Análise|Corinthians sofre, mas bate o Cruzeiro com golaço no fim e conquista o 11º título da Copinha


Time mineiro joga melhor, mas equipe corintiana melhora com substituições na etapa final e vence por 1 a 0 em jogada individual do meia Kayke, de 19 anos

Por Rodrigo Sampaio
Atualização:

O Corinthians derrotou por 1 a 0 o Cruzeiro nesta quinta-feira, na Neo Química Arena, e conquistou o seu 11º título da Copa São Paulo de Juniores, ampliando a hegemonia como o maior vencedor do torneio. O time treinado por Danilo, ídolo das conquistas da Copa Libertadores e Mundial, não foi melhor do que o adversário, mas soube sofrer e melhorou com substituições na etapa final. O gol da vitória saiu em jogada individual do habilidoso meia Kayke, de 19 anos, no fim do segundo tempo.

Apesar de o Cruzeiro ter chegado à final com uma campanha melhor do que a do Corinthians, a Federação Paulista de Futebol (FPF) escolheu a Neo Química Arena, casa corintiana, como palco da decisão. A entidade concordou em deixar 90% da carga de ingressos e da renda da bilheteria com o clube paulista pelo fato de a agremiação bancar os custos da operação da partida, o que normalmente é dever da federação. O resultado foi muitos cruzeirenses do lado de fora do estádio, sem conseguir comprar ingressos. Segundo o Cruzeiro, metade da carga no setor visitante foi destinada aos familiares dos atletas e comissão técnica.

Com o estádio de imensa maioria corintiana, o time cruzeirense precisou lidar com a pressão da Fiel que vinha da arquibancada. A equipe celeste assimilou bem o ambiente no início da partida e buscou ficar com a posse de bola, evitando ser atacada e, consequentemente, que os torcedores inflamassem o jogo. Os mineiros foram os primeiros a chegar com perigo, com Arthur perdendo gol impressionante antes dos 10 minutos.

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Corinthians vence a Copinha 2024 e conquista o 11º título do torneio de juniores.  Foto: Alex Silva/Estadão

No duelo de melhor ataque (Corinthians) contra a melhor defesa (Cruzeiro), o setor de meio-campo foi ponto desequilibrante. Os cruzeirenses articularam boas jogadas por dentro, especialmente com o meia Jhosefer, que chegou a ter oportunidades no time principal, e a dobradinha na esquerda com Vitinho, meia com boa técnica que virou lateral, e o atacante Arthur, recuando para tabelar e disparar em diagonal. O time corintiano, por sua vez, careceu de ideias na faixa central — Bidon foi quem mais se desdobrou e procurou participar — e insistiu com lances pelos lados. A atuação ruim da equipe alvinegra ficou ainda mais evidente quando Arthur Rosa tentou cavar um pênalti e foi advertido com amarelo. Nas poucas vezes em que o Corinthians trabalhou a bola pelo meio, o time conseguiu pisar na área e incomodar o adversário, mas pecou nas finalizações.

O Corinthians voltou para o segundo tempo mais pilhado, marcando forte e brigando pela bola na frente. Apesar disso, a equipe alvinegra criou pouco. O meia Pedrinho, artilheiro da time na Copinha, e Arhur Rosa, uma das esperanças de gol dos corintianos, mal tocaram na bola. Mesmo com poucos espaços, o Cruzeiro assustou com finalizações perigosas e até balançou as redes com Tevis, jovem atacante com nome em homenagem ao ídolo argentino do Corinthians. O árbitro Gabriel Henrique Meira Bispo errou e deixou o jogo seguir sem assinalar falta no goleiro Felipe Longo, marcando a infração quando os cruzeirenses comemoravam.

