O Comitê Disciplinar da Fifa abriu processo nesta segunda-feira contra os incidentes antidesportivos causados em dois jogos da terceira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo do Catar. Os confrontos analisados são Sérvia 2 x 3 Suíça e Gana 0 x 2 Uruguai.
No duelo em que os suíços garantiram a vaga às oitavas de final, as possíveis violações respondem pelo artigo 12 (má conduta), 13 (discriminação) e 16 (ordem e segurança nas partidas). Já nos confrontos envolvendo uruguaios e ganeses, além dos artigos 12 e 13, a entidade estuda também aplicar sanção no artigo 11 (conduta imprópria de jogadores e juízes).
O Comitê Disciplinar abriu processo contra a Associação de Futebol da Sérvia em um jogo recheado de provocações. No gol da virada dos sérvios, o treinador Dragan Stojkovic foi acusado de proferir palavras de cunho racista a atletas da Suíça. Antes disso, porém, os insultos ajudaram a esquentar o clima de rivalidade.
Shaqiri fez 1 a 0 e mandou a torcida adversária fazer silêncio colocando o dedo sob a boca. Vlahovic empatou a partida e repetiu o gesto para a torcida suíça. Na etapa final, mais confusão. Xhaka, que havia sido xingado por Stojkovic, fez gestos obscenos para o banco de reservas da Sérvia e também disse palavrões. Num clima extremamente tenso, o jogo terminou com 11 cartões amarelos e muita discussão acalorada em campo.
Já nos incidentes envolvendo o duelo entre Gana e Uruguai, a entidade que comanda o futebol mundial abriu processos separados para os jogadores uruguaios José María Giménez, Edison Cavani, Fernando Muslera e Diego Godín e também para a Associação Uruguaia de Futebol.
Após a partida, irritados com a eliminação para as oitavas de final do torneio, os atletas uruguaios cercaram o trio de arbitragem. A principal reclamação era a não marcação de um pênalti no segundo tempo. Ainda mais exaltado, Godín atingiu um funcionário da Fifa com uma cotovelada. Cavani também perdeu o controle e quebrou o monitor de vídeo que fica à beira do gramado.