Dorival Júnior fica na seleção brasileira após rodada ruim nas Eliminatórias? Entenda cenário


Treinador soma quatro vitórias em nove jogos, mas desempenho do Brasil não empolga; equipe disputa mais quatro partidas até o fim deste ano

Por Murillo César Alves
Atualização:

Contra o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, o Brasil teve seu pior desempenho sob o comando de Dorival Júnior. Desde que aceitou o convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), os jogos contra Equador e Paraguai foram os primeiros do treinador no torneio classificatório para o Mundial. O próprio profissional reconheceu isto, na entrevista coletiva após o jogo.

O desempenho da equipe sob a batuta do treinador preocupa os torcedores. Soma-se isso ao fato da seleção também ter decepcionado na Copa América – foi eliminada nas quartas de final, para o Uruguai, e venceu apenas um jogo no torneio. O contrato de Dorival com a CBF vai até o fim do ciclo para a Copa do Mundo de 2026 e, ao menos até esta rodada das Eliminatórias, o treinador estava prestigiado pelo presidente Ednaldo Rodrigues.

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A tendência é que Dorival não seja demitido após os insucessos nesta rodada das Eliminatórias. A seleção venceu o Equador, por 1 a 0, e foi derrotada pelo Paraguai, pelo mesmo placar. Mesmo com a vitória sobre os equatorianos, o Brasil não obteve o desempenho esperado. Desde a eliminação na Copa América, a palavra de ordem na CBF é “processo”. Tanto Dorival, quanto Ednaldo, acreditam que a equipe teria um momento de oscilação. Mas os quatro próximos jogos das Eliminatórias, serão decisivos.

Dorival Júnior ainda não conseguiu obter o desempenho esperado no comando da seleção brasileira. Foto: Rafael Ribeiro/ CBF

“A expectativa era muito positiva para que tivéssemos um jogo mais consistente. Nós tínhamos esta condição até tomarmos o gol, com trocas de passes conseguimos deixar o Paraguai atrás de sua linha de campo. Depois do gol abrimos mão desta condição. Foi o pior tempo no período em que estamos na seleção”, disse o treinador em rápida entrevista coletiva. Um dia antes, ele havia “garantido” que o Brasil estaria presente na decisão da Copa do Mundo em 2026.

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O Brasil encara Chile e Peru em outubro e Venezuela e Uruguai em novembro. Até aqui, sob o comando de Dorival, a seleção venceu quatro jogos, empatou outros quatro e foi derrotada uma única vez, justamente para o Paraguai – a eliminação na Copa América se deu após empate por 0 a 0 com o Uruguai. Mesmo sem empolgar, os números (aproveitamento de 59,2%) não indicam que o treinador seja trocado de imediato.

Três fatores podem entrar em conta para Dorival Júnior continuar na seleção brasileira, pelo menos até os próximos jogos das Eliminatórias:

  • Tempo de trabalho de Dorival Júnior
  • Período curto até a Copa do Mundo
  • Novo treinador seria o quarto no ciclo para o Mundial
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Dorival não completou um ano à frente da seleção brasileira. Ele assumiu em janeiro e disputou apenas nove jogos até aqui – Tite, por exemplo, teve dois anos para trabalhar antes da Copa do Mundo 2018 e manteve o projeto para o Catar. Menos de dois anos separam a seleção brasileira do próximo Mundial, nos EUA, Canadá e México, fator que dificultaria o trabalho do próximo treinador.

Brasil foi derrotado pelo Paraguai por 1 a 0, em partida válida pela oitava rodada das Eliminatórias. Foto: Jorge Saenz/AP

Além disso, caso seja demitido, a seleção brasileira teria seu quarto treinador neste ciclo. Antes de Dorival, Fernando Diniz e Ramon Menezes trabalharam ao longo de 2023. A CBF sonhava com Carlo Ancelotti, do Real Madrid, e acreditava que havia chegado a um acordo com o treinador, mas a renovação do italiano com o clube espanhol frustrou as expectativas de Ednaldo Rodrigues. À época, a direção da entidade se mostrava confiante de que o profissional assumiria a seleção para a Copa América de 2024.

