Ex-jogador do Irã tem passaporte confiscado e família impedida de sair do país após criticar regime


Ali Daei, ex-capitão da seleção, viajava para Dubai quando seu voo fez uma parada não anunciada; sua mulher e filha foram detidas

Por AP
Atualização:

Ali Daei, um importante ex-jogador de futebol iraniano que apoiou os protestos antigoverno no país, relatou que sua mulher e sua filha foram impedidas de deixar o Irã na segunda-feira, 26, após o avião em que ele estava fazer uma escala não anunciada a caminho de Dubai.

O ex-atleta, que teve seu passaporte brevemente confiscado após retornar ao seu país no começo do ano, disse que sua esposa e sua filha partiram da capital, Teerã, de forma legal antes do voo fazer uma parada não anunciada nas ilhas Kish, no Golfo Pérsico, onde elas foram questionadas pelas autoridades.

Ali Daei participa da cerimônia de sorteio para a Copa do Mundo de 2022.  Foto: Ahmed Jadallah/Reuters
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Ele afirmou que sua filha foi liberada, mas que as portas para o voo já haviam sido fechadas. O plano era que Daei e sua família viajassem para Dubai e retornassem na próxima semana. O site de rastreamento de voos, Flightradar24, mostra que o avião Mahan Air Flight W563 foi desviado para as ilhas Kish antes de viajar para Dubai algumas horas depois. A companhia área e as autoridades iranianas não teceram comentários sobre o ocorrido.

Daei é uma das diversas celebridades iranianas que apoiaram os protestos em resposta a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, em setembro. A jovem curda morreu após ser presa pela polícia da moralidade iraniana em Teerã por, supostamente, violar o rígido código de vestimenta do país.

Os protestos se espalharam rapidamente por todo Irã, escalaram e se transformaram em pedidos pela derrubada da teocracia estabelecida após a revolução de 1979. As manifestações se tornaram um dos maiores desafios enfrentados pelo governo clerical em mais de quatro décadas.

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Ao menos 507 protestantes foram mortos e mais de 18,500 pessoas foram presas, de acordo com o grupo “Human Rights Activists in Iran”, que vem monitorando as manifestações. As autoridades iranianas não divulgaram os números de mortos e presos.

Antes de seu passaporte ser confiscado, Daei, antigo capitão da seleção do Irã, pediu nas redes sociais que o governo “solucionasse o problema dos iranianos ao invés de usar repressão, violência e prisões”. Mais tarde, ele afirmou que seu passaporte foi devolvido.

Os protestantes, reunidos sob o slogan “mulheres, vida, liberdade”, afirmam estar fartos após décadas de repressão social e política por parte de um sistema clerical que consideram corrupto e fora de contato com a realidade. Para as autoridades iranianas, as manifestações são atribuídas a adversários estrangeiros como os EUA e Israel.

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A Guarda Revolucionária paramilitar do Irã afirmou em um comunicado no domingo que prendeu sete indivíduos na cidade de Kerman, no sudeste do país, que mantinham uma “ligação direta” com a Grã-Bretanha e que que estavam envolvidos nos protestos. O comunicado ainda afirmou que alguns membros da rede tinham dupla nacionalidade, mas não deu mais detalhes.

O Irã prendeu inúmeros iranianos com dupla nacionalidade nos últimos anos e os condenou em julgamentos a portas fechadas por crimes de segurança contra o estado. Grupos defensores de direitos humanos dizem que tais detidos não passaram pelo devido processo legal e acusam o Irã de usá-los como moeda de troca com o Ocidente, algo que as autoridades iranianas negam.

Ali Daei, um importante ex-jogador de futebol iraniano que apoiou os protestos antigoverno no país, relatou que sua mulher e sua filha foram impedidas de deixar o Irã na segunda-feira, 26, após o avião em que ele estava fazer uma escala não anunciada a caminho de Dubai.

O ex-atleta, que teve seu passaporte brevemente confiscado após retornar ao seu país no começo do ano, disse que sua esposa e sua filha partiram da capital, Teerã, de forma legal antes do voo fazer uma parada não anunciada nas ilhas Kish, no Golfo Pérsico, onde elas foram questionadas pelas autoridades.

Ali Daei participa da cerimônia de sorteio para a Copa do Mundo de 2022.  Foto: Ahmed Jadallah/Reuters

Ele afirmou que sua filha foi liberada, mas que as portas para o voo já haviam sido fechadas. O plano era que Daei e sua família viajassem para Dubai e retornassem na próxima semana. O site de rastreamento de voos, Flightradar24, mostra que o avião Mahan Air Flight W563 foi desviado para as ilhas Kish antes de viajar para Dubai algumas horas depois. A companhia área e as autoridades iranianas não teceram comentários sobre o ocorrido.

Daei é uma das diversas celebridades iranianas que apoiaram os protestos em resposta a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, em setembro. A jovem curda morreu após ser presa pela polícia da moralidade iraniana em Teerã por, supostamente, violar o rígido código de vestimenta do país.

