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Opinião|Corinthians passa no teste contra o Palmeiras e se credencia para outros bons duelos em 2023


Empate foi justo na Neo Química Arena, mas o que deve ser levado em consideração é a forma em que o time de Renato Augusto, o melhor do dérbi, atuou até o fim, sem medo, receio e jogando de igual para igual

Por Robson Morelli
Atualização:

O Corinthians passou no teste e está pronto para a temporada, muito além do Paulistão. A partida diante do Palmeiras, empate por 2 a 2 em Itaquera, foi muito bem jogada, com altos e baixos e chances das duas partes, mesmo a despeito de ter sido empurrado por 45 mil corintianos e jogar num gramado encharcado, o que prejudica mais o estilo de jogo do time de Abel Ferreira. Essas condições, adversas ou não, serão uma realidade ao longo do calendário. O Corinthians está pronto.

Renato Augusto foi eleito o melhor da partida por aquelas pessoas que votam durante a transmissão da TV. Nem sempre a escolha é justa com aquilo que o torcedor está vendo em campo. Há muitas brincadeiras nessas eleições. Já teve atleta escolhido que nem estava jogando. Mas apontar Renato Augusto como o destaque do clássico é merecido. Poderia ter sido Rony também. Ele tem ditado o ritmo do Corinthians, e se aborrece quando alguns de seus companheiros não entendem suas movimentações.

Se fosse Fernando Lázaro, apostaria tudo em um esquema ao redor desse jogador. Mas há um problema com Renato. O fôlego. Aos 35 anos, ele deixou o gramado nesta quinta de língua de fora, esbaforido, dobrando a coluna e empurrando as pernas para frente. Não sei se suporta duas partidas no mesmo nível. Três, com certeza, não aguenta.

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Fagner 'briga' com Tony pela bola no clássico entre Corinthians e Palmeiras em Itaquera: 2 a 2 Foto: Alex Silva / Estadão

Sem ele, o Corinthians é mais fraco. Já ficou comprovado. Por isso, ele precisa de um reserva, se não com todas as suas qualidades, alguém que segure a bola e jogue com inteligência. Ou Lázaro monta um segundo esquema sem Renato Augusto. Vale também. Pode apostar em pontas abertos e mais velocidade, menos toque de bola e mais correria, chegar ao gol em minutos e finalizar. Não é fácil. Não é para amanhã. Mas é possível. Renato Augusto não vai jogar todos os jogos do Corinthians.

O bom desse Corinthians que passou no teste contra o Palmeiras e poderia até ter vencido a partida é que Renato Augusto não está sozinho. Fagner sofreu com Endrick, mas não desistiu em um só instante. Essa vontade é característica de quem veste a camisa do time. A torcida gosta disso. Fagner e Fábio Santos se ajudam e se ajudarão contra o rápido ataque palmeirense, e podem repetir a dose contra todos os outros grandes do Brasileirão, por exemplo.

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Da mesma forma que Renato, os laterais terão de ser poupados em alguns jogos. Assim, sempre atuarão em bom nível. Há um Paulinho ganhando condição física e de confiança após grave lesão que o afastou do futebol por meses. Sua condição contratual precisa ser revista, uma vez que ele chegou pelas mãos de um patrocinador que não deu certo. Giuliano joga bem, mas precisa ser mais regular. Lázaro tem condições de trabalhar isso no jogador. E rapidinho.

Corinthians é perigoso na frente

Há ainda, para citar os homens de frente, a dupla Róger Guedes e Yuri Alberto. São jogadores que incomodam as defesas. Róger Guedes é um chato de galocha, desses de não dar trégua para seus marcadores. Chato no bom sentido. Tem um jeitão de ‘bebê chorão’, mas está sempre com apetite de marcar e ter a bola.

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Particularmente, gosto de jogador assim. Prefiro esses do que aqueles conformados. Nem os braços arriados me enganam nesse jogador. Róger Guedes é um atacante à espreita na savana. E Yuri Alberto o completa. Yuri tem mais altos e baixos, mas também sabe o que está fazendo lá na frente. É perigoso.

Então, depois do dérbi na Neo Química Arena com o Palmeiras, esse Corinthians só tende a crescer. Não está mais à prova de nada. Não foi bem nas duas partidas anteriores do Paulistão, uma delas contra a Portuguesa, com formação equivocada, mas penso que o time estava mais preocupado com o jogo desta quinta e fechou os olhos para os outros. Sabia que não podia perder em casa. Mais do que isso. Tinha de jogar bem. E jogou. Vai se classificar para as fases decisivas do Estadual e tentar tirar o favoritismo natural do seu maior rival, o mesmo Palmeiras, que segue sem perder na competição.

