Considerados por muitos torcedores como os dois maiores técnicos da história do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, e Abel Ferreira, tiveram um encontro especial durante as gravações do “Palmeiras Cast”, programa promovido pelo alviverde no YouTube. A entrevista marcou a 100ª edição do projeto e o ex-treinador do clube lembrou do seu trabalho com a seleção portuguesa e com a versão “Abel jogador”.
Os dois estiveram juntos com a seleção de Portugal em duas convocações feitas por Felipão enquanto comandava a equipe entre 2003 e 2008. No episódio, o ex-técnico ganhou de presente um vinho especial do treinador português, de sua própria marca, e ainda foi perguntado como era o desempenho de Abel como lateral-direito.
Como sempre, Felipão foi direto em sua resposta e poupou enrolação: 6,5, arrancando risadas dos apresentadores. Abel foi convocado como peça reserva no elenco do treinador brasileiro, mas Felipão destacou a postura exemplar na época de atleta e disse que o português sempre demonstrou interesse pelo futebol e suas nuances.
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“Tem uma coisa que sempre falo para as pessoas, o Abel, desde que foi convocado para a seleção, demonstrava interesse pelo futebol, pelas coisas do futebol. Era companheiro do grupo e, mesmo não sendo titular, dava estímulo e mostrava nuances do futebol à jogadores que se passavam. Sempre foi desse tipo”.
Para Felipão, o perfil mostrado por Abel Ferreira justifica, hoje, o sucesso que tem no comando do Palmeiras. O português já conquistou duas Libertadores, dois Brasileiros, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana e uma Supercopa do Brasil, além de três Paulistões.
Veja a avaliação de Felipão sobre Abel Ferreira como jogador
“Abel teve oportunidade de passar duas vezes pela seleção de Portugal, foi tranquilo, e quando ouvi que ele tinha vindo para cá (Palmeiras), eu tive certeza que realmente o Abel que tinha sido meu jogador em Portugal é o mesmo de hoje. Preocupado com uma série de detalhes dentro e fora do campo, um trabalho espetacular”, completa Felipão.
Abel não demonstrou incômodo com a avaliação sincera do amigo brasileiro e ainda ressaltou que já pensava na carreira de treinador de futebol quando trabalhou com Felipão. “Fui chamado porque o lateral titular estava lesionado. Eu nem acreditava que havia sido chamado para a seleção, fui só para ver o que os jogadores faziam, o que Ronaldo (Cristiano) fazia, ver as palestras e os treinos. Ali eu já estava com 27 ou 28 anos, já queria ser treinador, tudo já apontava para isso”, disse.