Análise|Precoce como Endrick, Estêvão brilha e comanda vitória de virada do Palmeiras na Libertadores


Time alviverde vence Liverpool, do Uruguai, com brilho do garoto de 16 anos e de Raphael Veiga, autor de três assistências

Por Ricardo Magatti
Atualização:

Tão precoce quanto Endrick, o garoto Estêvão, de 16 anos, se apresentou na noite desta quinta-feira a quem ainda não lhe conhecia. Titular pela primeira vez com a camisa do Palmeiras, o jovem meia-atacante comandou a virada sobre o Liverpool, do Uruguai, no Allianz Parque. O time de Abel Ferreira levou um gol com dois minutos e dependeu do talento do garoto e de Raphael Veiga para vencer por 3 a 1 e conquistar a sua primeira vitória na Libertadores.

Se Endrick vai embora, surge mais uma joia nos profissionais. Estêvão bagunçou a defesa do oponente uruguaio, não se intimidou e fechou o placar no segundo tempo para, minutos depois de marcar seu primeiro gol pelo time profissional do Palmeiras, deixar o campo ovacionado. Sem sentir o peso de um jogo de Libertadores, o primeiro de sua carreira, o meia-atacante deu o frescor de que o time precisava e certamente terá mais chances com Abel Ferreira. Chamado de “Messinho” na base, o garoto terá muito ainda o seu nome falado e seguramente receberá consultas de gigantes europeus.

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O goleador Flaco López foi letal como sempre e anotou o segundo. O gol de empate saiu da cabeça do incansável volante argentino Aníbal Moreno, em grande fase. Raphael Veiga conseguiu três assistências pela primeira em sua carreira no mesmo duelo e foi o maestro de que se espera.

Esperava-se mais no primeiro tempo do Palmeiras. Escalado com quatro mudanças em relação à escalação da final contra o Santos, o time de Abel Ferreira levou um gol com três minutos e isso tornou o confronto muito mais duro do que se imaginava. Rosso marcou após rebote de Weverton, que falhou ao espalmar para a sua frente uma falta de muito longe. O juiz apontou o impedimento na jogada, mas o VAR, operado pelo chileno Benjamin Saravia, depois de longos seis minutos, mostrou que Rosso estava em posição legal e o gol foi validado.

Os donos da casa dependeram demais do garoto Estêvão, o mais lúcido e criativo em campo. O meia-atacante não se intimidou e incomodou a zaga rival. O problema é que eram poucos os palmeirenses que estavam na mesma sintonia e o time uruguaio não dava espaço.

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Aníbal Moreno comemora o seu gol pelo Palmeiras contra o Liverpool Foto: Carla Carniel/Reuters

O Liverpool, aliás, não só se defendeu na etapa inicial. Saiu em transições rápidas e, sem pressão, jogou à vontade. O jogo dos visitantes fluiu naturalmente. Até que a forte bola aérea do tricampeão estadual fez a diferença. Raphael Veiga, até então apagado, colocou a bola na cabeça de Aníbal Moreno, que empatou nos acréscimos. Flaco quase fez o da virada, mas o zagueiro tirou em cima da linha.

O sofrimento palmeirense ficou para o primeiro tempo. Na volta do intervalo, o time alviverde decidiu jogar, não mais errou fundamentos fáceis e marcou dois gols em oito minutos. Raphael Veiga liderou a reviravolta nas assistências. Partiram de seus pés os dois lançamentos para Flaco fazer o segundo e Estêvão, o terceiro.

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Bastou uma resvalada na chuteira para o argentino ir às redes. Já o jovem meia-atacante marcou de cabeça para se tornar o segundo atleta mais jovem do Palmeiras a marcar em um jogo de Libertadores. Abel substituiu o garoto minutos depois e deu à torcida a chance de aplaudir mais uma joia palmeirense, que se mostra ser tão precoce quanto Endrick.

Gómez ainda marcou o que seria o quarto gol, mas o capitão paraguaio estava impedido no lance. Não fez falta porque o Palmeiras segurou o resultado e assegurou sua primeira vitória na Libertadores, que o levou à liderança do Grupo F, com quatro pontos.

