Fim do monopólio da Uefa? Julgamento pode abrir caminho para criação da Superliga na Europa


Situação será avaliada pelo Tribunal de Justiça da União Europeia em dezembro e, segundo especialista, decisão pode ter efeito maior do que o caso Bosman

Por Marcius Azevedo
Atualização:

O Tribunal de Justiça da União Europeia agendou um julgamento que pode mudar os rumos do futebol. No dia 21 de dezembro, o caso da Superliga Europeia entra em pauta, quando haverá uma decisão da acusação de monopólio da Uefa. A causa principal do processo diz respeito ao comportamento da entidade ao lado da Fifa. A questão é se elas agiram dentro da lei para impedir a criação de uma competição independente e, na ocasião, tentando até punir os clubes fundadores.

O caso aconteceu em 2021. Naquela época, 12 clubes anunciaram a criação da Superliga Europeia, em oposição à Liga dos Campeões da Uefa. O projeto, no entanto, não foi adiante após críticas e ameaças da Uefa, causando protestos de diversos torcedores contrários ao torneio. A saída das equipes inglesas, em um bloco que tinha Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham, minou completamente o movimento dos clubes.

Para o advogado Eduardo Carlezzo, especialista em direito desportivo, é possível que o mundo do futebol esteja presenciando uma das decisões mais importantes da história, maior até que o Caso Bosman. Em 1995, a lei que levou o nome do jogador belga foi aprovada e teve como principal efeito permitir que jogadores deixassem seus times após o final de seus contratos para assinar com outras equipes sem qualquer ressarcimento. A decisão foi fruto da ação movida por Jean-Marc Bosman contra o RFC Liège e Uefa.

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Decisão pode impulsionar o retorno da Superliga Foto: Fabrice Coffrini/AFP

“Se no caso Bosman os atletas conseguiram sua liberdade frente aos clubes, na presente disputa a liberdade em jogo é a da livre associação dos clubes e do direito de organizarem suas próprias competições sem a necessidade de autorização federativa. É a liberdade dessas agremiações frente as federações. E isso no futebol quer dizer muita coisa. E vale muito dinheiro”, afirmou.

A análise do advogado corrobora com o declarações de Bernd Reichart, empresário alemão e desde fevereiro deste ano CEO da A22, empresa responsável pelo projeto da Superliga Europeia, na última semana. Ao Financial Times, ele afirmou que existe uma possibilidade da Superliga voltar a acontecer na temporada 2024/2025. “Há uma reavaliação do projeto. Queremos ver se existe ou não um consenso mais amplo sobre os problemas que o futebol europeu enfrenta.”

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Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento americana, comandada pelo cantor Jay-Z, que se tornou acionista majoritária e controladora da TFM Agency, também defende a liberdade dos clubes criarem os seus próprios campeonatos.

“Federações e confederações se parecem com prefeituras e assembleias legislativas mais do que os torcedores podem imaginar. Sob o pretexto de fomentar o esporte em diferentes níveis, acabam se transformando em ambientes nos quais aqueles que ocupam seus cargos trabalham para se perpetuar neles, direta ou indiretamente, e para que seu aval seja necessário para aprovação do maior número possível de regulamentos e contratos, e para que esses interfiram ao máximo em todas as transações existentes e possíveis”, afirmou.

“A resistência dos dirigentes das federações e confederações com a criação de ligas é a mesma que os burocratas tem com as privatizações, que dão fim a diversos privilégios, tráfico de influencia e lobby. Não é por acaso que nos Estados Unidos o esporte, fundamentado em lojas, é muito mais relevante econômica e culturalmente para a sociedade”, completou.

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DOCUMENTÁRIO

Os bastidores, os interesses econômicos nem sempre revelados e até as traições dessa disputa entre Fifa e Uefa contra os clubes fundadores do novo torneio formam o enredo da série documental “Superliga: A Guerra pelo Futebol”, produzida pelo Apple TV+, canal de streaming da Apple no Brasil. A obra foi dirigida por Jeff Zimbalist, vencedor do Emmy, e é dividido em quatro episódios, que estão disponíveis desde o começo deste ano.

