Família de Endrick vive expectativa de 1º jogo pela seleção no Brasil; ele fala de Messi e CR7


Cintia e Douglas, pai e mãe do atacante do Palmeiras, estiveram em treino na Granja Comary, em Teresópolis, com liberação de Diniz; em entrevista, atacante agradece a Murillo e Abel

Por Redação
Atualização:

A família de Endrick pôde acompanhar o filho num treino na Granja Comary e se disse realizada com a chegada do menino à seleção brasileira. A família foi em peso para Teresópolis, com o aval do técnico Fernando Diniz. Cintia e Douglas Ramos, mãe e pai de Endrick, os irmãos Noah e Lavínia, o tio Marcelo, e os sobrinhos Wendrel Henrique e Theo Gustavo estiveram presentes numa área reservada próxima aos jornalistas na Granja no sábado. Eles estão no Rio desde sexta-feira. Foi a única data livre antes do confronto diante da Argentina, marcado para terça-feira, no Maracanã. Eles estão animados com a possibilidade de ver Endrick enfrentar Messi, mas não sabe se o atacante será titular.

“Era uma coisa que a gente só via pela televisão. Eu e minha família somos privilegiados por viver isso, um momento que o Endrick tanto lutou para conseguir. É o trabalho de uma equipe em volta dele, e com o esforço e a dedicação dos familiares. Desejo que muitos pais que estão nessa caminhada possam passar por essa experiência”, disse dona Cintia.

Família de Endrick esteve em treino da seleção brasileira para apoiar o atacante antes do jogo com a Argentina, nesta terça Foto: Arquivo pessoal / Família
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Lavínia, que é irmã quase dez anos mais velha do que Endrick, concorda com a mãe. “É emocionante. Porque é uma sensação de felicidade, de orgulho. Era um sonho dele e de toda a família. Passa um filme na cabeça, sabe? De quando ele era pequenininho, o via jogando bola pra onde nós íamos. Tudo dele era bola, a vida dele era bola. E ver que minha mãe e meu pai trabalharam muito em cima disso. A correria que era de estar levando o Endrick aos treinos e vê-lo crescendo cada dia mais e hoje estar na seleção...”, disse.

“É um filme que passa de toda a minha vida. Eu vim para São Paulo sem nada, trabalhava como auxiliar de limpeza no Palmeiras e vi meu filho crescer por obra do esforço de todos nós. É um momento único, e quando falo que é um filme, é a pura verdade, pois ele sempre disse que ia ser jogador, e há muitos anos profetizou que iria estar no Maracanã lotado com a seleção”, revela Douglas Ramos, pai do atacante do Palmeiras.

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Entre fotos e conversas, Endrick recebeu pedidos de familiares de outros jogadores e convidados da CBF, entre eles torcedores de diferentes times, para uma foto. “O Endrick é isso o que as pessoas estão vendo. Um garoto que conquistou tudo rápido, mas que não perdeu a identidade. Segue com sua humildade e simplicidade. Ele escuta a mim, a mãe dele, e somos gratos a Deus por estar escrevendo mais uma página na história da nossa família”, disse Douglas.

Da esquerda para a direita: Cintia (mãe), Endrick, Noah (irmão), Douglas (pai), Lavínia (irmã) Foto: Léo Sguaçabia / @sguacabiafoto

‘Devo muito ao Murillo e ao Abel Ferreira’

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Endrick iniciou a temporada 2023 com sua qualidade sendo colocada em cheque. Ele não esconde que, naquele momento, as críticas o atingiram em cheio e influenciaram seu comportamento, moldado pela ânsia de calar os detratores, conforme revelou em coletiva de imprensa neste domingo na Granja Comary.

“Foi um começo de ano difícil. Tinha 16 anos, era um garoto que gostava de ver as coisas, ver o povo falando de mim. Tinha uma expectativa muito alta por ser vendido muito novo para o Real Madrid. Eu gostava de ficar vendo e só via gente me criticando, falando mal de mim. Eu queria rebater, fazer um bom jogo para rebater. Depois, fiz 17 anos, creio que mudei minha cabeça. Não queria jogar com ódio no coração. Estou bem com tudo mesmo, não ligo mais para críticas. Se criticar, vou ficar tranquilo. O que importa é minha felicidade e a felicidade da minha família”, disse.

