaram conta das ações ofensivas e poderiam ter tirado o zero do placar na etapa inicial com um pouco mais de eficiência. Estêvão “tirou o sono” de Hugo, que apelou e foi amarelado. O lateral-esquerdo se redimiu ao dar início à ataque que culminou no gol do Corinthians. Os donos da casa, finalmente, conseguiram posicionar seus atletas em torno da área alviverde. Caio Paulista errou ao tentar cortar cruzamento, e Matheuzinho tocou para Garro acertar ótimo chute rasteiro de fora da área, aos 40 minutos do primeiro tempo.

O roteiro do segundo tempo se desenhou para ser uma partida ataque contra defesa, e assim aconteceu nos primeiros minutos. O Corinthians ficou todo atrás esperando o contra-golpe, enquanto o Palmeiras tentava infiltrar na defesa com jogadas individuais de Estêvão e cruzamentos em bola parada. Aos 10 minutos da etapa final, Garro acionou Yuri Alberto completamente livre de marcação na esquerda. O centroavante aproveitou saída atabalhoada de Weverton e tocou para o gol vazio, fazendo 2 a 0.

Abel Ferreira mudou todo o setor ofensivo após o gol rival, tirando inclusive Estêvão, quem mais tentava algo diferente na frente. Com o Corinthians em vantagem no placar, Ramón não só oxigenou o time com substituições, como também sacou Memphis para colocar o volante Breno Bidon, reforçando a marcação. Yuri Alberto foi ovacionado ao deixar o gramado para dar lugar a Ángel Romero.

A reta final de partida foi mais brigada do que jogada, com disputas mais fortes por parte das duas equipes. Gabriel Menino acertou o travessão em cobrança de falta, e Hugo Souza entrou em ação fazendo grandes defesas em finalizações de Dudu e Rony dentro da grande área. Aos poucos, a volúpia palmeirense deu lugar à ansiedade e erros em trocas de passes. O Corinthians ganhou terreno, respirou, e soube segurar a vitória até os minutos finais, sobrando tempo para a torcida soltar o grito de “olé” no fim.

FICHA TÉCNICA

  • CORINTHIANS 2 X 0 PALMEIRAS
  • CORINTHIANS: Hugo Souza; Matheuzinho, Félix Tores, André Ramalho (Raniele) e Gustavo Henrique e Hugo (Matheus Bidu); José Martínez, Alex Santana (Carrillo) e Rodrigo Garro; Memphis Depay (Breno Bidon) e Yuri Alberto (Ángel Romero). Técnico: Ramón Diáz.
  • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Vitor Reis, Gustavo Gómez e Caio Paulista (Vanderlan); Aníbal Moreno (Maurício), Richard Ríos e Raphael Veiga; Estêvão (Gabriel Menino), Felipe Anderson (Dudu) e Flaco López (Rony). Técnico: Abel Ferreira.
  • GOLS: Rodrigo Garro, aos 40 minutos do primeiro tempo. Yuri Alberto, aos 10 do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO).
  • CARTÕES AMARELOS: Hugo e Matheuzinho (Corinthians); Aníbal Moreno e Gabriel Menino (Palmeiras)
  • PÚBLICO: 46.473
  • RENDA: R$ 2.514.796,00
  • LOCAL: Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

Depois de três anos, o Corinthians voltou a vencer um clássico com o Palmeiras. Empurrado por mais de 46 mil torcedores na Neo Química Arena, o time do Parque São Jorge aproveitou as poucas chances que teve para vencer por 2 a 0 o dérbi desta segunda-feira, pela 32ª rodada do Brasileirão, emplacando a terceira vitória consecutiva na competição nacional. Rodrigo Garro e Yuri Alberto marcaram os gols na Neo Química Arena, em lances marcados por falhas dos palmeirenses de Caio Paulista e Weverton.

O resultado dá ânimo para o Corinthians na luta contra o descenso após as eliminações na Copa do Brasil e Sul-Americana. Apesar de o time do técnico Ramón Díaz não demonstrar brilhantismo, definitivamente mostrou ser um adversário “encardido” jogando em Itaquera. A equipe do Parque São Jorge sobe para a 13ª colocação, com 38 pontos, abrindo quatro do Athletico Paranaense, time que abre o Z-4. Na próxima rodada, os paulistas têm confronto direto contra o também ameaçado Vitória, em Salvador.

