Zagueiro Bauermann, do Santos, é cobrado por apostador de site em conversa por não cumprir acordo


Atleta teria recebido R$ 50 mil para levar um cartão amarelo em partida com o Avaí, mas não foi advertido pelo árbitro durante o jogo

Por Redação
Atualização:

Conversas entre o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, e um apostador envolvido na quadrilha investigada por manipular resultados em jogos no futebol brasileiro foram divulgadas neta segunda-feira pela revista Veja. Segundo o Ministério Público de Goiás, que investiga o possível crime, o jogador teria recebido R$ 50 mil para levar cartão amarelo no jogo Santos x Avaí, pelo Brasileirão do ano passado, mas não foi advertido durante a partida. Em uma conversa antes do confronto, que terminou empatado, Bauermann foi cobrado por não ter sido punido conforme o combinado.

O Santos afirmou que só vai se pronunciar sobre o caso após ter uma conversa com Bauermann, que deverá ocorrer nesta terça-feira. Veja partes da conversa do jogador com o apostador:

Bauermann deve realizar uma reunião nesta terça-feira com a diretoria do Santos. Foto: Ivan Storti/Santos FC
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  • Eduardo Bauermann: “Mano, só me avisa antes se realmente vai dar pra fazer, senão nem tomo cartão a toa, entende”.
  • Apostador: “Fica em paz, irmão. Vai dar certo. Nois (sic) sempre dá um jeito. Mano se você falou pra alguém (da) aposta manda não apostar mais, demoro (sic). Tmj vamos pra cima”.
  • Eduardo Bauermann: “Não, não, nem falei nada mano... quem comentou que faria uma aposta também foi o Luiz Taveira (empresário do zagueiro), mas ele falou brincando.. acho que não iria fazer. Mas se alguém me chamar aqui pra fazer vou cortar já”.
  • (Horas depois) Apostador: “Truta, o que você fez da sua vida, mano? Qual a fita? Truta, você foi pago para fazer o que, mano???? Você vai pagar todo meu prejuízo, mano. E aí, truta?????”.

Após não cumprir o acordo e ter recebido o dinheiro, Bauermann aceitou ser expulso na próxima partida, que foi contra o Botafogo, mas só recebeu o vermelho, ao final do jogo, após reclamar com a arbitragem.

  • Apostador: “Olha a p... da m... que você fez. Mano, por que você não fez a p... que eu te falei. Mano, por que não tomou essa p... no primeiro tempo. Por que não deu uma p... de uma cutuvelada (sic). Mano, por que você não me escuta, mano. Você me f... de novo mano. Mais (sic) dessa vez você vai resolver. Mano, você vai me pagar, tudo. Eu te pedi, eu confiei em você mano. E você me desonrou. De novo mano. Não tô acreditando nisso. Não deu certo porque você não escuta os outros. Era uma p... de uma curuvelada (sic), um tapa na cara do jogador. Só isso, você não fez mano, por que você não quis”.
  • Eduardo Bauermann: “Mano, de coração, não foi porque eu não quis, eu te juro! Senão não tinha tomado nem no final e teria inventado uma desculpa para você...”.
  • Apostador: “Por que você não deu uma cotovelada no cara???? O barato vai ficar louco para você”.
  • Eduardo Bauermann: “Mas estou correndo atrás pra conseguir te pagar esses 800 mil que você falou”.
  • Apostador: “Cadê os 50 (mil) que eu já te mandei mano?”.
  • Eduardo Bauermann: “Tá aqui, nem mexi nesse dinheiro”.
  • Apostador: “Já vê aí pra já mandar esse dinheiro mano”.
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OPERAÇÃO PENALIDADE MÁXIMA

O Ministério Público de Goiás, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), já deflagrou duas fases da Operação Penalidade Máxima.