O processo de mudança de postura foi longo e contou com apoio de pessoas importantes na vida de uma das maiores promessas do futebol brasileiro dos últimos tempos. O zagueiro Murilo, do Palmeiras, o ajudou. Endrick foi acolhido desde que começou a ser aproveitado no profissional, com conselhos e uma inabalável parceria. “Eu via as pessoas falando e jogava querendo mostrar que não era aquilo. Isso me destruiu. Uma pessoa que me ajudou muito foi o Murilo, em toda minha trajetória pelo Palmeiras”.

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Embora criticado pelos palmeirenses por ter demorado para dar espaço ao garoto, o treinador Abel Ferreira também foi citado pelo garoto como um nome importante no caminho que o levou à seleçãoa. “O Abel é uma pessoa fenomenal. Em campo, ele se transforma em outra pessoa. Quando ele chama você pra conversar, ele é um cara excepcional. Devo muito a ele ele, muito dessa convocação se deve a ele”.

Endrick comentou com alegria e emoção de sua família. “Ninguém fala da minha mãe, como ela fala, eu não nasci de um ovo. Ela sempre esteve comigo. Quando fui para o Palmeiras, a primeira a largar tudo foi minha mãe. Meu pai ficou em Brasília, não podia largar o trabalho. Mas ela dava coisas pra eu comer, passava fome”, disse. “Minha mãe foi peça essencial de toda a minha luta. Devo tudo a ela, espero que esteja feliz comigo.” E disse mais: “Pega muito no meu pé, fala sobre minhas amizades. Eu quase não tenho amigos, quase não saio. Sempre fico em casa por conta da minha mãe. Óbvio que gostaria de sair, de me divertir. Minha mãe me coloca sempre no lugar e ela me transformou em um homem de caráter. Vou fazer o que for preciso no trabalho. Quando estiver de férias, de boa, também tenho vida, vou me divertir, mas quando eu estiver no meu trabalho, estou 100% focado nele”.

Messi ou CR7

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Na terça-feira, às 21h30, Endrick pode ir a campo no Maracanã para enfrentar a Argentina, em clássico válido pelas Eliminatórias da Copa. A possibilidade jogar contra o Messi, que ganhou a Copa passada e recebeu sua oitava Bola de Ouro recentemente, anima o adolescente, mas até certo ponto, já que ele está do lado daqueles que preferem Cristiano Ronaldo ao astro argentino. “Sobre o Messi, é um cara fenomenal como todos sabem. Melhor do mundo novamente… poder jogar contra ele, poder olhar pra ele, só via no videogame”, afirmou, antes de acrescentar: “O Messi é grande, mas sou mais fã do Cristiano Ronaldo”.

Sobre a pressão que muitos torcedores têm feito para vê-lo como titular do Brasil, Endrick também mantém os pés no chão. “Estou bem tranquilo. Claro que não tem como escapar disso que falam que o protagonista tem que ser eu, mas protagonista tem que ser o time. Não adianta eu fazer um gol e tomar mil gols. A gente joga em equipe, ninguém é melhor que o outro, eu deixo isso sempre claro.”

A família de Endrick pôde acompanhar o filho num treino na Granja Comary e se disse realizada com a chegada do menino à seleção brasileira. A família foi em peso para Teresópolis, com o aval do técnico Fernando Diniz. Cintia e Douglas Ramos, mãe e pai de Endrick, os irmãos Noah e Lavínia, o tio Marcelo, e os sobrinhos Wendrel Henrique e Theo Gustavo estiveram presentes numa área reservada próxima aos jornalistas na Granja no sábado. Eles estão no Rio desde sexta-feira. Foi a única data livre antes do confronto diante da Argentina, marcado para terça-feira, no Maracanã. Eles estão animados com a possibilidade de ver Endrick enfrentar Messi, mas não sabe se o atacante será titular.

“Era uma coisa que a gente só via pela televisão. Eu e minha família somos privilegiados por viver isso, um momento que o Endrick tanto lutou para conseguir. É o trabalho de uma equipe em volta dele, e com o esforço e a dedicação dos familiares. Desejo que muitos pais que estão nessa caminhada possam passar por essa experiência”, disse dona Cintia.

Família de Endrick esteve em treino da seleção brasileira para apoiar o atacante antes do jogo com a Argentina, nesta terça Foto: Arquivo pessoal / Família

Lavínia, que é irmã quase dez anos mais velha do que Endrick, concorda com a mãe. “É emocionante. Porque é uma sensação de felicidade, de orgulho. Era um sonho dele e de toda a família. Passa um filme na cabeça, sabe? De quando ele era pequenininho, o via jogando bola pra onde nós íamos. Tudo dele era bola, a vida dele era bola. E ver que minha mãe e meu pai trabalharam muito em cima disso. A correria que era de estar levando o Endrick aos treinos e vê-lo crescendo cada dia mais e hoje estar na seleção...”, disse.

