Corinthians: Cassundé diz que conheceu Vai de Bet pelo ChatGPT e não cobrou como intermediário


Empresário é suspeito de ter envolvimento em desvios no percentual que o clube repassava a ele por participação no negócio

Por Redação
Atualização:

Um dos nomes envolvidos no suposto caso de desvios no acordo do Corinthians com a Vai de Bet depôs à Polícia Civil de São Paulo. Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, negou que tenha cobrado por sua parte na negociação. Ele é apontado como intermediário no acordo, que supostamente teve envolvida uma empresa “laranja”, para onde foi parte da verba paga pelo Corinthians ao empresário. A Vai de Bet nega envolvimento em irregularidades, afirma que solicitou esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas e rescindiu o acordo com o clube sob argumento de que “não se pode manter a parceria enquanto pairar qualquer suspeita em relação a condutas que fujam à conformidade com a ética e os preceitos legais”.

O depoimento de Cassundé foi nesta terça-feira e durou 3h30. Ele disse que não conhecia a empresa até perguntar por “dicas de como encontrar uma empresa de bet” ao ChatGPT, inteligência artificial generativa da OpenAI. Foi a partir da resposta, segundo ele, que encontrou a Vai de Bet e chegou ao contato de um sócio da casa de apostas. Ao escrever o mesmo comando, a reportagem do Estadão recebeu recomendações de elementos para analisar na escolha, mas nenhum nome de empresa do ramo foi citado.

“Ele respondeu a todas as perguntas. Esclarecemos todas as dúvidas. Por fim, o telefone dele (de Cassundé) foi entregue. Cumpriu determinação judicial. Não apagou mensagens. É o telefone que ele sempre usou. Foi bastante longo, bastante detalhado, porque foi perguntado toda história, tudo que ele participou no Corinthians”, afirmou o advogado Claudio Salgado, que representa o empresário.

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Vai de Bet fechou com o Corinthians como o maior patrocínio do futebol brasileiro. Foto: Jozzu/Agência Corinthians

O empresário alegou que foi o Corinthians que ofereceu R$ 25,2 milhões a ele por ter intermediado o negócio. O valor é o total de parcelas mensais de R$ 700 mil, que seriam pagos por três anos. Isso corresponde a 7% dos R$ 360 milhões acertados entre Vai de Bet e o clube, o que chegou a ser o maior acordo de patrocínio do futebol brasileiro.

Com CNPJ ativo desde janeiro de 2021, a empresa Rede Social Media Design recebeu duas parcelas (R$ 1,4 milhão) e possui um capital social declarado de R$ 10 mil, no nome Cassundé. Neste ponto que supostamente acontecia o desvio, quando a Rede Social Media Design repassava parte dos valores recebidos em comissão por meio de PIX à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, empresa com endereço na Avenida Paulista que serviria como laranja no acordo.

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Do R$ 1,4 milhão pago à empresa de Cassundé, R$ 1 milhão foi transferido para a suposta empresa laranja. No depoimento, ele afirma que era por um serviço de telemedicina, mas que foi vítima de um golpe. Não foi feito registro de ocorrência sobre isso. Segundo o delegado Tiago Fernando Correia, da Delegacia de Crimes Financeiros do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), o Corinthians é uma potencial vítima no caso.

“A transferência foi feita, em um negócio que ele teve, regularizada. Ele foi uma vítima, de repente, até de um golpe. Não tinha essa informação (de que a Neoway era uma empresa fantasma)”, disse Salgado.

Cassundé apontou sua ligação com o clube por meio do atualmente licenciado superintendente de marketing do clube, Sérgio Moura, e Marcelo Mariano, diretor administrativo do Corinthians. Ele alega não ter envolvimento na operação, apenas na assinatura do acordo, em janeiro. O empresário também atuou na campanha de Augusto Melo, no final de 2023.