Presidentes das ligas nacionais e dos clubes e aos idealizadores do torneio, jornalistas e estudiosos debatem as duas visões conflitantes em jogo. Os clubes acusam a Uefa de monopólio no mercado pelo controle das competições de futebol. Em sua defesa, a Uefa alegou que protege o lugar especial do esporte na sociedade europeia, que gere competições com uma estrutura aberta a todos e ainda financia o futebol de base.

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O plano da Superliga contava com 3,25 bilhões de euros do banco JP Morgan, uma das maiores instituições financeiras do mundo, para distribuir aos participantes em regime de empréstimo. Esse empréstimo seria pago com os rendimentos que a própria competição geraria. Representantes da Uefa afirmam que o torneio sufocaria os times pequenos, que não teriam possibilidade de disputar o torneio – a Superliga não previa inicialmente acesso e descenso dos clubes.

A realização da Superliga está indefinida. Depois de muitas críticas, a direção da Superliga promoveu mudanças grandes em seus planos. Também pretende envolver mais clubes e um maior número de países, além de criar divisões, com rebaixamento e acesso, para gerar mérito e maior competitividade. A decisão no dia 21 de dezembro tem chance de mudar o rumo do futebol.

O Tribunal de Justiça da União Europeia agendou um julgamento que pode mudar os rumos do futebol. No dia 21 de dezembro, o caso da Superliga Europeia entra em pauta, quando haverá uma decisão da acusação de monopólio da Uefa. A causa principal do processo diz respeito ao comportamento da entidade ao lado da Fifa. A questão é se elas agiram dentro da lei para impedir a criação de uma competição independente e, na ocasião, tentando até punir os clubes fundadores.

O caso aconteceu em 2021. Naquela época, 12 clubes anunciaram a criação da Superliga Europeia, em oposição à Liga dos Campeões da Uefa. O projeto, no entanto, não foi adiante após críticas e ameaças da Uefa, causando protestos de diversos torcedores contrários ao torneio. A saída das equipes inglesas, em um bloco que tinha Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham, minou completamente o movimento dos clubes.

Para o advogado Eduardo Carlezzo, especialista em direito desportivo, é possível que o mundo do futebol esteja presenciando uma das decisões mais importantes da história, maior até que o Caso Bosman. Em 1995, a lei que levou o nome do jogador belga foi aprovada e teve como principal efeito permitir que jogadores deixassem seus times após o final de seus contratos para assinar com outras equipes sem qualquer ressarcimento. A decisão foi fruto da ação movida por Jean-Marc Bosman contra o RFC Liège e Uefa.

Decisão pode impulsionar o retorno da Superliga Foto: Fabrice Coffrini/AFP

“Se no caso Bosman os atletas conseguiram sua liberdade frente aos clubes, na presente disputa a liberdade em jogo é a da livre associação dos clubes e do direito de organizarem suas próprias competições sem a necessidade de autorização federativa. É a liberdade dessas agremiações frente as federações. E isso no futebol quer dizer muita coisa. E vale muito dinheiro”, afirmou.

A análise do advogado corrobora com o declarações de Bernd Reichart, empresário alemão e desde fevereiro deste ano CEO da A22, empresa responsável pelo projeto da Superliga Europeia, na última semana. Ao Financial Times, ele afirmou que existe uma possibilidade da Superliga voltar a acontecer na temporada 2024/2025. “Há uma reavaliação do projeto. Queremos ver se existe ou não um consenso mais amplo sobre os problemas que o futebol europeu enfrenta.”

Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento americana, comandada pelo cantor Jay-Z, que se tornou acionista majoritária e controladora da TFM Agency, também defende a liberdade dos clubes criarem os seus próprios campeonatos.

“Federações e confederações se parecem com prefeituras e assembleias legislativas mais do que os torcedores podem imaginar. Sob o pretexto de fomentar o esporte em diferentes níveis, acabam se transformando em ambientes nos quais aqueles que ocupam seus cargos trabalham para se perpetuar neles, direta ou indiretamente, e para que seu aval seja necessário para aprovação do maior número possível de regulamentos e contratos, e para que esses interfiram ao máximo em todas as transações existentes e possíveis”, afirmou.

