Em clássico aberto e com cinco gols, Vasco supera Botafogo no Engenhão


Ribamar, Cano e Ygor Catatau marcaram para o time cruzmaltino e Babi fez os dois do time da Estrela Solitária

Por Fábio Hecico

Foram realizadas apenas 10 rodadas no Brasileirão, mas certamente o clássico entre Botafogo e Vasco vai ficar marcado como um dos jogos mais divertidos e abertos da competição. A partida terminou 3 a 2 para os vascaínos, na quarta colocação, mas podia terminar empatado ou com vitória botafoguense, que ninguém reclamaria.

Foi um belo jogo no Engenhão, com chances lá e cá. Uma prévia interessante para os duelos entre ambos na Copa do Brasil, nos dias 17 e 23 de setembro.

Germán Cano está na briga pela artilharia do Brasileirão 2020 Foto: Rafael Ribeiro / Vasco
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O resultado positivo levou o Vasco para o quarto lugar, ultrapassando o arquirrival Flamengo nos critérios de desempate. E mandou o Botafogo para a zona de rebaixamento, no 17° lugar.

O argentino Cano chegou aos 16 gols na temporada e segue comprovando a fama de artilheiro que rendeu até elogios da Fifa. Por outro lado, Kalou e Matheus Babi mostraram que podem formar uma dupla de sucesso na temporada.

A necessidade em subir na tabela promoveu um divertido clássico entre Botafogo e Vasco, no Engenhão. Se a apresentação de ambos não foi um primor de técnica, o equilíbrio não significou jogo truncado.

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Ao contrário, foi um jogo aberto, com ataque de um lado, resposta imediata do outro, gol anulado de Tales Magno (impedido), o goleiro Fernando Miguel "caçando borboletas" num lance que quase resultou em gol botafoguense, caneta, técnico bravo fazendo substituições antes do intervalo... Teve de tudo em elétricos 45 minutos.

Em tempos de futebol brasileiro marcado pela chatice, as 19 finalizações apenas num primeiro tempo, retratam bem o que foi o clássico carioca no encerramento da rodada: com dois times ousados.

Pois para colher coisa boa, quem não arrisca, dificilmente obtém resultado. E assim aconteceu com ambos. O 1 a 0 do Vasco na fase primeira deu-se graças ao faro de gol de Ribamar. Ele fez valer a lei do ex ao aproveitar falha dos marcadores, aos 35 minutos.

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Depois de um início melhor para o Botafogo, o final da etapa foi a favor do Vasco. A liberdade dada pelo meio dos mandantes deixou Paulo Autuori bastante nervoso. A ponto de ele trocar logo os dois jogadores com somente 42 minutos. Caio Alexandre e Honda foram os "sacrificados".

Treinador costuma perder o elenco ao substituir desta maneira. Mas o experiente Autuori não se intimidou. Ainda no intervalo, também promoveu a entrada de Kalou, que foi até a França receber o diploma de administração e só chegou ao Brasil pela manhã.

O marfinense foi logo sambando para cima dos marcadores e o empate quase saiu no primeiro lance da fase final. Bruno Nazário mandou por cima. A igualdade veio no ataque seguinte. Matheus Babi arriscou de fora da área e foi feliz em seu chutaço. Comemorou com a tradicional sambadinha. Em 3 minutos, a igualdade estava estabelecida.

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Onde estava aquele Vasco vibrante da etapa inicial? Aquele que finalizou 10 vezes e estava solto em campo? O Botafogo reformulado por Autuori voltou avassalador, sufocando, mas sem conseguir a virada. A armadilha estava armada. Porém...

A etapa era dominada amplamente pelo Botafogo quando, em dois minutos, o Vasco foi cirúrgico. Benítez deu ótimo lançamento para Cano fazer o segundo, seu 16° no ano. O artilheiro cabeceou em cima de Diego Cavalieri, mas aproveitou o rebote. O Vasco saiu do sufoco de vez no lance seguinte. Marcos Junior partiu numa correria desenfreada e a bola sobrou para o descansado Yago Catatau. Chute colocado no canto e festa vascaína. Definido? Nada disso!

O Botafogo não queria dormir na zona de rebaixamento. Kalou, mais uma vez, passou pelos marcadores e cruzou. Matheus Babi diminuiu. Aos 37, o resultado voltava a ficar indefinido.

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Aos 40, Kalou tropeçou e desperdiçou a chance de empatar. Um minuto depois, Babi quase chegou ao hat trick. Carimbou o travessão e, no rebote, chutou em cima de Fernando Miguel.

