Crianças aproveitam telão no parque para fazer sua própria Copa do Mundo


Iniciativa de transmitir os jogos do Mundial do Catar ao ar livre integra o programa de lazer e entretenimento Família do Villa Lobos, em São Paulo

Por Gonçalo Junior

Diante do telão instalado no Parque Villa Lobos, zona oeste de São Paulo, as crianças mostraram que um jogo de Copa do Mundo pode ser visto de várias formas. Para Bernardo, de 4 anos, foi só o descanso entre a tirolesa e o escorregador; Flávia, de 11, decidiu procurar no celular a capital do Catar e Otávio viu o jogo para aprender a melhorar como zagueiro. Pela primeira vez diante da comoção causada pelo Mundial, crianças combinaram o jogo de futebol com parque, brincadeira e - não tente fazer isso em casa - algodão doce, cachorro quente, refrigerante e pipoca.

A iniciativa de transmitir os jogos da Copa ao ar livre integra o programa de lazer e entretenimento Família no Parque realizado no parque há seis anos. No Mundial, as 20 atrações, entre elas, infláveis gigantes, tirolesa, bungee trampolim, parede de escalada, vão funcionar aos finais de semana enquanto o telão de 2,50 m por 3 m transmite as partidas. Os pais podem assistir aos jogos enquanto as crianças brincam. Ou as crianças brincam e assistem. Ou fazem tudo junto, o que é ainda mais legal. No parque, a Copa é das crianças.

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É mais que futebol. Assistir a um jogo de Copa é deixar uma lembrança boa na vida dos pequenos. Dá para cravar que Alice Bicalho, de 11 anos, não vai esquecer tão cedo que jogou bola com os amigos, passeou com o pai, Marcos, analista de sistemas de 47 anos, e viu o jogo da Copa no mesmo dia e no mesmo lugar. É uma figurinha dourada no álbum que essa corintiana está montando na sua própria vida.

Copa também pode ser uma espécie de lição de casa. Otávio Paoli dispensou todas as atrações do local para ver a vitória do Equador. O Estadão encontrou o menino de 10 anos esparramado no gramado, aproveitando o colo da mãe, a economista Mayara Paoli, de 35 anos. O aluno do 5º ano de uma escola particular em Alphaville, na Grande São Paulo, quer melhorar seu jeito de jogar, mas não tem intenção ser profissional. “Não é o Equador que é bom. É o Catar que é muito ruim”, decretou.

Assistindo ao confronto entre Equador e Catar e ainda jogando bola Foto: Werther Santana / Estadão
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O evento se trata de uma ação da iniciativa privada dentro do parque, mantido pelo governo estadual. Depois da experiência bem-sucedida na Copa da Rússia, com a média diária de mil pessoas, os organizadores decidiram repetir o evento. A entrada no parque é gratuita, assim como o acesso ao espaço e a transmissão dos jogos. Já as atividades de lazer custam a partir de R$ 8 por brinquedo. Nos jogos da Copa, os organizadores prometem decorar a área, com animadores caracterizados e brincadeiras sobre a seleção brasileira.

O movimento foi bom, mas o gramado em frente ao telão não chegou a ficar lotado. Havia espaço para estender a canga ou a toalha. A chuva atrapalhou um pouco. Muita gente se dispersou procurando abrigo logo após o almoço. Por isso, Thiago Ribeiro, de 31 anos, que trabalha na área logística, sentiu falta de uma cobertura se a chuva apertasse. No início da tarde, algumas atrações chegaram a ser interrompidas por questões de segurança. Como a grama estava molhada, muita gente desistiu de sentar, só parou um pouquinho e seguiu o passeio.

Mas as crianças pararam para ver aquela de televisão gigante instalada num caminhão perto das hastes da tirolesa. Com idades entre 8, 10, 12 anos, elas estão em sua segunda Copa, mas, de fato, é a primeira. Eram muito novinhas quando o belga Kevin De Bruyne mandou o Brasil embora da Copa da Rússia. Hoje, envolvidas na luta para completar o álbum de figurinhas, elas percebem que todo mundo só fala de Copa, que vai ter jogo até de manhã e descobrem que não tem aula no dia de jogo do Brasil.

