Del Nero reassume e Marcus Vicente não é mais presidente da CBF


Cartola deve passar cargo para o coronel Nunes ainda esta semana

Por Marcio Dolzan

Atualizado às 22h22

Durou pouco mais de um mês o mandato interino do deputado federal Marcus Vicente (PP-ES) como presidente da CBF. O homem que havia sido indicado ao cargo por Marco Polo Del Nero, foi tirado nesta terça-feira do comando pelo mesmo Marco Polo – que deixou brevemente a licença de cinco meses que havia pedido no início de dezembro. Mas sua volta deverá ser efêmera. Sabendo que é iminente a sua suspensão pelo Comitê de Ética da Fifa (ver matéria abaixo), ele pretende se licenciar de novo. E, desta vez, indicará o Coronel Nunes, vice-presidente mais velho da entidade e fiel a ele, para assumir o poder.

Vicente assumiu a presidência interina em 4 de dezembro, e a previsão inicial era de que ficaria por pelo menos cinco meses, prazo estabelecido no pedido de licença de Del Nero. O próprio parlamentar planejava um período longo à frente do futebol brasileiro, como deixou claro em artigo publicado em dezembro no jornal Folha de S. Paulo. "Modernizaremos a gestão da CBF em quatro eixos", escreveu, nove dias após assumir a presidência.

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Nesta terça, porém, o discurso mudou. Logo após deixar o cargo, Vicente deu breve declaração à CBF TV em que garantia que sua saída precoce já estava acertada. "Cumpri minha missão como interino na CBF. Estava combinado com o presidente licenciado, Marco Polo Del Nero, que eu ficaria até hoje, dia 5 de janeiro", declarou, sem nem de longe demonstrar a convicção de seus discursos como parlamentar.

A alegação também não condiz com a própria justificativa apresentada por Del Nero para o pedido de licença do cargo, ocorrida no dia em que o FBI anunciou seu indiciamento por suposto recebimento de propina em contratos comerciais. "Só tomei a decisão de me afastar do comando da CBF para ter tempo de me defender das acusações e facilitar o andamento das investigações", afirmaria o cartola dias depois, em depoimento à CPI do Futebol no Senado.

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Nos bastidores, comenta-se que foi justamente por querer mexer na gestão da CBF que Marcus Vicente teve seu comando na entidade abreviado. O cartola teria cortado regalias relativas a viagens e sugerido a troca de diretores, o que causou o descontentamento de Del Nero.

A notícia da saída antecipada de Vicente vinha ganhando força nos últimos dias de 2015, período em que a CBF esteve em recesso (a entidade ficou fechada de 19 de dezembro a 4 de janeiro). E foi decidida na segunda-feira, no primeiro dia de trabalho, quando Del Nero, Vicente e o coronel Nunes se reuniram na sede da entidade, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Presidente da Federação Paraense de Futebol há seis mandatos, Antônio Carlos Nunes, coronel reformado da Polícia Militar do Pará, tinha tudo para continuar a vida como cartola regional, mas se tornou potencial comandante do futebol brasileiro em manobra articulada por Marco Polo Del Nero no início do mês passado.

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Apesar de dirigir uma federação do Norte, Nunes foi indicado por Del Nero para ser eleito vice-presidente da CBF pela região sudeste na vaga de José Maria Marin, que renunciou ao cargo por estar em prisão domiciliar em Nova York. Assim, o coronel se tornou o vice mais velho da entidade e, pelo estatuto, o primeiro na linha de sucessão – pedindo licença, Del Nero tem direito de indicar o substituto; se renunciar ou for afastado, quem assume é o vice mais velho.

Del Nero estaria insatisfeito com gestão de Marcus Vicente na CBF Foto: Wilton Junior/Estadão

NA JUSTIÇAEleito em 11 de dezembro, o coronel disse no mesmo dia que vislumbrava se tornar presidente. "Quem está na chuva é para se molhar", afirmou na ocasião. Na mesma data, pediu para ser fotografado no gabinete da presidência. Dias antes, em entrevista ao Estado, havia dito que Marin "é uma lenda no futebol brasileiro".

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A assembleia eleitoral que elegeu o coronel, porém, é contestada na Justiça do Rio. Delfim de Pádua Peixoto Filho, então o primeiro na linha sucessória por ser o vice mais velho, entrou com ação na 2.ª Vara Cível alegando que o pleito foi convocado de forma irregular. O caso ainda tramita. O Comitê de Ética da Fifa também analisa a eleição, e uma anulação não está descartada.