Já o Palmeiras, que não sabia o que era perder desde agosto, quando foi derrotado por 2 a 1 pelo Botafogo, nas oitavas de final da Libertadores, voltou a sofrer com erros individuais, o que deixou o clube mais distante do tão sonhado tricampeonato nacional. Com 61 pontos, o vice-líder torce por uma derrota justamente do Botafogo, nesta terça-feira, no clássico com o Vasco, para seguir firma na cola do alvinegro carioca, na ponta da tabela, com 64. Na sexta, os palmeirenses recebem o Grêmio, no Allianz Parque.

Rodrigo Farro comemora gol do Corinthians sobre o Palmeiras.  Foto: Alex Silva/Estadao

Trajado exclusivamente de preto, o Corinthians entrou em campo com três zagueiros, formação já utilizada pelo técnico Ramón Díaz em outras partidas. A proposta foi reforçar o miolo de defesa e aproveitar Matheuzinho e Hugo como elementos surpresa pelas laterais, setor por onde o Palmeiras falhou no empate por 2 a 2 com o Fortaleza. Contando com os retornos de Marcos Rocha e Aníbal Moreno, a equipe alviverde foi quem atacou primeiro. Aproveitando os erros do rival na saída de bola, o time de Abel abusou dos lances na linha de fundo, levando perigo nos cruzamentos. Felipe Anderson parou em Hugo Souza, enquanto Raphael Veiga isolou em passe rasteiro.

O Corinthians teve dificuldade para incomodar o Palmeiras. Felipe Anderson e Estêvão “prendiam” os laterais alvinegros, e Richard Ríos encontrou liberdade na maioria das vezes para encontrar o melhor passe aos companheiros. Com a disposição habitual, Yuri Alberto levou perigo nas poucas vezes em que foi acionado. O camisa 9 até se movimentou bem, mas sofreu na etapa inicial com o meio-campo corintiano apagado.

Com os 11 jogadores atrás da linha da bola, os palmeirenses tomaram conta das ações ofensivas e poderiam ter tirado o zero do placar na etapa inicial com um pouco mais de eficiência. Estêvão “tirou o sono” de Hugo, que apelou e foi amarelado. O lateral-esquerdo se redimiu ao dar início à ataque que culminou no gol do Corinthians. Os donos da casa, finalmente, conseguiram posicionar seus atletas em torno da área alviverde. Caio Paulista errou ao tentar cortar cruzamento, e Matheuzinho tocou para Garro acertar ótimo chute rasteiro de fora da área, aos 40 minutos do primeiro tempo.

O roteiro do segundo tempo se desenhou para ser uma partida ataque contra defesa, e assim aconteceu nos primeiros minutos. O Corinthians ficou todo atrás esperando o contra-golpe, enquanto o Palmeiras tentava infiltrar na defesa com jogadas individuais de Estêvão e cruzamentos em bola parada. Aos 10 minutos da etapa final, Garro acionou Yuri Alberto completamente livre de marcação na esquerda. O centroavante aproveitou saída atabalhoada de Weverton e tocou para o gol vazio, fazendo 2 a 0.

Abel Ferreira mudou todo o setor ofensivo após o gol rival, tirando inclusive Estêvão, quem mais tentava algo diferente na frente. Com o Corinthians em vantagem no placar, Ramón não só oxigenou o time com substituições, como também sacou Memphis para colocar o volante Breno Bidon, reforçando a marcação. Yuri Alberto foi ovacionado ao deixar o gramado para dar lugar a Ángel Romero.

A reta final de partida foi mais brigada do que jogada, com disputas mais fortes por parte das duas equipes. Gabriel Menino acertou o travessão em cobrança de falta, e Hugo Souza entrou em ação fazendo grandes defesas em finalizações de Dudu e Rony dentro da grande área. Aos poucos, a volúpia palmeirense deu lugar à ansiedade e erros em trocas de passes. O Corinthians ganhou terreno, respirou, e soube segurar a vitória até os minutos finais, sobrando tempo para a torcida soltar o grito de “olé” no fim.