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Parque Villa Lobos não ficou tão cheio para o jogo de abertura da Copa Foto: Werther Santana / Estadão

Aos 11 anos, Júlia Rodriguez vive esse clima. Ela queria levar bandeira e apito para o parque, mas ficou apenas na camiseta amarela. Patinadora, ela confessa que só vê os jogos do Brasil durante o Mundial. Antes de se sentar no gramado com o pai, Eisler Rodriguez, ela brincou na estande do tiro do alvo. “Só conheço o Neymar”, disse a menina.

Alguns pais escolheram o parque como alternativa aos bares, como a professora Flor Pacheco, de 32 anos. Ela queria assistir à abertura da Copa com o filho Raul, de 7 anos, e as amigas inglesas Claire Taylor e Cathy Tarrant, mas não queria um lugar em que fossem vendidas bebidas alcoólicas. Os quatro não arredaram o pé nem quando a chuva apertou. Elas tinham uma canga que virou barraca. Raul adorou o que chamou de “aventura”.

Diante do telão instalado no Parque Villa Lobos, zona oeste de São Paulo, as crianças mostraram que um jogo de Copa do Mundo pode ser visto de várias formas. Para Bernardo, de 4 anos, foi só o descanso entre a tirolesa e o escorregador; Flávia, de 11, decidiu procurar no celular a capital do Catar e Otávio viu o jogo para aprender a melhorar como zagueiro. Pela primeira vez diante da comoção causada pelo Mundial, crianças combinaram o jogo de futebol com parque, brincadeira e - não tente fazer isso em casa - algodão doce, cachorro quente, refrigerante e pipoca.

A iniciativa de transmitir os jogos da Copa ao ar livre integra o programa de lazer e entretenimento Família no Parque realizado no parque há seis anos. No Mundial, as 20 atrações, entre elas, infláveis gigantes, tirolesa, bungee trampolim, parede de escalada, vão funcionar aos finais de semana enquanto o telão de 2,50 m por 3 m transmite as partidas. Os pais podem assistir aos jogos enquanto as crianças brincam. Ou as crianças brincam e assistem. Ou fazem tudo junto, o que é ainda mais legal. No parque, a Copa é das crianças.

É mais que futebol. Assistir a um jogo de Copa é deixar uma lembrança boa na vida dos pequenos. Dá para cravar que Alice Bicalho, de 11 anos, não vai esquecer tão cedo que jogou bola com os amigos, passeou com o pai, Marcos, analista de sistemas de 47 anos, e viu o jogo da Copa no mesmo dia e no mesmo lugar. É uma figurinha dourada no álbum que essa corintiana está montando na sua própria vida.

Copa também pode ser uma espécie de lição de casa. Otávio Paoli dispensou todas as atrações do local para ver a vitória do Equador. O Estadão encontrou o menino de 10 anos esparramado no gramado, aproveitando o colo da mãe, a economista Mayara Paoli, de 35 anos. O aluno do 5º ano de uma escola particular em Alphaville, na Grande São Paulo, quer melhorar seu jeito de jogar, mas não tem intenção ser profissional. “Não é o Equador que é bom. É o Catar que é muito ruim”, decretou.

Assistindo ao confronto entre Equador e Catar e ainda jogando bola Foto: Werther Santana / Estadão

O evento se trata de uma ação da iniciativa privada dentro do parque, mantido pelo governo estadual. Depois da experiência bem-sucedida na Copa da Rússia, com a média diária de mil pessoas, os organizadores decidiram repetir o evento. A entrada no parque é gratuita, assim como o acesso ao espaço e a transmissão dos jogos. Já as atividades de lazer custam a partir de R$ 8 por brinquedo. Nos jogos da Copa, os organizadores prometem decorar a área, com animadores caracterizados e brincadeiras sobre a seleção brasileira.

O movimento foi bom, mas o gramado em frente ao telão não chegou a ficar lotado. Havia espaço para estender a canga ou a toalha. A chuva atrapalhou um pouco. Muita gente se dispersou procurando abrigo logo após o almoço. Por isso, Thiago Ribeiro, de 31 anos, que trabalha na área logística, sentiu falta de uma cobertura se a chuva apertasse. No início da tarde, algumas atrações chegaram a ser interrompidas por questões de segurança. Como a grama estava molhada, muita gente desistiu de sentar, só parou um pouquinho e seguiu o passeio.