Por ora, caso Coronel Nunes assuma, a entidade terá o seu quarto presidente em nove meses, já que José Maria Marin deixou o cargo em abril, quando foi sucedido por Del Nero. Marcus Vicente assumiu em dezembro e ficou até esta terça.

Atualizado às 22h22

Durou pouco mais de um mês o mandato interino do deputado federal Marcus Vicente (PP-ES) como presidente da CBF. O homem que havia sido indicado ao cargo por Marco Polo Del Nero, foi tirado nesta terça-feira do comando pelo mesmo Marco Polo – que deixou brevemente a licença de cinco meses que havia pedido no início de dezembro. Mas sua volta deverá ser efêmera. Sabendo que é iminente a sua suspensão pelo Comitê de Ética da Fifa (ver matéria abaixo), ele pretende se licenciar de novo. E, desta vez, indicará o Coronel Nunes, vice-presidente mais velho da entidade e fiel a ele, para assumir o poder.

Vicente assumiu a presidência interina em 4 de dezembro, e a previsão inicial era de que ficaria por pelo menos cinco meses, prazo estabelecido no pedido de licença de Del Nero. O próprio parlamentar planejava um período longo à frente do futebol brasileiro, como deixou claro em artigo publicado em dezembro no jornal Folha de S. Paulo. "Modernizaremos a gestão da CBF em quatro eixos", escreveu, nove dias após assumir a presidência.

Nesta terça, porém, o discurso mudou. Logo após deixar o cargo, Vicente deu breve declaração à CBF TV em que garantia que sua saída precoce já estava acertada. "Cumpri minha missão como interino na CBF. Estava combinado com o presidente licenciado, Marco Polo Del Nero, que eu ficaria até hoje, dia 5 de janeiro", declarou, sem nem de longe demonstrar a convicção de seus discursos como parlamentar.

A alegação também não condiz com a própria justificativa apresentada por Del Nero para o pedido de licença do cargo, ocorrida no dia em que o FBI anunciou seu indiciamento por suposto recebimento de propina em contratos comerciais. "Só tomei a decisão de me afastar do comando da CBF para ter tempo de me defender das acusações e facilitar o andamento das investigações", afirmaria o cartola dias depois, em depoimento à CPI do Futebol no Senado.

Nos bastidores, comenta-se que foi justamente por querer mexer na gestão da CBF que Marcus Vicente teve seu comando na entidade abreviado. O cartola teria cortado regalias relativas a viagens e sugerido a troca de diretores, o que causou o descontentamento de Del Nero.

A notícia da saída antecipada de Vicente vinha ganhando força nos últimos dias de 2015, período em que a CBF esteve em recesso (a entidade ficou fechada de 19 de dezembro a 4 de janeiro). E foi decidida na segunda-feira, no primeiro dia de trabalho, quando Del Nero, Vicente e o coronel Nunes se reuniram na sede da entidade, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Presidente da Federação Paraense de Futebol há seis mandatos, Antônio Carlos Nunes, coronel reformado da Polícia Militar do Pará, tinha tudo para continuar a vida como cartola regional, mas se tornou potencial comandante do futebol brasileiro em manobra articulada por Marco Polo Del Nero no início do mês passado.

Apesar de dirigir uma federação do Norte, Nunes foi indicado por Del Nero para ser eleito vice-presidente da CBF pela região sudeste na vaga de José Maria Marin, que renunciou ao cargo por estar em prisão domiciliar em Nova York. Assim, o coronel se tornou o vice mais velho da entidade e, pelo estatuto, o primeiro na linha de sucessão – pedindo licença, Del Nero tem direito de indicar o substituto; se renunciar ou for afastado, quem assume é o vice mais velho.

Del Nero estaria insatisfeito com gestão de Marcus Vicente na CBF Foto: Wilton Junior/Estadão

NA JUSTIÇAEleito em 11 de dezembro, o coronel disse no mesmo dia que vislumbrava se tornar presidente. "Quem está na chuva é para se molhar", afirmou na ocasião. Na mesma data, pediu para ser fotografado no gabinete da presidência. Dias antes, em entrevista ao Estado, havia dito que Marin "é uma lenda no futebol brasileiro".

A assembleia eleitoral que elegeu o coronel, porém, é contestada na Justiça do Rio. Delfim de Pádua Peixoto Filho, então o primeiro na linha sucessória por ser o vice mais velho, entrou com ação na 2.ª Vara Cível alegando que o pleito foi convocado de forma irregular. O caso ainda tramita. O Comitê de Ética da Fifa também analisa a eleição, e uma anulação não está descartada.

Por ora, caso Coronel Nunes assuma, a entidade terá o seu quarto presidente em nove meses, já que José Maria Marin deixou o cargo em abril, quando foi sucedido por Del Nero. Marcus Vicente assumiu em dezembro e ficou até esta terça.

