Emissora mexicana é denunciada nos EUA sob acusação de corrupção para ter Mundial


Televisa teria se envolvido em pagamento de propinas por direito de transmissão de edições da Copa do Mundo

Por Jamil Chade, Correspondente e Genebra
Atualização:

A rede mexicana Televisa foi denunciada na Justiça norte-americana por seu suposto envolvimento no pagamento de propinas para garantir o direito de transmissão de Copas do Mundo. A denúncia foi apresentada pelos acionistas de um fundo de pensão que acusam o grupo de mídia mexicano de ter feito parte de uma conspiração com a Rede Globo e com empresas de intermediários, como por exemplo a Torneos y Competencias, para pagar um total de US$ 15 milhões (cerca de R$ 56 milhões) pelos direitos das Copas de 2026 e 2030. A empresa brasileira não é alvo da denúncia.

A primeira revelação sobre o envolvimento de empresas de TV surgiu em novembro do ano passado, quando, no julgamento de José Maria Marin em Nova York, o empresário argentino Alejandro Burzaco, que controlava a Torneos y Competencias, indicou que emissoras estavam envolvidas no esquema de corrupção do futebol.

Emilio Azcarraga Jean, presidente da Televisa, recebe premiação em nome da empresa em novembro de 2017. Foto: Andrew Kelly/Reuters
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"Fox Sports dos Estados Unidos, Televisa do México, Media Pro da Espanha, TV Globo do Brasil, Full Play da Argentina e Traffic do Brasil", disse Burzaco, listando as empresas que, segundo ele, estariam envolvidas.

No caso específico das Copas de 2026 e 2030, o empresário explicou ao Tribunal de Nova York que os pagamentos por parte da Televisa e Globo foram feitos ao ex-vice-presidente da Fifa Julio Grondona, morto em 2014. Naquele momento, ele controlava a Comissão de Finanças da entidade.

A declaração levou a uma queda nas ações da empresa, algo que se repetiu quando, em outras ocasião, a mesma rede indicou que precisaria mudar a auditoria externa que realizava o controle de suas contas. Na denúncia nesta quarta-feira, os acionistas alertam que sofreram perdas milionárias diante da fraude da rede de TV mexicana. Agora, querem indenizações.

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"Da forma que sabemos, no início de 2013, Burzaco se encontrou com Grondona em Zurique para garantir os direitos de transmissão para 2026 e 2030, em nome de sua empresa Torneos, da Televisa para os territórios latino-americanos e TV Globo para o Brasil", indicou a ação na Justiça americana.

"Televisa, Torneos e Teleglobo (sic) concordaram em pagar (e pagaram) US$ 15 milhões em propinas a Grondona por meio de uma conta na Suíça em nome de Julius Berg", explica a denúncia, que descreve o acordo como uma "conspiração".

Em troca, a Televisa usou uma subsidiária na Suíça para pagar US$ 7,25 milhões (cerca de R$ 27 milhões) para a Torneos, em abril de 2013, pelas Copas de 2026 e 2030.

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No ano passado, ao ser citada nos tribunais norte-americanos, a Rede Globo emitiu uma nota em que afirma que "não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina". "Após mais de dois anos de investigação [a Globo], não é parte nos processos que correm na Justiça norte-americana", disse.

"Em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos", insistiu. "O Grupo Globo se colocará plenamente à disposição das autoridades americanas", garantiu, com o objetivo de esclarecer o caso.

Em 2018, uma filial do grupo espanhol MediaPro aceitou se declarar culpada pela fraude nos EUA para garantir os direitos de transmissão e revenda de jogos eliminatórios das Copas de 2014, 2018 e 2022. Para encerrar o caso, a empresa pagou uma multa de US$ 24 milhões (algo em torno de R$ 90 milhões pela cotação atual).

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A rede mexicana Televisa foi denunciada na Justiça norte-americana por seu suposto envolvimento no pagamento de propinas para garantir o direito de transmissão de Copas do Mundo. A denúncia foi apresentada pelos acionistas de um fundo de pensão que acusam o grupo de mídia mexicano de ter feito parte de uma conspiração com a Rede Globo e com empresas de intermediários, como por exemplo a Torneos y Competencias, para pagar um total de US$ 15 milhões (cerca de R$ 56 milhões) pelos direitos das Copas de 2026 e 2030. A empresa brasileira não é alvo da denúncia.

A primeira revelação sobre o envolvimento de empresas de TV surgiu em novembro do ano passado, quando, no julgamento de José Maria Marin em Nova York, o empresário argentino Alejandro Burzaco, que controlava a Torneos y Competencias, indicou que emissoras estavam envolvidas no esquema de corrupção do futebol.