Mas as crianças pararam para ver aquela de televisão gigante instalada num caminhão perto das hastes da tirolesa. Com idades entre 8, 10, 12 anos, elas estão em sua segunda Copa, mas, de fato, é a primeira. Eram muito novinhas quando o belga Kevin De Bruyne mandou o Brasil embora da Copa da Rússia. Hoje, envolvidas na luta para completar o álbum de figurinhas, elas percebem que todo mundo só fala de Copa, que vai ter jogo até de manhã e descobrem que não tem aula no dia de jogo do Brasil.

Parque Villa Lobos não ficou tão cheio para o jogo de abertura da Copa Foto: Werther Santana / Estadão

Aos 11 anos, Júlia Rodriguez vive esse clima. Ela queria levar bandeira e apito para o parque, mas ficou apenas na camiseta amarela. Patinadora, ela confessa que só vê os jogos do Brasil durante o Mundial. Antes de se sentar no gramado com o pai, Eisler Rodriguez, ela brincou na estande do tiro do alvo. “Só conheço o Neymar”, disse a menina.

Alguns pais escolheram o parque como alternativa aos bares, como a professora Flor Pacheco, de 32 anos. Ela queria assistir à abertura da Copa com o filho Raul, de 7 anos, e as amigas inglesas Claire Taylor e Cathy Tarrant, mas não queria um lugar em que fossem vendidas bebidas alcoólicas. Os quatro não arredaram o pé nem quando a chuva apertou. Elas tinham uma canga que virou barraca. Raul adorou o que chamou de “aventura”.

Diante do telão instalado no Parque Villa Lobos, zona oeste de São Paulo, as crianças mostraram que um jogo de Copa do Mundo pode ser visto de várias formas. Para Bernardo, de 4 anos, foi só o descanso entre a tirolesa e o escorregador; Flávia, de 11, decidiu procurar no celular a capital do Catar e Otávio viu o jogo para aprender a melhorar como zagueiro. Pela primeira vez diante da comoção causada pelo Mundial, crianças combinaram o jogo de futebol com parque, brincadeira e - não tente fazer isso em casa - algodão doce, cachorro quente, refrigerante e pipoca.

A iniciativa de transmitir os jogos da Copa ao ar livre integra o programa de lazer e entretenimento Família no Parque realizado no parque há seis anos. No Mundial, as 20 atrações, entre elas, infláveis gigantes, tirolesa, bungee trampolim, parede de escalada, vão funcionar aos finais de semana enquanto o telão de 2,50 m por 3 m transmite as partidas. Os pais podem assistir aos jogos enquanto as crianças brincam. Ou as crianças brincam e assistem. Ou fazem tudo junto, o que é ainda mais legal. No parque, a Copa é das crianças.

É mais que futebol. Assistir a um jogo de Copa é deixar uma lembrança boa na vida dos pequenos. Dá para cravar que Alice Bicalho, de 11 anos, não vai esquecer tão cedo que jogou bola com os amigos, passeou com o pai, Marcos, analista de sistemas de 47 anos, e viu o jogo da Copa no mesmo dia e no mesmo lugar. É uma figurinha dourada no álbum que essa corintiana está montando na sua própria vida.

Copa também pode ser uma espécie de lição de casa. Otávio Paoli dispensou todas as atrações do local para ver a vitória do Equador. O Estadão encontrou o menino de 10 anos esparramado no gramado, aproveitando o colo da mãe, a economista Mayara Paoli, de 35 anos. O aluno do 5º ano de uma escola particular em Alphaville, na Grande São Paulo, quer melhorar seu jeito de jogar, mas não tem intenção ser profissional. “Não é o Equador que é bom. É o Catar que é muito ruim”, decretou.

