O entusiasmo na comemoração da seleção da Argentina pelo título da Copa do Mundo não passou despercebido na França, que não gostou das provocações — especialmente as recebidas por Kylian Mbappé. Noel Le Graet, presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), enviou uma carta ao presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), Claudio Tapia, se queixando do comportamento de alguns jogadores.
“Vejo como anormais esses excessos em uma competição esportiva e não consigo compreendê-los. Foram longe demais. O comportamento de Mbappé foi exemplar”, disse Le Graet ao portal Ouest-France.
As provocações começaram ainda no vestiário. Sergio Agüero, ex-atacante da seleção que acompanhou o elenco durante o Mundial, puxou canções pedindo “um minuto de silêncio” para Mbappé. O goleiro Emiliano Martínez subiu o tom da provocação, segurando um boneco com o rosto do astro do PSG enquanto os jogadores passeavam em carro aberto pelas ruas de Buenos Aires.
O arqueiro argentino voltou a provocar na homenagem que recebeu ao desembarcar em Mar Del Plata, sua cidade natal. Ao comentar a penalidade perdida por Tchouameni, Martínez disse que percebeu que o francês estava nervoso e começou a fazer um jogo mental. “(Tchouameni) se cag** todo”, disse.
Amélie Oudéa-Castéra, ministra do Esporte da França, também reclamou da atitude dos atletas argentinos. Ela classificou as provocações como algo “indigno” e “vulgar”, afirmando que os franceses não haviam sido maus perdedores, mas o comportamento dos rivais são de ganhadores deselegantes. As declarações foram para a rádio RTL.
Até mesmo Bruno Le Maire, ministro da Economia da França, comentou sobre as provocações. O membro do governo cobrou uma atitude da Fifa. “O esporte é fair play, é respeitar os demais, respeitar quem perdeu. Não acrescentar insulto à decepção.”