Defesa de Willian Bigode diz que jogador também foi vítima de golpe e perdeu R$ 17,5 milhões


Gustavo Scarpa e Mayke processam ex-companheiro de Palmeiras e outras empresas por perda milionária em investimento de criptomoedas

Por Marcos Antomil
Atualização:

A defesa do jogador Willian Bigode, do Fluminense, se manifestou nesta sexta-feira sobre o processo que corre no Tribunal de Justiça de São Paulo a que o Estadão teve acesso, em que o atacante é acusado pelos ex-companheiros de Palmeiras, Gustavo Scarpa e Mayke, de sumir com o dinheiro de um investimento de sua empresa. Willian Bigode é acusado de captar investimento milionário em criptomoedas que levou os colegas a um prejuízo de R$ 10,8 milhões.

Em contato com a reportagem do Estadão, a advogada Patrícia Schüler Fava, que representa Willian e suas sócias da empresa WLJC Consultoria e Gestão Empresarial Ltda., informou que o jogador do Fluminense também foi lesado pela XLand Gestora de Investimentos Ltda. e teve prejuízo de R$ 17,5 milhões.

“Assim como Mayke e Scarpa, Willian também se sente vítima da XLand, já que, somando os rendimentos com o capital aportado, teve um prejuízo de aproximadamente R$ 17,5 milhões com a empresa, uma vez que ele solicitou o resgate dos valores em novembro de 2022 a até hoje não recebeu qualquer quantia de volta”, disse a defesa do atacante.

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Jogadores Willian e Mayke, durante treinamento, na Academia de Futebol, em 2021. Foto: Cesar Greco/ SE Palmeiras

A advogada de Willian também alegou que a empresa do jogador não está diretamente ligada ao contrato firmado entre Scarpa e Mayke com a XLand. O atacante apenas comentou com os colegas, ainda nos tempos de Palmeiras, sobre o investimento que vinha trazendo bons frutos, e aconselhou que eles procurassem sua sócia da WLJC, Camila Moreira de Biasi Fava, para obter mais informações.

Camila conheceu Willian quando ele ainda era jogador do Corinthians, e ela trabalhava em um banco, cuidando dos investimentos do próprio atacante. Os dois, então, decidiram abrir juntos essa empresa que, segundo a advogada, é apenas de aconselhamento financeiro e que não administra bens. Diferentemente de Scarpa, que obteve apenas informações prestadas de como investir na XLand, io lateral-direito Mayke passou a ser cliente da WLJC.

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“Willian foi apresentado aos sócios da XLand, Gabriel e Jean, por Marçal Siqueira, pessoa de sua confiança. Após reuniões que envolveram advogados e os dois proprietários, Willian sentiu-se confortável em iniciar os investimentos na XLand. Ele acreditou na idoneidade da empresa. Somente após investir capital próprio com uma série de garantias, Willian Bigode comentou sobre a empresa para Scarpa, que se interessou pelo investimento e procurou a WLJC para obter informações.”

A advogada de Willian informa que a WLJC “não é uma corretora, muito menos tem poderes para realizar investimento em nome de seus clientes, atuando exclusivamente no ramo do planejamento financeiro”.

Ainda de acordo com a defesa do atacante Willian, o jogador do Fluminense não entrou com um processo semelhante contra a XLand porque estava com os bens bloqueados, por decisão liminar do juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª vara cível, que acolheu o pedido do advogado do meia do Nottingham Forest, incluindo não apenas as empresas, como também os seus sócios, a fim de restaurar o pagamento no valor de R$ 5,36 milhões, referente à multa por quebra de contrato, conforme informou o Estadão. Na noite desta sexta, a liminar foi parcialmente derrubada, liberando as contas de Willian e demais sócias da WLJC.

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O argumento utilizado foi que, na fase em que o processo se encontra na Justiça, não é adequado arrolar os sócios das empresas, apenas a própria empresa. Os sócios poderiam ser penalizados somente na fase de execução, em que fica provada a culpa da empresa e o capital vinculado ao CNPJ é insuficiente para arcar com as penas pecuniárias.