Assistindo ao confronto entre Equador e Catar e ainda jogando bola Foto: Werther Santana / Estadão

O evento se trata de uma ação da iniciativa privada dentro do parque, mantido pelo governo estadual. Depois da experiência bem-sucedida na Copa da Rússia, com a média diária de mil pessoas, os organizadores decidiram repetir o evento. A entrada no parque é gratuita, assim como o acesso ao espaço e a transmissão dos jogos. Já as atividades de lazer custam a partir de R$ 8 por brinquedo. Nos jogos da Copa, os organizadores prometem decorar a área, com animadores caracterizados e brincadeiras sobre a seleção brasileira.

O movimento foi bom, mas o gramado em frente ao telão não chegou a ficar lotado. Havia espaço para estender a canga ou a toalha. A chuva atrapalhou um pouco. Muita gente se dispersou procurando abrigo logo após o almoço. Por isso, Thiago Ribeiro, de 31 anos, que trabalha na área logística, sentiu falta de uma cobertura se a chuva apertasse. No início da tarde, algumas atrações chegaram a ser interrompidas por questões de segurança. Como a grama estava molhada, muita gente desistiu de sentar, só parou um pouquinho e seguiu o passeio.

Mas as crianças pararam para ver aquela de televisão gigante instalada num caminhão perto das hastes da tirolesa. Com idades entre 8, 10, 12 anos, elas estão em sua segunda Copa, mas, de fato, é a primeira. Eram muito novinhas quando o belga Kevin De Bruyne mandou o Brasil embora da Copa da Rússia. Hoje, envolvidas na luta para completar o álbum de figurinhas, elas percebem que todo mundo só fala de Copa, que vai ter jogo até de manhã e descobrem que não tem aula no dia de jogo do Brasil.

Parque Villa Lobos não ficou tão cheio para o jogo de abertura da Copa Foto: Werther Santana / Estadão

Aos 11 anos, Júlia Rodriguez vive esse clima. Ela queria levar bandeira e apito para o parque, mas ficou apenas na camiseta amarela. Patinadora, ela confessa que só vê os jogos do Brasil durante o Mundial. Antes de se sentar no gramado com o pai, Eisler Rodriguez, ela brincou na estande do tiro do alvo. “Só conheço o Neymar”, disse a menina.

Alguns pais escolheram o parque como alternativa aos bares, como a professora Flor Pacheco, de 32 anos. Ela queria assistir à abertura da Copa com o filho Raul, de 7 anos, e as amigas inglesas Claire Taylor e Cathy Tarrant, mas não queria um lugar em que fossem vendidas bebidas alcoólicas. Os quatro não arredaram o pé nem quando a chuva apertou. Elas tinham uma canga que virou barraca. Raul adorou o que chamou de “aventura”.

Diante do telão instalado no Parque Villa Lobos, zona oeste de São Paulo, as crianças mostraram que um jogo de Copa do Mundo pode ser visto de várias formas. Para Bernardo, de 4 anos, foi só o descanso entre a tirolesa e o escorregador; Flávia, de 11, decidiu procurar no celular a capital do Catar e Otávio viu o jogo para aprender a melhorar como zagueiro. Pela primeira vez diante da comoção causada pelo Mundial, crianças combinaram o jogo de futebol com parque, brincadeira e - não tente fazer isso em casa - algodão doce, cachorro quente, refrigerante e pipoca.

A iniciativa de transmitir os jogos da Copa ao ar livre integra o programa de lazer e entretenimento Família no Parque realizado no parque há seis anos. No Mundial, as 20 atrações, entre elas, infláveis gigantes, tirolesa, bungee trampolim, parede de escalada, vão funcionar aos finais de semana enquanto o telão de 2,50 m por 3 m transmite as partidas. Os pais podem assistir aos jogos enquanto as crianças brincam. Ou as crianças brincam e assistem. Ou fazem tudo junto, o que é ainda mais legal. No parque, a Copa é das crianças.

É mais que futebol. Assistir a um jogo de Copa é deixar uma lembrança boa na vida dos pequenos. Dá para cravar que Alice Bicalho, de 11 anos, não vai esquecer tão cedo que jogou bola com os amigos, passeou com o pai, Marcos, analista de sistemas de 47 anos, e viu o jogo da Copa no mesmo dia e no mesmo lugar. É uma figurinha dourada no álbum que essa corintiana está montando na sua própria vida.

