Davies faz história e marca o primeiro gol do Canadá em Copas do Mundo; conheça sua trajetória


Astro do Bayern de Munique anotou de cabeça contra a Croácia, no que foi também o tento mais rápido no Catar; filho de liberianos, nasceu em campo de refugiados e teve risco de aposentadoria precoce

Por Fabio Tarnapolsky
Atualização:

Alphonso Davies entrou para história ao marcar o primeiro gol do Canadá em Copas do Mundo, de cabeça contra a Croácia pela primeira rodada do Grupo F do Catar, que também conta com Bélgica e Marrocos - no que foi também o tento mais rápido desta edição. O lateral-esquerdo e ponta do Bayern de Munique é também o principal nome de sua seleção, que retornou à competição após 36 anos.

Esta é a segunda participação dos norte-americanos no torneio, com a primeira tendo sido em 1986. Para se ter uma ideia do tempo que os canadenses ficaram de fora, apenas o volante Atiba Hutchinson, de 39, já havia nascido na época - e ainda era uma criança. Na ocasião, foram três derrotas, para França (0 x 1), Hungria (0 x 2) e União Soviética (0 x 2), sem anotar um único gol.

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Davies cabeceia para marcar seu primeiro gol e também da seleção canadense em Copas do Mundo. Foto: Martin Meissner/AP Photo

Apesar de não ser considerada uma das favoritas da Copa de 2022, a seleção de Davies foi a melhor das eliminatórias da Concacaf. Na primeira fase, passou com 100% de aproveitamento em um grupo com Suriname, Bermudas, Aruba e Ilhas Caimã, goleando em todos os jogos. Depois, passou sem dificuldades pelo Haiti e se classificou para a terceira e última etapa do classificatório.

Normalmente, Estados Unidos e México monopolizam a última fase e garantem os primeiros lugares para o mundial, mas a seleção canadense terminou à frente dos rivais e na liderança da chave, com uma campanha de oito vitórias, quatro empates e duas derrotas em 14 jogos - 28 pontos marcados. Não somente isso, não perdeu nenhuma para as duas favoritas - uma vitória e um empate contra cada.

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De refugiado a um dos melhores do mundo

Considerado por muitos o melhor lateral-esquerdo do mundo, e também um excelente ponta, Davies teve rápida ascensão no futebol. Filho de liberianos, sua história envolve crises políticas e quase encerramento precoce de carreira.

Buscando escapar das guerras no país - um dos primeiros africanos a conquistar a independência, mas com muitos conflitos locais - seus pais fugiram para um campo de refugiados de Buduburam, em Gana. E foi lá que o jogador nasceu, em 2000.

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Anos depois, foram para o Canadá através de um programa de apoio do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) - do qual Davies hoje é Embaixador Global da Boa Vontade. Na América do Norte, passou a praticar esportes e se destacar no futebol, sendo contratado pelo Vancouver Whitecaps, da MLS, aos 15 anos. Não demorou até ser naturalizado e convocado à seleção.

Antes mesmo de atingir a maioridade, foi contratado pelo Bayern de Munique por 10 milhões de euros, no que foi uma das maiores vendas da história do nacional americano. Jogando pelo clube alemão, venceu a Liga dos Campeões de 2019-2020 - sendo titular na final contra o Paris Saint-Germain - e o Mundial de Clubes de 2020.

Apesar do sucesso, passou por um susto em 2022 ao ser diagnosticado com miocardite, uma doença cardíaca inflamatória, que o tirou de campo por dois meses. Essa condição, que também já afetou outros atletas e aposentou alguns, trouxe dúvidas se ele poderia retornar aos gramados. Felizmente, se recuperou e voltou à ativa.

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Hoje, Davies é um dos principais nomes do Bayern e o jogador mais importante do Canadá. Marcar o primeiro gol de sua seleção em Copas consagrou na história um talento que surgiu através de muita luta de seus pais e dedicação ao esporte.

Alphonso Davies entrou para história ao marcar o primeiro gol do Canadá em Copas do Mundo, de cabeça contra a Croácia pela primeira rodada do Grupo F do Catar, que também conta com Bélgica e Marrocos - no que foi também o tento mais rápido desta edição. O lateral-esquerdo e ponta do Bayern de Munique é também o principal nome de sua seleção, que retornou à competição após 36 anos.

Esta é a segunda participação dos norte-americanos no torneio, com a primeira tendo sido em 1986. Para se ter uma ideia do tempo que os canadenses ficaram de fora, apenas o volante Atiba Hutchinson, de 39, já havia nascido na época - e ainda era uma criança. Na ocasião, foram três derrotas, para França (0 x 1), Hungria (0 x 2) e União Soviética (0 x 2), sem anotar um único gol.