“É importante ressaltar que toda a relação contratual, envolvendo o investimento em criptoativos, se deu diretamente por Mayke e Scarpa com a XLand, sendo todos os valores investidos transferidos diretamente para as contas da XLand”, afirma a defesa de Willian.

Segunda ela, Willian também foi surpreendido com a notícia de estar arrolado no processo. Sua defesa só tomou ciência da situação quando as contas do jogador foram bloqueadas. A advogada sustenta que já ingressou com recurso sobre a liminar do processo movido por Scarpa e que aguarda notificação para tomar providências no caso de Mayke.

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Ao conseguir derrubar o bloqueio de contas, a defesa de Willian estudará qual a melhor maneira de ingressar com um processo contra a XLand para reaver os R$ 17,5 milhões que alega ter investido e que, desde o fim de 2022, estão sendo solicitados pelo atleta.

A reportagem do Estadão procurou o advogado de Gustavo Scarpa e Mayke, mas o escritório responsável pelo processo afirmou que não vai se manifestar neste momento.

ENTENDA O CASO

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O Estadão conta, em sua primeira reportagem sobre o caso, que os jogadores Gustavo Scarpa e Mayke entraram na Justiça após perder cerca de R$ 10,8 milhões em investimentos em criptomoedas, indicado pela empresa de gestão financeira WLJC, que tem o atacante Willian Bigode, do Fluminense e na época do Palmeiras, como um dos sócios. Os três jogaram juntos no Palmeiras entre 2018 e 2021. O investimento foi feito para a empresa Xland Holding Ltda, por intermédio da Soluções Tecnologia Eireli. Era prometido um retorno de 2% a 5% ao mês. O programa “Fantástico”, da Rede Globo, anunciou a reportagem para o fim de semana. Nesta quinta e sexta, a reportagem do Estadão teve acesso às informações legais do caso.

Scarpa investiu R$ 6,3 milhões. Como não obtinha retorno e resultados, o meio-campista solicitou a rescisão contratual com a Xland Holding Ltda. Nessa época, ele foi informado de que teria o dinheiro de volta num prazo de 30 dias úteis e que o pagamento do valor investido seria reembolsado. Nada disso, no entanto, ocorreu. Um novo prazo foi estipulado, mas novamente o dinheiro não foi devolvido ao jogador.

O lateral-direito Mayke, que ainda joga no Palmeiras, viveu situação parecida. O atleta fez um investimento de R$ 4.583.789,31 na Xland Holding. Pelo mesmo motivo, também solicitou o resgate da rentabilidade em outubro do ano passado, quando a empresa se comprometeu a realizar o pagamento em até dez dias úteis. O valor não foi devolvido.

A defesa do jogador Willian Bigode, do Fluminense, se manifestou nesta sexta-feira sobre o processo que corre no Tribunal de Justiça de São Paulo a que o Estadão teve acesso, em que o atacante é acusado pelos ex-companheiros de Palmeiras, Gustavo Scarpa e Mayke, de sumir com o dinheiro de um investimento de sua empresa. Willian Bigode é acusado de captar investimento milionário em criptomoedas que levou os colegas a um prejuízo de R$ 10,8 milhões.

Em contato com a reportagem do Estadão, a advogada Patrícia Schüler Fava, que representa Willian e suas sócias da empresa WLJC Consultoria e Gestão Empresarial Ltda., informou que o jogador do Fluminense também foi lesado pela XLand Gestora de Investimentos Ltda. e teve prejuízo de R$ 17,5 milhões.

“Assim como Mayke e Scarpa, Willian também se sente vítima da XLand, já que, somando os rendimentos com o capital aportado, teve um prejuízo de aproximadamente R$ 17,5 milhões com a empresa, uma vez que ele solicitou o resgate dos valores em novembro de 2022 a até hoje não recebeu qualquer quantia de volta”, disse a defesa do atacante.