De acordo com o promotor responsável pela investigação, Fernando Cesconetto, os jogadores da Série A que participavam do esquema recebiam até R$ 60 mil após o fim de sua atuação no ‘jogo marcado’, quantia que saltava para R$ 100 mil nos Estaduais deste ano. Cesconetto afirmou ainda que, mesmo que ocorra apenas a promessa de pagamento, os envolvidos cometeram crime, assim como quando se dá o pagamento efetivo em troca da manipulação de resultado.

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As pessoas denunciadas podem responder por crimes de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e de corrupção em práticas esportivas previstas no Estatuto do Torcedor. Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em dois endereços em São Paulo, os investigadores encontraram armas, munições e granadas de efeito moral de uso restrito das forças de segurança. Os jogadores também podem perder seu registro nas entidades esportivas, de modo a não poder mais realizar a profissão.

Ao todo, desta vez, seis partidas do Brasileirão de 2022 foram alvo do esquema de apostas realizado pelo grupo criminoso. A manipulação se dava por meio de ações dos jogadores dentro de campo, ou seja, diretamente ligados com as ações esportivas.

Medida Provisória da legislação das apostas físicas no Brasil está na agenda do presidente Lula. Todos os sites de apostas no País operam de bases no exterior.

Conversas entre o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, e um apostador envolvido na quadrilha investigada por manipular resultados em jogos no futebol brasileiro foram divulgadas neta segunda-feira pela revista Veja. Segundo o Ministério Público de Goiás, que investiga o possível crime, o jogador teria recebido R$ 50 mil para levar cartão amarelo no jogo Santos x Avaí, pelo Brasileirão do ano passado, mas não foi advertido durante a partida. Em uma conversa antes do confronto, que terminou empatado, Bauermann foi cobrado por não ter sido punido conforme o combinado.

O Santos afirmou que só vai se pronunciar sobre o caso após ter uma conversa com Bauermann, que deverá ocorrer nesta terça-feira. Veja partes da conversa do jogador com o apostador:

Bauermann deve realizar uma reunião nesta terça-feira com a diretoria do Santos. Foto: Ivan Storti/Santos FC
  • Eduardo Bauermann: “Mano, só me avisa antes se realmente vai dar pra fazer, senão nem tomo cartão a toa, entende”.
  • Apostador: “Fica em paz, irmão. Vai dar certo. Nois (sic) sempre dá um jeito. Mano se você falou pra alguém (da) aposta manda não apostar mais, demoro (sic). Tmj vamos pra cima”.
  • Eduardo Bauermann: “Não, não, nem falei nada mano... quem comentou que faria uma aposta também foi o Luiz Taveira (empresário do zagueiro), mas ele falou brincando.. acho que não iria fazer. Mas se alguém me chamar aqui pra fazer vou cortar já”.
  • (Horas depois) Apostador: “Truta, o que você fez da sua vida, mano? Qual a fita? Truta, você foi pago para fazer o que, mano???? Você vai pagar todo meu prejuízo, mano. E aí, truta?????”.

Após não cumprir o acordo e ter recebido o dinheiro, Bauermann aceitou ser expulso na próxima partida, que foi contra o Botafogo, mas só recebeu o vermelho, ao final do jogo, após reclamar com a arbitragem.

  • Apostador: “Olha a p... da m... que você fez. Mano, por que você não fez a p... que eu te falei. Mano, por que não tomou essa p... no primeiro tempo. Por que não deu uma p... de uma cutuvelada (sic). Mano, por que você não me escuta, mano. Você me f... de novo mano. Mais (sic) dessa vez você vai resolver. Mano, você vai me pagar, tudo. Eu te pedi, eu confiei em você mano. E você me desonrou. De novo mano. Não tô acreditando nisso. Não deu certo porque você não escuta os outros. Era uma p... de uma curuvelada (sic), um tapa na cara do jogador. Só isso, você não fez mano, por que você não quis”.
  • Eduardo Bauermann: “Mano, de coração, não foi porque eu não quis, eu te juro! Senão não tinha tomado nem no final e teria inventado uma desculpa para você...”.
  • Apostador: “Por que você não deu uma cotovelada no cara???? O barato vai ficar louco para você”.
  • Eduardo Bauermann: “Mas estou correndo atrás pra conseguir te pagar esses 800 mil que você falou”.
  • Apostador: “Cadê os 50 (mil) que eu já te mandei mano?”.
  • Eduardo Bauermann: “Tá aqui, nem mexi nesse dinheiro”.
  • Apostador: “Já vê aí pra já mandar esse dinheiro mano”.