“É um filme que passa de toda a minha vida. Eu vim para São Paulo sem nada, trabalhava como auxiliar de limpeza no Palmeiras e vi meu filho crescer por obra do esforço de todos nós. É um momento único, e quando falo que é um filme, é a pura verdade, pois ele sempre disse que ia ser jogador, e há muitos anos profetizou que iria estar no Maracanã lotado com a seleção”, revela Douglas Ramos, pai do atacante do Palmeiras.

Entre fotos e conversas, Endrick recebeu pedidos de familiares de outros jogadores e convidados da CBF, entre eles torcedores de diferentes times, para uma foto. “O Endrick é isso o que as pessoas estão vendo. Um garoto que conquistou tudo rápido, mas que não perdeu a identidade. Segue com sua humildade e simplicidade. Ele escuta a mim, a mãe dele, e somos gratos a Deus por estar escrevendo mais uma página na história da nossa família”, disse Douglas.

Da esquerda para a direita: Cintia (mãe), Endrick, Noah (irmão), Douglas (pai), Lavínia (irmã) Foto: Léo Sguaçabia / @sguacabiafoto

‘Devo muito ao Murillo e ao Abel Ferreira’

Endrick iniciou a temporada 2023 com sua qualidade sendo colocada em cheque. Ele não esconde que, naquele momento, as críticas o atingiram em cheio e influenciaram seu comportamento, moldado pela ânsia de calar os detratores, conforme revelou em coletiva de imprensa neste domingo na Granja Comary.

“Foi um começo de ano difícil. Tinha 16 anos, era um garoto que gostava de ver as coisas, ver o povo falando de mim. Tinha uma expectativa muito alta por ser vendido muito novo para o Real Madrid. Eu gostava de ficar vendo e só via gente me criticando, falando mal de mim. Eu queria rebater, fazer um bom jogo para rebater. Depois, fiz 17 anos, creio que mudei minha cabeça. Não queria jogar com ódio no coração. Estou bem com tudo mesmo, não ligo mais para críticas. Se criticar, vou ficar tranquilo. O que importa é minha felicidade e a felicidade da minha família”, disse.

O processo de mudança de postura foi longo e contou com apoio de pessoas importantes na vida de uma das maiores promessas do futebol brasileiro dos últimos tempos. O zagueiro Murilo, do Palmeiras, o ajudou. Endrick foi acolhido desde que começou a ser aproveitado no profissional, com conselhos e uma inabalável parceria. “Eu via as pessoas falando e jogava querendo mostrar que não era aquilo. Isso me destruiu. Uma pessoa que me ajudou muito foi o Murilo, em toda minha trajetória pelo Palmeiras”.

Embora criticado pelos palmeirenses por ter demorado para dar espaço ao garoto, o treinador Abel Ferreira também foi citado pelo garoto como um nome importante no caminho que o levou à seleçãoa. “O Abel é uma pessoa fenomenal. Em campo, ele se transforma em outra pessoa. Quando ele chama você pra conversar, ele é um cara excepcional. Devo muito a ele ele, muito dessa convocação se deve a ele”.

Endrick comentou com alegria e emoção de sua família. “Ninguém fala da minha mãe, como ela fala, eu não nasci de um ovo. Ela sempre esteve comigo. Quando fui para o Palmeiras, a primeira a largar tudo foi minha mãe. Meu pai ficou em Brasília, não podia largar o trabalho. Mas ela dava coisas pra eu comer, passava fome”, disse. “Minha mãe foi peça essencial de toda a minha luta. Devo tudo a ela, espero que esteja feliz comigo.” E disse mais: “Pega muito no meu pé, fala sobre minhas amizades. Eu quase não tenho amigos, quase não saio. Sempre fico em casa por conta da minha mãe. Óbvio que gostaria de sair, de me divertir. Minha mãe me coloca sempre no lugar e ela me transformou em um homem de caráter. Vou fazer o que for preciso no trabalho. Quando estiver de férias, de boa, também tenho vida, vou me divertir, mas quando eu estiver no meu trabalho, estou 100% focado nele”.