Jogadores Willian e Mayke, durante treinamento, na Academia de Futebol, em 2021. Foto: Cesar Greco/ SE Palmeiras

A advogada de Willian também alegou que a empresa do jogador não está diretamente ligada ao contrato firmado entre Scarpa e Mayke com a XLand. O atacante apenas comentou com os colegas, ainda nos tempos de Palmeiras, sobre o investimento que vinha trazendo bons frutos, e aconselhou que eles procurassem sua sócia da WLJC, Camila Moreira de Biasi Fava, para obter mais informações.

Camila conheceu Willian quando ele ainda era jogador do Corinthians, e ela trabalhava em um banco, cuidando dos investimentos do próprio atacante. Os dois, então, decidiram abrir juntos essa empresa que, segundo a advogada, é apenas de aconselhamento financeiro e que não administra bens. Diferentemente de Scarpa, que obteve apenas informações prestadas de como investir na XLand, io lateral-direito Mayke passou a ser cliente da WLJC.

“Willian foi apresentado aos sócios da XLand, Gabriel e Jean, por Marçal Siqueira, pessoa de sua confiança. Após reuniões que envolveram advogados e os dois proprietários, Willian sentiu-se confortável em iniciar os investimentos na XLand. Ele acreditou na idoneidade da empresa. Somente após investir capital próprio com uma série de garantias, Willian Bigode comentou sobre a empresa para Scarpa, que se interessou pelo investimento e procurou a WLJC para obter informações.”

A advogada de Willian informa que a WLJC “não é uma corretora, muito menos tem poderes para realizar investimento em nome de seus clientes, atuando exclusivamente no ramo do planejamento financeiro”.

Ainda de acordo com a defesa do atacante Willian, o jogador do Fluminense não entrou com um processo semelhante contra a XLand porque estava com os bens bloqueados, por decisão liminar do juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª vara cível, que acolheu o pedido do advogado do meia do Nottingham Forest, incluindo não apenas as empresas, como também os seus sócios, a fim de restaurar o pagamento no valor de R$ 5,36 milhões, referente à multa por quebra de contrato, conforme informou o Estadão. Na noite desta sexta, a liminar foi parcialmente derrubada, liberando as contas de Willian e demais sócias da WLJC.

O argumento utilizado foi que, na fase em que o processo se encontra na Justiça, não é adequado arrolar os sócios das empresas, apenas a própria empresa. Os sócios poderiam ser penalizados somente na fase de execução, em que fica provada a culpa da empresa e o capital vinculado ao CNPJ é insuficiente para arcar com as penas pecuniárias.

“É importante ressaltar que toda a relação contratual, envolvendo o investimento em criptoativos, se deu diretamente por Mayke e Scarpa com a XLand, sendo todos os valores investidos transferidos diretamente para as contas da XLand”, afirma a defesa de Willian.

Segunda ela, Willian também foi surpreendido com a notícia de estar arrolado no processo. Sua defesa só tomou ciência da situação quando as contas do jogador foram bloqueadas. A advogada sustenta que já ingressou com recurso sobre a liminar do processo movido por Scarpa e que aguarda notificação para tomar providências no caso de Mayke.

Ao conseguir derrubar o bloqueio de contas, a defesa de Willian estudará qual a melhor maneira de ingressar com um processo contra a XLand para reaver os R$ 17,5 milhões que alega ter investido e que, desde o fim de 2022, estão sendo solicitados pelo atleta.

A reportagem do Estadão procurou o advogado de Gustavo Scarpa e Mayke, mas o escritório responsável pelo processo afirmou que não vai se manifestar neste momento.

ENTENDA O CASO

O Estadão conta, em sua primeira reportagem sobre o caso, que os jogadores Gustavo Scarpa e Mayke entraram na Justiça após perder cerca de R$ 10,8 milhões em investimentos em criptomoedas, indicado pela empresa de gestão financeira WLJC, que tem o atacante Willian Bigode, do Fluminense e na época do Palmeiras, como um dos sócios. Os três jogaram juntos no Palmeiras entre 2018 e 2021. O investimento foi feito para a empresa Xland Holding Ltda, por intermédio da Soluções Tecnologia Eireli. Era prometido um retorno de 2% a 5% ao mês. O programa “Fantástico”, da Rede Globo, anunciou a reportagem para o fim de semana. Nesta quinta e sexta, a reportagem do Estadão teve acesso às informações legais do caso.

