Filhos de Pelé estão de acordo com realização de exame de DNA que pode revelar nova herdeira


Ao ‘Estadão’, advogado de Edinho confirma intenção da família em fazer o teste o quanto antes para dar seguimento à questão do inventário; Rei do Futebol citou em testamento possibilidade de ter outra filha

Por Rodrigo Sampaio
Atualização:

Os seis filhos de Pelé, morto em 29 de dezembro vítima de um câncer no cólon, estão de acordo com a realização de um exame de DNA que pode comprovar a existência de uma nova filha do Rei do Futebol. O advogado Augusto Miglioli, responsável pela representação do ex-goleiro e técnico Edinho na questão do inventário, contou ao Estadão que o procedimento será o próximo passo do processo. Estima-se que Pelé tenha deixado fortuna de R$ 78 milhões.

“Existe consenso entre os filhos e, inclusive, é a recomendação do Edinho (a realização do exame de DNA). É necessário fazer isso para que se conheça com antecedência uma eventual nova paternidade por parte do Pelé, porque esse é um fato que pode reconfigurar todo o quadro”, explica Miglioli.

Pelé respondia na Justiça uma ação de paternidade movida por Maria do Socorro Azevedo, que é representada pela Defensoria Pública de São Paulo e alega ser sua filha, tornando-a também herdeira legítima da herança do jogador. O Rei não recorreu e decidiu que ia fazer o teste de DNA, mas acabou morrendo antes de realizar o exame. Ele citou a possibilidade de ter uma outra filha em seu testamento. Os filhos querem levar essa história até o fim. Se o teste se comprovar, a partilha dos bens terá mais uma pessoa envolvida.

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Filho de Pelé, o ex-goleiro Edinho, atualmente técnico do Londrina, será o inventariante da herança de Pelé.  Foto: Ricardo Chicarelli/Londrina EC

Na última semana, Márcia Aoki, viúva de Pelé, concordou que o inventário do marido ficasse sob a administração de Edinho, filho mais famoso do Rei. Com o aval dos irmãos, o ex-goleiro pediu para administrar a herança do pai assim que o inventário foi aberto, argumentando estar em posse de bens do inventariado e mais familiarizado com os negócios da família. No entanto, a juíza Suzana Pereira da Silva, da 2ª Vara de Família e Sucessões de Santos, pediu que Márcia fosse consultada primeiramente por ser a primeira pessoa na ordem de nomeação legal.

Tanto Márcia quanto os seus representantes aconselharam os outros herdeiros a realizarem o exame de DNA. Segundo Miglioli, os filhos prontamente entenderam que o exame era necessário não só para dar continuidade ao processo do inventário de maneira harmoniosa, como também para a questão acabar não sendo julgada de maneira inadequada nos tribunais.

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“O exame não é obrigatório, mas a jurisprudência atua em qual sentido: caso haja uma negativa por parte das pessoas que podem fornecer material para o exame, o juiz tem condição de julgar procedente a paternidade por presunção. Essa é uma matéria pacífica nos tribunais. Ou seja, não é nenhum pouco prudente a negativa desse exame.”

Inventariante é a pessoa incumbida de administrar o espólio enquanto não se julga a partilha e não são atribuídas as partes pertinentes aos herdeiros ou legatários. Miglioli afirma que ainda não é possível saber o valor real da herança deixada por Pelé e que os números só serão conhecidos depois de um levantamento de todos os bens deixados por ele. Em publicação de 2014, a Forbes avaliou a fortuna do ídolo da seleção brasileira em US$ 15 milhões (R$ 78 milhões).

Márcia Aoki é a viúva do Rei Pelé, que faleceu em 29 de dezembro de 2022 Foto: Divulgação/Instagram Pelé
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A PARTILHA

No testamento, assinado em 2020, Pelé destina 30% de todos os seus bens a Márcia — incluindo uma casa no Guarujá —, 60% a serem divididos para os seis filhos e outros 10% para dois netos, filhos de Sandra Regina, morta em 2006, filha que ele nunca reconheceu. Caso Maria do Socorro seja reconhecida como herdeira legítima, ela entra na divisão dos 60% com os filhos.

Márcia se casou com Pelé em 2016, quando o Rei já tinha 75 anos. De acordo com o Código Civil brasileiro, todas as pessoas acima de 70 anos devem se casar com separação de bens. Com 56 anos, ela era a terceira mulher do atleta e o namorava desde 2010. A viúva, que atualmente trabalha em uma empresa de importação de suplementos médicos, conheceu Pelé enquanto estudava administração em Nova York, EUA, na década de 1980. Ela é de Penápolis, interior de São Paulo.

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Antes de Márcia, Pelé havia sido casado duas vezes: com Rosimeri Cholbi e com a cantora gospel Assíria Nascimento. Edinho, de 52 anos, Jennifer, 43, e Kely, 54, são os filhos que Pelé teve com Rosemeri. Os gêmeos Celeste e Joshua, de 26 anos, são frutos da relação dele com Assíria. Sandra foi fruto de uma relação rápida que o Rei teve com Anísia Machado, em 1966. O reconhecimento da paternidade se deu anos depois por meio de exame de DNA. Flávia Cristina é filha de Lenita Kurtz, que se relacionou com Pelé em 1969.