Messi ou CR7

Na terça-feira, às 21h30, Endrick pode ir a campo no Maracanã para enfrentar a Argentina, em clássico válido pelas Eliminatórias da Copa. A possibilidade jogar contra o Messi, que ganhou a Copa passada e recebeu sua oitava Bola de Ouro recentemente, anima o adolescente, mas até certo ponto, já que ele está do lado daqueles que preferem Cristiano Ronaldo ao astro argentino. “Sobre o Messi, é um cara fenomenal como todos sabem. Melhor do mundo novamente… poder jogar contra ele, poder olhar pra ele, só via no videogame”, afirmou, antes de acrescentar: “O Messi é grande, mas sou mais fã do Cristiano Ronaldo”.

Sobre a pressão que muitos torcedores têm feito para vê-lo como titular do Brasil, Endrick também mantém os pés no chão. “Estou bem tranquilo. Claro que não tem como escapar disso que falam que o protagonista tem que ser eu, mas protagonista tem que ser o time. Não adianta eu fazer um gol e tomar mil gols. A gente joga em equipe, ninguém é melhor que o outro, eu deixo isso sempre claro.”

A família de Endrick pôde acompanhar o filho num treino na Granja Comary e se disse realizada com a chegada do menino à seleção brasileira. A família foi em peso para Teresópolis, com o aval do técnico Fernando Diniz. Cintia e Douglas Ramos, mãe e pai de Endrick, os irmãos Noah e Lavínia, o tio Marcelo, e os sobrinhos Wendrel Henrique e Theo Gustavo estiveram presentes numa área reservada próxima aos jornalistas na Granja no sábado. Eles estão no Rio desde sexta-feira. Foi a única data livre antes do confronto diante da Argentina, marcado para terça-feira, no Maracanã. Eles estão animados com a possibilidade de ver Endrick enfrentar Messi, mas não sabe se o atacante será titular.

“Era uma coisa que a gente só via pela televisão. Eu e minha família somos privilegiados por viver isso, um momento que o Endrick tanto lutou para conseguir. É o trabalho de uma equipe em volta dele, e com o esforço e a dedicação dos familiares. Desejo que muitos pais que estão nessa caminhada possam passar por essa experiência”, disse dona Cintia.

Família de Endrick esteve em treino da seleção brasileira para apoiar o atacante antes do jogo com a Argentina, nesta terça Foto: Arquivo pessoal / Família

Lavínia, que é irmã quase dez anos mais velha do que Endrick, concorda com a mãe. “É emocionante. Porque é uma sensação de felicidade, de orgulho. Era um sonho dele e de toda a família. Passa um filme na cabeça, sabe? De quando ele era pequenininho, o via jogando bola pra onde nós íamos. Tudo dele era bola, a vida dele era bola. E ver que minha mãe e meu pai trabalharam muito em cima disso. A correria que era de estar levando o Endrick aos treinos e vê-lo crescendo cada dia mais e hoje estar na seleção...”, disse.

“É um filme que passa de toda a minha vida. Eu vim para São Paulo sem nada, trabalhava como auxiliar de limpeza no Palmeiras e vi meu filho crescer por obra do esforço de todos nós. É um momento único, e quando falo que é um filme, é a pura verdade, pois ele sempre disse que ia ser jogador, e há muitos anos profetizou que iria estar no Maracanã lotado com a seleção”, revela Douglas Ramos, pai do atacante do Palmeiras.

Entre fotos e conversas, Endrick recebeu pedidos de familiares de outros jogadores e convidados da CBF, entre eles torcedores de diferentes times, para uma foto. “O Endrick é isso o que as pessoas estão vendo. Um garoto que conquistou tudo rápido, mas que não perdeu a identidade. Segue com sua humildade e simplicidade. Ele escuta a mim, a mãe dele, e somos gratos a Deus por estar escrevendo mais uma página na história da nossa família”, disse Douglas.

Da esquerda para a direita: Cintia (mãe), Endrick, Noah (irmão), Douglas (pai), Lavínia (irmã) Foto: Léo Sguaçabia / @sguacabiafoto

‘Devo muito ao Murillo e ao Abel Ferreira’

Endrick iniciou a temporada 2023 com sua qualidade sendo colocada em cheque. Ele não esconde que, naquele momento, as críticas o atingiram em cheio e influenciaram seu comportamento, moldado pela ânsia de calar os detratores, conforme revelou em coletiva de imprensa neste domingo na Granja Comary.