Scarpa investiu R$ 6,3 milhões. Como não obtinha retorno e resultados, o meio-campista solicitou a rescisão contratual com a Xland Holding Ltda. Nessa época, ele foi informado de que teria o dinheiro de volta num prazo de 30 dias úteis e que o pagamento do valor investido seria reembolsado. Nada disso, no entanto, ocorreu. Um novo prazo foi estipulado, mas novamente o dinheiro não foi devolvido ao jogador.

O lateral-direito Mayke, que ainda joga no Palmeiras, viveu situação parecida. O atleta fez um investimento de R$ 4.583.789,31 na Xland Holding. Pelo mesmo motivo, também solicitou o resgate da rentabilidade em outubro do ano passado, quando a empresa se comprometeu a realizar o pagamento em até dez dias úteis. O valor não foi devolvido.

A defesa do jogador Willian Bigode, do Fluminense, se manifestou nesta sexta-feira sobre o processo que corre no Tribunal de Justiça de São Paulo a que o Estadão teve acesso, em que o atacante é acusado pelos ex-companheiros de Palmeiras, Gustavo Scarpa e Mayke, de sumir com o dinheiro de um investimento de sua empresa. Willian Bigode é acusado de captar investimento milionário em criptomoedas que levou os colegas a um prejuízo de R$ 10,8 milhões.

Em contato com a reportagem do Estadão, a advogada Patrícia Schüler Fava, que representa Willian e suas sócias da empresa WLJC Consultoria e Gestão Empresarial Ltda., informou que o jogador do Fluminense também foi lesado pela XLand Gestora de Investimentos Ltda. e teve prejuízo de R$ 17,5 milhões.

“Assim como Mayke e Scarpa, Willian também se sente vítima da XLand, já que, somando os rendimentos com o capital aportado, teve um prejuízo de aproximadamente R$ 17,5 milhões com a empresa, uma vez que ele solicitou o resgate dos valores em novembro de 2022 a até hoje não recebeu qualquer quantia de volta”, disse a defesa do atacante.

Jogadores Willian e Mayke, durante treinamento, na Academia de Futebol, em 2021. Foto: Cesar Greco/ SE Palmeiras

A advogada de Willian também alegou que a empresa do jogador não está diretamente ligada ao contrato firmado entre Scarpa e Mayke com a XLand. O atacante apenas comentou com os colegas, ainda nos tempos de Palmeiras, sobre o investimento que vinha trazendo bons frutos, e aconselhou que eles procurassem sua sócia da WLJC, Camila Moreira de Biasi Fava, para obter mais informações.

Camila conheceu Willian quando ele ainda era jogador do Corinthians, e ela trabalhava em um banco, cuidando dos investimentos do próprio atacante. Os dois, então, decidiram abrir juntos essa empresa que, segundo a advogada, é apenas de aconselhamento financeiro e que não administra bens. Diferentemente de Scarpa, que obteve apenas informações prestadas de como investir na XLand, io lateral-direito Mayke passou a ser cliente da WLJC.

“Willian foi apresentado aos sócios da XLand, Gabriel e Jean, por Marçal Siqueira, pessoa de sua confiança. Após reuniões que envolveram advogados e os dois proprietários, Willian sentiu-se confortável em iniciar os investimentos na XLand. Ele acreditou na idoneidade da empresa. Somente após investir capital próprio com uma série de garantias, Willian Bigode comentou sobre a empresa para Scarpa, que se interessou pelo investimento e procurou a WLJC para obter informações.”

A advogada de Willian informa que a WLJC “não é uma corretora, muito menos tem poderes para realizar investimento em nome de seus clientes, atuando exclusivamente no ramo do planejamento financeiro”.