O Corinthians passou no teste e está pronto para a temporada, muito além do Paulistão. A partida diante do Palmeiras, empate por 2 a 2 em Itaquera, foi muito bem jogada, com altos e baixos e chances das duas partes, mesmo a despeito de ter sido empurrado por 45 mil corintianos e jogar num gramado encharcado, o que prejudica mais o estilo de jogo do time de Abel Ferreira. Essas condições, adversas ou não, serão uma realidade ao longo do calendário. O Corinthians está pronto.

Renato Augusto foi eleito o melhor da partida por aquelas pessoas que votam durante a transmissão da TV. Nem sempre a escolha é justa com aquilo que o torcedor está vendo em campo. Há muitas brincadeiras nessas eleições. Já teve atleta escolhido que nem estava jogando. Mas apontar Renato Augusto como o destaque do clássico é merecido. Poderia ter sido Rony também. Ele tem ditado o ritmo do Corinthians, e se aborrece quando alguns de seus companheiros não entendem suas movimentações.

Se fosse Fernando Lázaro, apostaria tudo em um esquema ao redor desse jogador. Mas há um problema com Renato. O fôlego. Aos 35 anos, ele deixou o gramado nesta quinta de língua de fora, esbaforido, dobrando a coluna e empurrando as pernas para frente. Não sei se suporta duas partidas no mesmo nível. Três, com certeza, não aguenta.

Fagner 'briga' com Tony pela bola no clássico entre Corinthians e Palmeiras em Itaquera: 2 a 2 Foto: Alex Silva / Estadão

Sem ele, o Corinthians é mais fraco. Já ficou comprovado. Por isso, ele precisa de um reserva, se não com todas as suas qualidades, alguém que segure a bola e jogue com inteligência. Ou Lázaro monta um segundo esquema sem Renato Augusto. Vale também. Pode apostar em pontas abertos e mais velocidade, menos toque de bola e mais correria, chegar ao gol em minutos e finalizar. Não é fácil. Não é para amanhã. Mas é possível. Renato Augusto não vai jogar todos os jogos do Corinthians.

O bom desse Corinthians que passou no teste contra o Palmeiras e poderia até ter vencido a partida é que Renato Augusto não está sozinho. Fagner sofreu com Endrick, mas não desistiu em um só instante. Essa vontade é característica de quem veste a camisa do time. A torcida gosta disso. Fagner e Fábio Santos se ajudam e se ajudarão contra o rápido ataque palmeirense, e podem repetir a dose contra todos os outros grandes do Brasileirão, por exemplo.

Da mesma forma que Renato, os laterais terão de ser poupados em alguns jogos. Assim, sempre atuarão em bom nível. Há um Paulinho ganhando condição física e de confiança após grave lesão que o afastou do futebol por meses. Sua condição contratual precisa ser revista, uma vez que ele chegou pelas mãos de um patrocinador que não deu certo. Giuliano joga bem, mas precisa ser mais regular. Lázaro tem condições de trabalhar isso no jogador. E rapidinho.

Corinthians é perigoso na frente

Há ainda, para citar os homens de frente, a dupla Róger Guedes e Yuri Alberto. São jogadores que incomodam as defesas. Róger Guedes é um chato de galocha, desses de não dar trégua para seus marcadores. Chato no bom sentido. Tem um jeitão de ‘bebê chorão’, mas está sempre com apetite de marcar e ter a bola.

Particularmente, gosto de jogador assim. Prefiro esses do que aqueles conformados. Nem os braços arriados me enganam nesse jogador. Róger Guedes é um atacante à espreita na savana. E Yuri Alberto o completa. Yuri tem mais altos e baixos, mas também sabe o que está fazendo lá na frente. É perigoso.

Então, depois do dérbi na Neo Química Arena com o Palmeiras, esse Corinthians só tende a crescer. Não está mais à prova de nada. Não foi bem nas duas partidas anteriores do Paulistão, uma delas contra a Portuguesa, com formação equivocada, mas penso que o time estava mais preocupado com o jogo desta quinta e fechou os olhos para os outros. Sabia que não podia perder em casa. Mais do que isso. Tinha de jogar bem. E jogou. Vai se classificar para as fases decisivas do Estadual e tentar tirar o favoritismo natural do seu maior rival, o mesmo Palmeiras, que segue sem perder na competição.

