Di María marca em terceira final consecutiva e se consagra como o cara das decisões


Retornando de lesão, atacante fez o segundo no empate por 3 a 3 com a França, vencido pela Argentina nos pênaltis

Por Marcio Dolzan
Atualização:

A Copa do Mundo de 2022 será lembrada pela história como a Copa de Messi, mas um companheiro seu merecerá para sempre um lugar de destaque no panteão dos campeões: Ángel Di María. Autor de um gol na final, o ponteiro da Juventus também sofreu o pênalti que abriria a contagem para a Argentina na decisão com a França. Mais do que um grande jogador, ele também fez seu último Mundial comprovando que é talhado para decisões.

Foi Di María quem, ano passado, marcou o gol no Maracanã que deu à Argentina o título da Copa América sobre o Brasil, quebrando um jejum de 28 anos sem títulos da seleção alviceleste. Foi também Di María quem marcou um dos gols da Finalíssima no meio deste ano, espécie de tira-teima entre os campeões da América e da Europa - a Argentina fez 3 a 0 na Itália. Agora, foi Di María quem marcou um dos gols que encerrou uma fila de 36 anos da Argentina em Copas do Mundo.

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Ao anotar o seu gol, aos 36 minutos do primeiro tempo, o ponteiro comemorou chorando como se fosse uma criança. Vibrou com a alegria de quem marcava no jogo mais importante do mundo ao mesmo tempo em que tirava das costas um peso que carregava há oito anos e meio.

Di Maria abraça Messi na comemoração do título da Copa do Mundo do Catar.  Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP

Um dos melhores jogadores da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, Di María não jogou a final com a Alemanha naquele ano após sofrer um estiramento muscular nas quartas. Os argentinos perderam a decisão e o jogador foi duramente criticado, acusado de ter ficado de fora da final por exigência do departamento médico do Real Madrid, clube o qual defendia. O ponteiro sempre negou a versão e disse que precisou recorrer à terapia para assimilar a enxurrada de críticas.

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O argentino vivia seu auge por aquela época e era um dos principais nomes da seleção. Mas parecia carecer de sorte. Mesmo com ele - e, claro, com Messi - a seleção só conseguia bater na trave. A Argentina perdeu duas finais de Copa América consecutivas, em 2015 e 2016, ambas para o Chile, e a pecha de perdedor chegava cada vez mais próxima de Di María e de sua geração.

Tudo começou a mudar no ano passado. Ao marcar um golaço no Maracanã sobre o favorito Brasil, o jogador devolveu à Argentina a grandeza que sempre tivera - mas parecia esquecida - na América do Sul. Neste domingo, ele ajudou a repetir a dose, mas agora em proporção mundial.

Substituído aos 20 do segundo tempo, Di María saiu de campo ovacionado. Recebeu os cumprimentos de todos os jogadores do banco e um beijo no rosto de um integrante da comissão técnica. Disse ele no meio do ano que esta seria sua última competição com a seleção. “Continuar seria egoísta da minha parte”, foi o argumento. Depois de ter sido decisivo nesta decisão, a justificativa fez ainda mais sentido. Porque parece que ninguém pode com Di María nas grandes finais.

A Copa do Mundo de 2022 será lembrada pela história como a Copa de Messi, mas um companheiro seu merecerá para sempre um lugar de destaque no panteão dos campeões: Ángel Di María. Autor de um gol na final, o ponteiro da Juventus também sofreu o pênalti que abriria a contagem para a Argentina na decisão com a França. Mais do que um grande jogador, ele também fez seu último Mundial comprovando que é talhado para decisões.

Foi Di María quem, ano passado, marcou o gol no Maracanã que deu à Argentina o título da Copa América sobre o Brasil, quebrando um jejum de 28 anos sem títulos da seleção alviceleste. Foi também Di María quem marcou um dos gols da Finalíssima no meio deste ano, espécie de tira-teima entre os campeões da América e da Europa - a Argentina fez 3 a 0 na Itália. Agora, foi Di María quem marcou um dos gols que encerrou uma fila de 36 anos da Argentina em Copas do Mundo.

Ao anotar o seu gol, aos 36 minutos do primeiro tempo, o ponteiro comemorou chorando como se fosse uma criança. Vibrou com a alegria de quem marcava no jogo mais importante do mundo ao mesmo tempo em que tirava das costas um peso que carregava há oito anos e meio.