Ainda de acordo com a defesa do atacante Willian, o jogador do Fluminense não entrou com um processo semelhante contra a XLand porque estava com os bens bloqueados, por decisão liminar do juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª vara cível, que acolheu o pedido do advogado do meia do Nottingham Forest, incluindo não apenas as empresas, como também os seus sócios, a fim de restaurar o pagamento no valor de R$ 5,36 milhões, referente à multa por quebra de contrato, conforme informou o Estadão. Na noite desta sexta, a liminar foi parcialmente derrubada, liberando as contas de Willian e demais sócias da WLJC.

O argumento utilizado foi que, na fase em que o processo se encontra na Justiça, não é adequado arrolar os sócios das empresas, apenas a própria empresa. Os sócios poderiam ser penalizados somente na fase de execução, em que fica provada a culpa da empresa e o capital vinculado ao CNPJ é insuficiente para arcar com as penas pecuniárias.

“É importante ressaltar que toda a relação contratual, envolvendo o investimento em criptoativos, se deu diretamente por Mayke e Scarpa com a XLand, sendo todos os valores investidos transferidos diretamente para as contas da XLand”, afirma a defesa de Willian.

Segunda ela, Willian também foi surpreendido com a notícia de estar arrolado no processo. Sua defesa só tomou ciência da situação quando as contas do jogador foram bloqueadas. A advogada sustenta que já ingressou com recurso sobre a liminar do processo movido por Scarpa e que aguarda notificação para tomar providências no caso de Mayke.

Ao conseguir derrubar o bloqueio de contas, a defesa de Willian estudará qual a melhor maneira de ingressar com um processo contra a XLand para reaver os R$ 17,5 milhões que alega ter investido e que, desde o fim de 2022, estão sendo solicitados pelo atleta.

A reportagem do Estadão procurou o advogado de Gustavo Scarpa e Mayke, mas o escritório responsável pelo processo afirmou que não vai se manifestar neste momento.

ENTENDA O CASO

O Estadão conta, em sua primeira reportagem sobre o caso, que os jogadores Gustavo Scarpa e Mayke entraram na Justiça após perder cerca de R$ 10,8 milhões em investimentos em criptomoedas, indicado pela empresa de gestão financeira WLJC, que tem o atacante Willian Bigode, do Fluminense e na época do Palmeiras, como um dos sócios. Os três jogaram juntos no Palmeiras entre 2018 e 2021. O investimento foi feito para a empresa Xland Holding Ltda, por intermédio da Soluções Tecnologia Eireli. Era prometido um retorno de 2% a 5% ao mês. O programa “Fantástico”, da Rede Globo, anunciou a reportagem para o fim de semana. Nesta quinta e sexta, a reportagem do Estadão teve acesso às informações legais do caso.

Scarpa investiu R$ 6,3 milhões. Como não obtinha retorno e resultados, o meio-campista solicitou a rescisão contratual com a Xland Holding Ltda. Nessa época, ele foi informado de que teria o dinheiro de volta num prazo de 30 dias úteis e que o pagamento do valor investido seria reembolsado. Nada disso, no entanto, ocorreu. Um novo prazo foi estipulado, mas novamente o dinheiro não foi devolvido ao jogador.

O lateral-direito Mayke, que ainda joga no Palmeiras, viveu situação parecida. O atleta fez um investimento de R$ 4.583.789,31 na Xland Holding. Pelo mesmo motivo, também solicitou o resgate da rentabilidade em outubro do ano passado, quando a empresa se comprometeu a realizar o pagamento em até dez dias úteis. O valor não foi devolvido.

A defesa do jogador Willian Bigode, do Fluminense, se manifestou nesta sexta-feira sobre o processo que corre no Tribunal de Justiça de São Paulo a que o Estadão teve acesso, em que o atacante é acusado pelos ex-companheiros de Palmeiras, Gustavo Scarpa e Mayke, de sumir com o dinheiro de um investimento de sua empresa. Willian Bigode é acusado de captar investimento milionário em criptomoedas que levou os colegas a um prejuízo de R$ 10,8 milhões.

Em contato com a reportagem do Estadão, a advogada Patrícia Schüler Fava, que representa Willian e suas sócias da empresa WLJC Consultoria e Gestão Empresarial Ltda., informou que o jogador do Fluminense também foi lesado pela XLand Gestora de Investimentos Ltda. e teve prejuízo de R$ 17,5 milhões.