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Os prints que acusam Cassundé e Augusto Melo e fizeram o presidente corintiano registrar um B.O. na semana passada não foram tema do depoimento. Enquanto lida com a investigação, Melo afirma que há traidores dentro do próprio Corinthians. Ele voltou a repetir a acusação na última sexta-feira, quando conversava com torcedores que protestavam no lado de fora do Parque São Jorge. A manifestação, que chegou a ter ameaças a Melo, foi convocada pela Gaviões da Fiel, a maior torcida organizada corintiana.

Desde o começo do ano, quando Melo assumiu, o clube tem sucessivos problemas, desde ao fracasso no Paulistão até reforços que não foram fechados, saída de diretores, além, é claro, do caso com a Vai de Bet. Um de seus principais aliados na campanha do ano passado e na gestão era Rubens Gomes, o Rubão, que disse ter ouvido de Melo que não havia intermediário na negociação. Pouco antes do caso se tornar conhecido, Rubão deixou o cargo de diretor de futebol do clube.

Atualmente, o Corinthians está na zona de rebaixamento do Brasileirão, em 18º. No quarta-feira, 26, às 20h (horário de Brasília), o clube recebe o Cuiabá na Neo Química Arena, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Um dos nomes envolvidos no suposto caso de desvios no acordo do Corinthians com a Vai de Bet depôs à Polícia Civil de São Paulo. Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, negou que tenha cobrado por sua parte na negociação. Ele é apontado como intermediário no acordo, que supostamente teve envolvida uma empresa “laranja”, para onde foi parte da verba paga pelo Corinthians ao empresário. A Vai de Bet nega envolvimento em irregularidades, afirma que solicitou esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas e rescindiu o acordo com o clube sob argumento de que “não se pode manter a parceria enquanto pairar qualquer suspeita em relação a condutas que fujam à conformidade com a ética e os preceitos legais”.

O depoimento de Cassundé foi nesta terça-feira e durou 3h30. Ele disse que não conhecia a empresa até perguntar por “dicas de como encontrar uma empresa de bet” ao ChatGPT, inteligência artificial generativa da OpenAI. Foi a partir da resposta, segundo ele, que encontrou a Vai de Bet e chegou ao contato de um sócio da casa de apostas. Ao escrever o mesmo comando, a reportagem do Estadão recebeu recomendações de elementos para analisar na escolha, mas nenhum nome de empresa do ramo foi citado.

“Ele respondeu a todas as perguntas. Esclarecemos todas as dúvidas. Por fim, o telefone dele (de Cassundé) foi entregue. Cumpriu determinação judicial. Não apagou mensagens. É o telefone que ele sempre usou. Foi bastante longo, bastante detalhado, porque foi perguntado toda história, tudo que ele participou no Corinthians”, afirmou o advogado Claudio Salgado, que representa o empresário.

Vai de Bet fechou com o Corinthians como o maior patrocínio do futebol brasileiro. Foto: Jozzu/Agência Corinthians

O empresário alegou que foi o Corinthians que ofereceu R$ 25,2 milhões a ele por ter intermediado o negócio. O valor é o total de parcelas mensais de R$ 700 mil, que seriam pagos por três anos. Isso corresponde a 7% dos R$ 360 milhões acertados entre Vai de Bet e o clube, o que chegou a ser o maior acordo de patrocínio do futebol brasileiro.

Com CNPJ ativo desde janeiro de 2021, a empresa Rede Social Media Design recebeu duas parcelas (R$ 1,4 milhão) e possui um capital social declarado de R$ 10 mil, no nome Cassundé. Neste ponto que supostamente acontecia o desvio, quando a Rede Social Media Design repassava parte dos valores recebidos em comissão por meio de PIX à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, empresa com endereço na Avenida Paulista que serviria como laranja no acordo.

Do R$ 1,4 milhão pago à empresa de Cassundé, R$ 1 milhão foi transferido para a suposta empresa laranja. No depoimento, ele afirma que era por um serviço de telemedicina, mas que foi vítima de um golpe. Não foi feito registro de ocorrência sobre isso. Segundo o delegado Tiago Fernando Correia, da Delegacia de Crimes Financeiros do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), o Corinthians é uma potencial vítima no caso.

