Endrick guiou Palmeiras ao título do Brasileirão com talento, maturidade e despreocupação


Jovem fenômeno de 17 anos se tornou ‘dono’ do time quando Abel permitiu e comandou reação palmeirense ao resolver jogos difíceis

Por Ricardo Magatti
Atualização:

Quando os atletas do Palmeiras faziam o aquecimento antes de começar o duelo com o Botafogo, Endrick não gostou do que cantavam os botafoguenses na arquibancada do Engenhão. Era dia 1º de novembro, restavam ainda oito jogos para o fim do Brasileirão e o time carioca tinha sete pontos de vantagem na liderança. Àquela altura, os torcedores da equipe alvinegra estavam tão confiantes no título que gritavam “é campeão” sem medo.

O jovem camisa 9 do Palmeiras usou aqueles cânticos como motivação. Quando o time perdia por 3 a 0, ele colocou a bola debaixo do braço e foi protagonista, aos 17 anos, de uma partida memorável. Fez dois gols, participou do terceiro e ainda indicou o canto em que Weverton deveria pular para pegar o pênalti de Tiquinhos Soares. Depois, celebrou o quarto gol, que consumou a virada, ciente de que fizera o que poucos são capazes de fazer.

“Óbvio que quando gritaram campeão no aquecimento fiquei querendo”, disse ele depois da partida. Difícil falar em ódio no coração, mas nossa torcida veio nos apoiar, eu não ia deixá-los gritar que seriam campeões”.

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Endrick comemora um de seus dez gols pelo Palmeiras no Brasileirão Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Os gritos de “é campeão”, na verdade, foram direcionados ao remador Lucas Verthein e à canoísta Ana Sátila, medalhistas de ouro no Pan de Santiago. Azar do Botafogo. Endrick se motivou por engano, e calou os botafoguenses e tantas outras torcidas depois que Abel permitiu que o jovem fenômeno se tornasse o “dono” do time e da camisa 9. Porque, quando o português não tinha um plano, como nas outras temporadas, foi necessário que um adolescente de 17 anos saísse driblando num 0 a 3 e guiasse o Palmeiras ao improvável título brasileiro em uma temporada de incomum instabilidade do agora dodecaampeão nacional.

“Sou jogador que aparece em hora que está difícil. Eu gosto de desconstruir as críticas, gosto de mostrar o que sou, sou um garoto feliz agora com mais maturidade”, disse o garoto, com a maturidade incomum para um atleta da sua idade.

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A demora de Abel

Abel demorou a tornar Endrick titular. Era constantemente criticado por isso. O ano caminhava para terminar de forma melancólica até que o português resolveu dar ao garoto a oportunidade de que precisava. É verdade que o treinador, mestre em blindar elenco, controlar emoções e montar estratégias bem-sucedidas, remontou a equipe, que ressurgiu com as mudanças táticas e de peças. Mas foi o jovem atacante o protagonista da vitoriosa jornada palmeirense.

O canhoto rápido, forte e habilidoso deslanchou na reta final da temporada, quando o time mais precisava, e levou a equipe consigo. Foram 11 gols no Brasileirão, sete deles nas partidas finais da competição. Ele terminou a competição como artilheiro do time.

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Quando a equipe era robótica e pragmática e faltava alguém para desenrolar um jogo difícil, alguém capaz de tornar fácil o complicado, Endrick apareceu. Foi assim, por exemplo, na vitória magra por 1 a 0 sobre o Athletico-PR, com gol do camisa 9. Tão novo, passou a ser uma liderança técnica de um elenco cheio de líderes experientes, de jogadores com mais de 200 jogos com a camisa do clube.

Suas apresentações já enchem os olhos do italiano Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, time que o comprou e para onde ele vai em julho de 2024, quando completar 18 anos. “Estamos observando e encantados com ele. Sua evolução é muito, muito rápida”, enalteceu o possível futuro treinador da seleção brasileira.

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Endrick lida bem com a responsabilidade que já carrega e se apresenta à torcida leve, despreocupado, tanto que diz gostar de cantar enquanto a bola rola e, contra o Fluminense, foi flagrado dançando no meio de campo antes de o segundo tempo começar. Fez uma das coreografias que se tornaram virais no TikTok. A música e a dança podem ajudá-lo, curiosamente, a se manter concentrado na partida.

O atacante mostrou que sua força mental e maturidade são proporcionais ao seu talento. “Além de ser um grande jogador, é um moleque com mente muito adulta, que respeita muito os adversários, tem uma mentalidade ótima”, disse Abel.