“Assim como Mayke e Scarpa, Willian também se sente vítima da XLand, já que, somando os rendimentos com o capital aportado, teve um prejuízo de aproximadamente R$ 17,5 milhões com a empresa, uma vez que ele solicitou o resgate dos valores em novembro de 2022 a até hoje não recebeu qualquer quantia de volta”, disse a defesa do atacante.

Jogadores Willian e Mayke, durante treinamento, na Academia de Futebol, em 2021. Foto: Cesar Greco/ SE Palmeiras

A advogada de Willian também alegou que a empresa do jogador não está diretamente ligada ao contrato firmado entre Scarpa e Mayke com a XLand. O atacante apenas comentou com os colegas, ainda nos tempos de Palmeiras, sobre o investimento que vinha trazendo bons frutos, e aconselhou que eles procurassem sua sócia da WLJC, Camila Moreira de Biasi Fava, para obter mais informações.

Camila conheceu Willian quando ele ainda era jogador do Corinthians, e ela trabalhava em um banco, cuidando dos investimentos do próprio atacante. Os dois, então, decidiram abrir juntos essa empresa que, segundo a advogada, é apenas de aconselhamento financeiro e que não administra bens. Diferentemente de Scarpa, que obteve apenas informações prestadas de como investir na XLand, io lateral-direito Mayke passou a ser cliente da WLJC.

“Willian foi apresentado aos sócios da XLand, Gabriel e Jean, por Marçal Siqueira, pessoa de sua confiança. Após reuniões que envolveram advogados e os dois proprietários, Willian sentiu-se confortável em iniciar os investimentos na XLand. Ele acreditou na idoneidade da empresa. Somente após investir capital próprio com uma série de garantias, Willian Bigode comentou sobre a empresa para Scarpa, que se interessou pelo investimento e procurou a WLJC para obter informações.”

A advogada de Willian informa que a WLJC “não é uma corretora, muito menos tem poderes para realizar investimento em nome de seus clientes, atuando exclusivamente no ramo do planejamento financeiro”.

Ainda de acordo com a defesa do atacante Willian, o jogador do Fluminense não entrou com um processo semelhante contra a XLand porque estava com os bens bloqueados, por decisão liminar do juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª vara cível, que acolheu o pedido do advogado do meia do Nottingham Forest, incluindo não apenas as empresas, como também os seus sócios, a fim de restaurar o pagamento no valor de R$ 5,36 milhões, referente à multa por quebra de contrato, conforme informou o Estadão. Na noite desta sexta, a liminar foi parcialmente derrubada, liberando as contas de Willian e demais sócias da WLJC.

O argumento utilizado foi que, na fase em que o processo se encontra na Justiça, não é adequado arrolar os sócios das empresas, apenas a própria empresa. Os sócios poderiam ser penalizados somente na fase de execução, em que fica provada a culpa da empresa e o capital vinculado ao CNPJ é insuficiente para arcar com as penas pecuniárias.

“É importante ressaltar que toda a relação contratual, envolvendo o investimento em criptoativos, se deu diretamente por Mayke e Scarpa com a XLand, sendo todos os valores investidos transferidos diretamente para as contas da XLand”, afirma a defesa de Willian.

Segunda ela, Willian também foi surpreendido com a notícia de estar arrolado no processo. Sua defesa só tomou ciência da situação quando as contas do jogador foram bloqueadas. A advogada sustenta que já ingressou com recurso sobre a liminar do processo movido por Scarpa e que aguarda notificação para tomar providências no caso de Mayke.

Ao conseguir derrubar o bloqueio de contas, a defesa de Willian estudará qual a melhor maneira de ingressar com um processo contra a XLand para reaver os R$ 17,5 milhões que alega ter investido e que, desde o fim de 2022, estão sendo solicitados pelo atleta.

A reportagem do Estadão procurou o advogado de Gustavo Scarpa e Mayke, mas o escritório responsável pelo processo afirmou que não vai se manifestar neste momento.