O Corinthians passou no teste e está pronto para a temporada, muito além do Paulistão. A partida diante do Palmeiras, empate por 2 a 2 em Itaquera, foi muito bem jogada, com altos e baixos e chances das duas partes, mesmo a despeito de ter sido empurrado por 45 mil corintianos e jogar num gramado encharcado, o que prejudica mais o estilo de jogo do time de Abel Ferreira. Essas condições, adversas ou não, serão uma realidade ao longo do calendário. O Corinthians está pronto.

Renato Augusto foi eleito o melhor da partida por aquelas pessoas que votam durante a transmissão da TV. Nem sempre a escolha é justa com aquilo que o torcedor está vendo em campo. Há muitas brincadeiras nessas eleições. Já teve atleta escolhido que nem estava jogando. Mas apontar Renato Augusto como o destaque do clássico é merecido. Poderia ter sido Rony também. Ele tem ditado o ritmo do Corinthians, e se aborrece quando alguns de seus companheiros não entendem suas movimentações.

Se fosse Fernando Lázaro, apostaria tudo em um esquema ao redor desse jogador. Mas há um problema com Renato. O fôlego. Aos 35 anos, ele deixou o gramado nesta quinta de língua de fora, esbaforido, dobrando a coluna e empurrando as pernas para frente. Não sei se suporta duas partidas no mesmo nível. Três, com certeza, não aguenta.

Fagner 'briga' com Tony pela bola no clássico entre Corinthians e Palmeiras em Itaquera: 2 a 2 Foto: Alex Silva / Estadão

Sem ele, o Corinthians é mais fraco. Já ficou comprovado. Por isso, ele precisa de um reserva, se não com todas as suas qualidades, alguém que segure a bola e jogue com inteligência. Ou Lázaro monta um segundo esquema sem Renato Augusto. Vale também. Pode apostar em pontas abertos e mais velocidade, menos toque de bola e mais correria, chegar ao gol em minutos e finalizar. Não é fácil. Não é para amanhã. Mas é possível. Renato Augusto não vai jogar todos os jogos do Corinthians.

O bom desse Corinthians que passou no teste contra o Palmeiras e poderia até ter vencido a partida é que Renato Augusto não está sozinho. Fagner sofreu com Endrick, mas não desistiu em um só instante. Essa vontade é característica de quem veste a camisa do time. A torcida gosta disso. Fagner e Fábio Santos se ajudam e se ajudarão contra o rápido ataque palmeirense, e podem repetir a dose contra todos os outros grandes do Brasileirão, por exemplo.

Da mesma forma que Renato, os laterais terão de ser poupados em alguns jogos. Assim, sempre atuarão em bom nível. Há um Paulinho ganhando condição física e de confiança após grave lesão que o afastou do futebol por meses. Sua condição contratual precisa ser revista, uma vez que ele chegou pelas mãos de um patrocinador que não deu certo. Giuliano joga bem, mas precisa ser mais regular. Lázaro tem condições de trabalhar isso no jogador. E rapidinho.

Corinthians é perigoso na frente

Há ainda, para citar os homens de frente, a dupla Róger Guedes e Yuri Alberto. São jogadores que incomodam as defesas. Róger Guedes é um chato de galocha, desses de não dar trégua para seus marcadores. Chato no bom sentido. Tem um jeitão de ‘bebê chorão’, mas está sempre com apetite de marcar e ter a bola.

Particularmente, gosto de jogador assim. Prefiro esses do que aqueles conformados. Nem os braços arriados me enganam nesse jogador. Róger Guedes é um atacante à espreita na savana. E Yuri Alberto o completa. Yuri tem mais altos e baixos, mas também sabe o que está fazendo lá na frente. É perigoso.

Então, depois do dérbi na Neo Química Arena com o Palmeiras, esse Corinthians só tende a crescer. Não está mais à prova de nada. Não foi bem nas duas partidas anteriores do Paulistão, uma delas contra a Portuguesa, com formação equivocada, mas penso que o time estava mais preocupado com o jogo desta quinta e fechou os olhos para os outros. Sabia que não podia perder em casa. Mais do que isso. Tinha de jogar bem. E jogou. Vai se classificar para as fases decisivas do Estadual e tentar tirar o favoritismo natural do seu maior rival, o mesmo Palmeiras, que segue sem perder na competição.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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