Davies cabeceia para marcar seu primeiro gol e também da seleção canadense em Copas do Mundo. Foto: Martin Meissner/AP Photo

Apesar de não ser considerada uma das favoritas da Copa de 2022, a seleção de Davies foi a melhor das eliminatórias da Concacaf. Na primeira fase, passou com 100% de aproveitamento em um grupo com Suriname, Bermudas, Aruba e Ilhas Caimã, goleando em todos os jogos. Depois, passou sem dificuldades pelo Haiti e se classificou para a terceira e última etapa do classificatório.

Normalmente, Estados Unidos e México monopolizam a última fase e garantem os primeiros lugares para o mundial, mas a seleção canadense terminou à frente dos rivais e na liderança da chave, com uma campanha de oito vitórias, quatro empates e duas derrotas em 14 jogos - 28 pontos marcados. Não somente isso, não perdeu nenhuma para as duas favoritas - uma vitória e um empate contra cada.

De refugiado a um dos melhores do mundo

Considerado por muitos o melhor lateral-esquerdo do mundo, e também um excelente ponta, Davies teve rápida ascensão no futebol. Filho de liberianos, sua história envolve crises políticas e quase encerramento precoce de carreira.

Buscando escapar das guerras no país - um dos primeiros africanos a conquistar a independência, mas com muitos conflitos locais - seus pais fugiram para um campo de refugiados de Buduburam, em Gana. E foi lá que o jogador nasceu, em 2000.

Anos depois, foram para o Canadá através de um programa de apoio do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) - do qual Davies hoje é Embaixador Global da Boa Vontade. Na América do Norte, passou a praticar esportes e se destacar no futebol, sendo contratado pelo Vancouver Whitecaps, da MLS, aos 15 anos. Não demorou até ser naturalizado e convocado à seleção.

Antes mesmo de atingir a maioridade, foi contratado pelo Bayern de Munique por 10 milhões de euros, no que foi uma das maiores vendas da história do nacional americano. Jogando pelo clube alemão, venceu a Liga dos Campeões de 2019-2020 - sendo titular na final contra o Paris Saint-Germain - e o Mundial de Clubes de 2020.

Apesar do sucesso, passou por um susto em 2022 ao ser diagnosticado com miocardite, uma doença cardíaca inflamatória, que o tirou de campo por dois meses. Essa condição, que também já afetou outros atletas e aposentou alguns, trouxe dúvidas se ele poderia retornar aos gramados. Felizmente, se recuperou e voltou à ativa.

Hoje, Davies é um dos principais nomes do Bayern e o jogador mais importante do Canadá. Marcar o primeiro gol de sua seleção em Copas consagrou na história um talento que surgiu através de muita luta de seus pais e dedicação ao esporte.

Alphonso Davies entrou para história ao marcar o primeiro gol do Canadá em Copas do Mundo, de cabeça contra a Croácia pela primeira rodada do Grupo F do Catar, que também conta com Bélgica e Marrocos - no que foi também o tento mais rápido desta edição. O lateral-esquerdo e ponta do Bayern de Munique é também o principal nome de sua seleção, que retornou à competição após 36 anos.

Esta é a segunda participação dos norte-americanos no torneio, com a primeira tendo sido em 1986. Para se ter uma ideia do tempo que os canadenses ficaram de fora, apenas o volante Atiba Hutchinson, de 39, já havia nascido na época - e ainda era uma criança. Na ocasião, foram três derrotas, para França (0 x 1), Hungria (0 x 2) e União Soviética (0 x 2), sem anotar um único gol.

Davies cabeceia para marcar seu primeiro gol e também da seleção canadense em Copas do Mundo. Foto: Martin Meissner/AP Photo

Apesar de não ser considerada uma das favoritas da Copa de 2022, a seleção de Davies foi a melhor das eliminatórias da Concacaf. Na primeira fase, passou com 100% de aproveitamento em um grupo com Suriname, Bermudas, Aruba e Ilhas Caimã, goleando em todos os jogos. Depois, passou sem dificuldades pelo Haiti e se classificou para a terceira e última etapa do classificatório.

Normalmente, Estados Unidos e México monopolizam a última fase e garantem os primeiros lugares para o mundial, mas a seleção canadense terminou à frente dos rivais e na liderança da chave, com uma campanha de oito vitórias, quatro empates e duas derrotas em 14 jogos - 28 pontos marcados. Não somente isso, não perdeu nenhuma para as duas favoritas - uma vitória e um empate contra cada.

De refugiado a um dos melhores do mundo

Considerado por muitos o melhor lateral-esquerdo do mundo, e também um excelente ponta, Davies teve rápida ascensão no futebol. Filho de liberianos, sua história envolve crises políticas e quase encerramento precoce de carreira.

Buscando escapar das guerras no país - um dos primeiros africanos a conquistar a independência, mas com muitos conflitos locais - seus pais fugiram para um campo de refugiados de Buduburam, em Gana. E foi lá que o jogador nasceu, em 2000.