O próximo adversário será o Independiente del Valle, em Quito, no Equador. Espera-se que seja esse o jogo mais difícil da primeira fase para o Palmeiras. O time do Equador também soma quatro pontos. O duelo valerá, portanto, a ponta do grupo.

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Estêvão, de 16 anos, se tornou o segundo mais jovem a marcar pelo Palmeiras na Libertadores Foto: Nelson Almeida/AFP

PALMEIRAS 3 X 1 LIVERPOOL-URU

  • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gómez, Murilo e Piquerez; Aníbal Moreno (Gabriel Menino), Richard Ríos e Raphael Veiga; Estêvão (Mayke), Flaco López e Luis Guilherme (Rony). Técnico: Abel Ferreira.
  • LIVERPOOL-URU: Lentinelly; Amaro, Rosso, Matías de los Santos, Cayetano (Bregante) e Samudio (Ignacio Rodríguez); Lemos, Barrios (Diego Rodríguez) e Diego García (Agustín González); Luciano Rodríguez e Ocampo (Franco Nicola). Técnico: Emiliano Alfaro.
  • GOLS: Rosso, aos 3, e Aníbal Moreno, aos 49 do minutos do primeiro tempo. Flaco López, aos 12, e Estêvão, aos 20 do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Ángel Arteaga Cabriales (Venezuela).
  • CARTÕES AMARELOS: Samudio, Flaco López, Aníbal Moreno, Ignácio Rodríguez.
  • PÚBLICO: 28.365 torcedores.
  • RENDA: R$ 2.820.210,00.
  • LOCAL: Allianz Parque.

Tão precoce quanto Endrick, o garoto Estêvão, de 16 anos, se apresentou na noite desta quinta-feira a quem ainda não lhe conhecia. Titular pela primeira vez com a camisa do Palmeiras, o jovem meia-atacante comandou a virada sobre o Liverpool, do Uruguai, no Allianz Parque. O time de Abel Ferreira levou um gol com dois minutos e dependeu do talento do garoto e de Raphael Veiga para vencer por 3 a 1 e conquistar a sua primeira vitória na Libertadores.

Se Endrick vai embora, surge mais uma joia nos profissionais. Estêvão bagunçou a defesa do oponente uruguaio, não se intimidou e fechou o placar no segundo tempo para, minutos depois de marcar seu primeiro gol pelo time profissional do Palmeiras, deixar o campo ovacionado. Sem sentir o peso de um jogo de Libertadores, o primeiro de sua carreira, o meia-atacante deu o frescor de que o time precisava e certamente terá mais chances com Abel Ferreira. Chamado de “Messinho” na base, o garoto terá muito ainda o seu nome falado e seguramente receberá consultas de gigantes europeus.

O goleador Flaco López foi letal como sempre e anotou o segundo. O gol de empate saiu da cabeça do incansável volante argentino Aníbal Moreno, em grande fase. Raphael Veiga conseguiu três assistências pela primeira em sua carreira no mesmo duelo e foi o maestro de que se espera.

Esperava-se mais no primeiro tempo do Palmeiras. Escalado com quatro mudanças em relação à escalação da final contra o Santos, o time de Abel Ferreira levou um gol com três minutos e isso tornou o confronto muito mais duro do que se imaginava. Rosso marcou após rebote de Weverton, que falhou ao espalmar para a sua frente uma falta de muito longe. O juiz apontou o impedimento na jogada, mas o VAR, operado pelo chileno Benjamin Saravia, depois de longos seis minutos, mostrou que Rosso estava em posição legal e o gol foi validado.

Os donos da casa dependeram demais do garoto Estêvão, o mais lúcido e criativo em campo. O meia-atacante não se intimidou e incomodou a zaga rival. O problema é que eram poucos os palmeirenses que estavam na mesma sintonia e o time uruguaio não dava espaço.

Aníbal Moreno comemora o seu gol pelo Palmeiras contra o Liverpool Foto: Carla Carniel/Reuters

O Liverpool, aliás, não só se defendeu na etapa inicial. Saiu em transições rápidas e, sem pressão, jogou à vontade. O jogo dos visitantes fluiu naturalmente. Até que a forte bola aérea do tricampeão estadual fez a diferença. Raphael Veiga, até então apagado, colocou a bola na cabeça de Aníbal Moreno, que empatou nos acréscimos. Flaco quase fez o da virada, mas o zagueiro tirou em cima da linha.