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Duas substituições mudaram o panorama da partida. Machucado, o volante Henrique Silva, do Cruzeiro, precisou sair e o time perdeu combate no meio. Pelo lado corintiano, a entrada de GH deu novo gás na frente, e o time alvinegro ficou mais insinuante, obrigando o goleiro adversário a trabalhar. Os paulistas não chegaram a fazer pressão, mas preencheram o campo de ataque e, aos 39, o meia Kayke resolveu a partida em jogada individual, acertando um lindo chute de perna direita de fora da área. O gol foi um balde de água fria para os cruzeirense, que mesmo com um a mais nos minutos finais, não conseguiram reagir.

FICHA TÉCNICA

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CORINTHIANS 1 x 0 CRUZEIRO

CORINTHIANS - Felipe Longo; Léo Mana, João Pedro Tchoca, Renato e Vitor Meer; Ryan (Tomás Augustín), Breno Bidon, Pedrinho (GH) e Kayke; Higor (Thomas Lisboa) e Arthur Sousa (Jhonatan). Técnico: Danilo Andrade

CRUZEIRO - Otávio; Carlos Gómez (Vitor Jesus), Pedrão, Bruno Alves (Kelvin) e Vitinho; Henrique Silva (André), Jhosefer (Juan Gabriel) e Xavier; Gui Meira, Tevis e Arthur (Rhuan Índio). Técnico: Fernando Seabra.

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ÁRBITRO - Gabriel Henrique Meira Bispo

GOLS - Kayke, aos 39 do segundo tempo

CARTÕES AMARELOS - Vitor Meer, Léo Mana, Arthur Sousa e Kayke (Corinthians); Arthur (Cruzeiro)

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PÚBLICO - 43.495

RENDA - R$ 1.215.586,00

LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

O Corinthians derrotou por 1 a 0 o Cruzeiro nesta quinta-feira, na Neo Química Arena, e conquistou o seu 11º título da Copa São Paulo de Juniores, ampliando a hegemonia como o maior vencedor do torneio. O time treinado por Danilo, ídolo das conquistas da Copa Libertadores e Mundial, não foi melhor do que o adversário, mas soube sofrer e melhorou com substituições na etapa final. O gol da vitória saiu em jogada individual do habilidoso meia Kayke, de 19 anos, no fim do segundo tempo.

Apesar de o Cruzeiro ter chegado à final com uma campanha melhor do que a do Corinthians, a Federação Paulista de Futebol (FPF) escolheu a Neo Química Arena, casa corintiana, como palco da decisão. A entidade concordou em deixar 90% da carga de ingressos e da renda da bilheteria com o clube paulista pelo fato de a agremiação bancar os custos da operação da partida, o que normalmente é dever da federação. O resultado foi muitos cruzeirenses do lado de fora do estádio, sem conseguir comprar ingressos. Segundo o Cruzeiro, metade da carga no setor visitante foi destinada aos familiares dos atletas e comissão técnica.

Com o estádio de imensa maioria corintiana, o time cruzeirense precisou lidar com a pressão da Fiel que vinha da arquibancada. A equipe celeste assimilou bem o ambiente no início da partida e buscou ficar com a posse de bola, evitando ser atacada e, consequentemente, que os torcedores inflamassem o jogo. Os mineiros foram os primeiros a chegar com perigo, com Arthur perdendo gol impressionante antes dos 10 minutos.

Corinthians vence a Copinha 2024 e conquista o 11º título do torneio de juniores.  Foto: Alex Silva/Estadão

No duelo de melhor ataque (Corinthians) contra a melhor defesa (Cruzeiro), o setor de meio-campo foi ponto desequilibrante. Os cruzeirenses articularam boas jogadas por dentro, especialmente com o meia Jhosefer, que chegou a ter oportunidades no time principal, e a dobradinha na esquerda com Vitinho, meia com boa técnica que virou lateral, e o atacante Arthur, recuando para tabelar e disparar em diagonal. O time corintiano, por sua vez, careceu de ideias na faixa central — Bidon foi quem mais se desdobrou e procurou participar — e insistiu com lances pelos lados. A atuação ruim da equipe alvinegra ficou ainda mais evidente quando Arthur Rosa tentou cavar um pênalti e foi advertido com amarelo. Nas poucas vezes em que o Corinthians trabalhou a bola pelo meio, o time conseguiu pisar na área e incomodar o adversário, mas pecou nas finalizações.