OPERAÇÃO PENALIDADE MÁXIMA

O Ministério Público de Goiás, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), já deflagrou duas fases da Operação Penalidade Máxima.

De acordo com o promotor responsável pela investigação, Fernando Cesconetto, os jogadores da Série A que participavam do esquema recebiam até R$ 60 mil após o fim de sua atuação no ‘jogo marcado’, quantia que saltava para R$ 100 mil nos Estaduais deste ano. Cesconetto afirmou ainda que, mesmo que ocorra apenas a promessa de pagamento, os envolvidos cometeram crime, assim como quando se dá o pagamento efetivo em troca da manipulação de resultado.

As pessoas denunciadas podem responder por crimes de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e de corrupção em práticas esportivas previstas no Estatuto do Torcedor. Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em dois endereços em São Paulo, os investigadores encontraram armas, munições e granadas de efeito moral de uso restrito das forças de segurança. Os jogadores também podem perder seu registro nas entidades esportivas, de modo a não poder mais realizar a profissão.

Ao todo, desta vez, seis partidas do Brasileirão de 2022 foram alvo do esquema de apostas realizado pelo grupo criminoso. A manipulação se dava por meio de ações dos jogadores dentro de campo, ou seja, diretamente ligados com as ações esportivas.

Medida Provisória da legislação das apostas físicas no Brasil está na agenda do presidente Lula. Todos os sites de apostas no País operam de bases no exterior.

Conversas entre o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, e um apostador envolvido na quadrilha investigada por manipular resultados em jogos no futebol brasileiro foram divulgadas neta segunda-feira pela revista Veja. Segundo o Ministério Público de Goiás, que investiga o possível crime, o jogador teria recebido R$ 50 mil para levar cartão amarelo no jogo Santos x Avaí, pelo Brasileirão do ano passado, mas não foi advertido durante a partida. Em uma conversa antes do confronto, que terminou empatado, Bauermann foi cobrado por não ter sido punido conforme o combinado.

O Santos afirmou que só vai se pronunciar sobre o caso após ter uma conversa com Bauermann, que deverá ocorrer nesta terça-feira. Veja partes da conversa do jogador com o apostador:

Bauermann deve realizar uma reunião nesta terça-feira com a diretoria do Santos. Foto: Ivan Storti/Santos FC
  • Eduardo Bauermann: “Mano, só me avisa antes se realmente vai dar pra fazer, senão nem tomo cartão a toa, entende”.
  • Apostador: “Fica em paz, irmão. Vai dar certo. Nois (sic) sempre dá um jeito. Mano se você falou pra alguém (da) aposta manda não apostar mais, demoro (sic). Tmj vamos pra cima”.
  • Eduardo Bauermann: “Não, não, nem falei nada mano... quem comentou que faria uma aposta também foi o Luiz Taveira (empresário do zagueiro), mas ele falou brincando.. acho que não iria fazer. Mas se alguém me chamar aqui pra fazer vou cortar já”.
  • (Horas depois) Apostador: “Truta, o que você fez da sua vida, mano? Qual a fita? Truta, você foi pago para fazer o que, mano???? Você vai pagar todo meu prejuízo, mano. E aí, truta?????”.

Após não cumprir o acordo e ter recebido o dinheiro, Bauermann aceitou ser expulso na próxima partida, que foi contra o Botafogo, mas só recebeu o vermelho, ao final do jogo, após reclamar com a arbitragem.