Um dos jogos mais legais do Brasileirão terminou com triunfo vascaíno, mas qualquer outro resultado não seria injusto. Um bom prenúncio para a Copa do Brasil.

FICHA TÉCNICA:

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BOTAFOGO 2 x 3 VASCO

BOTAFOGO - Diego Cavalieri; Marcelo Benevenuto (Salomon Kalou), Rafael Foster e Kanu; Kevin (Barrandeguy), Caio Alexandre (Luiz Otávio), Honda (Rentería), Bruno Nazário e Victor Luís; Rhuan (Pedro Raul) e Matheus Babi. Técnico: Paulo Autuori.

VASCO - Fernando Miguel; Yago Picachu, Ricardo (Miranda), Leandro Castan e Henrique; Fellipe Bastos, Marcos Júnior e Benítez (Neto Borges); Ribamar (Ygor Catatau), Cano e Talles Magno (Bruno César). Técnico: Ramon Menezes.

GOLS - Ribamar, aos 35 minutos do primeiro tempo; Matheus Babi aos 3, Cano, aos 25, Ygor Catatau, aos 26, e Matheus Babi, aos 37 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Rafael Foster e Kevin (Botafogo) e Felippe Bastos e Benítez (Vasco).

JUIZ - Wilton Pereira Sampaio (MG).

RENDA E PÚBLICO - Jogo disputado com portões fechados.

LOCAL - Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).

Foram realizadas apenas 10 rodadas no Brasileirão, mas certamente o clássico entre Botafogo e Vasco vai ficar marcado como um dos jogos mais divertidos e abertos da competição. A partida terminou 3 a 2 para os vascaínos, na quarta colocação, mas podia terminar empatado ou com vitória botafoguense, que ninguém reclamaria.

Foi um belo jogo no Engenhão, com chances lá e cá. Uma prévia interessante para os duelos entre ambos na Copa do Brasil, nos dias 17 e 23 de setembro.

Germán Cano está na briga pela artilharia do Brasileirão 2020 Foto: Rafael Ribeiro / Vasco

O resultado positivo levou o Vasco para o quarto lugar, ultrapassando o arquirrival Flamengo nos critérios de desempate. E mandou o Botafogo para a zona de rebaixamento, no 17° lugar.

O argentino Cano chegou aos 16 gols na temporada e segue comprovando a fama de artilheiro que rendeu até elogios da Fifa. Por outro lado, Kalou e Matheus Babi mostraram que podem formar uma dupla de sucesso na temporada.

A necessidade em subir na tabela promoveu um divertido clássico entre Botafogo e Vasco, no Engenhão. Se a apresentação de ambos não foi um primor de técnica, o equilíbrio não significou jogo truncado.

Ao contrário, foi um jogo aberto, com ataque de um lado, resposta imediata do outro, gol anulado de Tales Magno (impedido), o goleiro Fernando Miguel "caçando borboletas" num lance que quase resultou em gol botafoguense, caneta, técnico bravo fazendo substituições antes do intervalo... Teve de tudo em elétricos 45 minutos.

Em tempos de futebol brasileiro marcado pela chatice, as 19 finalizações apenas num primeiro tempo, retratam bem o que foi o clássico carioca no encerramento da rodada: com dois times ousados.

Pois para colher coisa boa, quem não arrisca, dificilmente obtém resultado. E assim aconteceu com ambos. O 1 a 0 do Vasco na fase primeira deu-se graças ao faro de gol de Ribamar. Ele fez valer a lei do ex ao aproveitar falha dos marcadores, aos 35 minutos.

Depois de um início melhor para o Botafogo, o final da etapa foi a favor do Vasco. A liberdade dada pelo meio dos mandantes deixou Paulo Autuori bastante nervoso. A ponto de ele trocar logo os dois jogadores com somente 42 minutos. Caio Alexandre e Honda foram os "sacrificados".

Treinador costuma perder o elenco ao substituir desta maneira. Mas o experiente Autuori não se intimidou. Ainda no intervalo, também promoveu a entrada de Kalou, que foi até a França receber o diploma de administração e só chegou ao Brasil pela manhã.

O marfinense foi logo sambando para cima dos marcadores e o empate quase saiu no primeiro lance da fase final. Bruno Nazário mandou por cima. A igualdade veio no ataque seguinte. Matheus Babi arriscou de fora da área e foi feliz em seu chutaço. Comemorou com a tradicional sambadinha. Em 3 minutos, a igualdade estava estabelecida.