Os seis filhos de Pelé, morto em 29 de dezembro vítima de um câncer no cólon, estão de acordo com a realização de um exame de DNA que pode comprovar a existência de uma nova filha do Rei do Futebol. O advogado Augusto Miglioli, responsável pela representação do ex-goleiro e técnico Edinho na questão do inventário, contou ao Estadão que o procedimento será o próximo passo do processo. Estima-se que Pelé tenha deixado fortuna de R$ 78 milhões.

“Existe consenso entre os filhos e, inclusive, é a recomendação do Edinho (a realização do exame de DNA). É necessário fazer isso para que se conheça com antecedência uma eventual nova paternidade por parte do Pelé, porque esse é um fato que pode reconfigurar todo o quadro”, explica Miglioli.

Pelé respondia na Justiça uma ação de paternidade movida por Maria do Socorro Azevedo, que é representada pela Defensoria Pública de São Paulo e alega ser sua filha, tornando-a também herdeira legítima da herança do jogador. O Rei não recorreu e decidiu que ia fazer o teste de DNA, mas acabou morrendo antes de realizar o exame. Ele citou a possibilidade de ter uma outra filha em seu testamento. Os filhos querem levar essa história até o fim. Se o teste se comprovar, a partilha dos bens terá mais uma pessoa envolvida.

Filho de Pelé, o ex-goleiro Edinho, atualmente técnico do Londrina, será o inventariante da herança de Pelé.  Foto: Ricardo Chicarelli/Londrina EC

Na última semana, Márcia Aoki, viúva de Pelé, concordou que o inventário do marido ficasse sob a administração de Edinho, filho mais famoso do Rei. Com o aval dos irmãos, o ex-goleiro pediu para administrar a herança do pai assim que o inventário foi aberto, argumentando estar em posse de bens do inventariado e mais familiarizado com os negócios da família. No entanto, a juíza Suzana Pereira da Silva, da 2ª Vara de Família e Sucessões de Santos, pediu que Márcia fosse consultada primeiramente por ser a primeira pessoa na ordem de nomeação legal.

Tanto Márcia quanto os seus representantes aconselharam os outros herdeiros a realizarem o exame de DNA. Segundo Miglioli, os filhos prontamente entenderam que o exame era necessário não só para dar continuidade ao processo do inventário de maneira harmoniosa, como também para a questão acabar não sendo julgada de maneira inadequada nos tribunais.

“O exame não é obrigatório, mas a jurisprudência atua em qual sentido: caso haja uma negativa por parte das pessoas que podem fornecer material para o exame, o juiz tem condição de julgar procedente a paternidade por presunção. Essa é uma matéria pacífica nos tribunais. Ou seja, não é nenhum pouco prudente a negativa desse exame.”

Inventariante é a pessoa incumbida de administrar o espólio enquanto não se julga a partilha e não são atribuídas as partes pertinentes aos herdeiros ou legatários. Miglioli afirma que ainda não é possível saber o valor real da herança deixada por Pelé e que os números só serão conhecidos depois de um levantamento de todos os bens deixados por ele. Em publicação de 2014, a Forbes avaliou a fortuna do ídolo da seleção brasileira em US$ 15 milhões (R$ 78 milhões).

Márcia Aoki é a viúva do Rei Pelé, que faleceu em 29 de dezembro de 2022 Foto: Divulgação/Instagram Pelé

A PARTILHA

No testamento, assinado em 2020, Pelé destina 30% de todos os seus bens a Márcia — incluindo uma casa no Guarujá —, 60% a serem divididos para os seis filhos e outros 10% para dois netos, filhos de Sandra Regina, morta em 2006, filha que ele nunca reconheceu. Caso Maria do Socorro seja reconhecida como herdeira legítima, ela entra na divisão dos 60% com os filhos.

Márcia se casou com Pelé em 2016, quando o Rei já tinha 75 anos. De acordo com o Código Civil brasileiro, todas as pessoas acima de 70 anos devem se casar com separação de bens. Com 56 anos, ela era a terceira mulher do atleta e o namorava desde 2010. A viúva, que atualmente trabalha em uma empresa de importação de suplementos médicos, conheceu Pelé enquanto estudava administração em Nova York, EUA, na década de 1980. Ela é de Penápolis, interior de São Paulo.

Antes de Márcia, Pelé havia sido casado duas vezes: com Rosimeri Cholbi e com a cantora gospel Assíria Nascimento. Edinho, de 52 anos, Jennifer, 43, e Kely, 54, são os filhos que Pelé teve com Rosemeri. Os gêmeos Celeste e Joshua, de 26 anos, são frutos da relação dele com Assíria. Sandra foi fruto de uma relação rápida que o Rei teve com Anísia Machado, em 1966. O reconhecimento da paternidade se deu anos depois por meio de exame de DNA. Flávia Cristina é filha de Lenita Kurtz, que se relacionou com Pelé em 1969.