Os protestos se espalharam rapidamente por todo Irã, escalaram e se transformaram em pedidos pela derrubada da teocracia estabelecida após a revolução de 1979. As manifestações se tornaram um dos maiores desafios enfrentados pelo governo clerical em mais de quatro décadas.

Ao menos 507 protestantes foram mortos e mais de 18,500 pessoas foram presas, de acordo com o grupo “Human Rights Activists in Iran”, que vem monitorando as manifestações. As autoridades iranianas não divulgaram os números de mortos e presos.

Antes de seu passaporte ser confiscado, Daei, antigo capitão da seleção do Irã, pediu nas redes sociais que o governo “solucionasse o problema dos iranianos ao invés de usar repressão, violência e prisões”. Mais tarde, ele afirmou que seu passaporte foi devolvido.

Os protestantes, reunidos sob o slogan “mulheres, vida, liberdade”, afirmam estar fartos após décadas de repressão social e política por parte de um sistema clerical que consideram corrupto e fora de contato com a realidade. Para as autoridades iranianas, as manifestações são atribuídas a adversários estrangeiros como os EUA e Israel.

A Guarda Revolucionária paramilitar do Irã afirmou em um comunicado no domingo que prendeu sete indivíduos na cidade de Kerman, no sudeste do país, que mantinham uma “ligação direta” com a Grã-Bretanha e que que estavam envolvidos nos protestos. O comunicado ainda afirmou que alguns membros da rede tinham dupla nacionalidade, mas não deu mais detalhes.

O Irã prendeu inúmeros iranianos com dupla nacionalidade nos últimos anos e os condenou em julgamentos a portas fechadas por crimes de segurança contra o estado. Grupos defensores de direitos humanos dizem que tais detidos não passaram pelo devido processo legal e acusam o Irã de usá-los como moeda de troca com o Ocidente, algo que as autoridades iranianas negam.

Ali Daei, um importante ex-jogador de futebol iraniano que apoiou os protestos antigoverno no país, relatou que sua mulher e sua filha foram impedidas de deixar o Irã na segunda-feira, 26, após o avião em que ele estava fazer uma escala não anunciada a caminho de Dubai.

O ex-atleta, que teve seu passaporte brevemente confiscado após retornar ao seu país no começo do ano, disse que sua esposa e sua filha partiram da capital, Teerã, de forma legal antes do voo fazer uma parada não anunciada nas ilhas Kish, no Golfo Pérsico, onde elas foram questionadas pelas autoridades.

Ali Daei participa da cerimônia de sorteio para a Copa do Mundo de 2022.  Foto: Ahmed Jadallah/Reuters

Ele afirmou que sua filha foi liberada, mas que as portas para o voo já haviam sido fechadas. O plano era que Daei e sua família viajassem para Dubai e retornassem na próxima semana. O site de rastreamento de voos, Flightradar24, mostra que o avião Mahan Air Flight W563 foi desviado para as ilhas Kish antes de viajar para Dubai algumas horas depois. A companhia área e as autoridades iranianas não teceram comentários sobre o ocorrido.

Daei é uma das diversas celebridades iranianas que apoiaram os protestos em resposta a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, em setembro. A jovem curda morreu após ser presa pela polícia da moralidade iraniana em Teerã por, supostamente, violar o rígido código de vestimenta do país.

Os protestos se espalharam rapidamente por todo Irã, escalaram e se transformaram em pedidos pela derrubada da teocracia estabelecida após a revolução de 1979. As manifestações se tornaram um dos maiores desafios enfrentados pelo governo clerical em mais de quatro décadas.

Ao menos 507 protestantes foram mortos e mais de 18,500 pessoas foram presas, de acordo com o grupo “Human Rights Activists in Iran”, que vem monitorando as manifestações. As autoridades iranianas não divulgaram os números de mortos e presos.

Antes de seu passaporte ser confiscado, Daei, antigo capitão da seleção do Irã, pediu nas redes sociais que o governo “solucionasse o problema dos iranianos ao invés de usar repressão, violência e prisões”. Mais tarde, ele afirmou que seu passaporte foi devolvido.

Os protestantes, reunidos sob o slogan “mulheres, vida, liberdade”, afirmam estar fartos após décadas de repressão social e política por parte de um sistema clerical que consideram corrupto e fora de contato com a realidade. Para as autoridades iranianas, as manifestações são atribuídas a adversários estrangeiros como os EUA e Israel.

A Guarda Revolucionária paramilitar do Irã afirmou em um comunicado no domingo que prendeu sete indivíduos na cidade de Kerman, no sudeste do país, que mantinham uma “ligação direta” com a Grã-Bretanha e que que estavam envolvidos nos protestos. O comunicado ainda afirmou que alguns membros da rede tinham dupla nacionalidade, mas não deu mais detalhes.

O Irã prendeu inúmeros iranianos com dupla nacionalidade nos últimos anos e os condenou em julgamentos a portas fechadas por crimes de segurança contra o estado. Grupos defensores de direitos humanos dizem que tais detidos não passaram pelo devido processo legal e acusam o Irã de usá-los como moeda de troca com o Ocidente, algo que as autoridades iranianas negam.

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