Onde estava aquele Vasco vibrante da etapa inicial? Aquele que finalizou 10 vezes e estava solto em campo? O Botafogo reformulado por Autuori voltou avassalador, sufocando, mas sem conseguir a virada. A armadilha estava armada. Porém...

A etapa era dominada amplamente pelo Botafogo quando, em dois minutos, o Vasco foi cirúrgico. Benítez deu ótimo lançamento para Cano fazer o segundo, seu 16° no ano. O artilheiro cabeceou em cima de Diego Cavalieri, mas aproveitou o rebote. O Vasco saiu do sufoco de vez no lance seguinte. Marcos Junior partiu numa correria desenfreada e a bola sobrou para o descansado Yago Catatau. Chute colocado no canto e festa vascaína. Definido? Nada disso!

O Botafogo não queria dormir na zona de rebaixamento. Kalou, mais uma vez, passou pelos marcadores e cruzou. Matheus Babi diminuiu. Aos 37, o resultado voltava a ficar indefinido.

Aos 40, Kalou tropeçou e desperdiçou a chance de empatar. Um minuto depois, Babi quase chegou ao hat trick. Carimbou o travessão e, no rebote, chutou em cima de Fernando Miguel.

Um dos jogos mais legais do Brasileirão terminou com triunfo vascaíno, mas qualquer outro resultado não seria injusto. Um bom prenúncio para a Copa do Brasil.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 2 x 3 VASCO

BOTAFOGO - Diego Cavalieri; Marcelo Benevenuto (Salomon Kalou), Rafael Foster e Kanu; Kevin (Barrandeguy), Caio Alexandre (Luiz Otávio), Honda (Rentería), Bruno Nazário e Victor Luís; Rhuan (Pedro Raul) e Matheus Babi. Técnico: Paulo Autuori.

VASCO - Fernando Miguel; Yago Picachu, Ricardo (Miranda), Leandro Castan e Henrique; Fellipe Bastos, Marcos Júnior e Benítez (Neto Borges); Ribamar (Ygor Catatau), Cano e Talles Magno (Bruno César). Técnico: Ramon Menezes.

GOLS - Ribamar, aos 35 minutos do primeiro tempo; Matheus Babi aos 3, Cano, aos 25, Ygor Catatau, aos 26, e Matheus Babi, aos 37 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Rafael Foster e Kevin (Botafogo) e Felippe Bastos e Benítez (Vasco).

JUIZ - Wilton Pereira Sampaio (MG).

RENDA E PÚBLICO - Jogo disputado com portões fechados.

LOCAL - Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).

Foram realizadas apenas 10 rodadas no Brasileirão, mas certamente o clássico entre Botafogo e Vasco vai ficar marcado como um dos jogos mais divertidos e abertos da competição. A partida terminou 3 a 2 para os vascaínos, na quarta colocação, mas podia terminar empatado ou com vitória botafoguense, que ninguém reclamaria.

Foi um belo jogo no Engenhão, com chances lá e cá. Uma prévia interessante para os duelos entre ambos na Copa do Brasil, nos dias 17 e 23 de setembro.

Germán Cano está na briga pela artilharia do Brasileirão 2020 Foto: Rafael Ribeiro / Vasco

O resultado positivo levou o Vasco para o quarto lugar, ultrapassando o arquirrival Flamengo nos critérios de desempate. E mandou o Botafogo para a zona de rebaixamento, no 17° lugar.

O argentino Cano chegou aos 16 gols na temporada e segue comprovando a fama de artilheiro que rendeu até elogios da Fifa. Por outro lado, Kalou e Matheus Babi mostraram que podem formar uma dupla de sucesso na temporada.

A necessidade em subir na tabela promoveu um divertido clássico entre Botafogo e Vasco, no Engenhão. Se a apresentação de ambos não foi um primor de técnica, o equilíbrio não significou jogo truncado.

Ao contrário, foi um jogo aberto, com ataque de um lado, resposta imediata do outro, gol anulado de Tales Magno (impedido), o goleiro Fernando Miguel "caçando borboletas" num lance que quase resultou em gol botafoguense, caneta, técnico bravo fazendo substituições antes do intervalo... Teve de tudo em elétricos 45 minutos.

Em tempos de futebol brasileiro marcado pela chatice, as 19 finalizações apenas num primeiro tempo, retratam bem o que foi o clássico carioca no encerramento da rodada: com dois times ousados.

Pois para colher coisa boa, quem não arrisca, dificilmente obtém resultado. E assim aconteceu com ambos. O 1 a 0 do Vasco na fase primeira deu-se graças ao faro de gol de Ribamar. Ele fez valer a lei do ex ao aproveitar falha dos marcadores, aos 35 minutos.