Copa também pode ser uma espécie de lição de casa. Otávio Paoli dispensou todas as atrações do local para ver a vitória do Equador. O Estadão encontrou o menino de 10 anos esparramado no gramado, aproveitando o colo da mãe, a economista Mayara Paoli, de 35 anos. O aluno do 5º ano de uma escola particular em Alphaville, na Grande São Paulo, quer melhorar seu jeito de jogar, mas não tem intenção ser profissional. “Não é o Equador que é bom. É o Catar que é muito ruim”, decretou.

Assistindo ao confronto entre Equador e Catar e ainda jogando bola Foto: Werther Santana / Estadão

O evento se trata de uma ação da iniciativa privada dentro do parque, mantido pelo governo estadual. Depois da experiência bem-sucedida na Copa da Rússia, com a média diária de mil pessoas, os organizadores decidiram repetir o evento. A entrada no parque é gratuita, assim como o acesso ao espaço e a transmissão dos jogos. Já as atividades de lazer custam a partir de R$ 8 por brinquedo. Nos jogos da Copa, os organizadores prometem decorar a área, com animadores caracterizados e brincadeiras sobre a seleção brasileira.

O movimento foi bom, mas o gramado em frente ao telão não chegou a ficar lotado. Havia espaço para estender a canga ou a toalha. A chuva atrapalhou um pouco. Muita gente se dispersou procurando abrigo logo após o almoço. Por isso, Thiago Ribeiro, de 31 anos, que trabalha na área logística, sentiu falta de uma cobertura se a chuva apertasse. No início da tarde, algumas atrações chegaram a ser interrompidas por questões de segurança. Como a grama estava molhada, muita gente desistiu de sentar, só parou um pouquinho e seguiu o passeio.

Mas as crianças pararam para ver aquela de televisão gigante instalada num caminhão perto das hastes da tirolesa. Com idades entre 8, 10, 12 anos, elas estão em sua segunda Copa, mas, de fato, é a primeira. Eram muito novinhas quando o belga Kevin De Bruyne mandou o Brasil embora da Copa da Rússia. Hoje, envolvidas na luta para completar o álbum de figurinhas, elas percebem que todo mundo só fala de Copa, que vai ter jogo até de manhã e descobrem que não tem aula no dia de jogo do Brasil.

Parque Villa Lobos não ficou tão cheio para o jogo de abertura da Copa Foto: Werther Santana / Estadão

Aos 11 anos, Júlia Rodriguez vive esse clima. Ela queria levar bandeira e apito para o parque, mas ficou apenas na camiseta amarela. Patinadora, ela confessa que só vê os jogos do Brasil durante o Mundial. Antes de se sentar no gramado com o pai, Eisler Rodriguez, ela brincou na estande do tiro do alvo. “Só conheço o Neymar”, disse a menina.

Alguns pais escolheram o parque como alternativa aos bares, como a professora Flor Pacheco, de 32 anos. Ela queria assistir à abertura da Copa com o filho Raul, de 7 anos, e as amigas inglesas Claire Taylor e Cathy Tarrant, mas não queria um lugar em que fossem vendidas bebidas alcoólicas. Os quatro não arredaram o pé nem quando a chuva apertou. Elas tinham uma canga que virou barraca. Raul adorou o que chamou de “aventura”.

Diante do telão instalado no Parque Villa Lobos, zona oeste de São Paulo, as crianças mostraram que um jogo de Copa do Mundo pode ser visto de várias formas. Para Bernardo, de 4 anos, foi só o descanso entre a tirolesa e o escorregador; Flávia, de 11, decidiu procurar no celular a capital do Catar e Otávio viu o jogo para aprender a melhorar como zagueiro. Pela primeira vez diante da comoção causada pelo Mundial, crianças combinaram o jogo de futebol com parque, brincadeira e - não tente fazer isso em casa - algodão doce, cachorro quente, refrigerante e pipoca.