FICHA TÉCNICA

  • CORINTHIANS 2 X 0 PALMEIRAS
  • CORINTHIANS: Hugo Souza; Matheuzinho, Félix Tores, André Ramalho (Raniele) e Gustavo Henrique e Hugo (Matheus Bidu); José Martínez, Alex Santana (Carrillo) e Rodrigo Garro; Memphis Depay (Breno Bidon) e Yuri Alberto (Ángel Romero). Técnico: Ramón Diáz.
  • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Vitor Reis, Gustavo Gómez e Caio Paulista (Vanderlan); Aníbal Moreno (Maurício), Richard Ríos e Raphael Veiga; Estêvão (Gabriel Menino), Felipe Anderson (Dudu) e Flaco López (Rony). Técnico: Abel Ferreira.
  • GOLS: Rodrigo Garro, aos 40 minutos do primeiro tempo. Yuri Alberto, aos 10 do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO).
  • CARTÕES AMARELOS: Hugo e Matheuzinho (Corinthians); Aníbal Moreno e Gabriel Menino (Palmeiras)
  • PÚBLICO: 46.473
  • RENDA: R$ 2.514.796,00
  • LOCAL: Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

Depois de três anos, o Corinthians voltou a vencer um clássico com o Palmeiras. Empurrado por mais de 46 mil torcedores na Neo Química Arena, o time do Parque São Jorge aproveitou as poucas chances que teve para vencer por 2 a 0 o dérbi desta segunda-feira, pela 32ª rodada do Brasileirão, emplacando a terceira vitória consecutiva na competição nacional. Rodrigo Garro e Yuri Alberto marcaram os gols na Neo Química Arena, em lances marcados por falhas dos palmeirenses de Caio Paulista e Weverton.

O resultado dá ânimo para o Corinthians na luta contra o descenso após as eliminações na Copa do Brasil e Sul-Americana. Apesar de o time do técnico Ramón Díaz não demonstrar brilhantismo, definitivamente mostrou ser um adversário “encardido” jogando em Itaquera. A equipe do Parque São Jorge sobe para a 13ª colocação, com 38 pontos, abrindo quatro do Athletico Paranaense, time que abre o Z-4. Na próxima rodada, os paulistas têm confronto direto contra o também ameaçado Vitória, em Salvador.

Já o Palmeiras, que não sabia o que era perder desde agosto, quando foi derrotado por 2 a 1 pelo Botafogo, nas oitavas de final da Libertadores, voltou a sofrer com erros individuais, o que deixou o clube mais distante do tão sonhado tricampeonato nacional. Com 61 pontos, o vice-líder torce por uma derrota justamente do Botafogo, nesta terça-feira, no clássico com o Vasco, para seguir firma na cola do alvinegro carioca, na ponta da tabela, com 64. Na sexta, os palmeirenses recebem o Grêmio, no Allianz Parque.

Rodrigo Farro comemora gol do Corinthians sobre o Palmeiras.  Foto: Alex Silva/Estadao

Trajado exclusivamente de preto, o Corinthians entrou em campo com três zagueiros, formação já utilizada pelo técnico Ramón Díaz em outras partidas. A proposta foi reforçar o miolo de defesa e aproveitar Matheuzinho e Hugo como elementos surpresa pelas laterais, setor por onde o Palmeiras falhou no empate por 2 a 2 com o Fortaleza. Contando com os retornos de Marcos Rocha e Aníbal Moreno, a equipe alviverde foi quem atacou primeiro. Aproveitando os erros do rival na saída de bola, o time de Abel abusou dos lances na linha de fundo, levando perigo nos cruzamentos. Felipe Anderson parou em Hugo Souza, enquanto Raphael Veiga isolou em passe rasteiro.

O Corinthians teve dificuldade para incomodar o Palmeiras. Felipe Anderson e Estêvão “prendiam” os laterais alvinegros, e Richard Ríos encontrou liberdade na maioria das vezes para encontrar o melhor passe aos companheiros. Com a disposição habitual, Yuri Alberto levou perigo nas poucas vezes em que foi acionado. O camisa 9 até se movimentou bem, mas sofreu na etapa inicial com o meio-campo corintiano apagado.