Emilio Azcarraga Jean, presidente da Televisa, recebe premiação em nome da empresa em novembro de 2017. Foto: Andrew Kelly/Reuters

"Fox Sports dos Estados Unidos, Televisa do México, Media Pro da Espanha, TV Globo do Brasil, Full Play da Argentina e Traffic do Brasil", disse Burzaco, listando as empresas que, segundo ele, estariam envolvidas.

No caso específico das Copas de 2026 e 2030, o empresário explicou ao Tribunal de Nova York que os pagamentos por parte da Televisa e Globo foram feitos ao ex-vice-presidente da Fifa Julio Grondona, morto em 2014. Naquele momento, ele controlava a Comissão de Finanças da entidade.

A declaração levou a uma queda nas ações da empresa, algo que se repetiu quando, em outras ocasião, a mesma rede indicou que precisaria mudar a auditoria externa que realizava o controle de suas contas. Na denúncia nesta quarta-feira, os acionistas alertam que sofreram perdas milionárias diante da fraude da rede de TV mexicana. Agora, querem indenizações.

"Da forma que sabemos, no início de 2013, Burzaco se encontrou com Grondona em Zurique para garantir os direitos de transmissão para 2026 e 2030, em nome de sua empresa Torneos, da Televisa para os territórios latino-americanos e TV Globo para o Brasil", indicou a ação na Justiça americana.

"Televisa, Torneos e Teleglobo (sic) concordaram em pagar (e pagaram) US$ 15 milhões em propinas a Grondona por meio de uma conta na Suíça em nome de Julius Berg", explica a denúncia, que descreve o acordo como uma "conspiração".

Em troca, a Televisa usou uma subsidiária na Suíça para pagar US$ 7,25 milhões (cerca de R$ 27 milhões) para a Torneos, em abril de 2013, pelas Copas de 2026 e 2030.

No ano passado, ao ser citada nos tribunais norte-americanos, a Rede Globo emitiu uma nota em que afirma que "não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina". "Após mais de dois anos de investigação [a Globo], não é parte nos processos que correm na Justiça norte-americana", disse.

"Em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos", insistiu. "O Grupo Globo se colocará plenamente à disposição das autoridades americanas", garantiu, com o objetivo de esclarecer o caso.

Em 2018, uma filial do grupo espanhol MediaPro aceitou se declarar culpada pela fraude nos EUA para garantir os direitos de transmissão e revenda de jogos eliminatórios das Copas de 2014, 2018 e 2022. Para encerrar o caso, a empresa pagou uma multa de US$ 24 milhões (algo em torno de R$ 90 milhões pela cotação atual).

A rede mexicana Televisa foi denunciada na Justiça norte-americana por seu suposto envolvimento no pagamento de propinas para garantir o direito de transmissão de Copas do Mundo. A denúncia foi apresentada pelos acionistas de um fundo de pensão que acusam o grupo de mídia mexicano de ter feito parte de uma conspiração com a Rede Globo e com empresas de intermediários, como por exemplo a Torneos y Competencias, para pagar um total de US$ 15 milhões (cerca de R$ 56 milhões) pelos direitos das Copas de 2026 e 2030. A empresa brasileira não é alvo da denúncia.

A primeira revelação sobre o envolvimento de empresas de TV surgiu em novembro do ano passado, quando, no julgamento de José Maria Marin em Nova York, o empresário argentino Alejandro Burzaco, que controlava a Torneos y Competencias, indicou que emissoras estavam envolvidas no esquema de corrupção do futebol.

Emilio Azcarraga Jean, presidente da Televisa, recebe premiação em nome da empresa em novembro de 2017. Foto: Andrew Kelly/Reuters

"Fox Sports dos Estados Unidos, Televisa do México, Media Pro da Espanha, TV Globo do Brasil, Full Play da Argentina e Traffic do Brasil", disse Burzaco, listando as empresas que, segundo ele, estariam envolvidas.

No caso específico das Copas de 2026 e 2030, o empresário explicou ao Tribunal de Nova York que os pagamentos por parte da Televisa e Globo foram feitos ao ex-vice-presidente da Fifa Julio Grondona, morto em 2014. Naquele momento, ele controlava a Comissão de Finanças da entidade.

A declaração levou a uma queda nas ações da empresa, algo que se repetiu quando, em outras ocasião, a mesma rede indicou que precisaria mudar a auditoria externa que realizava o controle de suas contas. Na denúncia nesta quarta-feira, os acionistas alertam que sofreram perdas milionárias diante da fraude da rede de TV mexicana. Agora, querem indenizações.

"Da forma que sabemos, no início de 2013, Burzaco se encontrou com Grondona em Zurique para garantir os direitos de transmissão para 2026 e 2030, em nome de sua empresa Torneos, da Televisa para os territórios latino-americanos e TV Globo para o Brasil", indicou a ação na Justiça americana.