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Dorival foi o treinador com o trabalho mais longevo na seleção até aqui. Diniz disputou seis jogos (duas vitórias, um empate e três derrotas, todas pelas Eliminatórias), enquanto Ramon ficou à frente em três amistosos contra Marrocos, Guiné e Senegal (uma vitórias e duas derrotas).

Com dez pontos conquistados em oito partidas nas Eliminatórias da Copa, o Brasil é o 5º colocado na tabela e está a oito pontos da Argentina, que lidera as classificatórias com 18. A seleção havia alcançado a 4ª posição após a vitória sobre o Equador, mas voltou a ser ultrapassado na tabela.

O Brasil tem a vaga para o Mundial ameaçada, portanto. No total, até sete seleções, das dez que disputam as Eliminatórias, podem tem direito a uma vaga no Mundial. As seis primeiras passam de forma direta para a fase de grupos, enquanto a sétima colocada se classifica para a repescagem internacional.

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Retorno de Neymar

Mesmo sem entrar em campo desde 2023, Neymar ainda é o principal nome da seleção brasileira. Dorival Júnior e companheiros citam o atacante do Al-Hilal e a importância que o camisa 10 terá no ciclo para a Copa do Mundo de 2026. No entanto, a última vez em que Neymar esteve em campo com a amarelinha foi em outubro de 2023, quando torceu o joelho em duelo com o Uruguai. Com o avanço da recuperação na Arábia Saudita, o retorno do jogador aos campos se aproxima.

Neymar se recupera de lesão no joelho e ainda não entrou em campo neste ano. Foto: Reprodução/ Instagram @neymarjr
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Neymar não foi convocado por Dorival Júnior para os duelos de setembro nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a ideia é preservar o atacante até que ele tenha totais condições de entrar em campo novamente. Antes da próxima convocação, a entidade irá viajar à Arábia Saudita para entender a condição em que o atacante se encontra.

Caso a CBF, que monitora a recuperação de Neymar, entenda que ele ainda não tem condições para reestrear pela seleção brasileira, a próxima Data Fifa acontece em março de 2025, contra Colômbia e Argentina. Dessa forma, ele completaria um ano inteiro sem defender a equipe de Dorival Júnior.

Contra o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, o Brasil teve seu pior desempenho sob o comando de Dorival Júnior. Desde que aceitou o convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), os jogos contra Equador e Paraguai foram os primeiros do treinador no torneio classificatório para o Mundial. O próprio profissional reconheceu isto, na entrevista coletiva após o jogo.

O desempenho da equipe sob a batuta do treinador preocupa os torcedores. Soma-se isso ao fato da seleção também ter decepcionado na Copa América – foi eliminada nas quartas de final, para o Uruguai, e venceu apenas um jogo no torneio. O contrato de Dorival com a CBF vai até o fim do ciclo para a Copa do Mundo de 2026 e, ao menos até esta rodada das Eliminatórias, o treinador estava prestigiado pelo presidente Ednaldo Rodrigues.

A tendência é que Dorival não seja demitido após os insucessos nesta rodada das Eliminatórias. A seleção venceu o Equador, por 1 a 0, e foi derrotada pelo Paraguai, pelo mesmo placar. Mesmo com a vitória sobre os equatorianos, o Brasil não obteve o desempenho esperado. Desde a eliminação na Copa América, a palavra de ordem na CBF é “processo”. Tanto Dorival, quanto Ednaldo, acreditam que a equipe teria um momento de oscilação. Mas os quatro próximos jogos das Eliminatórias, serão decisivos.

Dorival Júnior ainda não conseguiu obter o desempenho esperado no comando da seleção brasileira. Foto: Rafael Ribeiro/ CBF

“A expectativa era muito positiva para que tivéssemos um jogo mais consistente. Nós tínhamos esta condição até tomarmos o gol, com trocas de passes conseguimos deixar o Paraguai atrás de sua linha de campo. Depois do gol abrimos mão desta condição. Foi o pior tempo no período em que estamos na seleção”, disse o treinador em rápida entrevista coletiva. Um dia antes, ele havia “garantido” que o Brasil estaria presente na decisão da Copa do Mundo em 2026.