A iniciativa de transmitir os jogos da Copa ao ar livre integra o programa de lazer e entretenimento Família no Parque realizado no parque há seis anos. No Mundial, as 20 atrações, entre elas, infláveis gigantes, tirolesa, bungee trampolim, parede de escalada, vão funcionar aos finais de semana enquanto o telão de 2,50 m por 3 m transmite as partidas. Os pais podem assistir aos jogos enquanto as crianças brincam. Ou as crianças brincam e assistem. Ou fazem tudo junto, o que é ainda mais legal. No parque, a Copa é das crianças.

É mais que futebol. Assistir a um jogo de Copa é deixar uma lembrança boa na vida dos pequenos. Dá para cravar que Alice Bicalho, de 11 anos, não vai esquecer tão cedo que jogou bola com os amigos, passeou com o pai, Marcos, analista de sistemas de 47 anos, e viu o jogo da Copa no mesmo dia e no mesmo lugar. É uma figurinha dourada no álbum que essa corintiana está montando na sua própria vida.

Copa também pode ser uma espécie de lição de casa. Otávio Paoli dispensou todas as atrações do local para ver a vitória do Equador. O Estadão encontrou o menino de 10 anos esparramado no gramado, aproveitando o colo da mãe, a economista Mayara Paoli, de 35 anos. O aluno do 5º ano de uma escola particular em Alphaville, na Grande São Paulo, quer melhorar seu jeito de jogar, mas não tem intenção ser profissional. “Não é o Equador que é bom. É o Catar que é muito ruim”, decretou.

Assistindo ao confronto entre Equador e Catar e ainda jogando bola Foto: Werther Santana / Estadão

O evento se trata de uma ação da iniciativa privada dentro do parque, mantido pelo governo estadual. Depois da experiência bem-sucedida na Copa da Rússia, com a média diária de mil pessoas, os organizadores decidiram repetir o evento. A entrada no parque é gratuita, assim como o acesso ao espaço e a transmissão dos jogos. Já as atividades de lazer custam a partir de R$ 8 por brinquedo. Nos jogos da Copa, os organizadores prometem decorar a área, com animadores caracterizados e brincadeiras sobre a seleção brasileira.

O movimento foi bom, mas o gramado em frente ao telão não chegou a ficar lotado. Havia espaço para estender a canga ou a toalha. A chuva atrapalhou um pouco. Muita gente se dispersou procurando abrigo logo após o almoço. Por isso, Thiago Ribeiro, de 31 anos, que trabalha na área logística, sentiu falta de uma cobertura se a chuva apertasse. No início da tarde, algumas atrações chegaram a ser interrompidas por questões de segurança. Como a grama estava molhada, muita gente desistiu de sentar, só parou um pouquinho e seguiu o passeio.

Mas as crianças pararam para ver aquela de televisão gigante instalada num caminhão perto das hastes da tirolesa. Com idades entre 8, 10, 12 anos, elas estão em sua segunda Copa, mas, de fato, é a primeira. Eram muito novinhas quando o belga Kevin De Bruyne mandou o Brasil embora da Copa da Rússia. Hoje, envolvidas na luta para completar o álbum de figurinhas, elas percebem que todo mundo só fala de Copa, que vai ter jogo até de manhã e descobrem que não tem aula no dia de jogo do Brasil.

Parque Villa Lobos não ficou tão cheio para o jogo de abertura da Copa Foto: Werther Santana / Estadão

Aos 11 anos, Júlia Rodriguez vive esse clima. Ela queria levar bandeira e apito para o parque, mas ficou apenas na camiseta amarela. Patinadora, ela confessa que só vê os jogos do Brasil durante o Mundial. Antes de se sentar no gramado com o pai, Eisler Rodriguez, ela brincou na estande do tiro do alvo. “Só conheço o Neymar”, disse a menina.

Alguns pais escolheram o parque como alternativa aos bares, como a professora Flor Pacheco, de 32 anos. Ela queria assistir à abertura da Copa com o filho Raul, de 7 anos, e as amigas inglesas Claire Taylor e Cathy Tarrant, mas não queria um lugar em que fossem vendidas bebidas alcoólicas. Os quatro não arredaram o pé nem quando a chuva apertou. Elas tinham uma canga que virou barraca. Raul adorou o que chamou de “aventura”.

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