"Televisa, Torneos e Teleglobo (sic) concordaram em pagar (e pagaram) US$ 15 milhões em propinas a Grondona por meio de uma conta na Suíça em nome de Julius Berg", explica a denúncia, que descreve o acordo como uma "conspiração".

Em troca, a Televisa usou uma subsidiária na Suíça para pagar US$ 7,25 milhões (cerca de R$ 27 milhões) para a Torneos, em abril de 2013, pelas Copas de 2026 e 2030.

No ano passado, ao ser citada nos tribunais norte-americanos, a Rede Globo emitiu uma nota em que afirma que "não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina". "Após mais de dois anos de investigação [a Globo], não é parte nos processos que correm na Justiça norte-americana", disse.

"Em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos", insistiu. "O Grupo Globo se colocará plenamente à disposição das autoridades americanas", garantiu, com o objetivo de esclarecer o caso.

Em 2018, uma filial do grupo espanhol MediaPro aceitou se declarar culpada pela fraude nos EUA para garantir os direitos de transmissão e revenda de jogos eliminatórios das Copas de 2014, 2018 e 2022. Para encerrar o caso, a empresa pagou uma multa de US$ 24 milhões (algo em torno de R$ 90 milhões pela cotação atual).

A rede mexicana Televisa foi denunciada na Justiça norte-americana por seu suposto envolvimento no pagamento de propinas para garantir o direito de transmissão de Copas do Mundo. A denúncia foi apresentada pelos acionistas de um fundo de pensão que acusam o grupo de mídia mexicano de ter feito parte de uma conspiração com a Rede Globo e com empresas de intermediários, como por exemplo a Torneos y Competencias, para pagar um total de US$ 15 milhões (cerca de R$ 56 milhões) pelos direitos das Copas de 2026 e 2030. A empresa brasileira não é alvo da denúncia.

A primeira revelação sobre o envolvimento de empresas de TV surgiu em novembro do ano passado, quando, no julgamento de José Maria Marin em Nova York, o empresário argentino Alejandro Burzaco, que controlava a Torneos y Competencias, indicou que emissoras estavam envolvidas no esquema de corrupção do futebol.

Emilio Azcarraga Jean, presidente da Televisa, recebe premiação em nome da empresa em novembro de 2017. Foto: Andrew Kelly/Reuters

"Fox Sports dos Estados Unidos, Televisa do México, Media Pro da Espanha, TV Globo do Brasil, Full Play da Argentina e Traffic do Brasil", disse Burzaco, listando as empresas que, segundo ele, estariam envolvidas.

No caso específico das Copas de 2026 e 2030, o empresário explicou ao Tribunal de Nova York que os pagamentos por parte da Televisa e Globo foram feitos ao ex-vice-presidente da Fifa Julio Grondona, morto em 2014. Naquele momento, ele controlava a Comissão de Finanças da entidade.

A declaração levou a uma queda nas ações da empresa, algo que se repetiu quando, em outras ocasião, a mesma rede indicou que precisaria mudar a auditoria externa que realizava o controle de suas contas. Na denúncia nesta quarta-feira, os acionistas alertam que sofreram perdas milionárias diante da fraude da rede de TV mexicana. Agora, querem indenizações.

"Da forma que sabemos, no início de 2013, Burzaco se encontrou com Grondona em Zurique para garantir os direitos de transmissão para 2026 e 2030, em nome de sua empresa Torneos, da Televisa para os territórios latino-americanos e TV Globo para o Brasil", indicou a ação na Justiça americana.

"Televisa, Torneos e Teleglobo (sic) concordaram em pagar (e pagaram) US$ 15 milhões em propinas a Grondona por meio de uma conta na Suíça em nome de Julius Berg", explica a denúncia, que descreve o acordo como uma "conspiração".

Em troca, a Televisa usou uma subsidiária na Suíça para pagar US$ 7,25 milhões (cerca de R$ 27 milhões) para a Torneos, em abril de 2013, pelas Copas de 2026 e 2030.

No ano passado, ao ser citada nos tribunais norte-americanos, a Rede Globo emitiu uma nota em que afirma que "não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina". "Após mais de dois anos de investigação [a Globo], não é parte nos processos que correm na Justiça norte-americana", disse.

"Em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos", insistiu. "O Grupo Globo se colocará plenamente à disposição das autoridades americanas", garantiu, com o objetivo de esclarecer o caso.

Em 2018, uma filial do grupo espanhol MediaPro aceitou se declarar culpada pela fraude nos EUA para garantir os direitos de transmissão e revenda de jogos eliminatórios das Copas de 2014, 2018 e 2022. Para encerrar o caso, a empresa pagou uma multa de US$ 24 milhões (algo em torno de R$ 90 milhões pela cotação atual).

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