Com os 11 jogadores atrás da linha da bola, os palmeirenses tomaram conta das ações ofensivas e poderiam ter tirado o zero do placar na etapa inicial com um pouco mais de eficiência. Estêvão “tirou o sono” de Hugo, que apelou e foi amarelado. O lateral-esquerdo se redimiu ao dar início à ataque que culminou no gol do Corinthians. Os donos da casa, finalmente, conseguiram posicionar seus atletas em torno da área alviverde. Caio Paulista errou ao tentar cortar cruzamento, e Matheuzinho tocou para Garro acertar ótimo chute rasteiro de fora da área, aos 40 minutos do primeiro tempo.

O roteiro do segundo tempo se desenhou para ser uma partida ataque contra defesa, e assim aconteceu nos primeiros minutos. O Corinthians ficou todo atrás esperando o contra-golpe, enquanto o Palmeiras tentava infiltrar na defesa com jogadas individuais de Estêvão e cruzamentos em bola parada. Aos 10 minutos da etapa final, Garro acionou Yuri Alberto completamente livre de marcação na esquerda. O centroavante aproveitou saída atabalhoada de Weverton e tocou para o gol vazio, fazendo 2 a 0.

Abel Ferreira mudou todo o setor ofensivo após o gol rival, tirando inclusive Estêvão, quem mais tentava algo diferente na frente. Com o Corinthians em vantagem no placar, Ramón não só oxigenou o time com substituições, como também sacou Memphis para colocar o volante Breno Bidon, reforçando a marcação. Yuri Alberto foi ovacionado ao deixar o gramado para dar lugar a Ángel Romero.

A reta final de partida foi mais brigada do que jogada, com disputas mais fortes por parte das duas equipes. Gabriel Menino acertou o travessão em cobrança de falta, e Hugo Souza entrou em ação fazendo grandes defesas em finalizações de Dudu e Rony dentro da grande área. Aos poucos, a volúpia palmeirense deu lugar à ansiedade e erros em trocas de passes. O Corinthians ganhou terreno, respirou, e soube segurar a vitória até os minutos finais, sobrando tempo para a torcida soltar o grito de “olé” no fim.

FICHA TÉCNICA

  • CORINTHIANS 2 X 0 PALMEIRAS
  • CORINTHIANS: Hugo Souza; Matheuzinho, Félix Tores, André Ramalho (Raniele) e Gustavo Henrique e Hugo (Matheus Bidu); José Martínez, Alex Santana (Carrillo) e Rodrigo Garro; Memphis Depay (Breno Bidon) e Yuri Alberto (Ángel Romero). Técnico: Ramón Diáz.
  • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Vitor Reis, Gustavo Gómez e Caio Paulista (Vanderlan); Aníbal Moreno (Maurício), Richard Ríos e Raphael Veiga; Estêvão (Gabriel Menino), Felipe Anderson (Dudu) e Flaco López (Rony). Técnico: Abel Ferreira.
  • GOLS: Rodrigo Garro, aos 40 minutos do primeiro tempo. Yuri Alberto, aos 10 do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO).
  • CARTÕES AMARELOS: Hugo e Matheuzinho (Corinthians); Aníbal Moreno e Gabriel Menino (Palmeiras)
  • PÚBLICO: 46.473
  • RENDA: R$ 2.514.796,00
  • LOCAL: Neo Química Arena, em São Paulo (SP).
Análise por Rodrigo Sampaio

Jornalista natural do Rio de Janeiro (RJ) em São Paulo. Repórter de Esportes do Estadão desde 2021. Antes, passagens por TV Globo e Jornal O Dia, com experiência na cobertura da Metrópole, Cultura, Política e Judiciário. Fez parte da 30ª turma do Curso Estado de Jornalismo.

Ricardo Magatti

Repórter da editoria de Esportes desde 2018. Formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com pós-graduação em Jornalismo Esportivo e Multimídias pela Universidade Anhembi Morumbi. Cobriu a Copa do Mundo do Catar, em 2022, e a Olimpíada de Paris, em 2024.

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