O volante Felipe Melo reprovou os protestos da torcida do Palmeiras realizados antes do clássico com o Corinthians e afirmou que eles estão relacionados a uma "questão de educação do povo brasileiro". O atleta também revelou que as manifestações estão se repetindo nos últimos três anos anos em que ele está no clube.
"Eu tenho três anos de Palmeiras. No primeiro ano, também teve protesto, no segundo e no terceiro. É questão de educação do povo brasileiro, infelizmente", afirmou o volante em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira na Academia de Futebol.
O jogador também destacou os bons resultados recentes da equipe. "É um time que ficou um ano sem perder no Brasileiro, é o atual campeão brasileiro, saiu da Copa do Brasil contra um grande rival, no primeiro jogo tivemos oportunidade de ampliar o marcador e no segundo jogo eles foram melhores, mas tivemos oportunidades de fazer gol. Nos classificamos na Libertadores estamos brigando nas primeiras colocações do Brasileiro, e o time é chamado de pipoqueiro", afirmou o jogador do Palmeiras.
"São situações que não vão mudar. Porque olhamos para o lado e vemos um pai que manda o filho de dois anos xingar você no estádio... Como quer que mude? É questão de berço. Cabe aos jogadores trabalhar", avaliou Felipe Melo.
Antes do empate por 1 a 1 com o Corinthians, a principal torcida organizada palmeirense protestou contra o técnico Luiz Felipe Scolari, a diretoria e os jogadores. Uma das faixas na entrada da Academia de Futebol dizia: "Ninguém morreu... ainda". Antes das ameaças de sábado, a organizada já havia protestado em Fortaleza, quando arremessou pipocas em direção ao elenco e à comissão técnica. Também houve manifestações em Mendoza e após a partida contra o Vasco, em São Paulo.
Em nota oficial, o clube afirmou que tomaria providências. "Não vamos compactuar com ameaças e violência. Todas as providências em relação ao episódio de hoje estão sendo tomadas", diz a nota do clube.