O sofrimento palmeirense ficou para o primeiro tempo. Na volta do intervalo, o time alviverde decidiu jogar, não mais errou fundamentos fáceis e marcou dois gols em oito minutos. Raphael Veiga liderou a reviravolta nas assistências. Partiram de seus pés os dois lançamentos para Flaco fazer o segundo e Estêvão, o terceiro.

Bastou uma resvalada na chuteira para o argentino ir às redes. Já o jovem meia-atacante marcou de cabeça para se tornar o segundo atleta mais jovem do Palmeiras a marcar em um jogo de Libertadores. Abel substituiu o garoto minutos depois e deu à torcida a chance de aplaudir mais uma joia palmeirense, que se mostra ser tão precoce quanto Endrick.

Gómez ainda marcou o que seria o quarto gol, mas o capitão paraguaio estava impedido no lance. Não fez falta porque o Palmeiras segurou o resultado e assegurou sua primeira vitória na Libertadores, que o levou à liderança do Grupo F, com quatro pontos.

O próximo adversário será o Independiente del Valle, em Quito, no Equador. Espera-se que seja esse o jogo mais difícil da primeira fase para o Palmeiras. O time do Equador também soma quatro pontos. O duelo valerá, portanto, a ponta do grupo.

Estêvão, de 16 anos, se tornou o segundo mais jovem a marcar pelo Palmeiras na Libertadores Foto: Nelson Almeida/AFP

PALMEIRAS 3 X 1 LIVERPOOL-URU

  • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gómez, Murilo e Piquerez; Aníbal Moreno (Gabriel Menino), Richard Ríos e Raphael Veiga; Estêvão (Mayke), Flaco López e Luis Guilherme (Rony). Técnico: Abel Ferreira.
  • LIVERPOOL-URU: Lentinelly; Amaro, Rosso, Matías de los Santos, Cayetano (Bregante) e Samudio (Ignacio Rodríguez); Lemos, Barrios (Diego Rodríguez) e Diego García (Agustín González); Luciano Rodríguez e Ocampo (Franco Nicola). Técnico: Emiliano Alfaro.
  • GOLS: Rosso, aos 3, e Aníbal Moreno, aos 49 do minutos do primeiro tempo. Flaco López, aos 12, e Estêvão, aos 20 do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Ángel Arteaga Cabriales (Venezuela).
  • CARTÕES AMARELOS: Samudio, Flaco López, Aníbal Moreno, Ignácio Rodríguez.
  • PÚBLICO: 28.365 torcedores.
  • RENDA: R$ 2.820.210,00.
  • LOCAL: Allianz Parque.

Tão precoce quanto Endrick, o garoto Estêvão, de 16 anos, se apresentou na noite desta quinta-feira a quem ainda não lhe conhecia. Titular pela primeira vez com a camisa do Palmeiras, o jovem meia-atacante comandou a virada sobre o Liverpool, do Uruguai, no Allianz Parque. O time de Abel Ferreira levou um gol com dois minutos e dependeu do talento do garoto e de Raphael Veiga para vencer por 3 a 1 e conquistar a sua primeira vitória na Libertadores.

Se Endrick vai embora, surge mais uma joia nos profissionais. Estêvão bagunçou a defesa do oponente uruguaio, não se intimidou e fechou o placar no segundo tempo para, minutos depois de marcar seu primeiro gol pelo time profissional do Palmeiras, deixar o campo ovacionado. Sem sentir o peso de um jogo de Libertadores, o primeiro de sua carreira, o meia-atacante deu o frescor de que o time precisava e certamente terá mais chances com Abel Ferreira. Chamado de “Messinho” na base, o garoto terá muito ainda o seu nome falado e seguramente receberá consultas de gigantes europeus.

O goleador Flaco López foi letal como sempre e anotou o segundo. O gol de empate saiu da cabeça do incansável volante argentino Aníbal Moreno, em grande fase. Raphael Veiga conseguiu três assistências pela primeira em sua carreira no mesmo duelo e foi o maestro de que se espera.