Depois de um início melhor para o Botafogo, o final da etapa foi a favor do Vasco. A liberdade dada pelo meio dos mandantes deixou Paulo Autuori bastante nervoso. A ponto de ele trocar logo os dois jogadores com somente 42 minutos. Caio Alexandre e Honda foram os "sacrificados".

Treinador costuma perder o elenco ao substituir desta maneira. Mas o experiente Autuori não se intimidou. Ainda no intervalo, também promoveu a entrada de Kalou, que foi até a França receber o diploma de administração e só chegou ao Brasil pela manhã.

O marfinense foi logo sambando para cima dos marcadores e o empate quase saiu no primeiro lance da fase final. Bruno Nazário mandou por cima. A igualdade veio no ataque seguinte. Matheus Babi arriscou de fora da área e foi feliz em seu chutaço. Comemorou com a tradicional sambadinha. Em 3 minutos, a igualdade estava estabelecida.

Onde estava aquele Vasco vibrante da etapa inicial? Aquele que finalizou 10 vezes e estava solto em campo? O Botafogo reformulado por Autuori voltou avassalador, sufocando, mas sem conseguir a virada. A armadilha estava armada. Porém...

A etapa era dominada amplamente pelo Botafogo quando, em dois minutos, o Vasco foi cirúrgico. Benítez deu ótimo lançamento para Cano fazer o segundo, seu 16° no ano. O artilheiro cabeceou em cima de Diego Cavalieri, mas aproveitou o rebote. O Vasco saiu do sufoco de vez no lance seguinte. Marcos Junior partiu numa correria desenfreada e a bola sobrou para o descansado Yago Catatau. Chute colocado no canto e festa vascaína. Definido? Nada disso!

O Botafogo não queria dormir na zona de rebaixamento. Kalou, mais uma vez, passou pelos marcadores e cruzou. Matheus Babi diminuiu. Aos 37, o resultado voltava a ficar indefinido.

Aos 40, Kalou tropeçou e desperdiçou a chance de empatar. Um minuto depois, Babi quase chegou ao hat trick. Carimbou o travessão e, no rebote, chutou em cima de Fernando Miguel.

Um dos jogos mais legais do Brasileirão terminou com triunfo vascaíno, mas qualquer outro resultado não seria injusto. Um bom prenúncio para a Copa do Brasil.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 2 x 3 VASCO

BOTAFOGO - Diego Cavalieri; Marcelo Benevenuto (Salomon Kalou), Rafael Foster e Kanu; Kevin (Barrandeguy), Caio Alexandre (Luiz Otávio), Honda (Rentería), Bruno Nazário e Victor Luís; Rhuan (Pedro Raul) e Matheus Babi. Técnico: Paulo Autuori.

VASCO - Fernando Miguel; Yago Picachu, Ricardo (Miranda), Leandro Castan e Henrique; Fellipe Bastos, Marcos Júnior e Benítez (Neto Borges); Ribamar (Ygor Catatau), Cano e Talles Magno (Bruno César). Técnico: Ramon Menezes.

GOLS - Ribamar, aos 35 minutos do primeiro tempo; Matheus Babi aos 3, Cano, aos 25, Ygor Catatau, aos 26, e Matheus Babi, aos 37 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Rafael Foster e Kevin (Botafogo) e Felippe Bastos e Benítez (Vasco).

JUIZ - Wilton Pereira Sampaio (MG).

RENDA E PÚBLICO - Jogo disputado com portões fechados.

LOCAL - Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).

Foram realizadas apenas 10 rodadas no Brasileirão, mas certamente o clássico entre Botafogo e Vasco vai ficar marcado como um dos jogos mais divertidos e abertos da competição. A partida terminou 3 a 2 para os vascaínos, na quarta colocação, mas podia terminar empatado ou com vitória botafoguense, que ninguém reclamaria.

Foi um belo jogo no Engenhão, com chances lá e cá. Uma prévia interessante para os duelos entre ambos na Copa do Brasil, nos dias 17 e 23 de setembro.

Germán Cano está na briga pela artilharia do Brasileirão 2020 Foto: Rafael Ribeiro / Vasco

O resultado positivo levou o Vasco para o quarto lugar, ultrapassando o arquirrival Flamengo nos critérios de desempate. E mandou o Botafogo para a zona de rebaixamento, no 17° lugar.

O argentino Cano chegou aos 16 gols na temporada e segue comprovando a fama de artilheiro que rendeu até elogios da Fifa. Por outro lado, Kalou e Matheus Babi mostraram que podem formar uma dupla de sucesso na temporada.