O Brasil encara Chile e Peru em outubro e Venezuela e Uruguai em novembro. Até aqui, sob o comando de Dorival, a seleção venceu quatro jogos, empatou outros quatro e foi derrotada uma única vez, justamente para o Paraguai – a eliminação na Copa América se deu após empate por 0 a 0 com o Uruguai. Mesmo sem empolgar, os números (aproveitamento de 59,2%) não indicam que o treinador seja trocado de imediato.

Três fatores podem entrar em conta para Dorival Júnior continuar na seleção brasileira, pelo menos até os próximos jogos das Eliminatórias:

  • Tempo de trabalho de Dorival Júnior
  • Período curto até a Copa do Mundo
  • Novo treinador seria o quarto no ciclo para o Mundial

Dorival não completou um ano à frente da seleção brasileira. Ele assumiu em janeiro e disputou apenas nove jogos até aqui – Tite, por exemplo, teve dois anos para trabalhar antes da Copa do Mundo 2018 e manteve o projeto para o Catar. Menos de dois anos separam a seleção brasileira do próximo Mundial, nos EUA, Canadá e México, fator que dificultaria o trabalho do próximo treinador.

Brasil foi derrotado pelo Paraguai por 1 a 0, em partida válida pela oitava rodada das Eliminatórias. Foto: Jorge Saenz/AP

Além disso, caso seja demitido, a seleção brasileira teria seu quarto treinador neste ciclo. Antes de Dorival, Fernando Diniz e Ramon Menezes trabalharam ao longo de 2023. A CBF sonhava com Carlo Ancelotti, do Real Madrid, e acreditava que havia chegado a um acordo com o treinador, mas a renovação do italiano com o clube espanhol frustrou as expectativas de Ednaldo Rodrigues. À época, a direção da entidade se mostrava confiante de que o profissional assumiria a seleção para a Copa América de 2024.

Dorival foi o treinador com o trabalho mais longevo na seleção até aqui. Diniz disputou seis jogos (duas vitórias, um empate e três derrotas, todas pelas Eliminatórias), enquanto Ramon ficou à frente em três amistosos contra Marrocos, Guiné e Senegal (uma vitórias e duas derrotas).

Com dez pontos conquistados em oito partidas nas Eliminatórias da Copa, o Brasil é o 5º colocado na tabela e está a oito pontos da Argentina, que lidera as classificatórias com 18. A seleção havia alcançado a 4ª posição após a vitória sobre o Equador, mas voltou a ser ultrapassado na tabela.

O Brasil tem a vaga para o Mundial ameaçada, portanto. No total, até sete seleções, das dez que disputam as Eliminatórias, podem tem direito a uma vaga no Mundial. As seis primeiras passam de forma direta para a fase de grupos, enquanto a sétima colocada se classifica para a repescagem internacional.

Retorno de Neymar

Mesmo sem entrar em campo desde 2023, Neymar ainda é o principal nome da seleção brasileira. Dorival Júnior e companheiros citam o atacante do Al-Hilal e a importância que o camisa 10 terá no ciclo para a Copa do Mundo de 2026. No entanto, a última vez em que Neymar esteve em campo com a amarelinha foi em outubro de 2023, quando torceu o joelho em duelo com o Uruguai. Com o avanço da recuperação na Arábia Saudita, o retorno do jogador aos campos se aproxima.

Neymar se recupera de lesão no joelho e ainda não entrou em campo neste ano. Foto: Reprodução/ Instagram @neymarjr

Neymar não foi convocado por Dorival Júnior para os duelos de setembro nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a ideia é preservar o atacante até que ele tenha totais condições de entrar em campo novamente. Antes da próxima convocação, a entidade irá viajar à Arábia Saudita para entender a condição em que o atacante se encontra.