Atualizado às 22h22

Durou pouco mais de um mês o mandato interino do deputado federal Marcus Vicente (PP-ES) como presidente da CBF. O homem que havia sido indicado ao cargo por Marco Polo Del Nero, foi tirado nesta terça-feira do comando pelo mesmo Marco Polo – que deixou brevemente a licença de cinco meses que havia pedido no início de dezembro. Mas sua volta deverá ser efêmera. Sabendo que é iminente a sua suspensão pelo Comitê de Ética da Fifa (ver matéria abaixo), ele pretende se licenciar de novo. E, desta vez, indicará o Coronel Nunes, vice-presidente mais velho da entidade e fiel a ele, para assumir o poder.

Vicente assumiu a presidência interina em 4 de dezembro, e a previsão inicial era de que ficaria por pelo menos cinco meses, prazo estabelecido no pedido de licença de Del Nero. O próprio parlamentar planejava um período longo à frente do futebol brasileiro, como deixou claro em artigo publicado em dezembro no jornal Folha de S. Paulo. "Modernizaremos a gestão da CBF em quatro eixos", escreveu, nove dias após assumir a presidência.

Nesta terça, porém, o discurso mudou. Logo após deixar o cargo, Vicente deu breve declaração à CBF TV em que garantia que sua saída precoce já estava acertada. "Cumpri minha missão como interino na CBF. Estava combinado com o presidente licenciado, Marco Polo Del Nero, que eu ficaria até hoje, dia 5 de janeiro", declarou, sem nem de longe demonstrar a convicção de seus discursos como parlamentar.

A alegação também não condiz com a própria justificativa apresentada por Del Nero para o pedido de licença do cargo, ocorrida no dia em que o FBI anunciou seu indiciamento por suposto recebimento de propina em contratos comerciais. "Só tomei a decisão de me afastar do comando da CBF para ter tempo de me defender das acusações e facilitar o andamento das investigações", afirmaria o cartola dias depois, em depoimento à CPI do Futebol no Senado.

Nos bastidores, comenta-se que foi justamente por querer mexer na gestão da CBF que Marcus Vicente teve seu comando na entidade abreviado. O cartola teria cortado regalias relativas a viagens e sugerido a troca de diretores, o que causou o descontentamento de Del Nero.

A notícia da saída antecipada de Vicente vinha ganhando força nos últimos dias de 2015, período em que a CBF esteve em recesso (a entidade ficou fechada de 19 de dezembro a 4 de janeiro). E foi decidida na segunda-feira, no primeiro dia de trabalho, quando Del Nero, Vicente e o coronel Nunes se reuniram na sede da entidade, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Presidente da Federação Paraense de Futebol há seis mandatos, Antônio Carlos Nunes, coronel reformado da Polícia Militar do Pará, tinha tudo para continuar a vida como cartola regional, mas se tornou potencial comandante do futebol brasileiro em manobra articulada por Marco Polo Del Nero no início do mês passado.

Apesar de dirigir uma federação do Norte, Nunes foi indicado por Del Nero para ser eleito vice-presidente da CBF pela região sudeste na vaga de José Maria Marin, que renunciou ao cargo por estar em prisão domiciliar em Nova York. Assim, o coronel se tornou o vice mais velho da entidade e, pelo estatuto, o primeiro na linha de sucessão – pedindo licença, Del Nero tem direito de indicar o substituto; se renunciar ou for afastado, quem assume é o vice mais velho.

Del Nero estaria insatisfeito com gestão de Marcus Vicente na CBF Foto: Wilton Junior/Estadão

NA JUSTIÇAEleito em 11 de dezembro, o coronel disse no mesmo dia que vislumbrava se tornar presidente. "Quem está na chuva é para se molhar", afirmou na ocasião. Na mesma data, pediu para ser fotografado no gabinete da presidência. Dias antes, em entrevista ao Estado, havia dito que Marin "é uma lenda no futebol brasileiro".

A assembleia eleitoral que elegeu o coronel, porém, é contestada na Justiça do Rio. Delfim de Pádua Peixoto Filho, então o primeiro na linha sucessória por ser o vice mais velho, entrou com ação na 2.ª Vara Cível alegando que o pleito foi convocado de forma irregular. O caso ainda tramita. O Comitê de Ética da Fifa também analisa a eleição, e uma anulação não está descartada.

Por ora, caso Coronel Nunes assuma, a entidade terá o seu quarto presidente em nove meses, já que José Maria Marin deixou o cargo em abril, quando foi sucedido por Del Nero. Marcus Vicente assumiu em dezembro e ficou até esta terça.