“A transferência foi feita, em um negócio que ele teve, regularizada. Ele foi uma vítima, de repente, até de um golpe. Não tinha essa informação (de que a Neoway era uma empresa fantasma)”, disse Salgado.

Cassundé apontou sua ligação com o clube por meio do atualmente licenciado superintendente de marketing do clube, Sérgio Moura, e Marcelo Mariano, diretor administrativo do Corinthians. Ele alega não ter envolvimento na operação, apenas na assinatura do acordo, em janeiro. O empresário também atuou na campanha de Augusto Melo, no final de 2023.

Os prints que acusam Cassundé e Augusto Melo e fizeram o presidente corintiano registrar um B.O. na semana passada não foram tema do depoimento. Enquanto lida com a investigação, Melo afirma que há traidores dentro do próprio Corinthians. Ele voltou a repetir a acusação na última sexta-feira, quando conversava com torcedores que protestavam no lado de fora do Parque São Jorge. A manifestação, que chegou a ter ameaças a Melo, foi convocada pela Gaviões da Fiel, a maior torcida organizada corintiana.

Desde o começo do ano, quando Melo assumiu, o clube tem sucessivos problemas, desde ao fracasso no Paulistão até reforços que não foram fechados, saída de diretores, além, é claro, do caso com a Vai de Bet. Um de seus principais aliados na campanha do ano passado e na gestão era Rubens Gomes, o Rubão, que disse ter ouvido de Melo que não havia intermediário na negociação. Pouco antes do caso se tornar conhecido, Rubão deixou o cargo de diretor de futebol do clube.

Atualmente, o Corinthians está na zona de rebaixamento do Brasileirão, em 18º. No quarta-feira, 26, às 20h (horário de Brasília), o clube recebe o Cuiabá na Neo Química Arena, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Um dos nomes envolvidos no suposto caso de desvios no acordo do Corinthians com a Vai de Bet depôs à Polícia Civil de São Paulo. Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, negou que tenha cobrado por sua parte na negociação. Ele é apontado como intermediário no acordo, que supostamente teve envolvida uma empresa “laranja”, para onde foi parte da verba paga pelo Corinthians ao empresário. A Vai de Bet nega envolvimento em irregularidades, afirma que solicitou esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas e rescindiu o acordo com o clube sob argumento de que “não se pode manter a parceria enquanto pairar qualquer suspeita em relação a condutas que fujam à conformidade com a ética e os preceitos legais”.

O depoimento de Cassundé foi nesta terça-feira e durou 3h30. Ele disse que não conhecia a empresa até perguntar por “dicas de como encontrar uma empresa de bet” ao ChatGPT, inteligência artificial generativa da OpenAI. Foi a partir da resposta, segundo ele, que encontrou a Vai de Bet e chegou ao contato de um sócio da casa de apostas. Ao escrever o mesmo comando, a reportagem do Estadão recebeu recomendações de elementos para analisar na escolha, mas nenhum nome de empresa do ramo foi citado.

“Ele respondeu a todas as perguntas. Esclarecemos todas as dúvidas. Por fim, o telefone dele (de Cassundé) foi entregue. Cumpriu determinação judicial. Não apagou mensagens. É o telefone que ele sempre usou. Foi bastante longo, bastante detalhado, porque foi perguntado toda história, tudo que ele participou no Corinthians”, afirmou o advogado Claudio Salgado, que representa o empresário.

Vai de Bet fechou com o Corinthians como o maior patrocínio do futebol brasileiro. Foto: Jozzu/Agência Corinthians

O empresário alegou que foi o Corinthians que ofereceu R$ 25,2 milhões a ele por ter intermediado o negócio. O valor é o total de parcelas mensais de R$ 700 mil, que seriam pagos por três anos. Isso corresponde a 7% dos R$ 360 milhões acertados entre Vai de Bet e o clube, o que chegou a ser o maior acordo de patrocínio do futebol brasileiro.