Caso a CBF, que monitora a recuperação de Neymar, entenda que ele ainda não tem condições para reestrear pela seleção brasileira, a próxima Data Fifa acontece em março de 2025, contra Colômbia e Argentina. Dessa forma, ele completaria um ano inteiro sem defender a equipe de Dorival Júnior.

Contra o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, o Brasil teve seu pior desempenho sob o comando de Dorival Júnior. Desde que aceitou o convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), os jogos contra Equador e Paraguai foram os primeiros do treinador no torneio classificatório para o Mundial. O próprio profissional reconheceu isto, na entrevista coletiva após o jogo.

O desempenho da equipe sob a batuta do treinador preocupa os torcedores. Soma-se isso ao fato da seleção também ter decepcionado na Copa América – foi eliminada nas quartas de final, para o Uruguai, e venceu apenas um jogo no torneio. O contrato de Dorival com a CBF vai até o fim do ciclo para a Copa do Mundo de 2026 e, ao menos até esta rodada das Eliminatórias, o treinador estava prestigiado pelo presidente Ednaldo Rodrigues.

A tendência é que Dorival não seja demitido após os insucessos nesta rodada das Eliminatórias. A seleção venceu o Equador, por 1 a 0, e foi derrotada pelo Paraguai, pelo mesmo placar. Mesmo com a vitória sobre os equatorianos, o Brasil não obteve o desempenho esperado. Desde a eliminação na Copa América, a palavra de ordem na CBF é “processo”. Tanto Dorival, quanto Ednaldo, acreditam que a equipe teria um momento de oscilação. Mas os quatro próximos jogos das Eliminatórias, serão decisivos.

Dorival Júnior ainda não conseguiu obter o desempenho esperado no comando da seleção brasileira. Foto: Rafael Ribeiro/ CBF

“A expectativa era muito positiva para que tivéssemos um jogo mais consistente. Nós tínhamos esta condição até tomarmos o gol, com trocas de passes conseguimos deixar o Paraguai atrás de sua linha de campo. Depois do gol abrimos mão desta condição. Foi o pior tempo no período em que estamos na seleção”, disse o treinador em rápida entrevista coletiva. Um dia antes, ele havia “garantido” que o Brasil estaria presente na decisão da Copa do Mundo em 2026.

O Brasil encara Chile e Peru em outubro e Venezuela e Uruguai em novembro. Até aqui, sob o comando de Dorival, a seleção venceu quatro jogos, empatou outros quatro e foi derrotada uma única vez, justamente para o Paraguai – a eliminação na Copa América se deu após empate por 0 a 0 com o Uruguai. Mesmo sem empolgar, os números (aproveitamento de 59,2%) não indicam que o treinador seja trocado de imediato.

Três fatores podem entrar em conta para Dorival Júnior continuar na seleção brasileira, pelo menos até os próximos jogos das Eliminatórias:

  • Tempo de trabalho de Dorival Júnior
  • Período curto até a Copa do Mundo
  • Novo treinador seria o quarto no ciclo para o Mundial

Dorival não completou um ano à frente da seleção brasileira. Ele assumiu em janeiro e disputou apenas nove jogos até aqui – Tite, por exemplo, teve dois anos para trabalhar antes da Copa do Mundo 2018 e manteve o projeto para o Catar. Menos de dois anos separam a seleção brasileira do próximo Mundial, nos EUA, Canadá e México, fator que dificultaria o trabalho do próximo treinador.

Brasil foi derrotado pelo Paraguai por 1 a 0, em partida válida pela oitava rodada das Eliminatórias. Foto: Jorge Saenz/AP

Além disso, caso seja demitido, a seleção brasileira teria seu quarto treinador neste ciclo. Antes de Dorival, Fernando Diniz e Ramon Menezes trabalharam ao longo de 2023. A CBF sonhava com Carlo Ancelotti, do Real Madrid, e acreditava que havia chegado a um acordo com o treinador, mas a renovação do italiano com o clube espanhol frustrou as expectativas de Ednaldo Rodrigues. À época, a direção da entidade se mostrava confiante de que o profissional assumiria a seleção para a Copa América de 2024.