ENTENDA O CASO

O Estadão conta, em sua primeira reportagem sobre o caso, que os jogadores Gustavo Scarpa e Mayke entraram na Justiça após perder cerca de R$ 10,8 milhões em investimentos em criptomoedas, indicado pela empresa de gestão financeira WLJC, que tem o atacante Willian Bigode, do Fluminense e na época do Palmeiras, como um dos sócios. Os três jogaram juntos no Palmeiras entre 2018 e 2021. O investimento foi feito para a empresa Xland Holding Ltda, por intermédio da Soluções Tecnologia Eireli. Era prometido um retorno de 2% a 5% ao mês. O programa “Fantástico”, da Rede Globo, anunciou a reportagem para o fim de semana. Nesta quinta e sexta, a reportagem do Estadão teve acesso às informações legais do caso.

Scarpa investiu R$ 6,3 milhões. Como não obtinha retorno e resultados, o meio-campista solicitou a rescisão contratual com a Xland Holding Ltda. Nessa época, ele foi informado de que teria o dinheiro de volta num prazo de 30 dias úteis e que o pagamento do valor investido seria reembolsado. Nada disso, no entanto, ocorreu. Um novo prazo foi estipulado, mas novamente o dinheiro não foi devolvido ao jogador.

O lateral-direito Mayke, que ainda joga no Palmeiras, viveu situação parecida. O atleta fez um investimento de R$ 4.583.789,31 na Xland Holding. Pelo mesmo motivo, também solicitou o resgate da rentabilidade em outubro do ano passado, quando a empresa se comprometeu a realizar o pagamento em até dez dias úteis. O valor não foi devolvido.

A defesa do jogador Willian Bigode, do Fluminense, se manifestou nesta sexta-feira sobre o processo que corre no Tribunal de Justiça de São Paulo a que o Estadão teve acesso, em que o atacante é acusado pelos ex-companheiros de Palmeiras, Gustavo Scarpa e Mayke, de sumir com o dinheiro de um investimento de sua empresa. Willian Bigode é acusado de captar investimento milionário em criptomoedas que levou os colegas a um prejuízo de R$ 10,8 milhões.

Em contato com a reportagem do Estadão, a advogada Patrícia Schüler Fava, que representa Willian e suas sócias da empresa WLJC Consultoria e Gestão Empresarial Ltda., informou que o jogador do Fluminense também foi lesado pela XLand Gestora de Investimentos Ltda. e teve prejuízo de R$ 17,5 milhões.

“Assim como Mayke e Scarpa, Willian também se sente vítima da XLand, já que, somando os rendimentos com o capital aportado, teve um prejuízo de aproximadamente R$ 17,5 milhões com a empresa, uma vez que ele solicitou o resgate dos valores em novembro de 2022 a até hoje não recebeu qualquer quantia de volta”, disse a defesa do atacante.

Jogadores Willian e Mayke, durante treinamento, na Academia de Futebol, em 2021. Foto: Cesar Greco/ SE Palmeiras

A advogada de Willian também alegou que a empresa do jogador não está diretamente ligada ao contrato firmado entre Scarpa e Mayke com a XLand. O atacante apenas comentou com os colegas, ainda nos tempos de Palmeiras, sobre o investimento que vinha trazendo bons frutos, e aconselhou que eles procurassem sua sócia da WLJC, Camila Moreira de Biasi Fava, para obter mais informações.

Camila conheceu Willian quando ele ainda era jogador do Corinthians, e ela trabalhava em um banco, cuidando dos investimentos do próprio atacante. Os dois, então, decidiram abrir juntos essa empresa que, segundo a advogada, é apenas de aconselhamento financeiro e que não administra bens. Diferentemente de Scarpa, que obteve apenas informações prestadas de como investir na XLand, io lateral-direito Mayke passou a ser cliente da WLJC.