A necessidade em subir na tabela promoveu um divertido clássico entre Botafogo e Vasco, no Engenhão. Se a apresentação de ambos não foi um primor de técnica, o equilíbrio não significou jogo truncado.

Ao contrário, foi um jogo aberto, com ataque de um lado, resposta imediata do outro, gol anulado de Tales Magno (impedido), o goleiro Fernando Miguel "caçando borboletas" num lance que quase resultou em gol botafoguense, caneta, técnico bravo fazendo substituições antes do intervalo... Teve de tudo em elétricos 45 minutos.

Em tempos de futebol brasileiro marcado pela chatice, as 19 finalizações apenas num primeiro tempo, retratam bem o que foi o clássico carioca no encerramento da rodada: com dois times ousados.

Pois para colher coisa boa, quem não arrisca, dificilmente obtém resultado. E assim aconteceu com ambos. O 1 a 0 do Vasco na fase primeira deu-se graças ao faro de gol de Ribamar. Ele fez valer a lei do ex ao aproveitar falha dos marcadores, aos 35 minutos.

Depois de um início melhor para o Botafogo, o final da etapa foi a favor do Vasco. A liberdade dada pelo meio dos mandantes deixou Paulo Autuori bastante nervoso. A ponto de ele trocar logo os dois jogadores com somente 42 minutos. Caio Alexandre e Honda foram os "sacrificados".

Treinador costuma perder o elenco ao substituir desta maneira. Mas o experiente Autuori não se intimidou. Ainda no intervalo, também promoveu a entrada de Kalou, que foi até a França receber o diploma de administração e só chegou ao Brasil pela manhã.

O marfinense foi logo sambando para cima dos marcadores e o empate quase saiu no primeiro lance da fase final. Bruno Nazário mandou por cima. A igualdade veio no ataque seguinte. Matheus Babi arriscou de fora da área e foi feliz em seu chutaço. Comemorou com a tradicional sambadinha. Em 3 minutos, a igualdade estava estabelecida.

Onde estava aquele Vasco vibrante da etapa inicial? Aquele que finalizou 10 vezes e estava solto em campo? O Botafogo reformulado por Autuori voltou avassalador, sufocando, mas sem conseguir a virada. A armadilha estava armada. Porém...

A etapa era dominada amplamente pelo Botafogo quando, em dois minutos, o Vasco foi cirúrgico. Benítez deu ótimo lançamento para Cano fazer o segundo, seu 16° no ano. O artilheiro cabeceou em cima de Diego Cavalieri, mas aproveitou o rebote. O Vasco saiu do sufoco de vez no lance seguinte. Marcos Junior partiu numa correria desenfreada e a bola sobrou para o descansado Yago Catatau. Chute colocado no canto e festa vascaína. Definido? Nada disso!

O Botafogo não queria dormir na zona de rebaixamento. Kalou, mais uma vez, passou pelos marcadores e cruzou. Matheus Babi diminuiu. Aos 37, o resultado voltava a ficar indefinido.

Aos 40, Kalou tropeçou e desperdiçou a chance de empatar. Um minuto depois, Babi quase chegou ao hat trick. Carimbou o travessão e, no rebote, chutou em cima de Fernando Miguel.

Um dos jogos mais legais do Brasileirão terminou com triunfo vascaíno, mas qualquer outro resultado não seria injusto. Um bom prenúncio para a Copa do Brasil.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 2 x 3 VASCO

BOTAFOGO - Diego Cavalieri; Marcelo Benevenuto (Salomon Kalou), Rafael Foster e Kanu; Kevin (Barrandeguy), Caio Alexandre (Luiz Otávio), Honda (Rentería), Bruno Nazário e Victor Luís; Rhuan (Pedro Raul) e Matheus Babi. Técnico: Paulo Autuori.

VASCO - Fernando Miguel; Yago Picachu, Ricardo (Miranda), Leandro Castan e Henrique; Fellipe Bastos, Marcos Júnior e Benítez (Neto Borges); Ribamar (Ygor Catatau), Cano e Talles Magno (Bruno César). Técnico: Ramon Menezes.

GOLS - Ribamar, aos 35 minutos do primeiro tempo; Matheus Babi aos 3, Cano, aos 25, Ygor Catatau, aos 26, e Matheus Babi, aos 37 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Rafael Foster e Kevin (Botafogo) e Felippe Bastos e Benítez (Vasco).

JUIZ - Wilton Pereira Sampaio (MG).

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