Dorival foi o treinador com o trabalho mais longevo na seleção até aqui. Diniz disputou seis jogos (duas vitórias, um empate e três derrotas, todas pelas Eliminatórias), enquanto Ramon ficou à frente em três amistosos contra Marrocos, Guiné e Senegal (uma vitórias e duas derrotas).

Com dez pontos conquistados em oito partidas nas Eliminatórias da Copa, o Brasil é o 5º colocado na tabela e está a oito pontos da Argentina, que lidera as classificatórias com 18. A seleção havia alcançado a 4ª posição após a vitória sobre o Equador, mas voltou a ser ultrapassado na tabela.

O Brasil tem a vaga para o Mundial ameaçada, portanto. No total, até sete seleções, das dez que disputam as Eliminatórias, podem tem direito a uma vaga no Mundial. As seis primeiras passam de forma direta para a fase de grupos, enquanto a sétima colocada se classifica para a repescagem internacional.

Retorno de Neymar

Mesmo sem entrar em campo desde 2023, Neymar ainda é o principal nome da seleção brasileira. Dorival Júnior e companheiros citam o atacante do Al-Hilal e a importância que o camisa 10 terá no ciclo para a Copa do Mundo de 2026. No entanto, a última vez em que Neymar esteve em campo com a amarelinha foi em outubro de 2023, quando torceu o joelho em duelo com o Uruguai. Com o avanço da recuperação na Arábia Saudita, o retorno do jogador aos campos se aproxima.

Neymar se recupera de lesão no joelho e ainda não entrou em campo neste ano. Foto: Reprodução/ Instagram @neymarjr

Neymar não foi convocado por Dorival Júnior para os duelos de setembro nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a ideia é preservar o atacante até que ele tenha totais condições de entrar em campo novamente. Antes da próxima convocação, a entidade irá viajar à Arábia Saudita para entender a condição em que o atacante se encontra.

Caso a CBF, que monitora a recuperação de Neymar, entenda que ele ainda não tem condições para reestrear pela seleção brasileira, a próxima Data Fifa acontece em março de 2025, contra Colômbia e Argentina. Dessa forma, ele completaria um ano inteiro sem defender a equipe de Dorival Júnior.

Contra o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, o Brasil teve seu pior desempenho sob o comando de Dorival Júnior. Desde que aceitou o convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), os jogos contra Equador e Paraguai foram os primeiros do treinador no torneio classificatório para o Mundial. O próprio profissional reconheceu isto, na entrevista coletiva após o jogo.

O desempenho da equipe sob a batuta do treinador preocupa os torcedores. Soma-se isso ao fato da seleção também ter decepcionado na Copa América – foi eliminada nas quartas de final, para o Uruguai, e venceu apenas um jogo no torneio. O contrato de Dorival com a CBF vai até o fim do ciclo para a Copa do Mundo de 2026 e, ao menos até esta rodada das Eliminatórias, o treinador estava prestigiado pelo presidente Ednaldo Rodrigues.

A tendência é que Dorival não seja demitido após os insucessos nesta rodada das Eliminatórias. A seleção venceu o Equador, por 1 a 0, e foi derrotada pelo Paraguai, pelo mesmo placar. Mesmo com a vitória sobre os equatorianos, o Brasil não obteve o desempenho esperado. Desde a eliminação na Copa América, a palavra de ordem na CBF é “processo”. Tanto Dorival, quanto Ednaldo, acreditam que a equipe teria um momento de oscilação. Mas os quatro próximos jogos das Eliminatórias, serão decisivos.

Dorival Júnior ainda não conseguiu obter o desempenho esperado no comando da seleção brasileira. Foto: Rafael Ribeiro/ CBF

“A expectativa era muito positiva para que tivéssemos um jogo mais consistente. Nós tínhamos esta condição até tomarmos o gol, com trocas de passes conseguimos deixar o Paraguai atrás de sua linha de campo. Depois do gol abrimos mão desta condição. Foi o pior tempo no período em que estamos na seleção”, disse o treinador em rápida entrevista coletiva. Um dia antes, ele havia “garantido” que o Brasil estaria presente na decisão da Copa do Mundo em 2026.