“Foi um começo de ano difícil. Tinha 16 anos, era um garoto que gostava de ver as coisas, ver o povo falando de mim. Tinha uma expectativa muito alta por ser vendido muito novo para o Real Madrid. Eu gostava de ficar vendo e só via gente me criticando, falando mal de mim. Eu queria rebater, fazer um bom jogo para rebater. Depois, fiz 17 anos, creio que mudei minha cabeça. Não queria jogar com ódio no coração. Estou bem com tudo mesmo, não ligo mais para críticas. Se criticar, vou ficar tranquilo. O que importa é minha felicidade e a felicidade da minha família”, disse.

O processo de mudança de postura foi longo e contou com apoio de pessoas importantes na vida de uma das maiores promessas do futebol brasileiro dos últimos tempos. O zagueiro Murilo, do Palmeiras, o ajudou. Endrick foi acolhido desde que começou a ser aproveitado no profissional, com conselhos e uma inabalável parceria. “Eu via as pessoas falando e jogava querendo mostrar que não era aquilo. Isso me destruiu. Uma pessoa que me ajudou muito foi o Murilo, em toda minha trajetória pelo Palmeiras”.

Embora criticado pelos palmeirenses por ter demorado para dar espaço ao garoto, o treinador Abel Ferreira também foi citado pelo garoto como um nome importante no caminho que o levou à seleçãoa. “O Abel é uma pessoa fenomenal. Em campo, ele se transforma em outra pessoa. Quando ele chama você pra conversar, ele é um cara excepcional. Devo muito a ele ele, muito dessa convocação se deve a ele”.

Endrick comentou com alegria e emoção de sua família. “Ninguém fala da minha mãe, como ela fala, eu não nasci de um ovo. Ela sempre esteve comigo. Quando fui para o Palmeiras, a primeira a largar tudo foi minha mãe. Meu pai ficou em Brasília, não podia largar o trabalho. Mas ela dava coisas pra eu comer, passava fome”, disse. “Minha mãe foi peça essencial de toda a minha luta. Devo tudo a ela, espero que esteja feliz comigo.” E disse mais: “Pega muito no meu pé, fala sobre minhas amizades. Eu quase não tenho amigos, quase não saio. Sempre fico em casa por conta da minha mãe. Óbvio que gostaria de sair, de me divertir. Minha mãe me coloca sempre no lugar e ela me transformou em um homem de caráter. Vou fazer o que for preciso no trabalho. Quando estiver de férias, de boa, também tenho vida, vou me divertir, mas quando eu estiver no meu trabalho, estou 100% focado nele”.

Messi ou CR7

Na terça-feira, às 21h30, Endrick pode ir a campo no Maracanã para enfrentar a Argentina, em clássico válido pelas Eliminatórias da Copa. A possibilidade jogar contra o Messi, que ganhou a Copa passada e recebeu sua oitava Bola de Ouro recentemente, anima o adolescente, mas até certo ponto, já que ele está do lado daqueles que preferem Cristiano Ronaldo ao astro argentino. “Sobre o Messi, é um cara fenomenal como todos sabem. Melhor do mundo novamente… poder jogar contra ele, poder olhar pra ele, só via no videogame”, afirmou, antes de acrescentar: “O Messi é grande, mas sou mais fã do Cristiano Ronaldo”.

Sobre a pressão que muitos torcedores têm feito para vê-lo como titular do Brasil, Endrick também mantém os pés no chão. “Estou bem tranquilo. Claro que não tem como escapar disso que falam que o protagonista tem que ser eu, mas protagonista tem que ser o time. Não adianta eu fazer um gol e tomar mil gols. A gente joga em equipe, ninguém é melhor que o outro, eu deixo isso sempre claro.”

A família de Endrick pôde acompanhar o filho num treino na Granja Comary e se disse realizada com a chegada do menino à seleção brasileira. A família foi em peso para Teresópolis, com o aval do técnico Fernando Diniz. Cintia e Douglas Ramos, mãe e pai de Endrick, os irmãos Noah e Lavínia, o tio Marcelo, e os sobrinhos Wendrel Henrique e Theo Gustavo estiveram presentes numa área reservada próxima aos jornalistas na Granja no sábado. Eles estão no Rio desde sexta-feira. Foi a única data livre antes do confronto diante da Argentina, marcado para terça-feira, no Maracanã. Eles estão animados com a possibilidade de ver Endrick enfrentar Messi, mas não sabe se o atacante será titular.