  • Apostador: “Olha a p... da m... que você fez. Mano, por que você não fez a p... que eu te falei. Mano, por que não tomou essa p... no primeiro tempo. Por que não deu uma p... de uma cutuvelada (sic). Mano, por que você não me escuta, mano. Você me f... de novo mano. Mais (sic) dessa vez você vai resolver. Mano, você vai me pagar, tudo. Eu te pedi, eu confiei em você mano. E você me desonrou. De novo mano. Não tô acreditando nisso. Não deu certo porque você não escuta os outros. Era uma p... de uma curuvelada (sic), um tapa na cara do jogador. Só isso, você não fez mano, por que você não quis”.
  • Eduardo Bauermann: “Mano, de coração, não foi porque eu não quis, eu te juro! Senão não tinha tomado nem no final e teria inventado uma desculpa para você...”.
  • Apostador: “Por que você não deu uma cotovelada no cara???? O barato vai ficar louco para você”.
  • Eduardo Bauermann: “Mas estou correndo atrás pra conseguir te pagar esses 800 mil que você falou”.
  • Apostador: “Cadê os 50 (mil) que eu já te mandei mano?”.
  • Eduardo Bauermann: “Tá aqui, nem mexi nesse dinheiro”.
  • Apostador: “Já vê aí pra já mandar esse dinheiro mano”.

OPERAÇÃO PENALIDADE MÁXIMA

O Ministério Público de Goiás, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), já deflagrou duas fases da Operação Penalidade Máxima.

De acordo com o promotor responsável pela investigação, Fernando Cesconetto, os jogadores da Série A que participavam do esquema recebiam até R$ 60 mil após o fim de sua atuação no ‘jogo marcado’, quantia que saltava para R$ 100 mil nos Estaduais deste ano. Cesconetto afirmou ainda que, mesmo que ocorra apenas a promessa de pagamento, os envolvidos cometeram crime, assim como quando se dá o pagamento efetivo em troca da manipulação de resultado.

As pessoas denunciadas podem responder por crimes de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e de corrupção em práticas esportivas previstas no Estatuto do Torcedor. Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em dois endereços em São Paulo, os investigadores encontraram armas, munições e granadas de efeito moral de uso restrito das forças de segurança. Os jogadores também podem perder seu registro nas entidades esportivas, de modo a não poder mais realizar a profissão.

Ao todo, desta vez, seis partidas do Brasileirão de 2022 foram alvo do esquema de apostas realizado pelo grupo criminoso. A manipulação se dava por meio de ações dos jogadores dentro de campo, ou seja, diretamente ligados com as ações esportivas.

Medida Provisória da legislação das apostas físicas no Brasil está na agenda do presidente Lula. Todos os sites de apostas no País operam de bases no exterior.

Conversas entre o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, e um apostador envolvido na quadrilha investigada por manipular resultados em jogos no futebol brasileiro foram divulgadas neta segunda-feira pela revista Veja. Segundo o Ministério Público de Goiás, que investiga o possível crime, o jogador teria recebido R$ 50 mil para levar cartão amarelo no jogo Santos x Avaí, pelo Brasileirão do ano passado, mas não foi advertido durante a partida. Em uma conversa antes do confronto, que terminou empatado, Bauermann foi cobrado por não ter sido punido conforme o combinado.

O Santos afirmou que só vai se pronunciar sobre o caso após ter uma conversa com Bauermann, que deverá ocorrer nesta terça-feira. Veja partes da conversa do jogador com o apostador:

Bauermann deve realizar uma reunião nesta terça-feira com a diretoria do Santos. Foto: Ivan Storti/Santos FC
  • Eduardo Bauermann: “Mano, só me avisa antes se realmente vai dar pra fazer, senão nem tomo cartão a toa, entende”.
  • Apostador: “Fica em paz, irmão. Vai dar certo. Nois (sic) sempre dá um jeito. Mano se você falou pra alguém (da) aposta manda não apostar mais, demoro (sic). Tmj vamos pra cima”.
  • Eduardo Bauermann: “Não, não, nem falei nada mano... quem comentou que faria uma aposta também foi o Luiz Taveira (empresário do zagueiro), mas ele falou brincando.. acho que não iria fazer. Mas se alguém me chamar aqui pra fazer vou cortar já”.
  • (Horas depois) Apostador: “Truta, o que você fez da sua vida, mano? Qual a fita? Truta, você foi pago para fazer o que, mano???? Você vai pagar todo meu prejuízo, mano. E aí, truta?????”.