O Brasil encara Chile e Peru em outubro e Venezuela e Uruguai em novembro. Até aqui, sob o comando de Dorival, a seleção venceu quatro jogos, empatou outros quatro e foi derrotada uma única vez, justamente para o Paraguai – a eliminação na Copa América se deu após empate por 0 a 0 com o Uruguai. Mesmo sem empolgar, os números (aproveitamento de 59,2%) não indicam que o treinador seja trocado de imediato.

Três fatores podem entrar em conta para Dorival Júnior continuar na seleção brasileira, pelo menos até os próximos jogos das Eliminatórias:

  • Tempo de trabalho de Dorival Júnior
  • Período curto até a Copa do Mundo
  • Novo treinador seria o quarto no ciclo para o Mundial

Dorival não completou um ano à frente da seleção brasileira. Ele assumiu em janeiro e disputou apenas nove jogos até aqui – Tite, por exemplo, teve dois anos para trabalhar antes da Copa do Mundo 2018 e manteve o projeto para o Catar. Menos de dois anos separam a seleção brasileira do próximo Mundial, nos EUA, Canadá e México, fator que dificultaria o trabalho do próximo treinador.

Brasil foi derrotado pelo Paraguai por 1 a 0, em partida válida pela oitava rodada das Eliminatórias. Foto: Jorge Saenz/AP

Além disso, caso seja demitido, a seleção brasileira teria seu quarto treinador neste ciclo. Antes de Dorival, Fernando Diniz e Ramon Menezes trabalharam ao longo de 2023. A CBF sonhava com Carlo Ancelotti, do Real Madrid, e acreditava que havia chegado a um acordo com o treinador, mas a renovação do italiano com o clube espanhol frustrou as expectativas de Ednaldo Rodrigues. À época, a direção da entidade se mostrava confiante de que o profissional assumiria a seleção para a Copa América de 2024.

Dorival foi o treinador com o trabalho mais longevo na seleção até aqui. Diniz disputou seis jogos (duas vitórias, um empate e três derrotas, todas pelas Eliminatórias), enquanto Ramon ficou à frente em três amistosos contra Marrocos, Guiné e Senegal (uma vitórias e duas derrotas).

Com dez pontos conquistados em oito partidas nas Eliminatórias da Copa, o Brasil é o 5º colocado na tabela e está a oito pontos da Argentina, que lidera as classificatórias com 18. A seleção havia alcançado a 4ª posição após a vitória sobre o Equador, mas voltou a ser ultrapassado na tabela.

O Brasil tem a vaga para o Mundial ameaçada, portanto. No total, até sete seleções, das dez que disputam as Eliminatórias, podem tem direito a uma vaga no Mundial. As seis primeiras passam de forma direta para a fase de grupos, enquanto a sétima colocada se classifica para a repescagem internacional.

Retorno de Neymar

Mesmo sem entrar em campo desde 2023, Neymar ainda é o principal nome da seleção brasileira. Dorival Júnior e companheiros citam o atacante do Al-Hilal e a importância que o camisa 10 terá no ciclo para a Copa do Mundo de 2026. No entanto, a última vez em que Neymar esteve em campo com a amarelinha foi em outubro de 2023, quando torceu o joelho em duelo com o Uruguai. Com o avanço da recuperação na Arábia Saudita, o retorno do jogador aos campos se aproxima.

Neymar se recupera de lesão no joelho e ainda não entrou em campo neste ano. Foto: Reprodução/ Instagram @neymarjr

Neymar não foi convocado por Dorival Júnior para os duelos de setembro nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a ideia é preservar o atacante até que ele tenha totais condições de entrar em campo novamente. Antes da próxima convocação, a entidade irá viajar à Arábia Saudita para entender a condição em que o atacante se encontra.

Caso a CBF, que monitora a recuperação de Neymar, entenda que ele ainda não tem condições para reestrear pela seleção brasileira, a próxima Data Fifa acontece em março de 2025, contra Colômbia e Argentina. Dessa forma, ele completaria um ano inteiro sem defender a equipe de Dorival Júnior.

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