Os seis filhos de Pelé, morto em 29 de dezembro vítima de um câncer no cólon, estão de acordo com a realização de um exame de DNA que pode comprovar a existência de uma nova filha do Rei do Futebol. O advogado Augusto Miglioli, responsável pela representação do ex-goleiro e técnico Edinho na questão do inventário, contou ao Estadão que o procedimento será o próximo passo do processo. Estima-se que Pelé tenha deixado fortuna de R$ 78 milhões.

“Existe consenso entre os filhos e, inclusive, é a recomendação do Edinho (a realização do exame de DNA). É necessário fazer isso para que se conheça com antecedência uma eventual nova paternidade por parte do Pelé, porque esse é um fato que pode reconfigurar todo o quadro”, explica Miglioli.

Pelé respondia na Justiça uma ação de paternidade movida por Maria do Socorro Azevedo, que é representada pela Defensoria Pública de São Paulo e alega ser sua filha, tornando-a também herdeira legítima da herança do jogador. O Rei não recorreu e decidiu que ia fazer o teste de DNA, mas acabou morrendo antes de realizar o exame. Ele citou a possibilidade de ter uma outra filha em seu testamento. Os filhos querem levar essa história até o fim. Se o teste se comprovar, a partilha dos bens terá mais uma pessoa envolvida.

Filho de Pelé, o ex-goleiro Edinho, atualmente técnico do Londrina, será o inventariante da herança de Pelé.  Foto: Ricardo Chicarelli/Londrina EC

Na última semana, Márcia Aoki, viúva de Pelé, concordou que o inventário do marido ficasse sob a administração de Edinho, filho mais famoso do Rei. Com o aval dos irmãos, o ex-goleiro pediu para administrar a herança do pai assim que o inventário foi aberto, argumentando estar em posse de bens do inventariado e mais familiarizado com os negócios da família. No entanto, a juíza Suzana Pereira da Silva, da 2ª Vara de Família e Sucessões de Santos, pediu que Márcia fosse consultada primeiramente por ser a primeira pessoa na ordem de nomeação legal.

Tanto Márcia quanto os seus representantes aconselharam os outros herdeiros a realizarem o exame de DNA. Segundo Miglioli, os filhos prontamente entenderam que o exame era necessário não só para dar continuidade ao processo do inventário de maneira harmoniosa, como também para a questão acabar não sendo julgada de maneira inadequada nos tribunais.

“O exame não é obrigatório, mas a jurisprudência atua em qual sentido: caso haja uma negativa por parte das pessoas que podem fornecer material para o exame, o juiz tem condição de julgar procedente a paternidade por presunção. Essa é uma matéria pacífica nos tribunais. Ou seja, não é nenhum pouco prudente a negativa desse exame.”

Inventariante é a pessoa incumbida de administrar o espólio enquanto não se julga a partilha e não são atribuídas as partes pertinentes aos herdeiros ou legatários. Miglioli afirma que ainda não é possível saber o valor real da herança deixada por Pelé e que os números só serão conhecidos depois de um levantamento de todos os bens deixados por ele. Em publicação de 2014, a Forbes avaliou a fortuna do ídolo da seleção brasileira em US$ 15 milhões (R$ 78 milhões).

Márcia Aoki é a viúva do Rei Pelé, que faleceu em 29 de dezembro de 2022 Foto: Divulgação/Instagram Pelé

A PARTILHA

No testamento, assinado em 2020, Pelé destina 30% de todos os seus bens a Márcia — incluindo uma casa no Guarujá —, 60% a serem divididos para os seis filhos e outros 10% para dois netos, filhos de Sandra Regina, morta em 2006, filha que ele nunca reconheceu. Caso Maria do Socorro seja reconhecida como herdeira legítima, ela entra na divisão dos 60% com os filhos.

Márcia se casou com Pelé em 2016, quando o Rei já tinha 75 anos. De acordo com o Código Civil brasileiro, todas as pessoas acima de 70 anos devem se casar com separação de bens. Com 56 anos, ela era a terceira mulher do atleta e o namorava desde 2010. A viúva, que atualmente trabalha em uma empresa de importação de suplementos médicos, conheceu Pelé enquanto estudava administração em Nova York, EUA, na década de 1980. Ela é de Penápolis, interior de São Paulo.

Antes de Márcia, Pelé havia sido casado duas vezes: com Rosimeri Cholbi e com a cantora gospel Assíria Nascimento. Edinho, de 52 anos, Jennifer, 43, e Kely, 54, são os filhos que Pelé teve com Rosemeri. Os gêmeos Celeste e Joshua, de 26 anos, são frutos da relação dele com Assíria. Sandra foi fruto de uma relação rápida que o Rei teve com Anísia Machado, em 1966. O reconhecimento da paternidade se deu anos depois por meio de exame de DNA. Flávia Cristina é filha de Lenita Kurtz, que se relacionou com Pelé em 1969.

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