Endrick liderou arracanda palmeirense rumo ao 12º título brasileiro Foto: Cesar Greco/Palmeiras
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Nas palavras do primeiro técnico de Endrick em um elenco profissional, o jovem caminha para ser idolatrado dentro e fora de campo em virtude de suas ações que podem inspirar as gerações mais novas. Ele pode, crê o português, ser “referência não só no futebol, mas de valores a passar para a sociedade brasileira”.

A gestão de carreira do atleta é inspirada em Cristiano Ronaldo e Roger Federer e a sua imagem é construída para que ele seja ídolo nacional, algo que parece estar conseguindo, já que é comum vê-lo sendo tietado por torcedores de outros times. São muitos os pedidos de fotos, autógrafos e camisas depois dos jogos.

“Isso ocorre muito em razão da reciprocidade com a atenção e respeito que ele tem pelas outras torcidas e clubes. É dele, é da paixão que ele tem pelo futebol e da educação que teve em casa”, afirmou o publicitário Fábio Wolff, responsável pelo contratos comerciais do jogador.

Quando os atletas do Palmeiras faziam o aquecimento antes de começar o duelo com o Botafogo, Endrick não gostou do que cantavam os botafoguenses na arquibancada do Engenhão. Era dia 1º de novembro, restavam ainda oito jogos para o fim do Brasileirão e o time carioca tinha sete pontos de vantagem na liderança. Àquela altura, os torcedores da equipe alvinegra estavam tão confiantes no título que gritavam “é campeão” sem medo.

O jovem camisa 9 do Palmeiras usou aqueles cânticos como motivação. Quando o time perdia por 3 a 0, ele colocou a bola debaixo do braço e foi protagonista, aos 17 anos, de uma partida memorável. Fez dois gols, participou do terceiro e ainda indicou o canto em que Weverton deveria pular para pegar o pênalti de Tiquinhos Soares. Depois, celebrou o quarto gol, que consumou a virada, ciente de que fizera o que poucos são capazes de fazer.

“Óbvio que quando gritaram campeão no aquecimento fiquei querendo”, disse ele depois da partida. Difícil falar em ódio no coração, mas nossa torcida veio nos apoiar, eu não ia deixá-los gritar que seriam campeões”.

Endrick comemora um de seus dez gols pelo Palmeiras no Brasileirão Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Os gritos de “é campeão”, na verdade, foram direcionados ao remador Lucas Verthein e à canoísta Ana Sátila, medalhistas de ouro no Pan de Santiago. Azar do Botafogo. Endrick se motivou por engano, e calou os botafoguenses e tantas outras torcidas depois que Abel permitiu que o jovem fenômeno se tornasse o “dono” do time e da camisa 9. Porque, quando o português não tinha um plano, como nas outras temporadas, foi necessário que um adolescente de 17 anos saísse driblando num 0 a 3 e guiasse o Palmeiras ao improvável título brasileiro em uma temporada de incomum instabilidade do agora dodecaampeão nacional.

“Sou jogador que aparece em hora que está difícil. Eu gosto de desconstruir as críticas, gosto de mostrar o que sou, sou um garoto feliz agora com mais maturidade”, disse o garoto, com a maturidade incomum para um atleta da sua idade.

A demora de Abel

Abel demorou a tornar Endrick titular. Era constantemente criticado por isso. O ano caminhava para terminar de forma melancólica até que o português resolveu dar ao garoto a oportunidade de que precisava. É verdade que o treinador, mestre em blindar elenco, controlar emoções e montar estratégias bem-sucedidas, remontou a equipe, que ressurgiu com as mudanças táticas e de peças. Mas foi o jovem atacante o protagonista da vitoriosa jornada palmeirense.

O canhoto rápido, forte e habilidoso deslanchou na reta final da temporada, quando o time mais precisava, e levou a equipe consigo. Foram 11 gols no Brasileirão, sete deles nas partidas finais da competição. Ele terminou a competição como artilheiro do time.

Quando a equipe era robótica e pragmática e faltava alguém para desenrolar um jogo difícil, alguém capaz de tornar fácil o complicado, Endrick apareceu. Foi assim, por exemplo, na vitória magra por 1 a 0 sobre o Athletico-PR, com gol do camisa 9. Tão novo, passou a ser uma liderança técnica de um elenco cheio de líderes experientes, de jogadores com mais de 200 jogos com a camisa do clube.