Anos depois, foram para o Canadá através de um programa de apoio do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) - do qual Davies hoje é Embaixador Global da Boa Vontade. Na América do Norte, passou a praticar esportes e se destacar no futebol, sendo contratado pelo Vancouver Whitecaps, da MLS, aos 15 anos. Não demorou até ser naturalizado e convocado à seleção.

Antes mesmo de atingir a maioridade, foi contratado pelo Bayern de Munique por 10 milhões de euros, no que foi uma das maiores vendas da história do nacional americano. Jogando pelo clube alemão, venceu a Liga dos Campeões de 2019-2020 - sendo titular na final contra o Paris Saint-Germain - e o Mundial de Clubes de 2020.

Apesar do sucesso, passou por um susto em 2022 ao ser diagnosticado com miocardite, uma doença cardíaca inflamatória, que o tirou de campo por dois meses. Essa condição, que também já afetou outros atletas e aposentou alguns, trouxe dúvidas se ele poderia retornar aos gramados. Felizmente, se recuperou e voltou à ativa.

Hoje, Davies é um dos principais nomes do Bayern e o jogador mais importante do Canadá. Marcar o primeiro gol de sua seleção em Copas consagrou na história um talento que surgiu através de muita luta de seus pais e dedicação ao esporte.

Alphonso Davies entrou para história ao marcar o primeiro gol do Canadá em Copas do Mundo, de cabeça contra a Croácia pela primeira rodada do Grupo F do Catar, que também conta com Bélgica e Marrocos - no que foi também o tento mais rápido desta edição. O lateral-esquerdo e ponta do Bayern de Munique é também o principal nome de sua seleção, que retornou à competição após 36 anos.

Esta é a segunda participação dos norte-americanos no torneio, com a primeira tendo sido em 1986. Para se ter uma ideia do tempo que os canadenses ficaram de fora, apenas o volante Atiba Hutchinson, de 39, já havia nascido na época - e ainda era uma criança. Na ocasião, foram três derrotas, para França (0 x 1), Hungria (0 x 2) e União Soviética (0 x 2), sem anotar um único gol.

Davies cabeceia para marcar seu primeiro gol e também da seleção canadense em Copas do Mundo. Foto: Martin Meissner/AP Photo

Apesar de não ser considerada uma das favoritas da Copa de 2022, a seleção de Davies foi a melhor das eliminatórias da Concacaf. Na primeira fase, passou com 100% de aproveitamento em um grupo com Suriname, Bermudas, Aruba e Ilhas Caimã, goleando em todos os jogos. Depois, passou sem dificuldades pelo Haiti e se classificou para a terceira e última etapa do classificatório.

Normalmente, Estados Unidos e México monopolizam a última fase e garantem os primeiros lugares para o mundial, mas a seleção canadense terminou à frente dos rivais e na liderança da chave, com uma campanha de oito vitórias, quatro empates e duas derrotas em 14 jogos - 28 pontos marcados. Não somente isso, não perdeu nenhuma para as duas favoritas - uma vitória e um empate contra cada.

De refugiado a um dos melhores do mundo

Considerado por muitos o melhor lateral-esquerdo do mundo, e também um excelente ponta, Davies teve rápida ascensão no futebol. Filho de liberianos, sua história envolve crises políticas e quase encerramento precoce de carreira.

Buscando escapar das guerras no país - um dos primeiros africanos a conquistar a independência, mas com muitos conflitos locais - seus pais fugiram para um campo de refugiados de Buduburam, em Gana. E foi lá que o jogador nasceu, em 2000.

Anos depois, foram para o Canadá através de um programa de apoio do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) - do qual Davies hoje é Embaixador Global da Boa Vontade. Na América do Norte, passou a praticar esportes e se destacar no futebol, sendo contratado pelo Vancouver Whitecaps, da MLS, aos 15 anos. Não demorou até ser naturalizado e convocado à seleção.

Antes mesmo de atingir a maioridade, foi contratado pelo Bayern de Munique por 10 milhões de euros, no que foi uma das maiores vendas da história do nacional americano. Jogando pelo clube alemão, venceu a Liga dos Campeões de 2019-2020 - sendo titular na final contra o Paris Saint-Germain - e o Mundial de Clubes de 2020.

Apesar do sucesso, passou por um susto em 2022 ao ser diagnosticado com miocardite, uma doença cardíaca inflamatória, que o tirou de campo por dois meses. Essa condição, que também já afetou outros atletas e aposentou alguns, trouxe dúvidas se ele poderia retornar aos gramados. Felizmente, se recuperou e voltou à ativa.

Hoje, Davies é um dos principais nomes do Bayern e o jogador mais importante do Canadá. Marcar o primeiro gol de sua seleção em Copas consagrou na história um talento que surgiu através de muita luta de seus pais e dedicação ao esporte.

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