“A resistência dos dirigentes das federações e confederações com a criação de ligas é a mesma que os burocratas tem com as privatizações, que dão fim a diversos privilégios, tráfico de influencia e lobby. Não é por acaso que nos Estados Unidos o esporte, fundamentado em lojas, é muito mais relevante econômica e culturalmente para a sociedade”, completou.

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Os bastidores, os interesses econômicos nem sempre revelados e até as traições dessa disputa entre Fifa e Uefa contra os clubes fundadores do novo torneio formam o enredo da série documental “Superliga: A Guerra pelo Futebol”, produzida pelo Apple TV+, canal de streaming da Apple no Brasil. A obra foi dirigida por Jeff Zimbalist, vencedor do Emmy, e é dividido em quatro episódios, que estão disponíveis desde o começo deste ano.

Presidentes das ligas nacionais e dos clubes e aos idealizadores do torneio, jornalistas e estudiosos debatem as duas visões conflitantes em jogo. Os clubes acusam a Uefa de monopólio no mercado pelo controle das competições de futebol. Em sua defesa, a Uefa alegou que protege o lugar especial do esporte na sociedade europeia, que gere competições com uma estrutura aberta a todos e ainda financia o futebol de base.

O plano da Superliga contava com 3,25 bilhões de euros do banco JP Morgan, uma das maiores instituições financeiras do mundo, para distribuir aos participantes em regime de empréstimo. Esse empréstimo seria pago com os rendimentos que a própria competição geraria. Representantes da Uefa afirmam que o torneio sufocaria os times pequenos, que não teriam possibilidade de disputar o torneio – a Superliga não previa inicialmente acesso e descenso dos clubes.

A realização da Superliga está indefinida. Depois de muitas críticas, a direção da Superliga promoveu mudanças grandes em seus planos. Também pretende envolver mais clubes e um maior número de países, além de criar divisões, com rebaixamento e acesso, para gerar mérito e maior competitividade. A decisão no dia 21 de dezembro tem chance de mudar o rumo do futebol.

O Tribunal de Justiça da União Europeia agendou um julgamento que pode mudar os rumos do futebol. No dia 21 de dezembro, o caso da Superliga Europeia entra em pauta, quando haverá uma decisão da acusação de monopólio da Uefa. A causa principal do processo diz respeito ao comportamento da entidade ao lado da Fifa. A questão é se elas agiram dentro da lei para impedir a criação de uma competição independente e, na ocasião, tentando até punir os clubes fundadores.

O caso aconteceu em 2021. Naquela época, 12 clubes anunciaram a criação da Superliga Europeia, em oposição à Liga dos Campeões da Uefa. O projeto, no entanto, não foi adiante após críticas e ameaças da Uefa, causando protestos de diversos torcedores contrários ao torneio. A saída das equipes inglesas, em um bloco que tinha Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham, minou completamente o movimento dos clubes.

Para o advogado Eduardo Carlezzo, especialista em direito desportivo, é possível que o mundo do futebol esteja presenciando uma das decisões mais importantes da história, maior até que o Caso Bosman. Em 1995, a lei que levou o nome do jogador belga foi aprovada e teve como principal efeito permitir que jogadores deixassem seus times após o final de seus contratos para assinar com outras equipes sem qualquer ressarcimento. A decisão foi fruto da ação movida por Jean-Marc Bosman contra o RFC Liège e Uefa.

Decisão pode impulsionar o retorno da Superliga Foto: Fabrice Coffrini/AFP

“Se no caso Bosman os atletas conseguiram sua liberdade frente aos clubes, na presente disputa a liberdade em jogo é a da livre associação dos clubes e do direito de organizarem suas próprias competições sem a necessidade de autorização federativa. É a liberdade dessas agremiações frente as federações. E isso no futebol quer dizer muita coisa. E vale muito dinheiro”, afirmou.