Suas apresentações já enchem os olhos do italiano Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, time que o comprou e para onde ele vai em julho de 2024, quando completar 18 anos. “Estamos observando e encantados com ele. Sua evolução é muito, muito rápida”, enalteceu o possível futuro treinador da seleção brasileira.

Endrick lida bem com a responsabilidade que já carrega e se apresenta à torcida leve, despreocupado, tanto que diz gostar de cantar enquanto a bola rola e, contra o Fluminense, foi flagrado dançando no meio de campo antes de o segundo tempo começar. Fez uma das coreografias que se tornaram virais no TikTok. A música e a dança podem ajudá-lo, curiosamente, a se manter concentrado na partida.

O atacante mostrou que sua força mental e maturidade são proporcionais ao seu talento. “Além de ser um grande jogador, é um moleque com mente muito adulta, que respeita muito os adversários, tem uma mentalidade ótima”, disse Abel.

Endrick liderou arracanda palmeirense rumo ao 12º título brasileiro Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Nas palavras do primeiro técnico de Endrick em um elenco profissional, o jovem caminha para ser idolatrado dentro e fora de campo em virtude de suas ações que podem inspirar as gerações mais novas. Ele pode, crê o português, ser “referência não só no futebol, mas de valores a passar para a sociedade brasileira”.

A gestão de carreira do atleta é inspirada em Cristiano Ronaldo e Roger Federer e a sua imagem é construída para que ele seja ídolo nacional, algo que parece estar conseguindo, já que é comum vê-lo sendo tietado por torcedores de outros times. São muitos os pedidos de fotos, autógrafos e camisas depois dos jogos.

“Isso ocorre muito em razão da reciprocidade com a atenção e respeito que ele tem pelas outras torcidas e clubes. É dele, é da paixão que ele tem pelo futebol e da educação que teve em casa”, afirmou o publicitário Fábio Wolff, responsável pelo contratos comerciais do jogador.

Quando os atletas do Palmeiras faziam o aquecimento antes de começar o duelo com o Botafogo, Endrick não gostou do que cantavam os botafoguenses na arquibancada do Engenhão. Era dia 1º de novembro, restavam ainda oito jogos para o fim do Brasileirão e o time carioca tinha sete pontos de vantagem na liderança. Àquela altura, os torcedores da equipe alvinegra estavam tão confiantes no título que gritavam “é campeão” sem medo.

O jovem camisa 9 do Palmeiras usou aqueles cânticos como motivação. Quando o time perdia por 3 a 0, ele colocou a bola debaixo do braço e foi protagonista, aos 17 anos, de uma partida memorável. Fez dois gols, participou do terceiro e ainda indicou o canto em que Weverton deveria pular para pegar o pênalti de Tiquinhos Soares. Depois, celebrou o quarto gol, que consumou a virada, ciente de que fizera o que poucos são capazes de fazer.

“Óbvio que quando gritaram campeão no aquecimento fiquei querendo”, disse ele depois da partida. Difícil falar em ódio no coração, mas nossa torcida veio nos apoiar, eu não ia deixá-los gritar que seriam campeões”.

Endrick comemora um de seus dez gols pelo Palmeiras no Brasileirão Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Os gritos de “é campeão”, na verdade, foram direcionados ao remador Lucas Verthein e à canoísta Ana Sátila, medalhistas de ouro no Pan de Santiago. Azar do Botafogo. Endrick se motivou por engano, e calou os botafoguenses e tantas outras torcidas depois que Abel permitiu que o jovem fenômeno se tornasse o “dono” do time e da camisa 9. Porque, quando o português não tinha um plano, como nas outras temporadas, foi necessário que um adolescente de 17 anos saísse driblando num 0 a 3 e guiasse o Palmeiras ao improvável título brasileiro em uma temporada de incomum instabilidade do agora dodecaampeão nacional.

“Sou jogador que aparece em hora que está difícil. Eu gosto de desconstruir as críticas, gosto de mostrar o que sou, sou um garoto feliz agora com mais maturidade”, disse o garoto, com a maturidade incomum para um atleta da sua idade.

A demora de Abel

Abel demorou a tornar Endrick titular. Era constantemente criticado por isso. O ano caminhava para terminar de forma melancólica até que o português resolveu dar ao garoto a oportunidade de que precisava. É verdade que o treinador, mestre em blindar elenco, controlar emoções e montar estratégias bem-sucedidas, remontou a equipe, que ressurgiu com as mudanças táticas e de peças. Mas foi o jovem atacante o protagonista da vitoriosa jornada palmeirense.