Di Maria abraça Messi na comemoração do título da Copa do Mundo do Catar.  Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP

Um dos melhores jogadores da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, Di María não jogou a final com a Alemanha naquele ano após sofrer um estiramento muscular nas quartas. Os argentinos perderam a decisão e o jogador foi duramente criticado, acusado de ter ficado de fora da final por exigência do departamento médico do Real Madrid, clube o qual defendia. O ponteiro sempre negou a versão e disse que precisou recorrer à terapia para assimilar a enxurrada de críticas.

O argentino vivia seu auge por aquela época e era um dos principais nomes da seleção. Mas parecia carecer de sorte. Mesmo com ele - e, claro, com Messi - a seleção só conseguia bater na trave. A Argentina perdeu duas finais de Copa América consecutivas, em 2015 e 2016, ambas para o Chile, e a pecha de perdedor chegava cada vez mais próxima de Di María e de sua geração.

Tudo começou a mudar no ano passado. Ao marcar um golaço no Maracanã sobre o favorito Brasil, o jogador devolveu à Argentina a grandeza que sempre tivera - mas parecia esquecida - na América do Sul. Neste domingo, ele ajudou a repetir a dose, mas agora em proporção mundial.

Substituído aos 20 do segundo tempo, Di María saiu de campo ovacionado. Recebeu os cumprimentos de todos os jogadores do banco e um beijo no rosto de um integrante da comissão técnica. Disse ele no meio do ano que esta seria sua última competição com a seleção. “Continuar seria egoísta da minha parte”, foi o argumento. Depois de ter sido decisivo nesta decisão, a justificativa fez ainda mais sentido. Porque parece que ninguém pode com Di María nas grandes finais.

A Copa do Mundo de 2022 será lembrada pela história como a Copa de Messi, mas um companheiro seu merecerá para sempre um lugar de destaque no panteão dos campeões: Ángel Di María. Autor de um gol na final, o ponteiro da Juventus também sofreu o pênalti que abriria a contagem para a Argentina na decisão com a França. Mais do que um grande jogador, ele também fez seu último Mundial comprovando que é talhado para decisões.

Foi Di María quem, ano passado, marcou o gol no Maracanã que deu à Argentina o título da Copa América sobre o Brasil, quebrando um jejum de 28 anos sem títulos da seleção alviceleste. Foi também Di María quem marcou um dos gols da Finalíssima no meio deste ano, espécie de tira-teima entre os campeões da América e da Europa - a Argentina fez 3 a 0 na Itália. Agora, foi Di María quem marcou um dos gols que encerrou uma fila de 36 anos da Argentina em Copas do Mundo.

Ao anotar o seu gol, aos 36 minutos do primeiro tempo, o ponteiro comemorou chorando como se fosse uma criança. Vibrou com a alegria de quem marcava no jogo mais importante do mundo ao mesmo tempo em que tirava das costas um peso que carregava há oito anos e meio.

Di Maria abraça Messi na comemoração do título da Copa do Mundo do Catar.  Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP

Um dos melhores jogadores da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, Di María não jogou a final com a Alemanha naquele ano após sofrer um estiramento muscular nas quartas. Os argentinos perderam a decisão e o jogador foi duramente criticado, acusado de ter ficado de fora da final por exigência do departamento médico do Real Madrid, clube o qual defendia. O ponteiro sempre negou a versão e disse que precisou recorrer à terapia para assimilar a enxurrada de críticas.

O argentino vivia seu auge por aquela época e era um dos principais nomes da seleção. Mas parecia carecer de sorte. Mesmo com ele - e, claro, com Messi - a seleção só conseguia bater na trave. A Argentina perdeu duas finais de Copa América consecutivas, em 2015 e 2016, ambas para o Chile, e a pecha de perdedor chegava cada vez mais próxima de Di María e de sua geração.

Tudo começou a mudar no ano passado. Ao marcar um golaço no Maracanã sobre o favorito Brasil, o jogador devolveu à Argentina a grandeza que sempre tivera - mas parecia esquecida - na América do Sul. Neste domingo, ele ajudou a repetir a dose, mas agora em proporção mundial.

Substituído aos 20 do segundo tempo, Di María saiu de campo ovacionado. Recebeu os cumprimentos de todos os jogadores do banco e um beijo no rosto de um integrante da comissão técnica. Disse ele no meio do ano que esta seria sua última competição com a seleção. “Continuar seria egoísta da minha parte”, foi o argumento. Depois de ter sido decisivo nesta decisão, a justificativa fez ainda mais sentido. Porque parece que ninguém pode com Di María nas grandes finais.

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