A análise do advogado corrobora com o declarações de Bernd Reichart, empresário alemão e desde fevereiro deste ano CEO da A22, empresa responsável pelo projeto da Superliga Europeia, na última semana. Ao Financial Times, ele afirmou que existe uma possibilidade da Superliga voltar a acontecer na temporada 2024/2025. “Há uma reavaliação do projeto. Queremos ver se existe ou não um consenso mais amplo sobre os problemas que o futebol europeu enfrenta.”

Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento americana, comandada pelo cantor Jay-Z, que se tornou acionista majoritária e controladora da TFM Agency, também defende a liberdade dos clubes criarem os seus próprios campeonatos.

“Federações e confederações se parecem com prefeituras e assembleias legislativas mais do que os torcedores podem imaginar. Sob o pretexto de fomentar o esporte em diferentes níveis, acabam se transformando em ambientes nos quais aqueles que ocupam seus cargos trabalham para se perpetuar neles, direta ou indiretamente, e para que seu aval seja necessário para aprovação do maior número possível de regulamentos e contratos, e para que esses interfiram ao máximo em todas as transações existentes e possíveis”, afirmou.

“A resistência dos dirigentes das federações e confederações com a criação de ligas é a mesma que os burocratas tem com as privatizações, que dão fim a diversos privilégios, tráfico de influencia e lobby. Não é por acaso que nos Estados Unidos o esporte, fundamentado em lojas, é muito mais relevante econômica e culturalmente para a sociedade”, completou.

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Os bastidores, os interesses econômicos nem sempre revelados e até as traições dessa disputa entre Fifa e Uefa contra os clubes fundadores do novo torneio formam o enredo da série documental “Superliga: A Guerra pelo Futebol”, produzida pelo Apple TV+, canal de streaming da Apple no Brasil. A obra foi dirigida por Jeff Zimbalist, vencedor do Emmy, e é dividido em quatro episódios, que estão disponíveis desde o começo deste ano.

Presidentes das ligas nacionais e dos clubes e aos idealizadores do torneio, jornalistas e estudiosos debatem as duas visões conflitantes em jogo. Os clubes acusam a Uefa de monopólio no mercado pelo controle das competições de futebol. Em sua defesa, a Uefa alegou que protege o lugar especial do esporte na sociedade europeia, que gere competições com uma estrutura aberta a todos e ainda financia o futebol de base.

O plano da Superliga contava com 3,25 bilhões de euros do banco JP Morgan, uma das maiores instituições financeiras do mundo, para distribuir aos participantes em regime de empréstimo. Esse empréstimo seria pago com os rendimentos que a própria competição geraria. Representantes da Uefa afirmam que o torneio sufocaria os times pequenos, que não teriam possibilidade de disputar o torneio – a Superliga não previa inicialmente acesso e descenso dos clubes.

A realização da Superliga está indefinida. Depois de muitas críticas, a direção da Superliga promoveu mudanças grandes em seus planos. Também pretende envolver mais clubes e um maior número de países, além de criar divisões, com rebaixamento e acesso, para gerar mérito e maior competitividade. A decisão no dia 21 de dezembro tem chance de mudar o rumo do futebol.

O Tribunal de Justiça da União Europeia agendou um julgamento que pode mudar os rumos do futebol. No dia 21 de dezembro, o caso da Superliga Europeia entra em pauta, quando haverá uma decisão da acusação de monopólio da Uefa. A causa principal do processo diz respeito ao comportamento da entidade ao lado da Fifa. A questão é se elas agiram dentro da lei para impedir a criação de uma competição independente e, na ocasião, tentando até punir os clubes fundadores.

O caso aconteceu em 2021. Naquela época, 12 clubes anunciaram a criação da Superliga Europeia, em oposição à Liga dos Campeões da Uefa. O projeto, no entanto, não foi adiante após críticas e ameaças da Uefa, causando protestos de diversos torcedores contrários ao torneio. A saída das equipes inglesas, em um bloco que tinha Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham, minou completamente o movimento dos clubes.