O canhoto rápido, forte e habilidoso deslanchou na reta final da temporada, quando o time mais precisava, e levou a equipe consigo. Foram 11 gols no Brasileirão, sete deles nas partidas finais da competição. Ele terminou a competição como artilheiro do time.

Quando a equipe era robótica e pragmática e faltava alguém para desenrolar um jogo difícil, alguém capaz de tornar fácil o complicado, Endrick apareceu. Foi assim, por exemplo, na vitória magra por 1 a 0 sobre o Athletico-PR, com gol do camisa 9. Tão novo, passou a ser uma liderança técnica de um elenco cheio de líderes experientes, de jogadores com mais de 200 jogos com a camisa do clube.

Suas apresentações já enchem os olhos do italiano Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, time que o comprou e para onde ele vai em julho de 2024, quando completar 18 anos. “Estamos observando e encantados com ele. Sua evolução é muito, muito rápida”, enalteceu o possível futuro treinador da seleção brasileira.

Endrick lida bem com a responsabilidade que já carrega e se apresenta à torcida leve, despreocupado, tanto que diz gostar de cantar enquanto a bola rola e, contra o Fluminense, foi flagrado dançando no meio de campo antes de o segundo tempo começar. Fez uma das coreografias que se tornaram virais no TikTok. A música e a dança podem ajudá-lo, curiosamente, a se manter concentrado na partida.

O atacante mostrou que sua força mental e maturidade são proporcionais ao seu talento. “Além de ser um grande jogador, é um moleque com mente muito adulta, que respeita muito os adversários, tem uma mentalidade ótima”, disse Abel.

Endrick liderou arracanda palmeirense rumo ao 12º título brasileiro Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Nas palavras do primeiro técnico de Endrick em um elenco profissional, o jovem caminha para ser idolatrado dentro e fora de campo em virtude de suas ações que podem inspirar as gerações mais novas. Ele pode, crê o português, ser “referência não só no futebol, mas de valores a passar para a sociedade brasileira”.

A gestão de carreira do atleta é inspirada em Cristiano Ronaldo e Roger Federer e a sua imagem é construída para que ele seja ídolo nacional, algo que parece estar conseguindo, já que é comum vê-lo sendo tietado por torcedores de outros times. São muitos os pedidos de fotos, autógrafos e camisas depois dos jogos.

“Isso ocorre muito em razão da reciprocidade com a atenção e respeito que ele tem pelas outras torcidas e clubes. É dele, é da paixão que ele tem pelo futebol e da educação que teve em casa”, afirmou o publicitário Fábio Wolff, responsável pelo contratos comerciais do jogador.

Quando os atletas do Palmeiras faziam o aquecimento antes de começar o duelo com o Botafogo, Endrick não gostou do que cantavam os botafoguenses na arquibancada do Engenhão. Era dia 1º de novembro, restavam ainda oito jogos para o fim do Brasileirão e o time carioca tinha sete pontos de vantagem na liderança. Àquela altura, os torcedores da equipe alvinegra estavam tão confiantes no título que gritavam “é campeão” sem medo.

O jovem camisa 9 do Palmeiras usou aqueles cânticos como motivação. Quando o time perdia por 3 a 0, ele colocou a bola debaixo do braço e foi protagonista, aos 17 anos, de uma partida memorável. Fez dois gols, participou do terceiro e ainda indicou o canto em que Weverton deveria pular para pegar o pênalti de Tiquinhos Soares. Depois, celebrou o quarto gol, que consumou a virada, ciente de que fizera o que poucos são capazes de fazer.

“Óbvio que quando gritaram campeão no aquecimento fiquei querendo”, disse ele depois da partida. Difícil falar em ódio no coração, mas nossa torcida veio nos apoiar, eu não ia deixá-los gritar que seriam campeões”.

Endrick comemora um de seus dez gols pelo Palmeiras no Brasileirão Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Os gritos de “é campeão”, na verdade, foram direcionados ao remador Lucas Verthein e à canoísta Ana Sátila, medalhistas de ouro no Pan de Santiago. Azar do Botafogo. Endrick se motivou por engano, e calou os botafoguenses e tantas outras torcidas depois que Abel permitiu que o jovem fenômeno se tornasse o “dono” do time e da camisa 9. Porque, quando o português não tinha um plano, como nas outras temporadas, foi necessário que um adolescente de 17 anos saísse driblando num 0 a 3 e guiasse o Palmeiras ao improvável título brasileiro em uma temporada de incomum instabilidade do agora dodecaampeão nacional.