Com CNPJ ativo desde janeiro de 2021, a empresa Rede Social Media Design recebeu duas parcelas (R$ 1,4 milhão) e possui um capital social declarado de R$ 10 mil, no nome Cassundé. Neste ponto que supostamente acontecia o desvio, quando a Rede Social Media Design repassava parte dos valores recebidos em comissão por meio de PIX à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, empresa com endereço na Avenida Paulista que serviria como laranja no acordo.

Do R$ 1,4 milhão pago à empresa de Cassundé, R$ 1 milhão foi transferido para a suposta empresa laranja. No depoimento, ele afirma que era por um serviço de telemedicina, mas que foi vítima de um golpe. Não foi feito registro de ocorrência sobre isso. Segundo o delegado Tiago Fernando Correia, da Delegacia de Crimes Financeiros do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), o Corinthians é uma potencial vítima no caso.

“A transferência foi feita, em um negócio que ele teve, regularizada. Ele foi uma vítima, de repente, até de um golpe. Não tinha essa informação (de que a Neoway era uma empresa fantasma)”, disse Salgado.

Cassundé apontou sua ligação com o clube por meio do atualmente licenciado superintendente de marketing do clube, Sérgio Moura, e Marcelo Mariano, diretor administrativo do Corinthians. Ele alega não ter envolvimento na operação, apenas na assinatura do acordo, em janeiro. O empresário também atuou na campanha de Augusto Melo, no final de 2023.

Os prints que acusam Cassundé e Augusto Melo e fizeram o presidente corintiano registrar um B.O. na semana passada não foram tema do depoimento. Enquanto lida com a investigação, Melo afirma que há traidores dentro do próprio Corinthians. Ele voltou a repetir a acusação na última sexta-feira, quando conversava com torcedores que protestavam no lado de fora do Parque São Jorge. A manifestação, que chegou a ter ameaças a Melo, foi convocada pela Gaviões da Fiel, a maior torcida organizada corintiana.

Desde o começo do ano, quando Melo assumiu, o clube tem sucessivos problemas, desde ao fracasso no Paulistão até reforços que não foram fechados, saída de diretores, além, é claro, do caso com a Vai de Bet. Um de seus principais aliados na campanha do ano passado e na gestão era Rubens Gomes, o Rubão, que disse ter ouvido de Melo que não havia intermediário na negociação. Pouco antes do caso se tornar conhecido, Rubão deixou o cargo de diretor de futebol do clube.

Atualmente, o Corinthians está na zona de rebaixamento do Brasileirão, em 18º. No quarta-feira, 26, às 20h (horário de Brasília), o clube recebe o Cuiabá na Neo Química Arena, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Um dos nomes envolvidos no suposto caso de desvios no acordo do Corinthians com a Vai de Bet depôs à Polícia Civil de São Paulo. Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, negou que tenha cobrado por sua parte na negociação. Ele é apontado como intermediário no acordo, que supostamente teve envolvida uma empresa “laranja”, para onde foi parte da verba paga pelo Corinthians ao empresário. A Vai de Bet nega envolvimento em irregularidades, afirma que solicitou esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas e rescindiu o acordo com o clube sob argumento de que “não se pode manter a parceria enquanto pairar qualquer suspeita em relação a condutas que fujam à conformidade com a ética e os preceitos legais”.

O depoimento de Cassundé foi nesta terça-feira e durou 3h30. Ele disse que não conhecia a empresa até perguntar por “dicas de como encontrar uma empresa de bet” ao ChatGPT, inteligência artificial generativa da OpenAI. Foi a partir da resposta, segundo ele, que encontrou a Vai de Bet e chegou ao contato de um sócio da casa de apostas. Ao escrever o mesmo comando, a reportagem do Estadão recebeu recomendações de elementos para analisar na escolha, mas nenhum nome de empresa do ramo foi citado.

“Ele respondeu a todas as perguntas. Esclarecemos todas as dúvidas. Por fim, o telefone dele (de Cassundé) foi entregue. Cumpriu determinação judicial. Não apagou mensagens. É o telefone que ele sempre usou. Foi bastante longo, bastante detalhado, porque foi perguntado toda história, tudo que ele participou no Corinthians”, afirmou o advogado Claudio Salgado, que representa o empresário.