“Willian foi apresentado aos sócios da XLand, Gabriel e Jean, por Marçal Siqueira, pessoa de sua confiança. Após reuniões que envolveram advogados e os dois proprietários, Willian sentiu-se confortável em iniciar os investimentos na XLand. Ele acreditou na idoneidade da empresa. Somente após investir capital próprio com uma série de garantias, Willian Bigode comentou sobre a empresa para Scarpa, que se interessou pelo investimento e procurou a WLJC para obter informações.”

A advogada de Willian informa que a WLJC “não é uma corretora, muito menos tem poderes para realizar investimento em nome de seus clientes, atuando exclusivamente no ramo do planejamento financeiro”.

Ainda de acordo com a defesa do atacante Willian, o jogador do Fluminense não entrou com um processo semelhante contra a XLand porque estava com os bens bloqueados, por decisão liminar do juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª vara cível, que acolheu o pedido do advogado do meia do Nottingham Forest, incluindo não apenas as empresas, como também os seus sócios, a fim de restaurar o pagamento no valor de R$ 5,36 milhões, referente à multa por quebra de contrato, conforme informou o Estadão. Na noite desta sexta, a liminar foi parcialmente derrubada, liberando as contas de Willian e demais sócias da WLJC.

O argumento utilizado foi que, na fase em que o processo se encontra na Justiça, não é adequado arrolar os sócios das empresas, apenas a própria empresa. Os sócios poderiam ser penalizados somente na fase de execução, em que fica provada a culpa da empresa e o capital vinculado ao CNPJ é insuficiente para arcar com as penas pecuniárias.

“É importante ressaltar que toda a relação contratual, envolvendo o investimento em criptoativos, se deu diretamente por Mayke e Scarpa com a XLand, sendo todos os valores investidos transferidos diretamente para as contas da XLand”, afirma a defesa de Willian.

Segunda ela, Willian também foi surpreendido com a notícia de estar arrolado no processo. Sua defesa só tomou ciência da situação quando as contas do jogador foram bloqueadas. A advogada sustenta que já ingressou com recurso sobre a liminar do processo movido por Scarpa e que aguarda notificação para tomar providências no caso de Mayke.

Ao conseguir derrubar o bloqueio de contas, a defesa de Willian estudará qual a melhor maneira de ingressar com um processo contra a XLand para reaver os R$ 17,5 milhões que alega ter investido e que, desde o fim de 2022, estão sendo solicitados pelo atleta.

A reportagem do Estadão procurou o advogado de Gustavo Scarpa e Mayke, mas o escritório responsável pelo processo afirmou que não vai se manifestar neste momento.

ENTENDA O CASO

O Estadão conta, em sua primeira reportagem sobre o caso, que os jogadores Gustavo Scarpa e Mayke entraram na Justiça após perder cerca de R$ 10,8 milhões em investimentos em criptomoedas, indicado pela empresa de gestão financeira WLJC, que tem o atacante Willian Bigode, do Fluminense e na época do Palmeiras, como um dos sócios. Os três jogaram juntos no Palmeiras entre 2018 e 2021. O investimento foi feito para a empresa Xland Holding Ltda, por intermédio da Soluções Tecnologia Eireli. Era prometido um retorno de 2% a 5% ao mês. O programa “Fantástico”, da Rede Globo, anunciou a reportagem para o fim de semana. Nesta quinta e sexta, a reportagem do Estadão teve acesso às informações legais do caso.

Scarpa investiu R$ 6,3 milhões. Como não obtinha retorno e resultados, o meio-campista solicitou a rescisão contratual com a Xland Holding Ltda. Nessa época, ele foi informado de que teria o dinheiro de volta num prazo de 30 dias úteis e que o pagamento do valor investido seria reembolsado. Nada disso, no entanto, ocorreu. Um novo prazo foi estipulado, mas novamente o dinheiro não foi devolvido ao jogador.

O lateral-direito Mayke, que ainda joga no Palmeiras, viveu situação parecida. O atleta fez um investimento de R$ 4.583.789,31 na Xland Holding. Pelo mesmo motivo, também solicitou o resgate da rentabilidade em outubro do ano passado, quando a empresa se comprometeu a realizar o pagamento em até dez dias úteis. O valor não foi devolvido.

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