ENVIADO ESPECIAL A AL KHOR - Classificada à segunda final consecutiva de uma final de Copa do Mundo, uma “orgulhosa” seleção francesa agora quer aproveitar algumas horas de descanso para depois começar a focar na Argentina, adversária na decisão do próximo domingo. Após a vitória por 2 a 0 sobre o Marrocos nessa quarta-feira, o técnico Didier Deschamps disse que sua equipe chega à decisão graças à entrega e ao suor de sua equipe. No grupo que está no Catar, a palavra orgulho foi a mais proferida.
Campeão como jogador em 1998 e como técnico há quatro anos, Deschamps estava exultante após a vitória. “Emoção e orgulho definem (a seleção francesa). Foi um jogo muito duro hoje e nós conseguimos vencer. A verdade é que estamos há mais de um mês juntos, todos os jogadores, com concentração total. E isso aqui não é simples”, declarou o técnico.
“Fomos felizes hoje, e nossos jogadores estão sendo recompensados pelo seu suor. Conseguimos chegar até aqui, e domingo estaremos na final com toda força buscando o título”, acrescentou o técnico.
O goleiro Lloris também vibrou com a classificação. Diante do Marrocos, ele foi exigido em dois momentos no primeiro tempo e em diferentes intervenções no segundo. O goleiro destacou a entrega do time, mas alertou para o cansaço dos jogadores.
“Sofremos muito diante do Marrocos. Estamos cansados, mas satisfeitos”, declarou, para depois comemorar o fato de estar em mais uma decisão de Copa do Mundo. “Estamos nos dando uma oportunidade de ouro para fazer história na França, com uma segunda final em quatro anos. Mesmo que tudo não tenha sido perfeito, conseguimos. A partir de amanhã devemos nos recuperar (e começar a pensar na final).”
Sobre isso, o experiente goleiro de 35 anos afirmou que espera uma grande decisão no próximo domingo, no Estádio Lusail. “A Argentina é um grande time e eles mostraram o quão competitivos são”, apontou. “Eles têm Messi, que está marcando este esporte. Tem tudo para ser um grande jogo, e vamos tentar levá-lo para o nosso lado.”
MESSI
Deschamps também falou sobre o craque argentino, que divide a artilharia da competição com Mbappé. Na Rússia, em 2018, o treinador conseguiu armar a França de modo a diminuir as ações de Messi em partida válida pelas oitavas de final. Na ocasião, os franceses venceram por 4 a 3 - e Messi não marcou nenhum dos gols.
Apesar disso, o técnico da seleção francesa disse que agora a história é diferente. “Messi vem brilhando desde o início da competição. Em quatro anos muda muita coisa. Há quatro anos, eu já imaginava que ele iria jogar em uma posição e ele acabou sendo mais atacante contra nós. Agora ele faz dupla de ataque, tem liberdade de movimentação”, observou Deschamps.
“Vamos nos certificar de limitar sua influência o máximo possível, algo que certamente eles tentarão fazer também com alguns de nossos jogadores.”