Vai de Bet fechou com o Corinthians como o maior patrocínio do futebol brasileiro. Foto: Jozzu/Agência Corinthians

O empresário alegou que foi o Corinthians que ofereceu R$ 25,2 milhões a ele por ter intermediado o negócio. O valor é o total de parcelas mensais de R$ 700 mil, que seriam pagos por três anos. Isso corresponde a 7% dos R$ 360 milhões acertados entre Vai de Bet e o clube, o que chegou a ser o maior acordo de patrocínio do futebol brasileiro.

Com CNPJ ativo desde janeiro de 2021, a empresa Rede Social Media Design recebeu duas parcelas (R$ 1,4 milhão) e possui um capital social declarado de R$ 10 mil, no nome Cassundé. Neste ponto que supostamente acontecia o desvio, quando a Rede Social Media Design repassava parte dos valores recebidos em comissão por meio de PIX à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, empresa com endereço na Avenida Paulista que serviria como laranja no acordo.

Do R$ 1,4 milhão pago à empresa de Cassundé, R$ 1 milhão foi transferido para a suposta empresa laranja. No depoimento, ele afirma que era por um serviço de telemedicina, mas que foi vítima de um golpe. Não foi feito registro de ocorrência sobre isso. Segundo o delegado Tiago Fernando Correia, da Delegacia de Crimes Financeiros do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), o Corinthians é uma potencial vítima no caso.

“A transferência foi feita, em um negócio que ele teve, regularizada. Ele foi uma vítima, de repente, até de um golpe. Não tinha essa informação (de que a Neoway era uma empresa fantasma)”, disse Salgado.

Cassundé apontou sua ligação com o clube por meio do atualmente licenciado superintendente de marketing do clube, Sérgio Moura, e Marcelo Mariano, diretor administrativo do Corinthians. Ele alega não ter envolvimento na operação, apenas na assinatura do acordo, em janeiro. O empresário também atuou na campanha de Augusto Melo, no final de 2023.

Os prints que acusam Cassundé e Augusto Melo e fizeram o presidente corintiano registrar um B.O. na semana passada não foram tema do depoimento. Enquanto lida com a investigação, Melo afirma que há traidores dentro do próprio Corinthians. Ele voltou a repetir a acusação na última sexta-feira, quando conversava com torcedores que protestavam no lado de fora do Parque São Jorge. A manifestação, que chegou a ter ameaças a Melo, foi convocada pela Gaviões da Fiel, a maior torcida organizada corintiana.

Desde o começo do ano, quando Melo assumiu, o clube tem sucessivos problemas, desde ao fracasso no Paulistão até reforços que não foram fechados, saída de diretores, além, é claro, do caso com a Vai de Bet. Um de seus principais aliados na campanha do ano passado e na gestão era Rubens Gomes, o Rubão, que disse ter ouvido de Melo que não havia intermediário na negociação. Pouco antes do caso se tornar conhecido, Rubão deixou o cargo de diretor de futebol do clube.

Atualmente, o Corinthians está na zona de rebaixamento do Brasileirão, em 18º. No quarta-feira, 26, às 20h (horário de Brasília), o clube recebe o Cuiabá na Neo Química Arena, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Um dos nomes envolvidos no suposto caso de desvios no acordo do Corinthians com a Vai de Bet depôs à Polícia Civil de São Paulo. Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, negou que tenha cobrado por sua parte na negociação. Ele é apontado como intermediário no acordo, que supostamente teve envolvida uma empresa “laranja”, para onde foi parte da verba paga pelo Corinthians ao empresário. A Vai de Bet nega envolvimento em irregularidades, afirma que solicitou esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas e rescindiu o acordo com o clube sob argumento de que “não se pode manter a parceria enquanto pairar qualquer suspeita em relação a condutas que fujam à conformidade com a ética e os preceitos legais”.