“Era uma coisa que a gente só via pela televisão. Eu e minha família somos privilegiados por viver isso, um momento que o Endrick tanto lutou para conseguir. É o trabalho de uma equipe em volta dele, e com o esforço e a dedicação dos familiares. Desejo que muitos pais que estão nessa caminhada possam passar por essa experiência”, disse dona Cintia.

Família de Endrick esteve em treino da seleção brasileira para apoiar o atacante antes do jogo com a Argentina, nesta terça Foto: Arquivo pessoal / Família

Lavínia, que é irmã quase dez anos mais velha do que Endrick, concorda com a mãe. “É emocionante. Porque é uma sensação de felicidade, de orgulho. Era um sonho dele e de toda a família. Passa um filme na cabeça, sabe? De quando ele era pequenininho, o via jogando bola pra onde nós íamos. Tudo dele era bola, a vida dele era bola. E ver que minha mãe e meu pai trabalharam muito em cima disso. A correria que era de estar levando o Endrick aos treinos e vê-lo crescendo cada dia mais e hoje estar na seleção...”, disse.

“É um filme que passa de toda a minha vida. Eu vim para São Paulo sem nada, trabalhava como auxiliar de limpeza no Palmeiras e vi meu filho crescer por obra do esforço de todos nós. É um momento único, e quando falo que é um filme, é a pura verdade, pois ele sempre disse que ia ser jogador, e há muitos anos profetizou que iria estar no Maracanã lotado com a seleção”, revela Douglas Ramos, pai do atacante do Palmeiras.

Entre fotos e conversas, Endrick recebeu pedidos de familiares de outros jogadores e convidados da CBF, entre eles torcedores de diferentes times, para uma foto. “O Endrick é isso o que as pessoas estão vendo. Um garoto que conquistou tudo rápido, mas que não perdeu a identidade. Segue com sua humildade e simplicidade. Ele escuta a mim, a mãe dele, e somos gratos a Deus por estar escrevendo mais uma página na história da nossa família”, disse Douglas.

Da esquerda para a direita: Cintia (mãe), Endrick, Noah (irmão), Douglas (pai), Lavínia (irmã) Foto: Léo Sguaçabia / @sguacabiafoto

‘Devo muito ao Murillo e ao Abel Ferreira’

Endrick iniciou a temporada 2023 com sua qualidade sendo colocada em cheque. Ele não esconde que, naquele momento, as críticas o atingiram em cheio e influenciaram seu comportamento, moldado pela ânsia de calar os detratores, conforme revelou em coletiva de imprensa neste domingo na Granja Comary.

“Foi um começo de ano difícil. Tinha 16 anos, era um garoto que gostava de ver as coisas, ver o povo falando de mim. Tinha uma expectativa muito alta por ser vendido muito novo para o Real Madrid. Eu gostava de ficar vendo e só via gente me criticando, falando mal de mim. Eu queria rebater, fazer um bom jogo para rebater. Depois, fiz 17 anos, creio que mudei minha cabeça. Não queria jogar com ódio no coração. Estou bem com tudo mesmo, não ligo mais para críticas. Se criticar, vou ficar tranquilo. O que importa é minha felicidade e a felicidade da minha família”, disse.

O processo de mudança de postura foi longo e contou com apoio de pessoas importantes na vida de uma das maiores promessas do futebol brasileiro dos últimos tempos. O zagueiro Murilo, do Palmeiras, o ajudou. Endrick foi acolhido desde que começou a ser aproveitado no profissional, com conselhos e uma inabalável parceria. “Eu via as pessoas falando e jogava querendo mostrar que não era aquilo. Isso me destruiu. Uma pessoa que me ajudou muito foi o Murilo, em toda minha trajetória pelo Palmeiras”.

Embora criticado pelos palmeirenses por ter demorado para dar espaço ao garoto, o treinador Abel Ferreira também foi citado pelo garoto como um nome importante no caminho que o levou à seleçãoa. “O Abel é uma pessoa fenomenal. Em campo, ele se transforma em outra pessoa. Quando ele chama você pra conversar, ele é um cara excepcional. Devo muito a ele ele, muito dessa convocação se deve a ele”.