O Corinthians voltou para o segundo tempo mais pilhado, marcando forte e brigando pela bola na frente. Apesar disso, a equipe alvinegra criou pouco. O meia Pedrinho, artilheiro da time na Copinha, e Arhur Rosa, uma das esperanças de gol dos corintianos, mal tocaram na bola. Mesmo com poucos espaços, o Cruzeiro assustou com finalizações perigosas e até balançou as redes com Tevis, jovem atacante com nome em homenagem ao ídolo argentino do Corinthians. O árbitro Gabriel Henrique Meira Bispo errou e deixou o jogo seguir sem assinalar falta no goleiro Felipe Longo, marcando a infração quando os cruzeirenses comemoravam.

Duas substituições mudaram o panorama da partida. Machucado, o volante Henrique Silva, do Cruzeiro, precisou sair e o time perdeu combate no meio. Pelo lado corintiano, a entrada de GH deu novo gás na frente, e o time alvinegro ficou mais insinuante, obrigando o goleiro adversário a trabalhar. Os paulistas não chegaram a fazer pressão, mas preencheram o campo de ataque e, aos 39, o meia Kayke resolveu a partida em jogada individual, acertando um lindo chute de perna direita de fora da área. O gol foi um balde de água fria para os cruzeirense, que mesmo com um a mais nos minutos finais, não conseguiram reagir.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 1 x 0 CRUZEIRO

CORINTHIANS - Felipe Longo; Léo Mana, João Pedro Tchoca, Renato e Vitor Meer; Ryan (Tomás Augustín), Breno Bidon, Pedrinho (GH) e Kayke; Higor (Thomas Lisboa) e Arthur Sousa (Jhonatan). Técnico: Danilo Andrade

CRUZEIRO - Otávio; Carlos Gómez (Vitor Jesus), Pedrão, Bruno Alves (Kelvin) e Vitinho; Henrique Silva (André), Jhosefer (Juan Gabriel) e Xavier; Gui Meira, Tevis e Arthur (Rhuan Índio). Técnico: Fernando Seabra.

ÁRBITRO - Gabriel Henrique Meira Bispo

GOLS - Kayke, aos 39 do segundo tempo

CARTÕES AMARELOS - Vitor Meer, Léo Mana, Arthur Sousa e Kayke (Corinthians); Arthur (Cruzeiro)

PÚBLICO - 43.495

RENDA - R$ 1.215.586,00

LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

O Corinthians derrotou por 1 a 0 o Cruzeiro nesta quinta-feira, na Neo Química Arena, e conquistou o seu 11º título da Copa São Paulo de Juniores, ampliando a hegemonia como o maior vencedor do torneio. O time treinado por Danilo, ídolo das conquistas da Copa Libertadores e Mundial, não foi melhor do que o adversário, mas soube sofrer e melhorou com substituições na etapa final. O gol da vitória saiu em jogada individual do habilidoso meia Kayke, de 19 anos, no fim do segundo tempo.

Apesar de o Cruzeiro ter chegado à final com uma campanha melhor do que a do Corinthians, a Federação Paulista de Futebol (FPF) escolheu a Neo Química Arena, casa corintiana, como palco da decisão. A entidade concordou em deixar 90% da carga de ingressos e da renda da bilheteria com o clube paulista pelo fato de a agremiação bancar os custos da operação da partida, o que normalmente é dever da federação. O resultado foi muitos cruzeirenses do lado de fora do estádio, sem conseguir comprar ingressos. Segundo o Cruzeiro, metade da carga no setor visitante foi destinada aos familiares dos atletas e comissão técnica.

Com o estádio de imensa maioria corintiana, o time cruzeirense precisou lidar com a pressão da Fiel que vinha da arquibancada. A equipe celeste assimilou bem o ambiente no início da partida e buscou ficar com a posse de bola, evitando ser atacada e, consequentemente, que os torcedores inflamassem o jogo. Os mineiros foram os primeiros a chegar com perigo, com Arthur perdendo gol impressionante antes dos 10 minutos.