Atualizado às 22h22

Durou pouco mais de um mês o mandato interino do deputado federal Marcus Vicente (PP-ES) como presidente da CBF. O homem que havia sido indicado ao cargo por Marco Polo Del Nero, foi tirado nesta terça-feira do comando pelo mesmo Marco Polo – que deixou brevemente a licença de cinco meses que havia pedido no início de dezembro. Mas sua volta deverá ser efêmera. Sabendo que é iminente a sua suspensão pelo Comitê de Ética da Fifa (ver matéria abaixo), ele pretende se licenciar de novo. E, desta vez, indicará o Coronel Nunes, vice-presidente mais velho da entidade e fiel a ele, para assumir o poder.

Vicente assumiu a presidência interina em 4 de dezembro, e a previsão inicial era de que ficaria por pelo menos cinco meses, prazo estabelecido no pedido de licença de Del Nero. O próprio parlamentar planejava um período longo à frente do futebol brasileiro, como deixou claro em artigo publicado em dezembro no jornal Folha de S. Paulo. "Modernizaremos a gestão da CBF em quatro eixos", escreveu, nove dias após assumir a presidência.

Nesta terça, porém, o discurso mudou. Logo após deixar o cargo, Vicente deu breve declaração à CBF TV em que garantia que sua saída precoce já estava acertada. "Cumpri minha missão como interino na CBF. Estava combinado com o presidente licenciado, Marco Polo Del Nero, que eu ficaria até hoje, dia 5 de janeiro", declarou, sem nem de longe demonstrar a convicção de seus discursos como parlamentar.

A alegação também não condiz com a própria justificativa apresentada por Del Nero para o pedido de licença do cargo, ocorrida no dia em que o FBI anunciou seu indiciamento por suposto recebimento de propina em contratos comerciais. "Só tomei a decisão de me afastar do comando da CBF para ter tempo de me defender das acusações e facilitar o andamento das investigações", afirmaria o cartola dias depois, em depoimento à CPI do Futebol no Senado.

Nos bastidores, comenta-se que foi justamente por querer mexer na gestão da CBF que Marcus Vicente teve seu comando na entidade abreviado. O cartola teria cortado regalias relativas a viagens e sugerido a troca de diretores, o que causou o descontentamento de Del Nero.

A notícia da saída antecipada de Vicente vinha ganhando força nos últimos dias de 2015, período em que a CBF esteve em recesso (a entidade ficou fechada de 19 de dezembro a 4 de janeiro). E foi decidida na segunda-feira, no primeiro dia de trabalho, quando Del Nero, Vicente e o coronel Nunes se reuniram na sede da entidade, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Presidente da Federação Paraense de Futebol há seis mandatos, Antônio Carlos Nunes, coronel reformado da Polícia Militar do Pará, tinha tudo para continuar a vida como cartola regional, mas se tornou potencial comandante do futebol brasileiro em manobra articulada por Marco Polo Del Nero no início do mês passado.

Apesar de dirigir uma federação do Norte, Nunes foi indicado por Del Nero para ser eleito vice-presidente da CBF pela região sudeste na vaga de José Maria Marin, que renunciou ao cargo por estar em prisão domiciliar em Nova York. Assim, o coronel se tornou o vice mais velho da entidade e, pelo estatuto, o primeiro na linha de sucessão – pedindo licença, Del Nero tem direito de indicar o substituto; se renunciar ou for afastado, quem assume é o vice mais velho.

Del Nero estaria insatisfeito com gestão de Marcus Vicente na CBF Foto: Wilton Junior/Estadão

NA JUSTIÇAEleito em 11 de dezembro, o coronel disse no mesmo dia que vislumbrava se tornar presidente. "Quem está na chuva é para se molhar", afirmou na ocasião. Na mesma data, pediu para ser fotografado no gabinete da presidência. Dias antes, em entrevista ao Estado, havia dito que Marin "é uma lenda no futebol brasileiro".

A assembleia eleitoral que elegeu o coronel, porém, é contestada na Justiça do Rio. Delfim de Pádua Peixoto Filho, então o primeiro na linha sucessória por ser o vice mais velho, entrou com ação na 2.ª Vara Cível alegando que o pleito foi convocado de forma irregular. O caso ainda tramita. O Comitê de Ética da Fifa também analisa a eleição, e uma anulação não está descartada.

Por ora, caso Coronel Nunes assuma, a entidade terá o seu quarto presidente em nove meses, já que José Maria Marin deixou o cargo em abril, quando foi sucedido por Del Nero. Marcus Vicente assumiu em dezembro e ficou até esta terça.

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