Para o advogado Eduardo Carlezzo, especialista em direito desportivo, é possível que o mundo do futebol esteja presenciando uma das decisões mais importantes da história, maior até que o Caso Bosman. Em 1995, a lei que levou o nome do jogador belga foi aprovada e teve como principal efeito permitir que jogadores deixassem seus times após o final de seus contratos para assinar com outras equipes sem qualquer ressarcimento. A decisão foi fruto da ação movida por Jean-Marc Bosman contra o RFC Liège e Uefa.

Decisão pode impulsionar o retorno da Superliga Foto: Fabrice Coffrini/AFP

“Se no caso Bosman os atletas conseguiram sua liberdade frente aos clubes, na presente disputa a liberdade em jogo é a da livre associação dos clubes e do direito de organizarem suas próprias competições sem a necessidade de autorização federativa. É a liberdade dessas agremiações frente as federações. E isso no futebol quer dizer muita coisa. E vale muito dinheiro”, afirmou.

A análise do advogado corrobora com o declarações de Bernd Reichart, empresário alemão e desde fevereiro deste ano CEO da A22, empresa responsável pelo projeto da Superliga Europeia, na última semana. Ao Financial Times, ele afirmou que existe uma possibilidade da Superliga voltar a acontecer na temporada 2024/2025. “Há uma reavaliação do projeto. Queremos ver se existe ou não um consenso mais amplo sobre os problemas que o futebol europeu enfrenta.”

Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento americana, comandada pelo cantor Jay-Z, que se tornou acionista majoritária e controladora da TFM Agency, também defende a liberdade dos clubes criarem os seus próprios campeonatos.

“Federações e confederações se parecem com prefeituras e assembleias legislativas mais do que os torcedores podem imaginar. Sob o pretexto de fomentar o esporte em diferentes níveis, acabam se transformando em ambientes nos quais aqueles que ocupam seus cargos trabalham para se perpetuar neles, direta ou indiretamente, e para que seu aval seja necessário para aprovação do maior número possível de regulamentos e contratos, e para que esses interfiram ao máximo em todas as transações existentes e possíveis”, afirmou.

“A resistência dos dirigentes das federações e confederações com a criação de ligas é a mesma que os burocratas tem com as privatizações, que dão fim a diversos privilégios, tráfico de influencia e lobby. Não é por acaso que nos Estados Unidos o esporte, fundamentado em lojas, é muito mais relevante econômica e culturalmente para a sociedade”, completou.

DOCUMENTÁRIO

Os bastidores, os interesses econômicos nem sempre revelados e até as traições dessa disputa entre Fifa e Uefa contra os clubes fundadores do novo torneio formam o enredo da série documental “Superliga: A Guerra pelo Futebol”, produzida pelo Apple TV+, canal de streaming da Apple no Brasil. A obra foi dirigida por Jeff Zimbalist, vencedor do Emmy, e é dividido em quatro episódios, que estão disponíveis desde o começo deste ano.

Presidentes das ligas nacionais e dos clubes e aos idealizadores do torneio, jornalistas e estudiosos debatem as duas visões conflitantes em jogo. Os clubes acusam a Uefa de monopólio no mercado pelo controle das competições de futebol. Em sua defesa, a Uefa alegou que protege o lugar especial do esporte na sociedade europeia, que gere competições com uma estrutura aberta a todos e ainda financia o futebol de base.

O plano da Superliga contava com 3,25 bilhões de euros do banco JP Morgan, uma das maiores instituições financeiras do mundo, para distribuir aos participantes em regime de empréstimo. Esse empréstimo seria pago com os rendimentos que a própria competição geraria. Representantes da Uefa afirmam que o torneio sufocaria os times pequenos, que não teriam possibilidade de disputar o torneio – a Superliga não previa inicialmente acesso e descenso dos clubes.

A realização da Superliga está indefinida. Depois de muitas críticas, a direção da Superliga promoveu mudanças grandes em seus planos. Também pretende envolver mais clubes e um maior número de países, além de criar divisões, com rebaixamento e acesso, para gerar mérito e maior competitividade. A decisão no dia 21 de dezembro tem chance de mudar o rumo do futebol.

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