Endrick comentou com alegria e emoção de sua família. “Ninguém fala da minha mãe, como ela fala, eu não nasci de um ovo. Ela sempre esteve comigo. Quando fui para o Palmeiras, a primeira a largar tudo foi minha mãe. Meu pai ficou em Brasília, não podia largar o trabalho. Mas ela dava coisas pra eu comer, passava fome”, disse. “Minha mãe foi peça essencial de toda a minha luta. Devo tudo a ela, espero que esteja feliz comigo.” E disse mais: “Pega muito no meu pé, fala sobre minhas amizades. Eu quase não tenho amigos, quase não saio. Sempre fico em casa por conta da minha mãe. Óbvio que gostaria de sair, de me divertir. Minha mãe me coloca sempre no lugar e ela me transformou em um homem de caráter. Vou fazer o que for preciso no trabalho. Quando estiver de férias, de boa, também tenho vida, vou me divertir, mas quando eu estiver no meu trabalho, estou 100% focado nele”.

Messi ou CR7

Na terça-feira, às 21h30, Endrick pode ir a campo no Maracanã para enfrentar a Argentina, em clássico válido pelas Eliminatórias da Copa. A possibilidade jogar contra o Messi, que ganhou a Copa passada e recebeu sua oitava Bola de Ouro recentemente, anima o adolescente, mas até certo ponto, já que ele está do lado daqueles que preferem Cristiano Ronaldo ao astro argentino. “Sobre o Messi, é um cara fenomenal como todos sabem. Melhor do mundo novamente… poder jogar contra ele, poder olhar pra ele, só via no videogame”, afirmou, antes de acrescentar: “O Messi é grande, mas sou mais fã do Cristiano Ronaldo”.

Sobre a pressão que muitos torcedores têm feito para vê-lo como titular do Brasil, Endrick também mantém os pés no chão. “Estou bem tranquilo. Claro que não tem como escapar disso que falam que o protagonista tem que ser eu, mas protagonista tem que ser o time. Não adianta eu fazer um gol e tomar mil gols. A gente joga em equipe, ninguém é melhor que o outro, eu deixo isso sempre claro.”

A família de Endrick pôde acompanhar o filho num treino na Granja Comary e se disse realizada com a chegada do menino à seleção brasileira. A família foi em peso para Teresópolis, com o aval do técnico Fernando Diniz. Cintia e Douglas Ramos, mãe e pai de Endrick, os irmãos Noah e Lavínia, o tio Marcelo, e os sobrinhos Wendrel Henrique e Theo Gustavo estiveram presentes numa área reservada próxima aos jornalistas na Granja no sábado. Eles estão no Rio desde sexta-feira. Foi a única data livre antes do confronto diante da Argentina, marcado para terça-feira, no Maracanã. Eles estão animados com a possibilidade de ver Endrick enfrentar Messi, mas não sabe se o atacante será titular.

“Era uma coisa que a gente só via pela televisão. Eu e minha família somos privilegiados por viver isso, um momento que o Endrick tanto lutou para conseguir. É o trabalho de uma equipe em volta dele, e com o esforço e a dedicação dos familiares. Desejo que muitos pais que estão nessa caminhada possam passar por essa experiência”, disse dona Cintia.

Família de Endrick esteve em treino da seleção brasileira para apoiar o atacante antes do jogo com a Argentina, nesta terça Foto: Arquivo pessoal / Família

Lavínia, que é irmã quase dez anos mais velha do que Endrick, concorda com a mãe. “É emocionante. Porque é uma sensação de felicidade, de orgulho. Era um sonho dele e de toda a família. Passa um filme na cabeça, sabe? De quando ele era pequenininho, o via jogando bola pra onde nós íamos. Tudo dele era bola, a vida dele era bola. E ver que minha mãe e meu pai trabalharam muito em cima disso. A correria que era de estar levando o Endrick aos treinos e vê-lo crescendo cada dia mais e hoje estar na seleção...”, disse.

“É um filme que passa de toda a minha vida. Eu vim para São Paulo sem nada, trabalhava como auxiliar de limpeza no Palmeiras e vi meu filho crescer por obra do esforço de todos nós. É um momento único, e quando falo que é um filme, é a pura verdade, pois ele sempre disse que ia ser jogador, e há muitos anos profetizou que iria estar no Maracanã lotado com a seleção”, revela Douglas Ramos, pai do atacante do Palmeiras.

Entre fotos e conversas, Endrick recebeu pedidos de familiares de outros jogadores e convidados da CBF, entre eles torcedores de diferentes times, para uma foto. “O Endrick é isso o que as pessoas estão vendo. Um garoto que conquistou tudo rápido, mas que não perdeu a identidade. Segue com sua humildade e simplicidade. Ele escuta a mim, a mãe dele, e somos gratos a Deus por estar escrevendo mais uma página na história da nossa família”, disse Douglas.