Corinthians vence a Copinha 2024 e conquista o 11º título do torneio de juniores.  Foto: Alex Silva/Estadão

No duelo de melhor ataque (Corinthians) contra a melhor defesa (Cruzeiro), o setor de meio-campo foi ponto desequilibrante. Os cruzeirenses articularam boas jogadas por dentro, especialmente com o meia Jhosefer, que chegou a ter oportunidades no time principal, e a dobradinha na esquerda com Vitinho, meia com boa técnica que virou lateral, e o atacante Arthur, recuando para tabelar e disparar em diagonal. O time corintiano, por sua vez, careceu de ideias na faixa central — Bidon foi quem mais se desdobrou e procurou participar — e insistiu com lances pelos lados. A atuação ruim da equipe alvinegra ficou ainda mais evidente quando Arthur Rosa tentou cavar um pênalti e foi advertido com amarelo. Nas poucas vezes em que o Corinthians trabalhou a bola pelo meio, o time conseguiu pisar na área e incomodar o adversário, mas pecou nas finalizações.

O Corinthians voltou para o segundo tempo mais pilhado, marcando forte e brigando pela bola na frente. Apesar disso, a equipe alvinegra criou pouco. O meia Pedrinho, artilheiro da time na Copinha, e Arhur Rosa, uma das esperanças de gol dos corintianos, mal tocaram na bola. Mesmo com poucos espaços, o Cruzeiro assustou com finalizações perigosas e até balançou as redes com Tevis, jovem atacante com nome em homenagem ao ídolo argentino do Corinthians. O árbitro Gabriel Henrique Meira Bispo errou e deixou o jogo seguir sem assinalar falta no goleiro Felipe Longo, marcando a infração quando os cruzeirenses comemoravam.

Duas substituições mudaram o panorama da partida. Machucado, o volante Henrique Silva, do Cruzeiro, precisou sair e o time perdeu combate no meio. Pelo lado corintiano, a entrada de GH deu novo gás na frente, e o time alvinegro ficou mais insinuante, obrigando o goleiro adversário a trabalhar. Os paulistas não chegaram a fazer pressão, mas preencheram o campo de ataque e, aos 39, o meia Kayke resolveu a partida em jogada individual, acertando um lindo chute de perna direita de fora da área. O gol foi um balde de água fria para os cruzeirense, que mesmo com um a mais nos minutos finais, não conseguiram reagir.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 1 x 0 CRUZEIRO

CORINTHIANS - Felipe Longo; Léo Mana, João Pedro Tchoca, Renato e Vitor Meer; Ryan (Tomás Augustín), Breno Bidon, Pedrinho (GH) e Kayke; Higor (Thomas Lisboa) e Arthur Sousa (Jhonatan). Técnico: Danilo Andrade

CRUZEIRO - Otávio; Carlos Gómez (Vitor Jesus), Pedrão, Bruno Alves (Kelvin) e Vitinho; Henrique Silva (André), Jhosefer (Juan Gabriel) e Xavier; Gui Meira, Tevis e Arthur (Rhuan Índio). Técnico: Fernando Seabra.

ÁRBITRO - Gabriel Henrique Meira Bispo

GOLS - Kayke, aos 39 do segundo tempo

CARTÕES AMARELOS - Vitor Meer, Léo Mana, Arthur Sousa e Kayke (Corinthians); Arthur (Cruzeiro)

PÚBLICO - 43.495

RENDA - R$ 1.215.586,00

LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

Análise por Rodrigo Sampaio

Jornalista natural do Rio de Janeiro (RJ) em São Paulo. Repórter de Esportes do Estadão desde 2021. Antes, passagens por TV Globo e Jornal O Dia, com experiência na cobertura da Metrópole, Cultura, Política e Judiciário. Fez parte da 30ª turma do Curso Estado de Jornalismo.

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