Após não cumprir o acordo e ter recebido o dinheiro, Bauermann aceitou ser expulso na próxima partida, que foi contra o Botafogo, mas só recebeu o vermelho, ao final do jogo, após reclamar com a arbitragem.

  • Apostador: “Olha a p... da m... que você fez. Mano, por que você não fez a p... que eu te falei. Mano, por que não tomou essa p... no primeiro tempo. Por que não deu uma p... de uma cutuvelada (sic). Mano, por que você não me escuta, mano. Você me f... de novo mano. Mais (sic) dessa vez você vai resolver. Mano, você vai me pagar, tudo. Eu te pedi, eu confiei em você mano. E você me desonrou. De novo mano. Não tô acreditando nisso. Não deu certo porque você não escuta os outros. Era uma p... de uma curuvelada (sic), um tapa na cara do jogador. Só isso, você não fez mano, por que você não quis”.
  • Eduardo Bauermann: “Mano, de coração, não foi porque eu não quis, eu te juro! Senão não tinha tomado nem no final e teria inventado uma desculpa para você...”.
  • Apostador: “Por que você não deu uma cotovelada no cara???? O barato vai ficar louco para você”.
  • Eduardo Bauermann: “Mas estou correndo atrás pra conseguir te pagar esses 800 mil que você falou”.
  • Apostador: “Cadê os 50 (mil) que eu já te mandei mano?”.
  • Eduardo Bauermann: “Tá aqui, nem mexi nesse dinheiro”.
  • Apostador: “Já vê aí pra já mandar esse dinheiro mano”.

OPERAÇÃO PENALIDADE MÁXIMA

O Ministério Público de Goiás, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), já deflagrou duas fases da Operação Penalidade Máxima.

De acordo com o promotor responsável pela investigação, Fernando Cesconetto, os jogadores da Série A que participavam do esquema recebiam até R$ 60 mil após o fim de sua atuação no ‘jogo marcado’, quantia que saltava para R$ 100 mil nos Estaduais deste ano. Cesconetto afirmou ainda que, mesmo que ocorra apenas a promessa de pagamento, os envolvidos cometeram crime, assim como quando se dá o pagamento efetivo em troca da manipulação de resultado.

As pessoas denunciadas podem responder por crimes de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e de corrupção em práticas esportivas previstas no Estatuto do Torcedor. Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em dois endereços em São Paulo, os investigadores encontraram armas, munições e granadas de efeito moral de uso restrito das forças de segurança. Os jogadores também podem perder seu registro nas entidades esportivas, de modo a não poder mais realizar a profissão.

Ao todo, desta vez, seis partidas do Brasileirão de 2022 foram alvo do esquema de apostas realizado pelo grupo criminoso. A manipulação se dava por meio de ações dos jogadores dentro de campo, ou seja, diretamente ligados com as ações esportivas.

Medida Provisória da legislação das apostas físicas no Brasil está na agenda do presidente Lula. Todos os sites de apostas no País operam de bases no exterior.

Conversas entre o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, e um apostador envolvido na quadrilha investigada por manipular resultados em jogos no futebol brasileiro foram divulgadas neta segunda-feira pela revista Veja. Segundo o Ministério Público de Goiás, que investiga o possível crime, o jogador teria recebido R$ 50 mil para levar cartão amarelo no jogo Santos x Avaí, pelo Brasileirão do ano passado, mas não foi advertido durante a partida. Em uma conversa antes do confronto, que terminou empatado, Bauermann foi cobrado por não ter sido punido conforme o combinado.