Da esquerda para a direita: Cintia (mãe), Endrick, Noah (irmão), Douglas (pai), Lavínia (irmã) Foto: Léo Sguaçabia / @sguacabiafoto

‘Devo muito ao Murillo e ao Abel Ferreira’

Endrick iniciou a temporada 2023 com sua qualidade sendo colocada em cheque. Ele não esconde que, naquele momento, as críticas o atingiram em cheio e influenciaram seu comportamento, moldado pela ânsia de calar os detratores, conforme revelou em coletiva de imprensa neste domingo na Granja Comary.

“Foi um começo de ano difícil. Tinha 16 anos, era um garoto que gostava de ver as coisas, ver o povo falando de mim. Tinha uma expectativa muito alta por ser vendido muito novo para o Real Madrid. Eu gostava de ficar vendo e só via gente me criticando, falando mal de mim. Eu queria rebater, fazer um bom jogo para rebater. Depois, fiz 17 anos, creio que mudei minha cabeça. Não queria jogar com ódio no coração. Estou bem com tudo mesmo, não ligo mais para críticas. Se criticar, vou ficar tranquilo. O que importa é minha felicidade e a felicidade da minha família”, disse.

O processo de mudança de postura foi longo e contou com apoio de pessoas importantes na vida de uma das maiores promessas do futebol brasileiro dos últimos tempos. O zagueiro Murilo, do Palmeiras, o ajudou. Endrick foi acolhido desde que começou a ser aproveitado no profissional, com conselhos e uma inabalável parceria. “Eu via as pessoas falando e jogava querendo mostrar que não era aquilo. Isso me destruiu. Uma pessoa que me ajudou muito foi o Murilo, em toda minha trajetória pelo Palmeiras”.

Embora criticado pelos palmeirenses por ter demorado para dar espaço ao garoto, o treinador Abel Ferreira também foi citado pelo garoto como um nome importante no caminho que o levou à seleçãoa. “O Abel é uma pessoa fenomenal. Em campo, ele se transforma em outra pessoa. Quando ele chama você pra conversar, ele é um cara excepcional. Devo muito a ele ele, muito dessa convocação se deve a ele”.

Endrick comentou com alegria e emoção de sua família. “Ninguém fala da minha mãe, como ela fala, eu não nasci de um ovo. Ela sempre esteve comigo. Quando fui para o Palmeiras, a primeira a largar tudo foi minha mãe. Meu pai ficou em Brasília, não podia largar o trabalho. Mas ela dava coisas pra eu comer, passava fome”, disse. “Minha mãe foi peça essencial de toda a minha luta. Devo tudo a ela, espero que esteja feliz comigo.” E disse mais: “Pega muito no meu pé, fala sobre minhas amizades. Eu quase não tenho amigos, quase não saio. Sempre fico em casa por conta da minha mãe. Óbvio que gostaria de sair, de me divertir. Minha mãe me coloca sempre no lugar e ela me transformou em um homem de caráter. Vou fazer o que for preciso no trabalho. Quando estiver de férias, de boa, também tenho vida, vou me divertir, mas quando eu estiver no meu trabalho, estou 100% focado nele”.

Messi ou CR7

Na terça-feira, às 21h30, Endrick pode ir a campo no Maracanã para enfrentar a Argentina, em clássico válido pelas Eliminatórias da Copa. A possibilidade jogar contra o Messi, que ganhou a Copa passada e recebeu sua oitava Bola de Ouro recentemente, anima o adolescente, mas até certo ponto, já que ele está do lado daqueles que preferem Cristiano Ronaldo ao astro argentino. “Sobre o Messi, é um cara fenomenal como todos sabem. Melhor do mundo novamente… poder jogar contra ele, poder olhar pra ele, só via no videogame”, afirmou, antes de acrescentar: “O Messi é grande, mas sou mais fã do Cristiano Ronaldo”.

Sobre a pressão que muitos torcedores têm feito para vê-lo como titular do Brasil, Endrick também mantém os pés no chão. “Estou bem tranquilo. Claro que não tem como escapar disso que falam que o protagonista tem que ser eu, mas protagonista tem que ser o time. Não adianta eu fazer um gol e tomar mil gols. A gente joga em equipe, ninguém é melhor que o outro, eu deixo isso sempre claro.”

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