“Sou jogador que aparece em hora que está difícil. Eu gosto de desconstruir as críticas, gosto de mostrar o que sou, sou um garoto feliz agora com mais maturidade”, disse o garoto, com a maturidade incomum para um atleta da sua idade.

A demora de Abel

Abel demorou a tornar Endrick titular. Era constantemente criticado por isso. O ano caminhava para terminar de forma melancólica até que o português resolveu dar ao garoto a oportunidade de que precisava. É verdade que o treinador, mestre em blindar elenco, controlar emoções e montar estratégias bem-sucedidas, remontou a equipe, que ressurgiu com as mudanças táticas e de peças. Mas foi o jovem atacante o protagonista da vitoriosa jornada palmeirense.

O canhoto rápido, forte e habilidoso deslanchou na reta final da temporada, quando o time mais precisava, e levou a equipe consigo. Foram 11 gols no Brasileirão, sete deles nas partidas finais da competição. Ele terminou a competição como artilheiro do time.

Quando a equipe era robótica e pragmática e faltava alguém para desenrolar um jogo difícil, alguém capaz de tornar fácil o complicado, Endrick apareceu. Foi assim, por exemplo, na vitória magra por 1 a 0 sobre o Athletico-PR, com gol do camisa 9. Tão novo, passou a ser uma liderança técnica de um elenco cheio de líderes experientes, de jogadores com mais de 200 jogos com a camisa do clube.

Suas apresentações já enchem os olhos do italiano Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, time que o comprou e para onde ele vai em julho de 2024, quando completar 18 anos. “Estamos observando e encantados com ele. Sua evolução é muito, muito rápida”, enalteceu o possível futuro treinador da seleção brasileira.

Endrick lida bem com a responsabilidade que já carrega e se apresenta à torcida leve, despreocupado, tanto que diz gostar de cantar enquanto a bola rola e, contra o Fluminense, foi flagrado dançando no meio de campo antes de o segundo tempo começar. Fez uma das coreografias que se tornaram virais no TikTok. A música e a dança podem ajudá-lo, curiosamente, a se manter concentrado na partida.

O atacante mostrou que sua força mental e maturidade são proporcionais ao seu talento. “Além de ser um grande jogador, é um moleque com mente muito adulta, que respeita muito os adversários, tem uma mentalidade ótima”, disse Abel.

Endrick liderou arracanda palmeirense rumo ao 12º título brasileiro Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Nas palavras do primeiro técnico de Endrick em um elenco profissional, o jovem caminha para ser idolatrado dentro e fora de campo em virtude de suas ações que podem inspirar as gerações mais novas. Ele pode, crê o português, ser “referência não só no futebol, mas de valores a passar para a sociedade brasileira”.

A gestão de carreira do atleta é inspirada em Cristiano Ronaldo e Roger Federer e a sua imagem é construída para que ele seja ídolo nacional, algo que parece estar conseguindo, já que é comum vê-lo sendo tietado por torcedores de outros times. São muitos os pedidos de fotos, autógrafos e camisas depois dos jogos.

“Isso ocorre muito em razão da reciprocidade com a atenção e respeito que ele tem pelas outras torcidas e clubes. É dele, é da paixão que ele tem pelo futebol e da educação que teve em casa”, afirmou o publicitário Fábio Wolff, responsável pelo contratos comerciais do jogador.

Quando os atletas do Palmeiras faziam o aquecimento antes de começar o duelo com o Botafogo, Endrick não gostou do que cantavam os botafoguenses na arquibancada do Engenhão. Era dia 1º de novembro, restavam ainda oito jogos para o fim do Brasileirão e o time carioca tinha sete pontos de vantagem na liderança. Àquela altura, os torcedores da equipe alvinegra estavam tão confiantes no título que gritavam “é campeão” sem medo.

O jovem camisa 9 do Palmeiras usou aqueles cânticos como motivação. Quando o time perdia por 3 a 0, ele colocou a bola debaixo do braço e foi protagonista, aos 17 anos, de uma partida memorável. Fez dois gols, participou do terceiro e ainda indicou o canto em que Weverton deveria pular para pegar o pênalti de Tiquinhos Soares. Depois, celebrou o quarto gol, que consumou a virada, ciente de que fizera o que poucos são capazes de fazer.