O depoimento de Cassundé foi nesta terça-feira e durou 3h30. Ele disse que não conhecia a empresa até perguntar por “dicas de como encontrar uma empresa de bet” ao ChatGPT, inteligência artificial generativa da OpenAI. Foi a partir da resposta, segundo ele, que encontrou a Vai de Bet e chegou ao contato de um sócio da casa de apostas. Ao escrever o mesmo comando, a reportagem do Estadão recebeu recomendações de elementos para analisar na escolha, mas nenhum nome de empresa do ramo foi citado.

“Ele respondeu a todas as perguntas. Esclarecemos todas as dúvidas. Por fim, o telefone dele (de Cassundé) foi entregue. Cumpriu determinação judicial. Não apagou mensagens. É o telefone que ele sempre usou. Foi bastante longo, bastante detalhado, porque foi perguntado toda história, tudo que ele participou no Corinthians”, afirmou o advogado Claudio Salgado, que representa o empresário.

Vai de Bet fechou com o Corinthians como o maior patrocínio do futebol brasileiro. Foto: Jozzu/Agência Corinthians

O empresário alegou que foi o Corinthians que ofereceu R$ 25,2 milhões a ele por ter intermediado o negócio. O valor é o total de parcelas mensais de R$ 700 mil, que seriam pagos por três anos. Isso corresponde a 7% dos R$ 360 milhões acertados entre Vai de Bet e o clube, o que chegou a ser o maior acordo de patrocínio do futebol brasileiro.

Com CNPJ ativo desde janeiro de 2021, a empresa Rede Social Media Design recebeu duas parcelas (R$ 1,4 milhão) e possui um capital social declarado de R$ 10 mil, no nome Cassundé. Neste ponto que supostamente acontecia o desvio, quando a Rede Social Media Design repassava parte dos valores recebidos em comissão por meio de PIX à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, empresa com endereço na Avenida Paulista que serviria como laranja no acordo.

Do R$ 1,4 milhão pago à empresa de Cassundé, R$ 1 milhão foi transferido para a suposta empresa laranja. No depoimento, ele afirma que era por um serviço de telemedicina, mas que foi vítima de um golpe. Não foi feito registro de ocorrência sobre isso. Segundo o delegado Tiago Fernando Correia, da Delegacia de Crimes Financeiros do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), o Corinthians é uma potencial vítima no caso.

“A transferência foi feita, em um negócio que ele teve, regularizada. Ele foi uma vítima, de repente, até de um golpe. Não tinha essa informação (de que a Neoway era uma empresa fantasma)”, disse Salgado.

Cassundé apontou sua ligação com o clube por meio do atualmente licenciado superintendente de marketing do clube, Sérgio Moura, e Marcelo Mariano, diretor administrativo do Corinthians. Ele alega não ter envolvimento na operação, apenas na assinatura do acordo, em janeiro. O empresário também atuou na campanha de Augusto Melo, no final de 2023.

Os prints que acusam Cassundé e Augusto Melo e fizeram o presidente corintiano registrar um B.O. na semana passada não foram tema do depoimento. Enquanto lida com a investigação, Melo afirma que há traidores dentro do próprio Corinthians. Ele voltou a repetir a acusação na última sexta-feira, quando conversava com torcedores que protestavam no lado de fora do Parque São Jorge. A manifestação, que chegou a ter ameaças a Melo, foi convocada pela Gaviões da Fiel, a maior torcida organizada corintiana.

Desde o começo do ano, quando Melo assumiu, o clube tem sucessivos problemas, desde ao fracasso no Paulistão até reforços que não foram fechados, saída de diretores, além, é claro, do caso com a Vai de Bet. Um de seus principais aliados na campanha do ano passado e na gestão era Rubens Gomes, o Rubão, que disse ter ouvido de Melo que não havia intermediário na negociação. Pouco antes do caso se tornar conhecido, Rubão deixou o cargo de diretor de futebol do clube.

Atualmente, o Corinthians está na zona de rebaixamento do Brasileirão, em 18º. No quarta-feira, 26, às 20h (horário de Brasília), o clube recebe o Cuiabá na Neo Química Arena, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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