O Santos afirmou que só vai se pronunciar sobre o caso após ter uma conversa com Bauermann, que deverá ocorrer nesta terça-feira. Veja partes da conversa do jogador com o apostador:

Bauermann deve realizar uma reunião nesta terça-feira com a diretoria do Santos. Foto: Ivan Storti/Santos FC
  • Eduardo Bauermann: “Mano, só me avisa antes se realmente vai dar pra fazer, senão nem tomo cartão a toa, entende”.
  • Apostador: “Fica em paz, irmão. Vai dar certo. Nois (sic) sempre dá um jeito. Mano se você falou pra alguém (da) aposta manda não apostar mais, demoro (sic). Tmj vamos pra cima”.
  • Eduardo Bauermann: “Não, não, nem falei nada mano... quem comentou que faria uma aposta também foi o Luiz Taveira (empresário do zagueiro), mas ele falou brincando.. acho que não iria fazer. Mas se alguém me chamar aqui pra fazer vou cortar já”.
  • (Horas depois) Apostador: “Truta, o que você fez da sua vida, mano? Qual a fita? Truta, você foi pago para fazer o que, mano???? Você vai pagar todo meu prejuízo, mano. E aí, truta?????”.

Após não cumprir o acordo e ter recebido o dinheiro, Bauermann aceitou ser expulso na próxima partida, que foi contra o Botafogo, mas só recebeu o vermelho, ao final do jogo, após reclamar com a arbitragem.

  • Apostador: “Olha a p... da m... que você fez. Mano, por que você não fez a p... que eu te falei. Mano, por que não tomou essa p... no primeiro tempo. Por que não deu uma p... de uma cutuvelada (sic). Mano, por que você não me escuta, mano. Você me f... de novo mano. Mais (sic) dessa vez você vai resolver. Mano, você vai me pagar, tudo. Eu te pedi, eu confiei em você mano. E você me desonrou. De novo mano. Não tô acreditando nisso. Não deu certo porque você não escuta os outros. Era uma p... de uma curuvelada (sic), um tapa na cara do jogador. Só isso, você não fez mano, por que você não quis”.
  • Eduardo Bauermann: “Mano, de coração, não foi porque eu não quis, eu te juro! Senão não tinha tomado nem no final e teria inventado uma desculpa para você...”.
  • Apostador: “Por que você não deu uma cotovelada no cara???? O barato vai ficar louco para você”.
  • Eduardo Bauermann: “Mas estou correndo atrás pra conseguir te pagar esses 800 mil que você falou”.
  • Apostador: “Cadê os 50 (mil) que eu já te mandei mano?”.
  • Eduardo Bauermann: “Tá aqui, nem mexi nesse dinheiro”.
  • Apostador: “Já vê aí pra já mandar esse dinheiro mano”.

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O Ministério Público de Goiás, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), já deflagrou duas fases da Operação Penalidade Máxima.

De acordo com o promotor responsável pela investigação, Fernando Cesconetto, os jogadores da Série A que participavam do esquema recebiam até R$ 60 mil após o fim de sua atuação no ‘jogo marcado’, quantia que saltava para R$ 100 mil nos Estaduais deste ano. Cesconetto afirmou ainda que, mesmo que ocorra apenas a promessa de pagamento, os envolvidos cometeram crime, assim como quando se dá o pagamento efetivo em troca da manipulação de resultado.

As pessoas denunciadas podem responder por crimes de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e de corrupção em práticas esportivas previstas no Estatuto do Torcedor. Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em dois endereços em São Paulo, os investigadores encontraram armas, munições e granadas de efeito moral de uso restrito das forças de segurança. Os jogadores também podem perder seu registro nas entidades esportivas, de modo a não poder mais realizar a profissão.

Ao todo, desta vez, seis partidas do Brasileirão de 2022 foram alvo do esquema de apostas realizado pelo grupo criminoso. A manipulação se dava por meio de ações dos jogadores dentro de campo, ou seja, diretamente ligados com as ações esportivas.

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