O técnico Fernando Santos recorreu à vitória de Portugal por 3 a 2 sobre Gana, na estreia das duas seleções na Copa do Mundo do Catar, para mostrar o caminho da vitória no duelo contra o Uruguai, marcado para esta segunda-feira. O comandante pediu versatilidade aos jogadores para conseguir surpreender o rival.
“Os atletas têm total liberdade para reorganizar o jogo e quero essa variabilidade. Vamos jogar num sistema híbrido. O que interessa é essa anarquia, não perder a bola fácil, ter a capacidade de recuperar logo a bola e estar organizado defensivamente quando o adversário for ao ataque”, afirmou.
Na partida contra Gana, Fernando Santos falou das alternâncias das duas equipes no controle da partida. “Sabemos que a estreia sempre tem um peso, mas houve uma fase do jogo em que tivemos o domínio e o time deles teve dificuldades em soltar as amarras”, comentou o técnico.
O desfalque de Danilo Pereira também esteve na pauta. Ao falar do assunto, o treinador português disse também sobre a importância de ter na equipe atletas com características de liderança.
“Vamos acompanhar a sua evolução(Danilo Pereira). Se pudermos contar com ele ainda no Mundial, melhor. Mas temos três centrais e outros nomes que podem cumprir essa função. O Pepe retorna e joga ali (na defesa). Ele entra e vai transmitir força aos companheiros. É um monstro e um dos grandes jogadores com que trabalhei”, falou o treinador.
O peso de comandar Cristiano Ronaldo em sua última Copa do Mundo não altera o sistema de trabalho do treinador. Fernando Santos sabe da influência que o camisa sete tem perante os companheiros, mas disse não dar privilégios ao veterano atacante.
“Conheço o Cristiano Ronaldo desde menino e cada um tem a sua forma de expressão. Trabalhei com nomes até mais fortes que o dele na seleção, assim como no Porto, no Benfica e no Sporting. Ele cresceu e vem sendo uma espécie de porta-voz do grupo. O importante é que todos têm uma convivência.”
Por fim, encarar o Uruguai, seleção responsável pela eliminação de Portugal na Copa da Rússia, não terá um sabor de revanche para Fernando Santos. “O Uruguai do Mundial de 2018 era uma grande seleção. A equipe atual também tem grandes valores. A matriz de jogo não mudou tanto. Vai ser um grande jogo. Naquela disputa, ganhou o Uruguai, mas poderia ter perdido”, encerrou o treinador.