Esperava-se mais no primeiro tempo do Palmeiras. Escalado com quatro mudanças em relação à escalação da final contra o Santos, o time de Abel Ferreira levou um gol com três minutos e isso tornou o confronto muito mais duro do que se imaginava. Rosso marcou após rebote de Weverton, que falhou ao espalmar para a sua frente uma falta de muito longe. O juiz apontou o impedimento na jogada, mas o VAR, operado pelo chileno Benjamin Saravia, depois de longos seis minutos, mostrou que Rosso estava em posição legal e o gol foi validado.

Os donos da casa dependeram demais do garoto Estêvão, o mais lúcido e criativo em campo. O meia-atacante não se intimidou e incomodou a zaga rival. O problema é que eram poucos os palmeirenses que estavam na mesma sintonia e o time uruguaio não dava espaço.

Aníbal Moreno comemora o seu gol pelo Palmeiras contra o Liverpool Foto: Carla Carniel/Reuters

O Liverpool, aliás, não só se defendeu na etapa inicial. Saiu em transições rápidas e, sem pressão, jogou à vontade. O jogo dos visitantes fluiu naturalmente. Até que a forte bola aérea do tricampeão estadual fez a diferença. Raphael Veiga, até então apagado, colocou a bola na cabeça de Aníbal Moreno, que empatou nos acréscimos. Flaco quase fez o da virada, mas o zagueiro tirou em cima da linha.

O sofrimento palmeirense ficou para o primeiro tempo. Na volta do intervalo, o time alviverde decidiu jogar, não mais errou fundamentos fáceis e marcou dois gols em oito minutos. Raphael Veiga liderou a reviravolta nas assistências. Partiram de seus pés os dois lançamentos para Flaco fazer o segundo e Estêvão, o terceiro.

Bastou uma resvalada na chuteira para o argentino ir às redes. Já o jovem meia-atacante marcou de cabeça para se tornar o segundo atleta mais jovem do Palmeiras a marcar em um jogo de Libertadores. Abel substituiu o garoto minutos depois e deu à torcida a chance de aplaudir mais uma joia palmeirense, que se mostra ser tão precoce quanto Endrick.

Gómez ainda marcou o que seria o quarto gol, mas o capitão paraguaio estava impedido no lance. Não fez falta porque o Palmeiras segurou o resultado e assegurou sua primeira vitória na Libertadores, que o levou à liderança do Grupo F, com quatro pontos.

O próximo adversário será o Independiente del Valle, em Quito, no Equador. Espera-se que seja esse o jogo mais difícil da primeira fase para o Palmeiras. O time do Equador também soma quatro pontos. O duelo valerá, portanto, a ponta do grupo.

Estêvão, de 16 anos, se tornou o segundo mais jovem a marcar pelo Palmeiras na Libertadores Foto: Nelson Almeida/AFP

PALMEIRAS 3 X 1 LIVERPOOL-URU

  • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gómez, Murilo e Piquerez; Aníbal Moreno (Gabriel Menino), Richard Ríos e Raphael Veiga; Estêvão (Mayke), Flaco López e Luis Guilherme (Rony). Técnico: Abel Ferreira.
  • LIVERPOOL-URU: Lentinelly; Amaro, Rosso, Matías de los Santos, Cayetano (Bregante) e Samudio (Ignacio Rodríguez); Lemos, Barrios (Diego Rodríguez) e Diego García (Agustín González); Luciano Rodríguez e Ocampo (Franco Nicola). Técnico: Emiliano Alfaro.
  • GOLS: Rosso, aos 3, e Aníbal Moreno, aos 49 do minutos do primeiro tempo. Flaco López, aos 12, e Estêvão, aos 20 do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Ángel Arteaga Cabriales (Venezuela).
  • CARTÕES AMARELOS: Samudio, Flaco López, Aníbal Moreno, Ignácio Rodríguez.
  • PÚBLICO: 28.365 torcedores.
  • RENDA: R$ 2.820.210,00.
  • LOCAL: Allianz Parque.
Análise por Ricardo Magatti

Repórter da editoria de Esportes desde 2018. Formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com pós-graduação em Jornalismo Esportivo e Multimídias pela Universidade Anhembi Morumbi. Cobriu a Copa do Mundo do Catar, em 2022, e a Olimpíada de Paris, em 2024.

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