“Óbvio que quando gritaram campeão no aquecimento fiquei querendo”, disse ele depois da partida. Difícil falar em ódio no coração, mas nossa torcida veio nos apoiar, eu não ia deixá-los gritar que seriam campeões”.

Endrick comemora um de seus dez gols pelo Palmeiras no Brasileirão Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Os gritos de “é campeão”, na verdade, foram direcionados ao remador Lucas Verthein e à canoísta Ana Sátila, medalhistas de ouro no Pan de Santiago. Azar do Botafogo. Endrick se motivou por engano, e calou os botafoguenses e tantas outras torcidas depois que Abel permitiu que o jovem fenômeno se tornasse o “dono” do time e da camisa 9. Porque, quando o português não tinha um plano, como nas outras temporadas, foi necessário que um adolescente de 17 anos saísse driblando num 0 a 3 e guiasse o Palmeiras ao improvável título brasileiro em uma temporada de incomum instabilidade do agora dodecaampeão nacional.

“Sou jogador que aparece em hora que está difícil. Eu gosto de desconstruir as críticas, gosto de mostrar o que sou, sou um garoto feliz agora com mais maturidade”, disse o garoto, com a maturidade incomum para um atleta da sua idade.

A demora de Abel

Abel demorou a tornar Endrick titular. Era constantemente criticado por isso. O ano caminhava para terminar de forma melancólica até que o português resolveu dar ao garoto a oportunidade de que precisava. É verdade que o treinador, mestre em blindar elenco, controlar emoções e montar estratégias bem-sucedidas, remontou a equipe, que ressurgiu com as mudanças táticas e de peças. Mas foi o jovem atacante o protagonista da vitoriosa jornada palmeirense.

O canhoto rápido, forte e habilidoso deslanchou na reta final da temporada, quando o time mais precisava, e levou a equipe consigo. Foram 11 gols no Brasileirão, sete deles nas partidas finais da competição. Ele terminou a competição como artilheiro do time.

Quando a equipe era robótica e pragmática e faltava alguém para desenrolar um jogo difícil, alguém capaz de tornar fácil o complicado, Endrick apareceu. Foi assim, por exemplo, na vitória magra por 1 a 0 sobre o Athletico-PR, com gol do camisa 9. Tão novo, passou a ser uma liderança técnica de um elenco cheio de líderes experientes, de jogadores com mais de 200 jogos com a camisa do clube.

Suas apresentações já enchem os olhos do italiano Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, time que o comprou e para onde ele vai em julho de 2024, quando completar 18 anos. “Estamos observando e encantados com ele. Sua evolução é muito, muito rápida”, enalteceu o possível futuro treinador da seleção brasileira.

Endrick lida bem com a responsabilidade que já carrega e se apresenta à torcida leve, despreocupado, tanto que diz gostar de cantar enquanto a bola rola e, contra o Fluminense, foi flagrado dançando no meio de campo antes de o segundo tempo começar. Fez uma das coreografias que se tornaram virais no TikTok. A música e a dança podem ajudá-lo, curiosamente, a se manter concentrado na partida.

O atacante mostrou que sua força mental e maturidade são proporcionais ao seu talento. “Além de ser um grande jogador, é um moleque com mente muito adulta, que respeita muito os adversários, tem uma mentalidade ótima”, disse Abel.

Endrick liderou arracanda palmeirense rumo ao 12º título brasileiro Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Nas palavras do primeiro técnico de Endrick em um elenco profissional, o jovem caminha para ser idolatrado dentro e fora de campo em virtude de suas ações que podem inspirar as gerações mais novas. Ele pode, crê o português, ser “referência não só no futebol, mas de valores a passar para a sociedade brasileira”.

A gestão de carreira do atleta é inspirada em Cristiano Ronaldo e Roger Federer e a sua imagem é construída para que ele seja ídolo nacional, algo que parece estar conseguindo, já que é comum vê-lo sendo tietado por torcedores de outros times. São muitos os pedidos de fotos, autógrafos e camisas depois dos jogos.

“Isso ocorre muito em razão da reciprocidade com a atenção e respeito que ele tem pelas outras torcidas e clubes. É dele, é da paixão que ele tem pelo futebol e da educação que teve em casa”, afirmou o publicitário Fábio Wolff, responsável pelo contratos comerciais do jogador.

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